Você está na página 1de 7

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE BACABAL– CESB


DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA

BEATRIZ MELO DE OLIVEIRA

ESTATÍSTICA APLICADA À EDUCAÇÃO

Bacabal - MA
2022
BEATRIZ MELO DE OLIVEIRA

ESTATÍSTICA APLICADA À EDUCAÇÃO


Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia
Licenciatura, da Universidade Estadual do
Maranhão/CESB, como requisito para obtenção da 3°
nota da disciplina de Estatística aplicada à Educação.
Orientador: Prof. Raimundo José Barbosa Brandão

Bacabal- MA
2022
A importância da Estatística na Formação do Pedagogo

Entende-se a estatística como uma ciência que tem como principal


objetivo levantar dados de determinado fenômeno ou população, relacionando
assim fatos e números, para se compreender e analisar determinados fatos. A
presença desta ciência no âmbito escolar desde o início da escolarização
torna-se fundamental para a formação dos sujeitos. Como é bem evidenciado
no documento a seguir:

Com relação à Estatística, os primeiros passos envolvem o trabalho


com a coleta e a organização de dados de uma pesquisa de interesse
dos/as estudantes. O planejamento de como fazer a pesquisa ajuda a
compreender o papel da Estatística na vida cotidiana. Mais que isso, a
forma como se podem comunicar dados oriundos de pesquisa e a sua
leitura crítica são fundamentais pares a o pleno exercício da cidadania.
Assim, a leitura, a interpretação e a construção de tabelas e gráficos
têm papel fundamental, bem como a forma de produção de um texto
escrito para a comunicação de dados, pois é preciso compreender que
o texto deve sintetizar ou justificar as conclusões. (Brasil, 2016, p. 266)

Nesse sentido, a presença da estatística na formação do pedagogo tem como


principal objetivo apresentar subsídios no seu processo de formação para que
o educador seja capaz de desenvolver nos seus futuros alunos, conhecimentos
e habilidades úteis para resolver diferentes situações no âmbito do letramento
estatístico.

"A abordagem dos conteúdos estatísticos nas salas de aula faz com
que os estudantes possam perceber que nem todas as informações
podem ser representadas de forma exata, pois várias questões do dia a
dia apresentam aleatoriedade e incerteza que fogem da idéia da
exatidão que a matemática supõe".(GONÇALVES e JUNIOR, [8])

Desse modo, o preparo desse educador é fundamental para que esse processo
não se torne enfadonho e complicado para os educandos, pois é nítida a visão
negativa dos alunos atuais ao se depararem com o ensino da estatística.

Por esse motivo, cabe ao pedagogo em sua formação inicial valorizar essa
cadeira e buscar ao máximo desfrutar dela de maneira significativa, para que
os seus futuros alunos desfaçam essa visão “complicada” do ensino da
estatística e possam também desfrutar dessa ciência de maneira rica e
facilitadora.
O Ensino da Estatística nos anos iniciais, segundo a BNCC

O domínio de habilidades estatísticas pode contribuir na leitura crítica de


gráficos, em ações simples do dia a dia, bem como em ações conscientes de
consumo e dentre outros.

Assim entendemos a estatística dentro da BNCC a partir do trecho seguinte:

Todos os cidadãos precisam desenvolver habilidades para coletar,


organizar, representar, interpretar e analisar dados em uma variedade
de contextos, de maneira a fazer julgamentos bem fundamentados e
tomar as decisões adequadas. Isso inclui raciocinar e utilizar conceitos,
representações e índices estatísticos para descrever, explicar e
predizer fenômenos. (BRASIL, 2018, p. 274)

E sobre a estatística, a BNCC aponta que:


No Ensino Fundamental – Anos Finais, a expectativa é que os alunos
saibam planejar e construir relatórios de pesquisas estatísticas
descritivas, incluindo medidas de tendência central e construção de
tabelas e diversos tipos de gráfico. Esse planejamento inclui a definição
de questões relevantes e da população a ser pesquisada, a decisão
sobre a necessidade ou não de usar amostra e, quando for o caso, a
seleção de seus elementos por meio de uma adequada técnica de
amostragem (BRASIL, 2018, p. 275).

Percebe-se que existe ainda uma grande dificuldade em se ter todas essas
expectativas supridas, e por isso, é fundamental que o professor busque
desenvolver essas habilidades para que favoreçam assim a aprendizagem
dessas competências e habilidades estatísticas.

Segundo Lopes (2008, p. 63), “o desenvolvimento do pensamento


probabilístico e estatístico, sem dúvida, pode efetivar as potencialidades
formativas da disciplina de Matemática”. E ao se trabalhar esse pensamento
estatístico dentro da sala de aula estará contribuindo positivamente para o
desenvolvimento de estratégias cognitivas de forma que auxilie o aluno ao
longo de sua vida.

As medidas de Tendência Central

A Estatística trabalha com informações diversas e que são apresentadas por


meio de gráficos e tabelas e com variados números que representam e
caracterizam certo conjunto de dados. Dentre essas informações, podem-se
retirar valores que representem todo o conjunto. Esses valores são
denominados “Medidas de Tendência Central ou Medidas de Centralidade”.
Tais medidas de centralidade são denominadas; Média Aritmética, a Moda e
a Mediana.

 Média Aritmética

É uma das medidas de tendência centrais mais utilizadas no cotidiano.


É determinada pelo resultado da divisão do somatório dos números dados
pela quantidade de números somados. Por exemplo, vamos determinar a
média dos números 3,12,23,15,23,12,23,15,2. Para isso basta somarmos
todos os números e dividirmos pela quantidade de números, ou seja:

Média Aritmética=3+12+23+15+25=11

 Moda
É a medida de tendência central que consiste no valor observado com
mais frequência em um conjunto de dados. Por exemplo, digamos que o
Palmeiras em determinado torneio de futebol fez, em dez partidas, a
seguinte quantidade de gols:

55, 44, 22, 11, 33, 77, 11, 11, 22 e 11.

Para essa sequência de gols marcados, a moda é de 11 gols, pois é o


número que aparece mais vezes.

 Mediana
É a medida de tendência central que indica exatamente o valor central
de um conjunto de dados quando organizados em ordem crescente ou
decrescente.
Por exemplo, vamos considerar que um aluno tirou as seguintes notas
em cinco provas de uma determinada matéria:

55, 88, 77, 44 e 88.


Colocando as cinco notas em ordem crescente, por exemplo,
obtemos 4<5<7<8=84<5<7<8=8.
A mediana é o valor que está no centro dessa sequência, ou seja, 7

Se a quantidade de valores do conjunto for par, é preciso tirar a Média


Aritmética dos valores centrais.
Referências

Brasil. (2016). Base nacional comum curricular. (2ª Versão Revista). Ministério da
Educação. Brasília: Ministério da Educação. Disponível em:<
http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=36131> Acesso em: 27 de nov.
2022

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Educação é a base. Ministério da


Educação. Brasília: MEC, 2018. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.
pdf. Acesso em : 28 de nov. 2022
LOPES, Celi Espasandin. O ensino da Estatística e da Probabilidade na Educação
Básica e a Formação dos Professores. Cad. Cedes, vol. 28, n. 74, Campinas, 2008,
57–73. Disponível em:
<www.researchgate.net/profile/Celi_Lopes/publication/262707302_The_teaching_of_st
atistics_and_probability_at_elementary_schools_and_teacher_education/links/53f34be
3c f2da8797446016.pdf >. Acesso em: 28 nov. 2022.
http://clubes.obmep.org.br/blog/tratamento-da-informacao-medidas-de-tendencia-
central/medidas-de-tendencia-central-passando-a-limpo-as-ideias/ Acesso em: 27 nov.
2022

Você também pode gostar