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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE BACABAL– CESB


DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA

BEATRIZ MELO DE OLIVEIRA

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: Um


relato de experiência

Bacabal
2022
BEATRIZ MELO DE OLIVEIRA

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: Um


relato de experiência
Trabalho acadêmico apresentado ao Curso de Pedagogia
Licenciatura, da Universidade Estadual do Maranhão/CESB,
como requisito para obtenção de nota na disciplina de Estágio
Curricular Supervisionado na Educação Infantil.
Orientador: Prof. Vilmar Martins

Bacabal
2022
SUMÁRIO

1. INTODUÇÃO........................................................................................................3
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................4
2.1 Caracterizações do campo de estágio................................................................7
2.2 Descrições da estrutura física da escola.............................................................7
2.3 Público - alvo.......................................................................................................7
3. OBSERVAÇÃO.....................................................................................................7
4.COPARTICIPAÇÃO...............................................................................................9
5.REGÊNCIA...........................................................................................................10
6.CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................12
REFERÊNCIAS....................................................................................................13
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RESUMO

O presente relato tem como objetivo abordar de forma detalhada a experiência


vivenciada no período de estágio supervisionado na educação infantil, realizado na
instituição pública, U.E.I Casa da Amizade localizada na cidade de Bacabal.
Compreende-se que o estágio na formação do pedagogo é de grande valor, pois é um
momento no qual se une a teoria e prática, isto é, vê-se a importância do estudo teórico
para a consolidação de uma prática pedagógica significativa. Nesse sentido, o estágio
serve como amostra para os profissionais de formação inicial ter contato com a realidade
escolar, observando e lidando, mesmo que em período de curto prazo, os desafios que
permeiam o ensino. Essa experiência perpassa por uma pesquisa bibliográfica para que
se validem os conhecimentos obtidos na prática de estágio. Assim, a partir do contato
direto com o fazer docente durante sete semanas subdividindo-se em fazes de
Observação, Coparticipação e Regência resultaram no aprendizado significativo
ampliando a importância da educação infantil e dos profissionais que se dedicam na
área.

Palavras-chave: Educação infantil, Estágio Supervisionado, Prática educativa.

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata-se de um relato de experiência vivido no estágio


supervisionado do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Maranhão
campus Bacabal, realizado em nível de Educação Infantil na escola pública
municipal Unidade de Educação Infantil Casa da Amizade.
A prática de estágio tem como objetivo preparar os educadores em formação
inicial para enfrentar a realidade do processo de ensino e aprendizagem,
contribuindo positivamente para o preparo de futuros educadores.
O estágio supervisionado na educação infantil apresentou-se como uma
oportunidade de aprender mais sobre o funcionamento do ensino nas instituições
educacionais infantis, bem como se apresentou para mim, um agente incentivador
para o exercício da prática educativa na educação infantil.
Nessa concepção, o estágio foi realizado em modalidade totalmente presencial,
iniciando-se no dia 09 de Maio de 2022 e finalizando no dia 01 de Julho de 2022,
durante sete semanas, sendo solicitada a escolha de dois dias da semana para se
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realizar a prática, então os dias escolhidos foram Terça e Quarta- feira, sofrendo
algumas alterações por motivos de falta de aula nos dias referidos, mas que não
interferindo de maneira negativa no período de estágio.

Ademais, o estágio seguiu um cronograma dividindo-se em três fases: a


Observação que tem como objetivo promover o momento de observar o
funcionamento das aulas, o comportamento da turma, a metodologia da professora
titular e auxiliar além de outros aspectos, a segunda fase chamada de
Coparticipação que se entende como a oportunidade de ajudar em momentos da
aula, como, na organização da sala, na preparação do material didático, no auxílio
da ida das crianças no banheiro e etc. E a terceira e última fase designada como
Regência, em que se caracteriza como o momento de reger a sala de aula, isto é,
preparar conteúdos e assumir toda a rotina já estabelecida na turma.

Nesse sentido, a minha prática de estágio foi feita em uma sala de Jardim II no
turno matutino, seguindo as fases de observação, coparticipação e regência nas
decorridas sete semanas, nos horários das 07:00 ás 11:00 horas da manhã,
contabilizando 08 horas semanais e 70h de carga horária total da disciplina de
estágio além das atividades científico-culturais desenvolvida na instituição
concedente.

Assim, a partir do período de estágio observou-se que o fazer docente exige do


profissional tanto preparo formativo, como também competências socioemocionais
capazes de guiá-los e guiar os seus pequenos no processo de ensino e
aprendizagem.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O Estágio supervisionado na educação infantil é uma disciplina exigida na


grade curricular do curso de Pedagogia, onde permite o crescimento
profissional do acadêmico e o envolvimento do mesmo no desenvolvimento
de métodos educativos.

O estágio curricular supervisionado deverá ser um componente


obrigatório da organização curricular das licenciaturas, sendo uma
atividade intrinsecamente articulada com a prática e com as atividades
de trabalho acadêmico. Ao mesmo tempo, os sistemas de ensino
devem propiciar às instituições formadoras a abertura de suas escolas
de Educação Básica para o estágio curricular supervisionado. Esta
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abertura, considerado o regime de colaboração prescrito no Art. 211 da


Constituição Federal, pode se dar por meio de um acordo entre
instituição formadora, órgão executivo do sistema e unidade escolar
acolhedora da presença de estagiários. Em contrapartida, os docentes
em atuação nesta escola poderão receber alguma modalidade de
formação continuada a partir da instituição formadora (BRASIL, 2001, p.
11).

Nesse sentido, através do reconhecimento legal, entende-se a importância da


prática de estágio nos cursos de licenciaturas e sua obrigatoriedade na formação de
futuros educadores. Pois, trata-se de um momento em que o graduando entra em
contato com a prática pedagógica relacionado-a de maneira reflexiva aos saberes
teóricos concebidos nos estudos dentro da universidade. Logo, segundo Pimenta
(2002, p. 45), “o estágio curricular é atividade teórica de conhecimento,
fundamentação, diálogo e intervenção da realidade, esta sim, objeto da práxis. Ou
seja, é no contexto da sala de aula, da escola, do sistema de ensino e da sociedade
que a práxis1 se dá”.

Deste modo, essa fase vivida pelos professores em formação inicial proporciona a
correlação da teoria e prática guiando a atuação dos mesmos no futuro campo de
trabalho. Assim, o estágio supervisionado passa a ser compreendido como “a
atividade em que os alunos deverão realizar durante o seu curso de formação, junto
ao campo futuro de trabalho [...]. Por isso, costuma-se denominá-lo a ‘parte mais
prática’ do curso, em contraposição às demais disciplinas consideradas como a
‘parte mais teórica’” (PIMENTA, 2002, p. 21).

Assim sendo, compreende-se a teoria e prática como elementos indissociáveis na


formação de um pedagogo comprometido na área educacional, pois, “a educação é
uma prática, mas uma prática intencionada pela teoria. Disso decorre atribuirmos
importância ao estágio no processo de formação de professor” (OLIVEIRA, 2007, p.
17).

O estágio supervisionado em nível de educação infantil é o primeiro estágio a ser


realizado no curso de pedagogia, e assim passa a ser uma fase cheia de desafios,
por englobar o universo das crianças, isto é, um ambiente onde se tem o contato
com muitas especificidades no processo de ensino e aprendizagem. Desse modo,

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A práxis pode ser entendida como articulação entre teoria e prática, considerando que “a prática é a
razão de ser da teoria, o que significa que a teoria só se constituiu e se desenvolveu em função da
prática que opera, ao mesmo tempo, como seu fundamento, finalidade e critério de verdade”
(SAVIANI, 2007, p. 108).
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retifica-se o que diz a Lei de Diretrizes e Bases da Educação sobre a Educação


infantil:

No art.29. A Educação Infantil é conceituada como a primeira etapa da


Educação Básica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da
criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológico e
social, complementando a ação da família e da comunidade. No art. 30 a
Educação Infantil será oferecida em creches para crianças de até três anos
de idade e em pré- escolas para crianças de quatro a cinco anos de idade.
No art. 31. Na Educação Infantil a avaliação será feita mediante
acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de
promoção, mesmo para acesso ao Ensino Fundamental ( BRASIL, 1996).

Em vista disso, a educação infantil é uma etapa muito rica e fortemente


especial para o pleno desenvolvimento da criança, tendo como pilar três ações tais
como: o Cuidar, Educar e Brincar. São elementos bases para a formação integral
dos pequenos, cabendo aos professores em suas práticas educativas desenvolver
ações que integre e contemple de maneira indissociável tais elementos.

Assim, a realização de estágio nessa fase educacional exige do estagiário um


embasamento a respeito desses elementos essências para educar de maneira
prazerosa e adequada o grupo etário no qual se está em contato.

Logo, é preciso reconhecer a criança como “sujeito histórico e de direitos que se


desenvolve nas interações, relações e práticas cotidianas a ela disponibilizadas e
por ela estabelecidas com adultos e crianças de diferentes idades nos grupos e
contextos culturais nos quais se insere” (BRASIL, 2009, p. 06). Ademais “ser
professora de Educação Infantil está longe do equilíbrio. É estar próximo do
entrelaçamento entre objetos e pensamentos, fazer e refletir, teoria e práxis,
emoções e conhecimento” (RINALDI, 2014, p. 47).

Contudo, ser educador de educação infantil é estar comprometido com o


desenvolvimento de um ser possuidor de direitos em que está em constante
crescimento, por isso necessita de estímulos adequados a sua fase.

O estágio supervisionado em educação infantil conforme explica Anjos (2012)


transfigura-se como um momento rico para que se amplie a compreensão de
maneira ativa e reflexiva a respeito dessa etapa educacional, por meio das
experiências vivenciadas com crianças pequenas no campo de estágio.
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2.1 Caracterizações do Campo de Estágio

O campo onde se realizou o estágio trata-se de uma escola de educação infantil


nomeada como U. E. I Casa da Amizade, que fica localizada na cidade de Bacabal,
Rua São Domingues, vila Coelho Dias. A escola encontra-se sob a direção de
Luciana Conceição Sousa e sob a coordenação de Dauana Sousa.

A professora responsável por orientar o processo de estágio no referido campo,


chama-se Francisca Nyldiane Lima de Oliveira desempenhando o papel de
Professora Titular da sala trabalhando com outra professora auxiliar.

2.2 Descrições da estrutura física da escola

A escola possui 7 salas de aula, onde quatro delas atendem crianças pequenas
(Jardim) e as outras três são destinadas ao atendimento de crianças bem pequenas
( Maternal). Possui também 1 sala de diretoria, 1 sala de Atendimento Educacional
Especializado, 1 sala reservada para guardar os materiais para a produção de
recursos pedagógicos ( cartolinas, Eva, papel a A4 etc.), 3 banheiros onde dois
desses são destinados às crianças pequenas e um destinado às crianças bem
pequenas. Além de 1 cantina e 2 pátios ( coberto e fechado). A instituição funciona
no turno Matutino e Vespertino.

2.3 Público – alvo

O público - alvo foram as crianças pequenas (5 e 6 anos) da turma de Jardim II


“A” do turno matutino.

3. OBSERVAÇÃO

A observação foi a primeira fase do estágio, um momento fundamental que


norteou todas as decorridas fases. Ocorreu durante dois dias onde pude observar
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todo o comportamento da turma, a rotina que se devia ser seguida todos os dias,
fiquei encantada com os momentos de oração e de musicalidade.

O primeiro dia de observação ocorreu no dia 10 de maio de 2022, onde fui


conduzida até a sala pela secretária da escola, pois a diretora não se fazia presente,
no primeiro momento me apresentei ás professoras (titular e auxiliar) e logo depois
sentei-me e observei a chegada das crianças, as mesmas curiosas ao meu respeito.

Ao longo da manhã fui observando e anotando toda rotina da turma desde o


momento de levar as crianças ao banheiro até o fechamento da aula.

Antes de se iniciar a aula a professora auxiliar conduz primeiramente as meninas


e logo depois os meninos ao banheiro permitindo que os mesmos tomem água e
encham as suas garrafinhas. E assim todos retornam para a sala e a professora
titular distribui blocos de montar enquanto termina de organizar a aula, ou seja, a
colagem da atividade impressa e a fixação de imagens impressas na lousa.

A aula se inicia ás 07h40min com a oração do “Santo Anjo” seguido de músicas e


dança. Adiante faz um tour pela sala explicando nos cartazes os combinados, o
calendário e por fim a chamadinha. Percebi que nesses momentos as crianças ficam
bem animadas, pois são momentos trabalhados de maneira bem lúdica.

Logo depois a professora apresenta o conteúdo do dia fazendo o uso de recurso


lúdico como forma de tornar a aula mais dinâmica e interessante para as crianças.

Dada as 09h00minh as crianças são preparadas pro lanche permanecendo


sentadas em suas carteiras dentro da própria sala de aula. Terminado esse
momento os pequenos são orientados tanto pela professora titular como pela auxiliar
a resolver a atividade impressa referente ao assunto da aula. Percebe-se que esse
momento é adorado pelas crianças, pois é a parte em que elas mantêm contato com
materiais tais como: lápis, giz de cera, tinta guache e outros, dependendo da
atividade proposta. Assim a atividade proporciona não só a prática do conteúdo da
aula como também a escrita dos seus próprios nomes.

Logo após a resolução da atividade impressa a professora finaliza a aula com a


explicação da atividade a ser desenvolvida em casa, mantendo as crianças sentadas
no aguardo de seus pais ou responsáveis.
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O segundo dia de observação aconteceu no dia 12 de maio de 2022, onde


consegui já identificar os momentos que são realizados na sala e as crianças já
começam a se aproximar mais e fazer perguntas como, por exemplo, “o que você
está fazendo aqui?” e “ por que a tia fica só sentada ali ?”

Desse modo, a observação foi a fase de adaptação, de momento de aproximação


com as crianças e com as professoras estendendo o conhecimento e familiarização
com o sistema de ensino da escola norteando a minha trajetória na escola.

4. COPARTICIPAÇÃO

A fase de coparticipação aconteceu nos dias 17 e 19 de maio de 2022, foram


dois dias em que pude ajudar na rotina da sala e ter um contato mais próximo das
crianças.

Participei do momento de levar os pequenos ao banheiro junto com a professora


auxiliar, compartilhei da oração, de rodas de conversas, da resolução das atividades
feitas em sala, ponto em que pude observar o desenvolvimento de alguns alunos,
notando as suas dificuldades e particularidades, além dos momentos de
musicalidade e danças. Permitindo-me envolver nas atividades da sala, com total
apoio e incentivo das professoras.

Foi uma fase na qual eu tive a oportunidade de entender de maneira mais


prática sobre a organização dos momentos na educação infantil, as metodologias
usadas pela professora, o controle de sala que se é necessário ter, além da
importância de permitir momentos de afetividade, coletividade e individualidade, tudo
isso com foco no aprendizado das crianças.

Foi por meio da coparticipação que tive subsídios de como se deve reger uma
turma de crianças pequenas e ampliei o olhar sobre a importância de uma segunda
professora para auxiliar o processo de ensino e aprendizagem, pois, existe
momentos, especificadamente a hora da resolução da atividade, que a professora
busca atender todas as crianças ao mesmo tempo, é claro que isso não é possível,
mas trata-se de uma hora em que se multiplica a atenção, e nesse sentido, a ajuda
de uma auxiliar contribui para que esse processo seja facilitado e confortável ás
crianças.
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Desse modo, estar em contato com toda aquela realidade, com diferentes
personalidades, comportamentos e formas de aprender agrega-se conhecimentos
que só o estágio é capaz de promover durante a formação inicial de um professor de
educação infantil.

5. REGÊNCIA

A minha experiência na fase de regência foi um período de bastante aprendizado,


onde fui de forma atenciosa bem orientada pela minha professora titular e pela
coordenadora da instituição. O período de regência durou cinco semanas e em cada
uma delas eu regia a sala durante dois dias, nesse caso essa fase durou exatos 10
dias.

Na primeira semana me senti uma pouco receosa, por de fato estar regendo uma
sala de aula tendo que seguir todos os momentos já estabelecidos na sala e
principalmente mediar o aprendizado das crianças.

Com a aula planejada fui capaz de conduzir de maneira confortável tanto para mim
como para as crianças a aula. Assim mediei as atividades permanentes da turma
como a acolhida, os combinados, a chamadinha, o calendário, as músicas e as
danças da forma como observei e coparticipei nas semanas anteriores, claro
permitindo inovação e criatividade. Logo as crianças super aprovaram e se
divertiram com a “tia nova” dando aula.

A minha primeira aula foi sobre o numeral 2, planejei as atividades priorizando


rodas de conversas, contagem de estórias e dinâmica sobre o numeral do dia, além
de atividades que promovessem a prática da escrita do numeral. As crianças
aprovaram a minha metodologia já que percebi o envolvimento participativo de todos
nas atividades propostas.

Na segunda semana já me senti bem tranquila e confortável na sala, pois a


minha relação com as professoras e as crianças já estava mantida de maneira
amigável. Nessa semana que foi do dia 01 ao dia 03 de junho desenvolvi atividades
relacionadas ao meio ambiente. Propiciei momentos de contagem de estórias, de
colagem da imagem de um planeta terra em um CD reciclado, além de pinturas e
coletas seletivas em cestas impressas e fixadas na lousa.
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No dia 03 de junho a escola promoveu um passeio no Shopping das Crianças e


pude participar desse momento, auxiliei as crianças juntamente com as professoras
e acabei me divertindo junto a elas. Por meio dessa ação extracurricular promovida
pela instituição, percebi a sua importância, por ser uma atividade fora da sala de
aula propiciando a aprendizagem através da exploração de novos ambientes,
complementando assim a formação dos alunos.

Na terceira e quarta semana já bem envolvida na escola, promovi atividades com


músicas, danças e colagens buscando sempre incentivar a relação das crianças,
trabalhando de maneira dinâmica a coletividade e também a individualidade de cada
um, a fim de identificar e conduzir o desenvolvimento de todos. Também auxiliei
durante essas semanas, os ensaios da quadrilha que aconteceria no fim do mês.

Chegando a última semana do estágio me senti um pouco triste e ao mesmo


tempo feliz. Feliz por ter de fato conseguido passar por essa fase tão importante na
minha formação e triste por saber que não vou continuar acompanhando e
mediando o aprendizado daquelas crianças, tais crianças que me encantaram do
início ao fim me fazendo refletir a cada fim de aula, e ainda me instigando a dar o
melhor á elas.

A minha última aula foi sobre o numeral 4 , onde eu planejei atividades mais
dinâmicas, com foco nas brincadeiras fazendo uso de blocos de montar, além de
recursos pedagógicos como a caixa de areia ( recurso pedagógico que estimula a
escrita com os dedos da mão, tendo como objetivo desenvolver a grafomotricidade)
.

Por tanto, meu último dia de regência foi gratificante e muito especial por saber
que desempenhei com amor aquilo que me foi designado. Despedi-me dos
pequenos com o coração apertado, mas sabendo que eles ficariam sob a educação
e os cuidados de duas educadoras que mostraram desempenhar a sua profissão
com amor e respeito ás crianças.

Durante as três fases pude adquirir conhecimentos que me incentivaram a exercer


a minha profissão na Educação Infantil e que apesar das dificuldades e desafios
consegui aproveitar esse momento de forma positiva, ampliando o meu olhar a
respeito da importância de se planejar as aulas, fazendo uso de metodologias
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inovadoras e lúdicas, além de se tornar claro de maneira prática, a essência de ser


pedagogo e de exercer a Pedagogia com amor, respeito, e ética.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante essa fase de estágio ampliou-se a compreensão sobre as


particularidades da educação infantil e o quanto que o Pedagogo atuante nessa área
necessita de preparo profissional.

O estágio proporcionou muito aprendizado, contribuindo não só na formação


profissional, como também na formação pessoal. Foi uma maneira de se colocar em
prática todo o conhecimento já aprendido na faculdade. Nesse sentido, é relevante
desfrutar desse período com muita curiosidade a fim de se obter mais
conhecimentos sobre a forma de cuidar e educar uma criança.

Entende-se o estágio supervisionado na educação infantil como uma amostra da


realidade escolar e os diversos desafios enfrentados pelos profissionais da área.

Apesar de ser uma fase de medo e insegurança para o estagiário é também um


momento valioso e fundamental, cabendo ao mesmo enfrentar os desafios de modo
a se obter no fim do estágio, aprendizados em que a teoria e a prática se tenham
correlacionado.

Sendo assim, para que o estágio traga conhecimentos mais profundos é


fundamental que o acadêmico se comprometa de forma disciplinada e colaborativa
nas atividades desenvolvidas na instituição concedente, estabelecendo uma boa
relação com a mesma.

Por tanto, a vivência nesse estágio proporcionou um vasto aprendizado em


relação à educação infantil, destacando aspectos fundamentais para a prática
educativa, onde as expectativas foram atingidas de maneira positiva, enriquecendo
assim, o processo de formação inicial.
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REFERÊNCIAS

ANJOS, C. I. dos. Estágio na licenciatura em Pedagogia: arte na Educação


Infantil. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação (CNE). Conselho


Pleno (CP). Parecer CNE/CP nº 28 de 02 de outubro de 2001. Dá nova redação ao
Parecer CNE/CP 21/2001, que estabelece a duração e a carga horária dos cursos
de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de
licenciatura, de graduação plena. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/028.pdf Acesso em 07 de julho de 2022.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional. Lei n° 9394, de 20 de
dezembro de 1996, Brasília.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Universidade


Federal do Rio Grande do Sul. Práticas cotidianas na educação infantil: bases
para a reflexão sobre as orientações curriculares. Brasília, 2009. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/relat_seb_praticas_cotidianas.pdf. Acesso em
10 de julho de 2022

OLIVEIRA, Z. R. de. Educação Infantil: Fundamentos e Métodos. São Paulo:


Cortez, 2007

PIMENTA, S. G. O Estágio na formação do professor: unidade teoria e prática?


São Paulo: Cortez, 2002.

RINALDI, Carla. Creches e escolas da infância como lugares de cultura. In: Zero
Project. Tornando visível a aprendizagem: crianças que aprendem individualmente
e em grupo. São Paulo: Ed. Phorte, 2014.

SAVIANI, D. Pedagogia: O espaço da Educação na Universidade. Cadernos de


Pesquisa (Fundação Carlos Chagas): v. 37, n. 130, jan. /abr. 2007, p. 99-134.
Disponível em http://www.scielo.br/pdf/cp/v37n130/06.pdf Acesso em 10 julho de
2019.

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