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AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

PROFESSOR EDUARDO NUNES

ANOTAÇÕES – AULA 02 – 07 MAR 2023

PRÁTICA 1 – EXERCÍCIO (elaboração conjunta em sala de aula)

A máquina de envase de produtos dermatológicos possui 3 produtos em sua linha:

• Produto 1 – 200 ml de creme, sem fragrância, em embalagem longa.


• Produto 2 – 200 ml de creme, 20 ml de fragrância de flores, em embalagem média.
• Produto 3 – 200 ml de creme, 20 ml de fragrância de limão, em embalagem curta.

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O bico 1 possui uma vazão de 50 mL/s. Já os bicos 2 e 3 possuem vazão de 5ml/s. Os
sensores de 1 a 3, devem detectar o tipo de produto que está na esteira. O sensor 4
detecta a presença de embalagem para ser preenchida pelos bicos de injeção. Ao
detectar uma embalagem no sensor 4, a esteira deve ser parada até que o
preenchimento esteja completo. Depois deste tempo, a esteira deve ser religada
automaticamente. Na sequência, o cilindro 1 deve remover os produtos do tipo 1 para
esteira do processo de colocação da tampa. Para este processo, utilize o sensor 5 para
detectar o produto, parar a esteira, até que o produto seja removido e o sensor 5
dessensibilizado. Por sua vez, o cilindro 2 deve remover os produtos do tipo 2 para
esteira do processo de colocação da tampa. Para este processo, utilize o sensor 6 para
detectar o produto, parar a esteira, até que o produto seja removido e o sensor 6
dessensibilizado. O produto 3 deverá seguir até o final da esteira, onde o produto é
encaminhado para outra esteira, sem a necessidade de atuação. Elaborar o circuito
elétrico de interconexão com o CLP, especificando as entradas e saídas.

Ações Necessárias

1º -> Ligar a esteira


2º -> Detectar o tipo de produto
Detecta_prod(S1, S2, S3)
Retorna o Tipo_Produto
3º -> Parar e Envasar
Envase(S4, Tipo_Produto, Tempo)
Parar esteira
Acionar bicos
Aguardar estouro de timer
Parar bico
Liga esteira
4º -> Distribuir Potes
Distribuir (S5, S6)
Acionar C! ou C2 ou nenhum
5º -> Retornar ao início do código

Algoritmo "envase"
// Disciplina : AUATOMAÇÃO INDUSTRIAL
// Professor : Eduardo Fernandes Nunes
// Descrição : Máquina de enchimento de potes
// Autor(a) : Eduardo Fernandes Nunes
// Data atual : 07/03/2023
Var
// Seção de Declarações das variáveis

//Entrada
S1, S2, S3, S4, S5, S6: logico

//Saída
B1, B2, B3, C1, C2, E1=0:logico

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Tipo_Produto: inteiro

Inicio

// Seção de Comandos, procedimento, funções, operadores, etc...


//Loop Infinito

E1=1; //liga a esteira

enquanto (S1==0 ou S2==0 ou S3==0)faca

fimenquanto

Tipo_Produto <- Detecta_prod (S1, S2, S3)

funcao Envase(S4, Tipo_Produto, 4) //4 segundos


funcao Distribuir(S5, S6)

Fimalgoritmo

Funcao Detecta_prod: inteiro

se (S1==1 e S2==1 e S3==1)faca

retorne Tipo_Produto <- 1


fimse

se (S1==0 e S2==1 e S3==1) faca

retorne Tipo_Produto <- 2

fimse

se (S1==0 e S2==0 e S3 ==1)

retorne Tipo_Produto <- 3

fimse
fimfuncao

funcao Envase(S1, Tipo_Produto, Tempo)

E1=0 //parar esteira

inicia contador(tempo)
//ligar bicos
B1<-1
se (Tipo_Produto==2)faca
B2=1
fimse
se(Tipo_Produto==3) faca
B2<-1
fimse

enquanto(contador != 0) faca
//desliga todos os bicos
B1<-0

3
B2<-0
B3<-0
fimfuncao

funcao Distribuir(S5, S6)

se(S5==1) faca
C1<-1
fimse

se(S6==1) faca
C2<-1
fimse
c1<-0 //assume cilindro de acionamento instantaneamente
fimfuncao

Parte Operativa

A parte operativa de um sistema automatizado é aquela que executa as tarefas


automatizadas. Essa parte é geralmente composta pelos componentes físicos do
sistema, incluindo sensores, atuadores, controladores e dispositivos de interface. Esses
componentes trabalham juntos para executar as ações automatizadas necessárias para
alcançar os objetivos do sistema.

Por exemplo, em um sistema de automação industrial, a parte operativa pode incluir


robôs, máquinas de produção, transportadores, sensores de presença, sensores de
temperatura, válvulas solenoides, motores elétricos, controladores programáveis, entre

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outros componentes. Esses componentes são configurados e programados para
trabalhar em conjunto e executar as tarefas automatizadas de acordo com as
especificações do sistema.

Em resumo, a parte operativa de um sistema automatizado é responsável por executar


as tarefas mecânicas e elétricas necessárias para automatizar um processo ou sistema.
É uma parte fundamental para o sucesso da automação e requer configuração,
programação, manutenção e monitoramento cuidadosos para garantir que o sistema
funcione de forma eficiente e confiável.

Parte de Comando

A parte de comando de um sistema automatizado é responsável por controlar e


gerenciar o funcionamento da parte operativa do sistema. Ela é composta por
componentes eletrônicos e de software que fornecem as instruções para os dispositivos
físicos do sistema executarem as tarefas automatizadas.

Os componentes típicos da parte de comando de um sistema automatizado incluem


controladores lógicos programáveis (PLCs), controladores de lógica de relés (RLCs),
painéis de operação e interface de usuário, softwares de supervisão e gerenciamento
de dados, entre outros.

O PLC é um componente eletrônico com capacidade de processamento que recebe


informações dos sensores da parte operativa e toma decisões com base nessas
informações, enviando sinais para os atuadores controlarem os dispositivos físicos. O
RLC é um dispositivo mais simples que também é usado para controlar os dispositivos
físicos. O painel de operação e a interface de usuário permitem que os operadores do
sistema monitorem e controlem o sistema. O software de supervisão é usado para
monitorar o desempenho do sistema, gerenciar dados e gerar relatórios.

Assim, a parte de comando é a "inteligência" por trás de um sistema automatizado e é


responsável por controlar e gerenciar a parte operativa para que o sistema funcione de
maneira eficiente e segura. Ela também permite que os operadores do sistema
monitorem e controlem o sistema de forma mais eficaz.

Especificações de um projeto de automação

As especificações de um projeto de automação são um conjunto de requisitos e


especificações técnicas que definem as funcionalidades e características necessárias
para o sistema automatizado. Elas são uma parte crucial do processo de
desenvolvimento de um projeto de automação, pois orientam todo o processo de
projeto, implementação e teste do sistema.

As especificações podem ser divididas em duas categorias principais: especificações


funcionais e especificações tecnológicas.

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Especificações Funcionais

As especificações funcionais descrevem as funções que o sistema automatizado deve


realizar. Elas incluem informações sobre as entradas e saídas do sistema, os requisitos
de desempenho, as tarefas específicas que o sistema deve realizar e as condições de
operação sob as quais o sistema deve trabalhar. As especificações funcionais também
podem incluir requisitos de segurança, requisitos regulatórios e outras especificações
de requisitos do usuário.

Especificações Tecnológicas

As especificações tecnológicas, por outro lado, descrevem as características técnicas do


sistema automatizado, incluindo as especificações dos componentes eletrônicos, como
sensores, atuadores e controladores, bem como as especificações do software utilizado.
Elas incluem informações sobre as interfaces de comunicação e a integração de
sistemas, os padrões de codificação, as linguagens de programação, os sistemas
operacionais e as plataformas de hardware.

As especificações tecnológicas também incluem informações sobre o ambiente


operacional do sistema, incluindo requisitos de energia, requisitos de temperatura,
umidade e outras condições ambientais necessárias para a operação adequada do
sistema.

Dessa forma, as especificações de um projeto de automação incluem tanto as


especificações funcionais quanto as especificações tecnológicas e são essenciais para
garantir que o sistema automatizado atenda às necessidades do usuário, opere de forma
eficiente e confiável e cumpra todos os requisitos técnicos e regulatórios.

Níveis de definição para implementar um projeto de automação

Existem diferentes níveis de definição para implementar um projeto de automação, que


podem variar dependendo da complexidade e escopo do projeto. Aqui estão os
principais níveis:

➢ Nível de requisitos do usuário: Este é o nível mais alto de definição e envolve


identificar e definir os requisitos do usuário para o sistema automatizado. Isso
inclui entender as necessidades do usuário, os objetivos do projeto, os requisitos
de desempenho e os requisitos regulatórios.

➢ Nível de especificação: Depois de definir os requisitos do usuário, o próximo nível


é a especificação. Neste nível, as especificações funcionais e tecnológicas são
desenvolvidas com base nos requisitos do usuário. Isso envolve a definição dos
componentes do sistema, tais como sensores, atuadores, controladores e
dispositivos de interface, bem como as interfaces de comunicação e integração
de sistemas.

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➢ Nível de projeto: Depois que as especificações são definidas, o próximo nível é o
projeto do sistema. Neste nível, os detalhes do sistema são definidos, incluindo
a arquitetura do sistema, os diagramas elétricos e de controle, as especificações
de hardware e software, e as rotas de cabos e conexões.

➢ Nível de implementação: O nível de implementação envolve a instalação e


configuração dos componentes do sistema, programação do software,
instalação de cabos e conexões, testes e comissionamento do sistema.

➢ Nível de operação e manutenção: Depois que o sistema é implementado, ele


entra em operação e manutenção. Este nível inclui a operação diária do sistema,
monitoramento e controle do desempenho do sistema, manutenção preventiva
e corretiva e atualizações de software.

Cada um desses níveis é crucial para o sucesso do projeto de automação, e eles devem
ser cuidadosamente gerenciados e monitorados para garantir que o sistema
automatizado funcione de maneira eficiente e confiável ao longo de sua vida útil.

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