Você está na página 1de 5

Alguns materiais alternativos para adsorção: Zeolitas (estruturas porosas) são Tamanhos de poros: Microporos (0 ~ 2 nm (0 ~ 20 Å)) alta capacidade de

alumino-silicatos que acomodam íons positivos, como o Na+, K+; Bentomitas ou adsorção e são utilizados em moléculas de dimensões pequenas, (gases e
bentonite são misturas de argilas impuras, de grãos muito finos. solventes comuns). Mesoporos (2 ~ 50 nm (2 ~ 50 Å)) adsorção de moléculas
grandes, tais como corantes. .Macro (50 ~ 7500 nm (0,05 ~ 7,5 μm) e Megaporos
A adsorção pode ser realizada em escala de bancada, ou industrial. E em colunas
(maior que 7500 nm (maior que 7,5 μm ), poros muito grandes para realizar a
ou em recipientes (ex. Erlenmeyer) sob agitação.
adsorção e são normalmente considerados sem importância para a adsorção, são
• Quanto maior a razão entre a área de superfície de contato e a massa de utilizados como meio de transporte para as moléculas gasosas.
adsorvente, MAIS FAVORÁVEL a adsorção, devido ao fato de a massa de
adsorvente possuir MAIOR ÁREA DE CONTATO DISPONÍVEL para reter o Informações adicionais -> reações de adsorção dependem: do tipo de íons
adsorbato. solúveis no meio aquoso, da natureza química do adsorbato e da natureza da
superfície do adsorvente. SLIDE p.92
Adsorvente deve possuir:
- Alta capacidade de adsorção;
- Cinética favorável entre o adsorvente e o adsorbato;
- Grande área superficial externa e interna;
- Estabilidade térmica e química, baixíssima solubilidade;
- Alta seletividade para realizar uma separação adequada;
- Dureza e força mecânica para evitar o estrangulamento dos poros e a erosão das
partículas;
- Nenhuma tendência de realizar reações químicas indesejáveis e custo
relativamente baixo.

Classificação da estrutura porosa (IUPAC): Poro aberto (A- comunicação com


o meio externo); · Poro fechado (F- isolados dentro do grânulo (adsorvente));
Poro de transporte (T- fluxo de um fluido); · Poro tipo gaiola (G- ramificação
do poro de transporte não efetuando a comunicação com o meio externo). SLIDE
p.89.
Técnicas disponíveis para a remediação Princípios da biorremediação e aspectos fisiológicos
Processos físicos e químicos (abióticos) O fator crítico que define se a biorremediação é a tecnologia mais apropriada
ALTERNATIVAS CARAS, eficácia questionável: para o local contaminado é a biodegradabilidade do contaminante (ele tem que
– Remoção do solo estar biodisponível).
– Imobilização por Barreiras
– Incineração Na biorremediação utiliza-se a capacidade intrínseca dos microrganismos de
– Aterros degradar matéria orgânica para degradar compostos orgânicos tóxicos, tanto de
– Estabilização física origem natural como compostos sintéticos.
– Tratamento térmico, físico e químico da água.
– Amenizantes de solo O ideal é ocorrer a biodegradação total do contaminante (mineralização) e
– Extração com solventes aumento de biomassa formando compostos simples e comuns na natureza como
água, CO2.
Processos biológicos (bióticos)
– Biorremediação Princípios: tolerância de células de qualquer organismo ao poluente.

BIORREMEDIAÇÃO Devido ao processo evolutivo dos organismos os poluentes podem causar:


mutações no DNA, impedirem transcrição de proteínas e atividades enzimáticas,
Vantagens/ potencialidades degradar pigmentos e membranas, morte, além de fazer os organismos de
- Baixo custo adquirir tolerância/resistência.
- Alta aceitação pública (organismos da natureza)
- “Diversos” poluentes podem ser biodegradados Interação dos Organismos com poluentes
- Podem ocorrer mineralização (CO2+H2O+biomassa):
- Compostos tóxicos: compostos inofensivos; • Precipitação e imobilização externa: Organismo excreta compostos
- Possibilidade de ser realizada no próprio local diminuindo as perdas depoluentes orgânicos (polissacarídeos, aminoácidos) e inorgânicos (fosfatos),
no transporte outros transtornos; continuam normalmente as atividades do local; precipitando e imobilizando o poluente (indisponível para célula).
- Não há troca com o meio (ex: dissolver poluente do solo na água). Processo de detoxificação. Ex: Bactérias liberam sulfeto de hidrogênio.
• Exclusão: Formação de barreiras (Barreira de polissacarídeos),
Desvantagens/limitações Transportadores na membrana plasmática: após a entrada na célula
- Adição de organismos: gera desequilíbrio ecológico microbiana, os transportadores bombeiam para o meio externo o
-Tempo de eliminação maior e depende de fatores bióticos (característica dos poluente.
organismos) e abiótico (meio em que estão) • Biotransformação: transformação dos poluentes por catalisadores
-Utiliza-se organismos geneticamente modificados na biorremediação e pode não bioquímicos (enzimas). Existem dois processos: Volatização
ocorrer a mortalidade dos organismos após a eliminação do poluente Biodegradação:
-Alguns poluentes não são biodegradados (recalcitrantes); ou são convertidos em - Volatização: poluente dentro da célula é convertido em forma volátil
produtos mais tóxicos (cometabolismo) difundindo-se para a atmosfera. Ex: Mercúrio redutase + energia =
-Estudos de laboratório nem sempre são reproduzidos em campo. mercúrio elementar (Hg0) volátil
-Biodegradação: enzimas (do interior das células (bactérias e plantas) ou MECANISMOS IMPORTANTES PARA A BIORREMEDIAÇÃO
enzimas extracelulares (fungos)), degradam e convertem o poluente em
água, gás carbônico e biomassa (mineralização). Os organismos podem • Precipitação e imobilização externa
adicionar parte do carbono liberado no seu metabolismo (ex. ácido cítrico • Exclusão (barreira ou transporte)
no ciclo de Krebs). • Biotransformação (volatização e biodegradação)
• Adsorção: adesão de moléculas dissolvidas em uma fase sólida. • Bioadsorção (Biossorção e bioacumulação)
Moléculas dissolvidas (adsorbante), Fase sólida (adsorvente).
Se o adsorvente é um material biológico (bioadsorvente), a adsorção é Biorremediação em três categorias:
conhecida como BIOADSORÇÃO que se divide em biossorção e 1° Mineralização: Aquela na qual o composto alvo é usado como fonte de
bioacumulação. carbono (biodegradação total formando compostos como água, CO2);
- Biossorção: interação passiva, sem gasto de energia. Ocorre interação 2° Cometabolismo: Aquela onde o composto alvo é enzimaticamente atacado,
do poluente com grupos funcionais (aminas, ácidos carboxílicos, porém não é usado como fonte de carbono;
hidroxilas) da biomassa viva ou morta (parede celular). 3° Bioadsorção: Aquela na qual o composto alvo não é metabolizado por
completo, sofrendo absorção e concentração dentro do organismo.
- Bioacumulação: interação ativa, dependente de energia e do
metabolismo. Capacidade de precipitação e acumulação intracelular de A entrada de poluentes nos organismos
poluentes absorvidos. Ocorre devido a presença de metaloproteínas -Não é para todos poluentes, pode ser:
conhecidas como metalotioneínas e peptídeos conhecidos como • Pelos canais transportadores das membranas;
fitoquelatinas e glutationas. Possuem grupo tiol (- SH) capazes de se • De forma ativa (Cu e Zn) ou passiva (Pb e Ni);
ligarem aos poluentes e ficam precipitados no citossol ou vacúolos • Composição química da membrana celular influencia.
(plantas).

Estes dois processos são responsáveis pelo acúmulo de poluentes nos


organismos.

A principal etapa da BIOADSORÇÃO: a troca iônica é representada como


uma reação química:

Sendo: M → o íon ou elemento a ser adsorvido (adsorbato);


S → o sítio ativo do Bioadsorvente;
P → os grupos ligantes presentes na superfície sólida do adsorvente (R–
COOH e R–OH).

Moléculas do slide 114 à 117.

Você também pode gostar