Você está na página 1de 632

Epistemologia de

Descartes e Hume

Professor Domingos Faria

Domingos Faria | 1
Sumário:

Domingos Faria | 2
Sumário:
Problema da Possibilidade do Conhecimento

Domingos Faria | 2
Sumário:
Problema da Possibilidade do Conhecimento
Fundacionalismo racionalista de Descartes

Domingos Faria | 2
Sumário:
Problema da Possibilidade do Conhecimento
Fundacionalismo racionalista de Descartes
Objeções à epistemologia de Descartes

Domingos Faria | 2
Sumário:
Problema da Possibilidade do Conhecimento
Fundacionalismo racionalista de Descartes
Objeções à epistemologia de Descartes
Fundacionalismo empirista de Hume

Domingos Faria | 2
Sumário:
Problema da Possibilidade do Conhecimento
Fundacionalismo racionalista de Descartes
Objeções à epistemologia de Descartes
Fundacionalismo empirista de Hume
Objeções à Epistemologia de Hume

Domingos Faria | 2
Sumário:
Problema da Possibilidade do Conhecimento
Fundacionalismo racionalista de Descartes
Objeções à epistemologia de Descartes
Fundacionalismo empirista de Hume
Objeções à Epistemologia de Hume
Comparando Hume e Descartes

Domingos Faria | 2
Problema da
Possibilidade do
Conhecimento

Domingos Faria | 3 . 1
Experiência de Pensamento

Domingos Faria | 3 . 2
Experiência de Pensamento

Domingos Faria | 3 . 2
Experiência de Pensamento

Tarefa:

Domingos Faria | 3 . 2
Experiência de Pensamento

Tarefa:

(1) Como poderia Brian saber a verdade?

Domingos Faria | 3 . 2
Experiência de Pensamento

Tarefa:

(1) Como poderia Brian saber a verdade?


(2) Podemos alguma vez estar certos de que sabemos seja o
que for? Porquê?
Domingos Faria | 3 . 2
Problema da Possibilidade do
Conhecimento
PROBLEMA: Será possível conhecer algo?

Domingos Faria | 3 . 3
Problema da Possibilidade do
Conhecimento
PROBLEMA: Será possível conhecer algo?
Teoria do Ceticismo: o conhecimento não é possível.

Domingos Faria | 3 . 3
Problema da Possibilidade do
Conhecimento
PROBLEMA: Será possível conhecer algo?
Teoria do Ceticismo: o conhecimento não é possível.

Há vários tipos de ceticismo:

Domingos Faria | 3 . 3
Problema da Possibilidade do
Conhecimento
PROBLEMA: Será possível conhecer algo?
Teoria do Ceticismo: o conhecimento não é possível.

Há vários tipos de ceticismo:

Ceticismo sobre o mundo exterior: o conhecimento sobre o


mundo exterior não é possível.

Domingos Faria | 3 . 3
Problema da Possibilidade do
Conhecimento
PROBLEMA: Será possível conhecer algo?
Teoria do Ceticismo: o conhecimento não é possível.

Há vários tipos de ceticismo:

Ceticismo sobre o mundo exterior: o conhecimento sobre o


mundo exterior não é possível.
Ceticismo radical ou pirrónico: o conhecimento, seja acerca do
que for, não é possível.

Domingos Faria | 3 . 3
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Leitura do Texto 5: “Cérebros numa Cuba” de Hillary Putnam.
Domingos Faria | 3 . 4
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Leitura do Texto 5: “Cérebros numa Cuba” de Hillary Putnam.
Domingos Faria | 3 . 4
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Leitura do Texto 5: “Cérebros numa Cuba” de Hillary Putnam.

https://goo.gl/uT6jwC
Domingos Faria | 3 . 4
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Leitura do Texto 5: “Cérebros numa Cuba” de Hillary Putnam.

Domingos Faria | 3 . 5
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Leitura do Texto 5: “Cérebros numa Cuba” de Hillary Putnam.
Tarefa:

Domingos Faria | 3 . 5
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Leitura do Texto 5: “Cérebros numa Cuba” de Hillary Putnam.
Tarefa:

(1) Como se pode defender que não sabemos que estamos


num Cérebro numa Cuba?

Domingos Faria | 3 . 5
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Leitura do Texto 5: “Cérebros numa Cuba” de Hillary Putnam.
Tarefa:

(1) Como se pode defender que não sabemos que estamos


num Cérebro numa Cuba?
(2) Formula um argumento dedutivamente válido, com base no
texto de Putnam, para a conclusão de que “não sei que tenho
mãos”.

Domingos Faria | 3 . 5
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Leitura do Texto 5: “Cérebros numa Cuba” de Hillary Putnam.
Tarefa:

(1) Como se pode defender que não sabemos que estamos


num Cérebro numa Cuba?
(2) Formula um argumento dedutivamente válido, com base no
texto de Putnam, para a conclusão de que “não sei que tenho
mãos”.
(3) Discussão: Será esse argumento sólido? Porquê?

Domingos Faria | 3 . 5
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Argumento a favor do ceticismo sobre o mundo exterior:

Domingos Faria | 3 . 6
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Argumento a favor do ceticismo sobre o mundo exterior:

(1) Se sei que tenho duas mãos, então sei que não sou um
Cérebro numa Cuba.

Domingos Faria | 3 . 6
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Argumento a favor do ceticismo sobre o mundo exterior:

(1) Se sei que tenho duas mãos, então sei que não sou um
Cérebro numa Cuba.
(2) Mas não sei que não sou um Cérebro numa Cuba.

Domingos Faria | 3 . 6
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Argumento a favor do ceticismo sobre o mundo exterior:

(1) Se sei que tenho duas mãos, então sei que não sou um
Cérebro numa Cuba.
(2) Mas não sei que não sou um Cérebro numa Cuba.
(3) Logo, não sei que tenho duas mãos.

Domingos Faria | 3 . 6
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Argumento a favor do ceticismo sobre o mundo exterior:

(1) Se sei que tenho duas mãos, então sei que não sou um
Cérebro numa Cuba.
(2) Mas não sei que não sou um Cérebro numa Cuba.
(3) Logo, não sei que tenho duas mãos.
Que razões há a favor de (2)?

Domingos Faria | 3 . 6
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Argumento a favor do ceticismo sobre o mundo exterior:

(1) Se sei que tenho duas mãos, então sei que não sou um
Cérebro numa Cuba.
(2) Mas não sei que não sou um Cérebro numa Cuba.
(3) Logo, não sei que tenho duas mãos.
Que razões há a favor de (2)?

Dado o cenário cético, não podemos distinguir uma


experiência genuína do mundo exterior de uma experiência
ilusória gerada pelo supercomputador.

Domingos Faria | 3 . 6
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Argumento a favor do ceticismo sobre o mundo exterior:

(1) Se sei que tenho duas mãos, então sei que não sou um
Cérebro numa Cuba.
(2) Mas não sei que não sou um Cérebro numa Cuba.
(3) Logo, não sei que tenho duas mãos.
Que razões há a favor de (2)?

Dado o cenário cético, não podemos distinguir uma


experiência genuína do mundo exterior de uma experiência
ilusória gerada pelo supercomputador.
Assim, não sabemos que não sou um Cérebro numa Cuba.
Domingos Faria | 3 . 6
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Argumento a favor do ceticismo sobre o mundo exterior:

(1) Se sei que tenho duas mãos, então sei que não sou um
Cérebro numa Cuba.
(2) Mas não sei que não sou um Cérebro numa Cuba.
(3) Logo, não sei que tenho duas mãos.
Que razões há a favor de (2)?

Dado o cenário cético, não podemos distinguir uma


experiência genuína do mundo exterior de uma experiência
ilusória gerada pelo supercomputador.
Assim, não sabemos que não sou um Cérebro numa Cuba.
Será este argumento sólido? Domingos Faria | 3 . 6
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Objeções:

Domingos Faria | 3 . 7
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Objeções:

Contra a premissa (2):

Domingos Faria | 3 . 7
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Objeções:

Contra a premissa (2):


Teoria causal do conhecimento: a crença de S que p é causada pelo facto
que p.

Domingos Faria | 3 . 7
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Objeções:

Contra a premissa (2):


Teoria causal do conhecimento: a crença de S que p é causada pelo facto
que p.
Se esta teoria for verdadeira e tivermos realmente mãos, então sabemos
que temos mãos.

Domingos Faria | 3 . 7
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Objeções:

Contra a premissa (2):


Teoria causal do conhecimento: a crença de S que p é causada pelo facto
que p.
Se esta teoria for verdadeira e tivermos realmente mãos, então sabemos
que temos mãos.
Será isto plausível?

Domingos Faria | 3 . 7
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Objeções:

Contra a premissa (2):


Teoria causal do conhecimento: a crença de S que p é causada pelo facto
que p.
Se esta teoria for verdadeira e tivermos realmente mãos, então sabemos
que temos mãos.
Será isto plausível?
Contextualismo:

Domingos Faria | 3 . 7
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Objeções:

Contra a premissa (2):


Teoria causal do conhecimento: a crença de S que p é causada pelo facto
que p.
Se esta teoria for verdadeira e tivermos realmente mãos, então sabemos
que temos mãos.
Será isto plausível?
Contextualismo:
O que é classi cado como conhecimento varia de contexto para contexto.

Domingos Faria | 3 . 7
Ceticismo sobre o mundo
exterior
Objeções:

Contra a premissa (2):


Teoria causal do conhecimento: a crença de S que p é causada pelo facto
que p.
Se esta teoria for verdadeira e tivermos realmente mãos, então sabemos
que temos mãos.
Será isto plausível?
Contextualismo:
O que é classi cado como conhecimento varia de contexto para contexto.
Será isto plausível?

Domingos Faria | 3 . 7
Ceticismo radical ou pirrónico
Leitura do Texto 4: “Hipóteses Pirrónicas” de Sexto Empírico.

Domingos Faria | 3 . 8
Ceticismo radical ou pirrónico
Leitura do Texto 4: “Hipóteses Pirrónicas” de Sexto Empírico.
Página 1 de 55

Colégio Pedro Arrupe


Depa amento de Ciências Sociais e Humanas
Professor Domingos Faria

Domingos Faria | 3 . 8
Ceticismo radical ou pirrónico
Leitura do Texto 4: “Hipóteses Pirrónicas” de Sexto Empírico.
Página 1 de 55

Colégio Pedro Arrupe


Depa amento de Ciências Sociais e Humanas
Professor Domingos Faria

https://goo.gl/uT6jwC

Domingos Faria | 3 . 8
Ceticismo radical ou pirrónico
Leitura do Texto 4: “Hipóteses Pirrónicas” de Sexto Empírico.

Domingos Faria | 3 . 9
Ceticismo radical ou pirrónico
Leitura do Texto 4: “Hipóteses Pirrónicas” de Sexto Empírico.
Tarefa:

Domingos Faria | 3 . 9
Ceticismo radical ou pirrónico
Leitura do Texto 4: “Hipóteses Pirrónicas” de Sexto Empírico.
Tarefa:

(1) Explica o argumento cético baseado na discrepância de


opiniões.

Domingos Faria | 3 . 9
Ceticismo radical ou pirrónico
Leitura do Texto 4: “Hipóteses Pirrónicas” de Sexto Empírico.
Tarefa:

(1) Explica o argumento cético baseado na discrepância de


opiniões.
(2) Explica o argumento cético baseado na relatividade das
aparências.

Domingos Faria | 3 . 9
Ceticismo radical ou pirrónico
Leitura do Texto 4: “Hipóteses Pirrónicas” de Sexto Empírico.
Tarefa:

(1) Explica o argumento cético baseado na discrepância de


opiniões.
(2) Explica o argumento cético baseado na relatividade das
aparências.
(3) Explica o argumento cético baseado na regressão in nita da
justi cação.

Domingos Faria | 3 . 9
Ceticismo radical ou pirrónico
Leitura do Texto 4: “Hipóteses Pirrónicas” de Sexto Empírico.
Tarefa:

(1) Explica o argumento cético baseado na discrepância de


opiniões.
(2) Explica o argumento cético baseado na relatividade das
aparências.
(3) Explica o argumento cético baseado na regressão in nita da
justi cação.
(4) Discussão: Qual é o argumento que te parece mais forte?

Domingos Faria | 3 . 9
Ceticismo radical ou pirrónico
Leitura do Texto 4: “Hipóteses Pirrónicas” de Sexto Empírico.
Tarefa:

(1) Explica o argumento cético baseado na discrepância de


opiniões.
(2) Explica o argumento cético baseado na relatividade das
aparências.
(3) Explica o argumento cético baseado na regressão in nita da
justi cação.
(4) Discussão: Qual é o argumento que te parece mais forte?
(5) Discussão: Que objeções se podem apresentar a esses
argumentos.
Domingos Faria | 3 . 9
Ceticismo radical ou pirrónico
Argumento central a favor do ceticismo radical:

Domingos Faria | 3 . 10
Ceticismo radical ou pirrónico
Argumento central a favor do ceticismo radical:

(1) Se há conhecimento, as nossas crenças estão justi cadas.

Domingos Faria | 3 . 10
Ceticismo radical ou pirrónico
Argumento central a favor do ceticismo radical:

(1) Se há conhecimento, as nossas crenças estão justi cadas.


(2) Mas as nossas crenças não estão justi cadas.

Domingos Faria | 3 . 10
Ceticismo radical ou pirrónico
Argumento central a favor do ceticismo radical:

(1) Se há conhecimento, as nossas crenças estão justi cadas.


(2) Mas as nossas crenças não estão justi cadas.
(3) Logo, não há conhecimento.

Domingos Faria | 3 . 10
Ceticismo radical ou pirrónico
Argumento central a favor do ceticismo radical:

(1) Se há conhecimento, as nossas crenças estão justi cadas.


(2) Mas as nossas crenças não estão justi cadas.
(3) Logo, não há conhecimento.
Razões a favor da premissa (2):

Domingos Faria | 3 . 10
Ceticismo radical ou pirrónico
Argumento central a favor do ceticismo radical:

(1) Se há conhecimento, as nossas crenças estão justi cadas.


(2) Mas as nossas crenças não estão justi cadas.
(3) Logo, não há conhecimento.
Razões a favor da premissa (2):

1ª razão: discrepância de opiniões,

Domingos Faria | 3 . 10
Ceticismo radical ou pirrónico
Argumento central a favor do ceticismo radical:

(1) Se há conhecimento, as nossas crenças estão justi cadas.


(2) Mas as nossas crenças não estão justi cadas.
(3) Logo, não há conhecimento.
Razões a favor da premissa (2):

1ª razão: discrepância de opiniões,


2ª razão: relatividade das aparências,

Domingos Faria | 3 . 10
Ceticismo radical ou pirrónico
Argumento central a favor do ceticismo radical:

(1) Se há conhecimento, as nossas crenças estão justi cadas.


(2) Mas as nossas crenças não estão justi cadas.
(3) Logo, não há conhecimento.
Razões a favor da premissa (2):

1ª razão: discrepância de opiniões,


2ª razão: relatividade das aparências,
3ª razão: regressão in nita da justi cação.

Domingos Faria | 3 . 10
1ª razão:
razão: discrepância de
opiniões

Domingos Faria | 3 . 11
1ª razão:
razão: discrepância de
opiniões
Argumento da discrepância ou divergência de opiniões:

Domingos Faria | 3 . 11
1ª razão:
razão: discrepância de
opiniões
Argumento da discrepância ou divergência de opiniões:

(1) Seja qual for o assunto, há sempre divergência


irreconciliável de opiniões, mesmo entre os entendidos nesse
assunto.

Domingos Faria | 3 . 11
1ª razão:
razão: discrepância de
opiniões
Argumento da discrepância ou divergência de opiniões:

(1) Seja qual for o assunto, há sempre divergência


irreconciliável de opiniões, mesmo entre os entendidos nesse
assunto.
(2) Se há divergência irreconciliáveis de opiniões, então
nenhuma opinião ou crença está su cientemente justi cada.

Domingos Faria | 3 . 11
1ª razão:
razão: discrepância de
opiniões
Argumento da discrepância ou divergência de opiniões:

(1) Seja qual for o assunto, há sempre divergência


irreconciliável de opiniões, mesmo entre os entendidos nesse
assunto.
(2) Se há divergência irreconciliáveis de opiniões, então
nenhuma opinião ou crença está su cientemente justi cada.
(3) Logo, nenhum opinião ou crença está justi cada.

Domingos Faria | 3 . 11
1ª razão:
razão: discrepância de
opiniões
Argumento da discrepância ou divergência de opiniões:

(1) Seja qual for o assunto, há sempre divergência


irreconciliável de opiniões, mesmo entre os entendidos nesse
assunto.
(2) Se há divergência irreconciliáveis de opiniões, então
nenhuma opinião ou crença está su cientemente justi cada.
(3) Logo, nenhum opinião ou crença está justi cada.
Será este um argumento plausível?

Domingos Faria | 3 . 11
Domingos Faria | 3 . 12
2ª razão:
razão: relatividade das
aparências

Domingos Faria | 3 . 12
2ª razão:
razão: relatividade das
aparências
Argumento da relatividade ou ilusão dos sentidos:

Domingos Faria | 3 . 12
2ª razão:
razão: relatividade das
aparências
Argumento da relatividade ou ilusão dos sentidos:

(1) Frequentemente somos enganados pelos nossos sentidos.


(Pois, muitas das coisas que vemos, ouvimos, etc, são meras
ilusões percetivas.)

Domingos Faria | 3 . 12
2ª razão:
razão: relatividade das
aparências
Argumento da relatividade ou ilusão dos sentidos:

(1) Frequentemente somos enganados pelos nossos sentidos.


(Pois, muitas das coisas que vemos, ouvimos, etc, são meras
ilusões percetivas.)
(2) Se somos enganados pelos nossos sentidos, então as nossas
crenças percetivas não estão justi cadas.

Domingos Faria | 3 . 12
2ª razão:
razão: relatividade das
aparências
Argumento da relatividade ou ilusão dos sentidos:

(1) Frequentemente somos enganados pelos nossos sentidos.


(Pois, muitas das coisas que vemos, ouvimos, etc, são meras
ilusões percetivas.)
(2) Se somos enganados pelos nossos sentidos, então as nossas
crenças percetivas não estão justi cadas.
(3) Logo, as nossas crenças percetivas não são justi cadas.

Domingos Faria | 3 . 12
2ª razão:
razão: relatividade das
aparências
Argumento da relatividade ou ilusão dos sentidos:

(1) Frequentemente somos enganados pelos nossos sentidos.


(Pois, muitas das coisas que vemos, ouvimos, etc, são meras
ilusões percetivas.)
(2) Se somos enganados pelos nossos sentidos, então as nossas
crenças percetivas não estão justi cadas.
(3) Logo, as nossas crenças percetivas não são justi cadas.
Será este um argumento plausível?

Domingos Faria | 3 . 12
3ª razão:
razão: regressão infinita da
justificação
Domingos Faria | 3 . 13
3ª razão:
razão: regressão infinita da
justificação
O argumento mais discutido é o seguinte:
Domingos Faria | 3 . 13
3ª razão:
razão: regressão infinita da
justificação
O argumento mais discutido é o seguinte:

Argumento da regressão in nita da justi cação:


Domingos Faria | 3 . 13
3ª razão:
razão: regressão infinita da
justificação
O argumento mais discutido é o seguinte:

Argumento da regressão in nita da justi cação:

(1) A justi cação de qualquer crença é inferida de outras


crenças. (Ou seja, a única forma de justi car as nossas crenças é
recorrer a outras crenças.)
Domingos Faria | 3 . 13
3ª razão:
razão: regressão infinita da
justificação
O argumento mais discutido é o seguinte:

Argumento da regressão in nita da justi cação:

(1) A justi cação de qualquer crença é inferida de outras


crenças. (Ou seja, a única forma de justi car as nossas crenças é
recorrer a outras crenças.)
(2) Se a justi cação de qualquer crença é inferida de outras
crenças, então há uma regressão in nita na justi cação.
Domingos Faria | 3 . 13
3ª razão:
razão: regressão infinita da
justificação
O argumento mais discutido é o seguinte:

Argumento da regressão in nita da justi cação:

(1) A justi cação de qualquer crença é inferida de outras


crenças. (Ou seja, a única forma de justi car as nossas crenças é
recorrer a outras crenças.)
(2) Se a justi cação de qualquer crença é inferida de outras
crenças, então há uma regressão in nita na justi cação.
(3) Logo, há uma regressão in nita na justi cação.
Domingos Faria | 3 . 13
3ª razão:
razão: regressão infinita da
justificação
O argumento mais discutido é o seguinte:

Argumento da regressão in nita da justi cação:

(1) A justi cação de qualquer crença é inferida de outras


crenças. (Ou seja, a única forma de justi car as nossas crenças é
recorrer a outras crenças.)
(2) Se a justi cação de qualquer crença é inferida de outras
crenças, então há uma regressão in nita na justi cação.
(3) Logo, há uma regressão in nita na justi cação.
(4) Se há uma regressão in nita na justi cação, as nossas
crenças não estão justi cadas.
Domingos Faria | 3 . 13
3ª razão:
razão: regressão infinita da
justificação
O argumento mais discutido é o seguinte:

Argumento da regressão in nita da justi cação:

(1) A justi cação de qualquer crença é inferida de outras


crenças. (Ou seja, a única forma de justi car as nossas crenças é
recorrer a outras crenças.)
(2) Se a justi cação de qualquer crença é inferida de outras
crenças, então há uma regressão in nita na justi cação.
(3) Logo, há uma regressão in nita na justi cação.
(4) Se há uma regressão in nita na justi cação, as nossas
crenças não estão justi cadas.
(5) Logo, as nossas crenças não estão justi cadas.
Domingos Faria | 3 . 13
3ª razão:
razão: regressão infinita da
justificação
O argumento mais discutido é o seguinte:

Argumento da regressão in nita da justi cação:

(1) A justi cação de qualquer crença é inferida de outras


crenças. (Ou seja, a única forma de justi car as nossas crenças é
recorrer a outras crenças.)
(2) Se a justi cação de qualquer crença é inferida de outras
crenças, então há uma regressão in nita na justi cação.
(3) Logo, há uma regressão in nita na justi cação.
(4) Se há uma regressão in nita na justi cação, as nossas
crenças não estão justi cadas.
(5) Logo, as nossas crenças não estão justi cadas.
Será este um argumento plausível?

Domingos Faria | 3 . 13
Objeções contra regressão
infinita da justificação
Objeções contra o argumento da regressão ao in nito:

Domingos Faria | 3 . 14
Objeções contra regressão
infinita da justificação
Objeções contra o argumento da regressão ao in nito:

Negar a premissa (2):

Domingos Faria | 3 . 14
Objeções contra regressão
infinita da justificação
Objeções contra o argumento da regressão ao in nito:

Negar a premissa (2):


Defesa do Coerentismo.

Domingos Faria | 3 . 14
Objeções contra regressão
infinita da justificação
Objeções contra o argumento da regressão ao in nito:

Negar a premissa (2):


Defesa do Coerentismo.
Negar a premissa (1):

Domingos Faria | 3 . 14
Objeções contra regressão
infinita da justificação
Objeções contra o argumento da regressão ao in nito:

Negar a premissa (2):


Defesa do Coerentismo.
Negar a premissa (1):
Defesa do Fundacionalismo.

Domingos Faria | 3 . 14
Coerentismo
“A justi cação de qualquer crença é inferida de outras crenças, mas
não há uma regressão in nita na justi cação”.

Domingos Faria | 3 . 15
Coerentismo
“A justi cação de qualquer crença é inferida de outras crenças, mas
não há uma regressão in nita na justi cação”.

Mas como isso é possível?

Domingos Faria | 3 . 15
Coerentismo
“A justi cação de qualquer crença é inferida de outras crenças, mas
não há uma regressão in nita na justi cação”.

Mas como isso é possível?

Para o coerentismo qualquer crença deve ser baseada numa


cadeia circular de inferências.

Domingos Faria | 3 . 15
Coerentismo
“A justi cação de qualquer crença é inferida de outras crenças, mas
não há uma regressão in nita na justi cação”.

Mas como isso é possível?

Para o coerentismo qualquer crença deve ser baseada numa


cadeia circular de inferências.

Domingos Faria | 3 . 15
Coerentismo
“A justi cação de qualquer crença é inferida de outras crenças, mas
não há uma regressão in nita na justi cação”.

Mas como isso é possível?

Para o coerentismo qualquer crença deve ser baseada numa


cadeia circular de inferências.
Objeções:

Domingos Faria | 3 . 15
Coerentismo
“A justi cação de qualquer crença é inferida de outras crenças, mas
não há uma regressão in nita na justi cação”.

Mas como isso é possível?

Para o coerentismo qualquer crença deve ser baseada numa


cadeia circular de inferências.
Objeções:
Parece cometer a falácia da petição de
princípio.

Domingos Faria | 3 . 15
Fundacionalismo
“A justi cação de algumas crenças não são inferidas de outras
crenças”.

Domingos Faria | 3 . 16
Fundacionalismo
“A justi cação de algumas crenças não são inferidas de outras
crenças”.

Domingos Faria | 3 . 16
Fundacionalismo
“A justi cação de algumas crenças não são inferidas de outras
crenças”.

Que tipo de crenças são básicas?

Domingos Faria | 3 . 16
Fundacionalismo
“A justi cação de algumas crenças não são inferidas de outras
crenças”.

Que tipo de crenças são básicas? Há dois tipos de fundacionalismo:

Domingos Faria | 3 . 16
Fundacionalismo
“A justi cação de algumas crenças não são inferidas de outras
crenças”.

Que tipo de crenças são básicas? Há dois tipos de fundacionalismo:

(1) Fundacionalismo racionalista de Descartes.

Domingos Faria | 3 . 16
Fundacionalismo
“A justi cação de algumas crenças não são inferidas de outras
crenças”.

Que tipo de crenças são básicas? Há dois tipos de fundacionalismo:

(1) Fundacionalismo racionalista de Descartes.


(2) Fundacionalismo empirista de Hume.

Domingos Faria | 3 . 16
Fundacionalismo
“A justi cação de algumas crenças não são inferidas de outras
crenças”.

Que tipo de crenças são básicas? Há dois tipos de fundacionalismo:

(1) Fundacionalismo racionalista de Descartes.


(2) Fundacionalismo empirista de Hume.
Qual é o tipo de fundacionalismo mais plausível?
Domingos Faria | 3 . 16
Fundacionalismo
racionalista de
Descartes

Domingos Faria | 4 . 1
Problema da origem do
conhecimento
PROBLEMA: Se o conhecimento é possível a partir de crenças
básicas e estas não se justi cam por outras crenças, o que justi ca
uma crença básica?
Domingos Faria | 4 . 2
Problema da origem do
conhecimento
PROBLEMA: Se o conhecimento é possível a partir de crenças
básicas e estas não se justi cam por outras crenças, o que justi ca
uma crença básica?

Duas fontes de justi cação e conhecimento básico:


Domingos Faria | 4 . 2
Problema da origem do
conhecimento
PROBLEMA: Se o conhecimento é possível a partir de crenças
básicas e estas não se justi cam por outras crenças, o que justi ca
uma crença básica?

Duas fontes de justi cação e conhecimento básico:

(1) Intuição Racional (pensamento)


Domingos Faria | 4 . 2
Problema da origem do
conhecimento
PROBLEMA: Se o conhecimento é possível a partir de crenças
básicas e estas não se justi cam por outras crenças, o que justi ca
uma crença básica?

Duas fontes de justi cação e conhecimento básico:

(1) Intuição Racional (pensamento)


Reconhecemos a verdade de certas proposições simplesmente pensando
nelas.
Domingos Faria | 4 . 2
Problema da origem do
conhecimento
PROBLEMA: Se o conhecimento é possível a partir de crenças
básicas e estas não se justi cam por outras crenças, o que justi ca
uma crença básica?

Duas fontes de justi cação e conhecimento básico:

(1) Intuição Racional (pensamento)


Reconhecemos a verdade de certas proposições simplesmente pensando
nelas.
É a base do conhecimento “a priori” (aquele que pode ser obtido sem
recorrer à experiência).
Domingos Faria | 4 . 2
Problema da origem do
conhecimento
PROBLEMA: Se o conhecimento é possível a partir de crenças
básicas e estas não se justi cam por outras crenças, o que justi ca
uma crença básica?

Duas fontes de justi cação e conhecimento básico:

(1) Intuição Racional (pensamento)


Reconhecemos a verdade de certas proposições simplesmente pensando
nelas.
É a base do conhecimento “a priori” (aquele que pode ser obtido sem
recorrer à experiência).
(2) Experiência (sentidos)
Domingos Faria | 4 . 2
Problema da origem do
conhecimento
PROBLEMA: Se o conhecimento é possível a partir de crenças
básicas e estas não se justi cam por outras crenças, o que justi ca
uma crença básica?

Duas fontes de justi cação e conhecimento básico:

(1) Intuição Racional (pensamento)


Reconhecemos a verdade de certas proposições simplesmente pensando
nelas.
É a base do conhecimento “a priori” (aquele que pode ser obtido sem
recorrer à experiência).
(2) Experiência (sentidos)
Resulta do funcionamento dos nossos sentidos.
Domingos Faria | 4 . 2
Problema da origem do
conhecimento
PROBLEMA: Se o conhecimento é possível a partir de crenças
básicas e estas não se justi cam por outras crenças, o que justi ca
uma crença básica?

Duas fontes de justi cação e conhecimento básico:

(1) Intuição Racional (pensamento)


Reconhecemos a verdade de certas proposições simplesmente pensando
nelas.
É a base do conhecimento “a priori” (aquele que pode ser obtido sem
recorrer à experiência).
(2) Experiência (sentidos)
Resulta do funcionamento dos nossos sentidos.
É a base do conhecimento “a posteriori” ou empírico (aquele que só
pode ser obtido através da experiência)
Domingos Faria | 4 . 2
Problema da origem do
conhecimento
PROBLEMA: Se o conhecimento é possível a partir de crenças
básicas e estas não se justi cam por outras crenças, o que justi ca
uma crença básica?

Duas fontes de justi cação e conhecimento básico:

(1) Intuição Racional (pensamento)


Reconhecemos a verdade de certas proposições simplesmente pensando
nelas.
É a base do conhecimento “a priori” (aquele que pode ser obtido sem
recorrer à experiência).
(2) Experiência (sentidos)
Resulta do funcionamento dos nossos sentidos.
É a base do conhecimento “a posteriori” ou empírico (aquele que só
pode ser obtido através da experiência)
Qual destas fontes é a mais básica ou fundamental?

Domingos Faria | 4 . 2
Respostas ao problema da
origem do conhecimento
Qual destas fontes é a mais básica ou fundamental?

Domingos Faria | 4 . 3
Respostas ao problema da
origem do conhecimento
Qual destas fontes é a mais básica ou fundamental?
Há uma discordância entre:

Domingos Faria | 4 . 3
Respostas ao problema da
origem do conhecimento
Qual destas fontes é a mais básica ou fundamental?
Há uma discordância entre:
Racionalistas (como
Descartes)

Domingos Faria | 4 . 3
Respostas ao problema da
origem do conhecimento
Qual destas fontes é a mais básica ou fundamental?
Há uma discordância entre:
Racionalistas (como
Descartes)
Privilegiam a intuição racional
como fonte de conhecimento
(mas não negam o conhecimento
empírico).

Domingos Faria | 4 . 3
Respostas ao problema da
origem do conhecimento
Qual destas fontes é a mais básica ou fundamental?
Há uma discordância entre:
Racionalistas (como
Descartes)
Privilegiam a intuição racional
como fonte de conhecimento
(mas não negam o conhecimento
empírico).
Muitos aspetos importantes da
realidade podem ser conhecidos
“a priori”.
Domingos Faria | 4 . 3
Respostas ao problema da
origem do conhecimento
Qual destas fontes é a mais básica ou fundamental?
Há uma discordância entre:
Racionalistas (como Empiristas (como Hume)
Descartes)
Privilegiam a intuição racional
como fonte de conhecimento
(mas não negam o conhecimento
empírico).
Muitos aspetos importantes da
realidade podem ser conhecidos
“a priori”.
Domingos Faria | 4 . 3
Respostas ao problema da
origem do conhecimento
Qual destas fontes é a mais básica ou fundamental?
Há uma discordância entre:
Racionalistas (como Empiristas (como Hume)
Descartes) Privilegiam a experiência como
Privilegiam a intuição racional fonte de conhecimento.
como fonte de conhecimento
(mas não negam o conhecimento
empírico).
Muitos aspetos importantes da
realidade podem ser conhecidos
“a priori”.
Domingos Faria | 4 . 3
Respostas ao problema da
origem do conhecimento
Qual destas fontes é a mais básica ou fundamental?
Há uma discordância entre:
Racionalistas (como Empiristas (como Hume)
Descartes) Privilegiam a experiência como
Privilegiam a intuição racional fonte de conhecimento.
como fonte de conhecimento Exceto o domínio da
(mas não negam o conhecimento matemática/lógica (que é “a
empírico). priori”), todo o nosso
Muitos aspetos importantes da conhecimento é empírico ou “a
realidade podem ser conhecidos posteriori”.
“a priori”.
Domingos Faria | 4 . 3
Fundacionalismo de Descartes

Domingos Faria | 4 . 4
Fundacionalismo de Descartes
Objetivo de Descartes (1596-1650):

Domingos Faria | 4 . 4
Fundacionalismo de Descartes
Objetivo de Descartes (1596-1650):
Procurar fundamentos seguros e indubitáveis.

Domingos Faria | 4 . 4
Fundacionalismo de Descartes
Objetivo de Descartes (1596-1650):
Procurar fundamentos seguros e indubitáveis.
Ou seja, encontrar alguma crença básica infalível de que não se possa
duvidar.

Domingos Faria | 4 . 4
Fundacionalismo de Descartes
Objetivo de Descartes (1596-1650):
Procurar fundamentos seguros e indubitáveis.
Ou seja, encontrar alguma crença básica infalível de que não se possa
duvidar.
Método

Domingos Faria | 4 . 4
Fundacionalismo de Descartes
Objetivo de Descartes (1596-1650):
Procurar fundamentos seguros e indubitáveis.
Ou seja, encontrar alguma crença básica infalível de que não se possa
duvidar.
Método - Dúvida Metódica:

Domingos Faria | 4 . 4
Fundacionalismo de Descartes
Objetivo de Descartes (1596-1650):
Procurar fundamentos seguros e indubitáveis.
Ou seja, encontrar alguma crença básica infalível de que não se possa
duvidar.
Método - Dúvida Metódica:
Todas as nossas crenças terão de ser submetidas à dúvida e só serão
aceites como básicas ou fundacionais se passarem no teste.

Domingos Faria | 4 . 4
Fundacionalismo de Descartes
Objetivo de Descartes (1596-1650):
Procurar fundamentos seguros e indubitáveis.
Ou seja, encontrar alguma crença básica infalível de que não se possa
duvidar.
Método - Dúvida Metódica:
Todas as nossas crenças terão de ser submetidas à dúvida e só serão
aceites como básicas ou fundacionais se passarem no teste.
“Passar no teste” é tentar duvidar delas e não conseguirmos.

Domingos Faria | 4 . 4
Fundacionalismo de Descartes
Objetivo de Descartes (1596-1650):
Procurar fundamentos seguros e indubitáveis.
Ou seja, encontrar alguma crença básica infalível de que não se possa
duvidar.
Método - Dúvida Metódica:
Todas as nossas crenças terão de ser submetidas à dúvida e só serão
aceites como básicas ou fundacionais se passarem no teste.
“Passar no teste” é tentar duvidar delas e não conseguirmos.
“Metódica” porque a dúvida é um método ou meio para alcançar a certeza.

Domingos Faria | 4 . 4
Fundacionalismo de Descartes
Objetivo de Descartes (1596-1650):
Procurar fundamentos seguros e indubitáveis.
Ou seja, encontrar alguma crença básica infalível de que não se possa
duvidar.
Método - Dúvida Metódica:
Todas as nossas crenças terão de ser submetidas à dúvida e só serão
aceites como básicas ou fundacionais se passarem no teste.
“Passar no teste” é tentar duvidar delas e não conseguirmos.
“Metódica” porque a dúvida é um método ou meio para alcançar a certeza.
A “dúvida cartesiana” também se carateriza por ser: provisória, universal, e
hiperbólica.

Domingos Faria | 4 . 4
Aplicação do Método
Descartes não coloca em dúvida cada crença individualmente, mas
sim tipos de crença.

Domingos Faria | 4 . 5
Aplicação do Método
Descartes não coloca em dúvida cada crença individualmente, mas
sim tipos de crença.

Domingos Faria | 4 . 5
Aplicação do Método
Descartes não coloca em dúvida cada crença individualmente, mas
sim tipos de crença.
Para colocar em dúvida as crenças “a posteriori”:

Domingos Faria | 4 . 5
Aplicação do Método
Descartes não coloca em dúvida cada crença individualmente, mas
sim tipos de crença.
Para colocar em dúvida as crenças “a posteriori”:
Argumento da ilusão dos sentidos.

Domingos Faria | 4 . 5
Aplicação do Método
Descartes não coloca em dúvida cada crença individualmente, mas
sim tipos de crença.
Para colocar em dúvida as crenças “a posteriori”:
Argumento da ilusão dos sentidos.
Argumento do sonho.

Domingos Faria | 4 . 5
Aplicação do Método
Descartes não coloca em dúvida cada crença individualmente, mas
sim tipos de crença.
Para colocar em dúvida as crenças “a posteriori”:
Argumento da ilusão dos sentidos.
Argumento do sonho.
Para colocar em dúvida as crenças “a priori”:

Domingos Faria | 4 . 5
Aplicação do Método
Descartes não coloca em dúvida cada crença individualmente, mas
sim tipos de crença.
Para colocar em dúvida as crenças “a posteriori”:
Argumento da ilusão dos sentidos.
Argumento do sonho.
Para colocar em dúvida as crenças “a priori”:
Argumento do génio maligno.

Domingos Faria | 4 . 5
Domingos Faria | 4 . 6
Argumento das ilusões dos
sentidos

Domingos Faria | 4 . 6
Argumento das ilusões dos
sentidos
Argumento para duvidar que os nossos sentidos são uma fonte de
conhecimento.

Domingos Faria | 4 . 6
Argumento das ilusões dos
sentidos
Argumento para duvidar que os nossos sentidos são uma fonte de
conhecimento.

Domingos Faria | 4 . 6
Argumento das ilusões dos
sentidos
Argumento para duvidar que os nossos sentidos são uma fonte de
conhecimento.
(1) Os sentidos por vezes iludem-nos (p.e. dois círculos que são
iguais podem parecer diferentes).

Domingos Faria | 4 . 6
Argumento das ilusões dos
sentidos
Argumento para duvidar que os nossos sentidos são uma fonte de
conhecimento.
(1) Os sentidos por vezes iludem-nos (p.e. dois círculos que são
iguais podem parecer diferentes).
(2) Se 1 é verdade, então não podemos con ar inteiramente
nos sentidos.

Domingos Faria | 4 . 6
Argumento das ilusões dos
sentidos
Argumento para duvidar que os nossos sentidos são uma fonte de
conhecimento.
(1) Os sentidos por vezes iludem-nos (p.e. dois círculos que são
iguais podem parecer diferentes).
(2) Se 1 é verdade, então não podemos con ar inteiramente
nos sentidos.
(3) Logo, não podemos con ar inteiramente nos sentidos.

Domingos Faria | 4 . 6
Argumento das ilusões dos
sentidos
Argumento para duvidar que os nossos sentidos são uma fonte de
conhecimento.
(1) Os sentidos por vezes iludem-nos (p.e. dois círculos que são
iguais podem parecer diferentes).
(2) Se 1 é verdade, então não podemos con ar inteiramente
nos sentidos.
(3) Logo, não podemos con ar inteiramente nos sentidos.
Limites:

Domingos Faria | 4 . 6
Argumento das ilusões dos
sentidos
Argumento para duvidar que os nossos sentidos são uma fonte de
conhecimento.
(1) Os sentidos por vezes iludem-nos (p.e. dois círculos que são
iguais podem parecer diferentes).
(2) Se 1 é verdade, então não podemos con ar inteiramente
nos sentidos.
(3) Logo, não podemos con ar inteiramente nos sentidos.
Limites: Descartes reconhece que ilusões de ótica não parecem pôr
em causa que tenho mãos e um corpo.

Domingos Faria | 4 . 6
Argumento do sonho

Domingos Faria | 4 . 7
Argumento do sonho
Argumento para duvidar de qualquer perceção sensível.

Domingos Faria | 4 . 8
Argumento do sonho
Argumento para duvidar de qualquer perceção sensível.

Domingos Faria | 4 . 8
Argumento do sonho
Argumento para duvidar de qualquer perceção sensível.
(1) Por vezes tenho sonhos vívidos que são qualitativamente
indistinguíveis das minhas “melhores” perceções (em vigília).

Domingos Faria | 4 . 8
Argumento do sonho
Argumento para duvidar de qualquer perceção sensível.
(1) Por vezes tenho sonhos vívidos que são qualitativamente
indistinguíveis das minhas “melhores” perceções (em vigília).
(2) Se 1 é verdadeira, então não posso distinguir com certeza as
minhas “melhores” perceções dos sonhos vívidos.

Domingos Faria | 4 . 8
Argumento do sonho
Argumento para duvidar de qualquer perceção sensível.
(1) Por vezes tenho sonhos vívidos que são qualitativamente
indistinguíveis das minhas “melhores” perceções (em vigília).
(2) Se 1 é verdadeira, então não posso distinguir com certeza as
minhas “melhores” perceções dos sonhos vívidos.
(3) Logo, não posso distinguir com certeza as minhas
“melhores” perceções dos sonhos vívidos.

Domingos Faria | 4 . 8
Argumento do sonho
Argumento para duvidar de qualquer perceção sensível.
(1) Por vezes tenho sonhos vívidos que são qualitativamente
indistinguíveis das minhas “melhores” perceções (em vigília).
(2) Se 1 é verdadeira, então não posso distinguir com certeza as
minhas “melhores” perceções dos sonhos vívidos.
(3) Logo, não posso distinguir com certeza as minhas
“melhores” perceções dos sonhos vívidos.
(4) Se 3 é verdadeira, então nem mesmo as minhas “melhores”
perceções proporcionam certeza.

Domingos Faria | 4 . 8
Argumento do sonho
Argumento para duvidar de qualquer perceção sensível.
(1) Por vezes tenho sonhos vívidos que são qualitativamente
indistinguíveis das minhas “melhores” perceções (em vigília).
(2) Se 1 é verdadeira, então não posso distinguir com certeza as
minhas “melhores” perceções dos sonhos vívidos.
(3) Logo, não posso distinguir com certeza as minhas
“melhores” perceções dos sonhos vívidos.
(4) Se 3 é verdadeira, então nem mesmo as minhas “melhores”
perceções proporcionam certeza.
(5) Logo, nem mesmo as minhas “melhores” perceções
proporcionam certeza.

Domingos Faria | 4 . 8
Argumento do sonho
Argumento para duvidar de qualquer perceção sensível.
(1) Por vezes tenho sonhos vívidos que são qualitativamente
indistinguíveis das minhas “melhores” perceções (em vigília).
(2) Se 1 é verdadeira, então não posso distinguir com certeza as
minhas “melhores” perceções dos sonhos vívidos.
(3) Logo, não posso distinguir com certeza as minhas
“melhores” perceções dos sonhos vívidos.
(4) Se 3 é verdadeira, então nem mesmo as minhas “melhores”
perceções proporcionam certeza.
(5) Logo, nem mesmo as minhas “melhores” perceções
proporcionam certeza.
Limites:
Domingos Faria | 4 . 8
Argumento do sonho
Argumento para duvidar de qualquer perceção sensível.
(1) Por vezes tenho sonhos vívidos que são qualitativamente
indistinguíveis das minhas “melhores” perceções (em vigília).
(2) Se 1 é verdadeira, então não posso distinguir com certeza as
minhas “melhores” perceções dos sonhos vívidos.
(3) Logo, não posso distinguir com certeza as minhas
“melhores” perceções dos sonhos vívidos.
(4) Se 3 é verdadeira, então nem mesmo as minhas “melhores”
perceções proporcionam certeza.
(5) Logo, nem mesmo as minhas “melhores” perceções
proporcionam certeza.
Limites: o argumento não põe em causa as crenças “a priori”.
Domingos Faria | 4 . 8
Argumento do génio maligno

Domingos Faria | 4 . 9
Argumento do génio maligno

Domingos Faria | 4 . 10
Argumento do génio maligno
Argumento para duvidar das nossas crenças “a posteriori” e “a
priori”.

Domingos Faria | 4 . 10
Argumento do génio maligno
Argumento para duvidar das nossas crenças “a posteriori” e “a
priori”.

Domingos Faria | 4 . 10
Argumento do génio maligno
Argumento para duvidar das nossas crenças “a posteriori” e “a
priori”.
(1) É possível que exista um génio maligno (uma divindade
enganadora).

Domingos Faria | 4 . 10
Argumento do génio maligno
Argumento para duvidar das nossas crenças “a posteriori” e “a
priori”.
(1) É possível que exista um génio maligno (uma divindade
enganadora).
(2) Se isso é possível, então não posso ter a certeza sobre
crenças “a posteriori” e “a priori”.

Domingos Faria | 4 . 10
Argumento do génio maligno
Argumento para duvidar das nossas crenças “a posteriori” e “a
priori”.
(1) É possível que exista um génio maligno (uma divindade
enganadora).
(2) Se isso é possível, então não posso ter a certeza sobre
crenças “a posteriori” e “a priori”.
(3) Se não posso ter essa certeza, então não tenho
conhecimento “a posteriori” e “a priori”.

Domingos Faria | 4 . 10
Argumento do génio maligno
Argumento para duvidar das nossas crenças “a posteriori” e “a
priori”.
(1) É possível que exista um génio maligno (uma divindade
enganadora).
(2) Se isso é possível, então não posso ter a certeza sobre
crenças “a posteriori” e “a priori”.
(3) Se não posso ter essa certeza, então não tenho
conhecimento “a posteriori” e “a priori”.
(4) Logo, não tenho conhecimento “a posteriori” e “a priori”.

Domingos Faria | 4 . 10
Argumento do génio maligno
Argumento para duvidar das nossas crenças “a posteriori” e “a
priori”.
(1) É possível que exista um génio maligno (uma divindade
enganadora).
(2) Se isso é possível, então não posso ter a certeza sobre
crenças “a posteriori” e “a priori”.
(3) Se não posso ter essa certeza, então não tenho
conhecimento “a posteriori” e “a priori”.
(4) Logo, não tenho conhecimento “a posteriori” e “a priori”.
Será que nada pode ser certo para ser uma crença básica ou
fundamental?

Domingos Faria | 4 . 10
Argumento do génio maligno
Argumento para duvidar das nossas crenças “a posteriori” e “a
priori”.
(1) É possível que exista um génio maligno (uma divindade
enganadora).
(2) Se isso é possível, então não posso ter a certeza sobre
crenças “a posteriori” e “a priori”.
(3) Se não posso ter essa certeza, então não tenho
conhecimento “a posteriori” e “a priori”.
(4) Logo, não tenho conhecimento “a posteriori” e “a priori”.
Será que nada pode ser certo para ser uma crença básica ou
fundamental? Descartes defende que NÃO.

Domingos Faria | 4 . 10
Argumento do génio maligno
Argumento para duvidar das nossas crenças “a posteriori” e “a
priori”.
(1) É possível que exista um génio maligno (uma divindade
enganadora).
(2) Se isso é possível, então não posso ter a certeza sobre
crenças “a posteriori” e “a priori”.
(3) Se não posso ter essa certeza, então não tenho
conhecimento “a posteriori” e “a priori”.
(4) Logo, não tenho conhecimento “a posteriori” e “a priori”.
Será que nada pode ser certo para ser uma crença básica ou
fundamental? Descartes defende que NÃO. Mesmo um génio
maligno não pode enganar-nos a respeito de tudo.
Domingos Faria | 4 . 10
Há algo que não se possa
duvidar?
duvidar?
Domingos Faria | 4 . 11
Há algo que não se possa
duvidar?
duvidar?
DESCARTES, René (1641) “Meditações sobre a Filoso a Primeira”:
Existe algo que posso saber com toda a certeza: “PENSO, LOGO EXISTE”.

Domingos Faria | 4 . 11
Cogito
Aparência e realidade -- o problema do conhecimento [Man…
[Man…

Domingos Faria | 4 . 12
Cogito

Domingos Faria | 4 . 13
Cogito
Enquanto busca razões para pôr em causa aquilo em que
acredita, Descartes está a pensar.

Domingos Faria | 4 . 13
Cogito
Enquanto busca razões para pôr em causa aquilo em que
acredita, Descartes está a pensar.
Ora, para pensar tem de existir. Assim, pela crença “eu penso,
logo existo” – conhecida por cogito –, Descartes atinge uma
primeira certeza.

Domingos Faria | 4 . 13
Cogito
Enquanto busca razões para pôr em causa aquilo em que
acredita, Descartes está a pensar.
Ora, para pensar tem de existir. Assim, pela crença “eu penso,
logo existo” – conhecida por cogito –, Descartes atinge uma
primeira certeza.
Encontramos nalmente uma crença básica ou fundacional:
o “cogito”.

Domingos Faria | 4 . 13
Cogito
Enquanto busca razões para pôr em causa aquilo em que
acredita, Descartes está a pensar.
Ora, para pensar tem de existir. Assim, pela crença “eu penso,
logo existo” – conhecida por cogito –, Descartes atinge uma
primeira certeza.
Encontramos nalmente uma crença básica ou fundacional:
o “cogito”.
O “cogito” tem duas caraterísticas:

Domingos Faria | 4 . 13
Cogito
Enquanto busca razões para pôr em causa aquilo em que
acredita, Descartes está a pensar.
Ora, para pensar tem de existir. Assim, pela crença “eu penso,
logo existo” – conhecida por cogito –, Descartes atinge uma
primeira certeza.
Encontramos nalmente uma crença básica ou fundacional:
o “cogito”.
O “cogito” tem duas caraterísticas:
(1) É uma crença autojusti cada;

Domingos Faria | 4 . 13
Cogito
Enquanto busca razões para pôr em causa aquilo em que
acredita, Descartes está a pensar.
Ora, para pensar tem de existir. Assim, pela crença “eu penso,
logo existo” – conhecida por cogito –, Descartes atinge uma
primeira certeza.
Encontramos nalmente uma crença básica ou fundacional:
o “cogito”.
O “cogito” tem duas caraterísticas:
(1) É uma crença autojusti cada;
(2) É uma verdade da razão, e não dos sentidos.

Domingos Faria | 4 . 13
Cogito [Exercício]
O “cogito”…

Domingos Faria | 4 . 14
Cogito [Exercício]
O “cogito”…

1. signi ca o mesmo que… a) ceticismo


2. é uma crença… b) indubitável
3. é o fundamento do(a) c) autojusti cado(a)
4. é uma refutação do(a) d) “penso, logo existo”
5. é o que resulta do(a) e) razão
6. é uma ideia… f) clara e distinta
7. é um princípio… g) conhecimento
8. baseia-se no(a)… h) dúvida metódica

Domingos Faria | 4 . 14
Cogito [Exercício]
O “cogito”…

1. signi ca o mesmo que… d) a) ceticismo


2. é uma crença… b) indubitável
3. é o fundamento do(a) c) autojusti cado(a)
4. é uma refutação do(a) d) “penso, logo existo”
5. é o que resulta do(a) e) razão
6. é uma ideia… f) clara e distinta
7. é um princípio… g) conhecimento
8. baseia-se no(a)… h) dúvida metódica

Domingos Faria | 4 . 14
Cogito [Exercício]
O “cogito”…

1. signi ca o mesmo que… d) a) ceticismo


2. é uma crença… b) ou c) b) indubitável
3. é o fundamento do(a) c) autojusti cado(a)
4. é uma refutação do(a) d) “penso, logo existo”
5. é o que resulta do(a) e) razão
6. é uma ideia… f) clara e distinta
7. é um princípio… g) conhecimento
8. baseia-se no(a)… h) dúvida metódica

Domingos Faria | 4 . 14
Cogito [Exercício]
O “cogito”…

1. signi ca o mesmo que… d) a) ceticismo


2. é uma crença… b) ou c) b) indubitável
3. é o fundamento do(a) g) c) autojusti cado(a)
4. é uma refutação do(a) d) “penso, logo existo”
5. é o que resulta do(a) e) razão
6. é uma ideia… f) clara e distinta
7. é um princípio… g) conhecimento
8. baseia-se no(a)… h) dúvida metódica

Domingos Faria | 4 . 14
Cogito [Exercício]
O “cogito”…

1. signi ca o mesmo que… d) a) ceticismo


2. é uma crença… b) ou c) b) indubitável
3. é o fundamento do(a) g) c) autojusti cado(a)
4. é uma refutação do(a) a) d) “penso, logo existo”
5. é o que resulta do(a) e) razão
6. é uma ideia… f) clara e distinta
7. é um princípio… g) conhecimento
8. baseia-se no(a)… h) dúvida metódica

Domingos Faria | 4 . 14
Cogito [Exercício]
O “cogito”…

1. signi ca o mesmo que… d) a) ceticismo


2. é uma crença… b) ou c) b) indubitável
3. é o fundamento do(a) g) c) autojusti cado(a)
4. é uma refutação do(a) a) d) “penso, logo existo”
5. é o que resulta do(a) h) e) razão
6. é uma ideia… f) clara e distinta
7. é um princípio… g) conhecimento
8. baseia-se no(a)… h) dúvida metódica

Domingos Faria | 4 . 14
Cogito [Exercício]
O “cogito”…

1. signi ca o mesmo que… d) a) ceticismo


2. é uma crença… b) ou c) b) indubitável
3. é o fundamento do(a) g) c) autojusti cado(a)
4. é uma refutação do(a) a) d) “penso, logo existo”
5. é o que resulta do(a) h) e) razão
6. é uma ideia… f) f) clara e distinta
7. é um princípio… g) conhecimento
8. baseia-se no(a)… h) dúvida metódica

Domingos Faria | 4 . 14
Cogito [Exercício]
O “cogito”…

1. signi ca o mesmo que… d) a) ceticismo


2. é uma crença… b) ou c) b) indubitável
3. é o fundamento do(a) g) c) autojusti cado(a)
4. é uma refutação do(a) a) d) “penso, logo existo”
5. é o que resulta do(a) h) e) razão
6. é uma ideia… f) f) clara e distinta
7. é um princípio… c) ou b) g) conhecimento
8. baseia-se no(a)… h) dúvida metódica

Domingos Faria | 4 . 14
Cogito [Exercício]
O “cogito”…

1. signi ca o mesmo que… d) a) ceticismo


2. é uma crença… b) ou c) b) indubitável
3. é o fundamento do(a) g) c) autojusti cado(a)
4. é uma refutação do(a) a) d) “penso, logo existo”
5. é o que resulta do(a) h) e) razão
6. é uma ideia… f) f) clara e distinta
7. é um princípio… c) ou b) g) conhecimento
8. baseia-se no(a)… e) h) dúvida metódica

Domingos Faria | 4 . 14
Critério da verdade
O que assegura a verdade do cogito?

Domingos Faria | 4 . 15
Critério da verdade
O que assegura a verdade do cogito? O que torna o “cogito”
indubitável?

Domingos Faria | 4 . 15
Critério da verdade
O que assegura a verdade do cogito? O que torna o “cogito”
indubitável?

O facto de perceber o “cogito” muito clara e distintamente.

Domingos Faria | 4 . 15
Critério da verdade
O que assegura a verdade do cogito? O que torna o “cogito”
indubitável?

O facto de perceber o “cogito” muito clara e distintamente.


Critério da verdade:

Domingos Faria | 4 . 15
Critério da verdade
O que assegura a verdade do cogito? O que torna o “cogito”
indubitável?

O facto de perceber o “cogito” muito clara e distintamente.


Critério da verdade:

Tudo aquilo que percebemos com clareza e distinção é


verdade.

Domingos Faria | 4 . 15
Critério da verdade
O que assegura a verdade do cogito? O que torna o “cogito”
indubitável?

O facto de perceber o “cogito” muito clara e distintamente.


Critério da verdade:

Tudo aquilo que percebemos com clareza e distinção é


verdade.
Uma “ideia clara e distinta” é quando se apresenta com tal
evidência que não podemos duvidar da sua verdade.

Domingos Faria | 4 . 15
Critério da verdade
O que assegura a verdade do cogito? O que torna o “cogito”
indubitável?

O facto de perceber o “cogito” muito clara e distintamente.


Critério da verdade:

Tudo aquilo que percebemos com clareza e distinção é


verdade.
Uma “ideia clara e distinta” é quando se apresenta com tal
evidência que não podemos duvidar da sua verdade.
PROBLEMA:

Domingos Faria | 4 . 15
Critério da verdade
O que assegura a verdade do cogito? O que torna o “cogito”
indubitável?

O facto de perceber o “cogito” muito clara e distintamente.


Critério da verdade:

Tudo aquilo que percebemos com clareza e distinção é


verdade.
Uma “ideia clara e distinta” é quando se apresenta com tal
evidência que não podemos duvidar da sua verdade.
PROBLEMA: o que me garante que não me engano quando concebo
algo muito clara e distintamente?
Domingos Faria | 4 . 15
Critério da verdade
O que assegura a verdade do cogito? O que torna o “cogito”
indubitável?

O facto de perceber o “cogito” muito clara e distintamente.


Critério da verdade:

Tudo aquilo que percebemos com clareza e distinção é


verdade.
Uma “ideia clara e distinta” é quando se apresenta com tal
evidência que não podemos duvidar da sua verdade.
PROBLEMA: o que me garante que não me engano quando concebo
algo muito clara e distintamente? Por que razão podemos con ar na
clareza e distinção das ideias? Domingos Faria | 4 . 15
Deus como garantia da
verdade
A garantia de que não me engano quando concebo algo clara e
distintamente só pode ser dada por um ser poderoso e benevolente,

Domingos Faria | 4 . 16
Deus como garantia da
verdade
A garantia de que não me engano quando concebo algo clara e
distintamente só pode ser dada por um ser poderoso e benevolente,
ou seja, Deus.

Domingos Faria | 4 . 16
Deus como garantia da
verdade
A garantia de que não me engano quando concebo algo clara e
distintamente só pode ser dada por um ser poderoso e benevolente,
ou seja, Deus.

Mas porquê?

Domingos Faria | 4 . 16
Deus como garantia da
verdade
A garantia de que não me engano quando concebo algo clara e
distintamente só pode ser dada por um ser poderoso e benevolente,
ou seja, Deus.

Mas porquê?

Porque se Deus não existisse, nada impediria que um génio


maligno me zesse conceber clara e distintamente coisas
falsas.

Domingos Faria | 4 . 16
Deus como garantia da
verdade
A garantia de que não me engano quando concebo algo clara e
distintamente só pode ser dada por um ser poderoso e benevolente,
ou seja, Deus.

Mas porquê?

Porque se Deus não existisse, nada impediria que um génio


maligno me zesse conceber clara e distintamente coisas
falsas.
Mas se Deus existe, sendo poderoso e benevolente, não vai
induzir as suas criaturas em erro quando pensam clara e
distintamente.
Domingos Faria | 4 . 16
Deus como garantia da
verdade
A garantia de que não me engano quando concebo algo clara e
distintamente só pode ser dada por um ser poderoso e benevolente,
ou seja, Deus.

Mas porquê?

Porque se Deus não existisse, nada impediria que um génio


maligno me zesse conceber clara e distintamente coisas
falsas.
Mas se Deus existe, sendo poderoso e benevolente, não vai
induzir as suas criaturas em erro quando pensam clara e
distintamente.
Domingos Faria | 4 . 16
Será que Deus existe?
existe?

Domingos Faria | 4 . 17
Será que Deus existe?
existe?
Descartes apresenta dois argumento “a priori”:

Domingos Faria | 4 . 17
Será que Deus existe?
existe?
Descartes apresenta dois argumento “a priori”:

O Argumento da Marca.

Domingos Faria | 4 . 17
Será que Deus existe?
existe?
Descartes apresenta dois argumento “a priori”:

O Argumento da Marca.
O Argumento Ontológico.

Domingos Faria | 4 . 17
Será que Deus existe?
existe?
Argumento da marca de Descartes:

Domingos Faria | 4 . 18
Será que Deus existe?
existe?
Argumento da marca de Descartes:

Domingos Faria | 4 . 18
Será que Deus existe?
existe?
Argumento da marca de Descartes:
(1) Tenho a ideia de Ser Perfeito.

Domingos Faria | 4 . 18
Será que Deus existe?
existe?
Argumento da marca de Descartes:
(1) Tenho a ideia de Ser Perfeito.
(2) Se tenho a ideia de Ser Perfeito, então existe um Ser Perfeito
que é a origem da minha ideia de perfeição.

Domingos Faria | 4 . 18
Será que Deus existe?
existe?
Argumento da marca de Descartes:
(1) Tenho a ideia de Ser Perfeito.
(2) Se tenho a ideia de Ser Perfeito, então existe um Ser Perfeito
que é a origem da minha ideia de perfeição.
(3) Logo, existe um Ser Perfeito que é a origem da minha ideia
de perfeição.

Domingos Faria | 4 . 18
Será que Deus existe?
existe?
Argumento da marca de Descartes:
(1) Tenho a ideia de Ser Perfeito.
(2) Se tenho a ideia de Ser Perfeito, então existe um Ser Perfeito
que é a origem da minha ideia de perfeição.
(3) Logo, existe um Ser Perfeito que é a origem da minha ideia
de perfeição.
(4) Ou eu sou um Ser Perfeito,

Domingos Faria | 4 . 18
Será que Deus existe?
existe?
Argumento da marca de Descartes:
(1) Tenho a ideia de Ser Perfeito.
(2) Se tenho a ideia de Ser Perfeito, então existe um Ser Perfeito
que é a origem da minha ideia de perfeição.
(3) Logo, existe um Ser Perfeito que é a origem da minha ideia
de perfeição.
(4) Ou eu sou um Ser Perfeito, ou há outra coisa (além de mim)
que é Ser Perfeito e originou a minha ideia de perfeição.

Domingos Faria | 4 . 18
Será que Deus existe?
existe?
Argumento da marca de Descartes:
(1) Tenho a ideia de Ser Perfeito.
(2) Se tenho a ideia de Ser Perfeito, então existe um Ser Perfeito
que é a origem da minha ideia de perfeição.
(3) Logo, existe um Ser Perfeito que é a origem da minha ideia
de perfeição.
(4) Ou eu sou um Ser Perfeito, ou há outra coisa (além de mim)
que é Ser Perfeito e originou a minha ideia de perfeição.
(5) Mas eu não sou um Ser Perfeito (porque duvido).

Domingos Faria | 4 . 18
Será que Deus existe?
existe?
Argumento da marca de Descartes:
(1) Tenho a ideia de Ser Perfeito.
(2) Se tenho a ideia de Ser Perfeito, então existe um Ser Perfeito
que é a origem da minha ideia de perfeição.
(3) Logo, existe um Ser Perfeito que é a origem da minha ideia
de perfeição.
(4) Ou eu sou um Ser Perfeito, ou há outra coisa (além de mim)
que é Ser Perfeito e originou a minha ideia de perfeição.
(5) Mas eu não sou um Ser Perfeito (porque duvido).
(6) Logo, há outra coisa (além de mim) que é Ser Perfeito e
originou a minha ideia de perfeição - Deus.

Domingos Faria | 4 . 18
Será que Deus existe?
existe?
Argumento da marca de Descartes:
(1) Tenho a ideia de Ser Perfeito.
(2) Se tenho a ideia de Ser Perfeito, então existe um Ser Perfeito
que é a origem da minha ideia de perfeição.
(3) Logo, existe um Ser Perfeito que é a origem da minha ideia
de perfeição.
(4) Ou eu sou um Ser Perfeito, ou há outra coisa (além de mim)
que é Ser Perfeito e originou a minha ideia de perfeição.
(5) Mas eu não sou um Ser Perfeito (porque duvido).
(6) Logo, há outra coisa (além de mim) que é Ser Perfeito e
originou a minha ideia de perfeição - Deus.
A ideia de Deus não é inventada (factícia) ou adquirida (adventícia) pelos
sentidos, mas sim inata.

Domingos Faria | 4 . 18
Será que Deus existe?
existe?
Argumento da marca de Descartes:
(1) Tenho a ideia de Ser Perfeito.
(2) Se tenho a ideia de Ser Perfeito, então existe um Ser Perfeito
que é a origem da minha ideia de perfeição.
(3) Logo, existe um Ser Perfeito que é a origem da minha ideia
de perfeição.
(4) Ou eu sou um Ser Perfeito, ou há outra coisa (além de mim)
que é Ser Perfeito e originou a minha ideia de perfeição.
(5) Mas eu não sou um Ser Perfeito (porque duvido).
(6) Logo, há outra coisa (além de mim) que é Ser Perfeito e
originou a minha ideia de perfeição - Deus.
A ideia de Deus não é inventada (factícia) ou adquirida (adventícia) pelos
sentidos, mas sim inata.

Será este um argumento plausível? Domingos Faria | 4 . 18


Será que Deus existe?
existe?
Argumento ontológico de Descartes:

Domingos Faria | 4 . 19
Será que Deus existe?
existe?
Argumento ontológico de Descartes:

Domingos Faria | 4 . 19
Será que Deus existe?
existe?
Argumento ontológico de Descartes:
(1) Um ser sumamente perfeito tem todas as perfeições

Domingos Faria | 4 . 19
Será que Deus existe?
existe?
Argumento ontológico de Descartes:
(1) Um ser sumamente perfeito tem todas as perfeições e a
existência é uma perfeição (pois, é melhor existir que não
existir).

Domingos Faria | 4 . 19
Será que Deus existe?
existe?
Argumento ontológico de Descartes:
(1) Um ser sumamente perfeito tem todas as perfeições e a
existência é uma perfeição (pois, é melhor existir que não
existir).
(2) Se 1 é verdadeira, então existe um ser sumamente perfeito -
Deus.

Domingos Faria | 4 . 19
Será que Deus existe?
existe?
Argumento ontológico de Descartes:
(1) Um ser sumamente perfeito tem todas as perfeições e a
existência é uma perfeição (pois, é melhor existir que não
existir).
(2) Se 1 é verdadeira, então existe um ser sumamente perfeito -
Deus.
(3) Logo, existe um ser sumamente perfeito - Deus.

Domingos Faria | 4 . 19
Será que Deus existe?
existe?
Argumento ontológico de Descartes:
(1) Um ser sumamente perfeito tem todas as perfeições e a
existência é uma perfeição (pois, é melhor existir que não
existir).
(2) Se 1 é verdadeira, então existe um ser sumamente perfeito -
Deus.
(3) Logo, existe um ser sumamente perfeito - Deus.
Será este um argumento plausível?

Domingos Faria | 4 . 19
Além do cogito
Como podemos saber que o mundo exterior existe?

Domingos Faria | 4 . 20
Além do cogito
Como podemos saber que o mundo exterior existe?

Domingos Faria | 4 . 20
Além do cogito
Como podemos saber que o mundo exterior existe?
(1) Se fossemos enganados sobre as nossas ideias claras e
distintas, Deus seria enganador.

Domingos Faria | 4 . 20
Além do cogito
Como podemos saber que o mundo exterior existe?
(1) Se fossemos enganados sobre as nossas ideias claras e
distintas, Deus seria enganador.
(2) Mas Deus não é enganador.

Domingos Faria | 4 . 20
Além do cogito
Como podemos saber que o mundo exterior existe?
(1) Se fossemos enganados sobre as nossas ideias claras e
distintas, Deus seria enganador.
(2) Mas Deus não é enganador.
(3) Logo, não somos enganados sobre as nossas ideias claras e
distintas.

Domingos Faria | 4 . 20
Além do cogito
Como podemos saber que o mundo exterior existe?
(1) Se fossemos enganados sobre as nossas ideias claras e
distintas, Deus seria enganador.
(2) Mas Deus não é enganador.
(3) Logo, não somos enganados sobre as nossas ideias claras e
distintas.
Deus garante a verdade das ideias que concebemos clara e
distintamente.

Domingos Faria | 4 . 20
Além do cogito
Como podemos saber que o mundo exterior existe?
(1) Se fossemos enganados sobre as nossas ideias claras e
distintas, Deus seria enganador.
(2) Mas Deus não é enganador.
(3) Logo, não somos enganados sobre as nossas ideias claras e
distintas.
Deus garante a verdade das ideias que concebemos clara e
distintamente. Assim, podemos concluir que temos a nal um corpo,
de que existe um mundo à nossa volta, etc.

Domingos Faria | 4 . 20
Além do cogito
Como podemos saber que o mundo exterior existe?
(1) Se fossemos enganados sobre as nossas ideias claras e
distintas, Deus seria enganador.
(2) Mas Deus não é enganador.
(3) Logo, não somos enganados sobre as nossas ideias claras e
distintas.
Deus garante a verdade das ideias que concebemos clara e
distintamente. Assim, podemos concluir que temos a nal um corpo,
de que existe um mundo à nossa volta, etc.
A fonte fundamental do conhecimento é a razão e não a
experiência.

Domingos Faria | 4 . 20
Além do cogito
Como podemos saber que o mundo exterior existe?
(1) Se fossemos enganados sobre as nossas ideias claras e
distintas, Deus seria enganador.
(2) Mas Deus não é enganador.
(3) Logo, não somos enganados sobre as nossas ideias claras e
distintas.
Deus garante a verdade das ideias que concebemos clara e
distintamente. Assim, podemos concluir que temos a nal um corpo,
de que existe um mundo à nossa volta, etc.
A fonte fundamental do conhecimento é a razão e não a
experiência. Por isso, Descartes é racionalista e não empirista.

Domingos Faria | 4 . 20
Dualismo de Descartes
Temos a certeza que a nossa mente existe.

Domingos Faria | 4 . 21
Dualismo de Descartes
Temos a certeza que a nossa mente existe. E com Deus
podemos estar certos que o nosso corpo existe realmente.

Domingos Faria | 4 . 21
Dualismo de Descartes
Temos a certeza que a nossa mente existe. E com Deus
podemos estar certos que o nosso corpo existe realmente.

Mas qual é a relação entre a mente e o corpo?

Domingos Faria | 4 . 21
Dualismo de Descartes
Temos a certeza que a nossa mente existe. E com Deus
podemos estar certos que o nosso corpo existe realmente.

Mas qual é a relação entre a mente e o corpo?


Serão a mesma coisa?

Domingos Faria | 4 . 21
Dualismo de Descartes
Temos a certeza que a nossa mente existe. E com Deus
podemos estar certos que o nosso corpo existe realmente.

Mas qual é a relação entre a mente e o corpo?


Serão a mesma coisa?
Ou serão coisas distintas?

Domingos Faria | 4 . 21
Dualismo de Descartes
Temos a certeza que a nossa mente existe. E com Deus
podemos estar certos que o nosso corpo existe realmente.

Mas qual é a relação entre a mente e o corpo?


Serão a mesma coisa?
Ou serão coisas distintas?
Descartes argumenta que são coisas diferentes:

Domingos Faria | 4 . 21
Dualismo de Descartes
Temos a certeza que a nossa mente existe. E com Deus
podemos estar certos que o nosso corpo existe realmente.

Mas qual é a relação entre a mente e o corpo?


Serão a mesma coisa?
Ou serão coisas distintas?
Descartes argumenta que são coisas diferentes:

Domingos Faria | 4 . 21
Dualismo de Descartes
Temos a certeza que a nossa mente existe. E com Deus
podemos estar certos que o nosso corpo existe realmente.

Mas qual é a relação entre a mente e o corpo?


Serão a mesma coisa?
Ou serão coisas distintas?
Descartes argumenta que são coisas diferentes:
(1) Posso conceber a minha mente sem o meu corpo.

Domingos Faria | 4 . 21
Dualismo de Descartes
Temos a certeza que a nossa mente existe. E com Deus
podemos estar certos que o nosso corpo existe realmente.

Mas qual é a relação entre a mente e o corpo?


Serão a mesma coisa?
Ou serão coisas distintas?
Descartes argumenta que são coisas diferentes:
(1) Posso conceber a minha mente sem o meu corpo.
(2) Se posso conceber a minha mente sem o meu corpo, então
é possível que a minha mente exista sem o meu corpo.

Domingos Faria | 4 . 21
Dualismo de Descartes
Temos a certeza que a nossa mente existe. E com Deus
podemos estar certos que o nosso corpo existe realmente.

Mas qual é a relação entre a mente e o corpo?


Serão a mesma coisa?
Ou serão coisas distintas?
Descartes argumenta que são coisas diferentes:
(1) Posso conceber a minha mente sem o meu corpo.
(2) Se posso conceber a minha mente sem o meu corpo, então
é possível que a minha mente exista sem o meu corpo.
(3) Mas, se é possível que a minha mente exista sem o meu
corpo, então (na realidade) esta não é o meu corpo.

Domingos Faria | 4 . 21
Dualismo de Descartes
Temos a certeza que a nossa mente existe. E com Deus
podemos estar certos que o nosso corpo existe realmente.

Mas qual é a relação entre a mente e o corpo?


Serão a mesma coisa?
Ou serão coisas distintas?
Descartes argumenta que são coisas diferentes:
(1) Posso conceber a minha mente sem o meu corpo.
(2) Se posso conceber a minha mente sem o meu corpo, então
é possível que a minha mente exista sem o meu corpo.
(3) Mas, se é possível que a minha mente exista sem o meu
corpo, então (na realidade) esta não é o meu corpo.
(4) Logo, a minha mente não é o meu corpo.
Domingos Faria | 4 . 21
Objeções à
epistemologia de
Descartes

Domingos Faria | 5 . 1
Descartes comete petição de
princípio
Domingos Faria | 5 . 2
Descartes comete petição de
princípio
“Tenho outra preocupação: como pode o autor
evitar raciocinar em círculo quando diz que
estamos certos de que aquilo que percebemos
clara e distintamente é verdade apenas porque
Deus existe? Pois podemos estar certos de que
Deus existe apenas porque percebemos isso
clara e distintamente. Assim, antes de
podermos estar certos de que Deus existe,
devemos poder estar certos de que aquilo que
percebemos clara e evidentemente é verdade.”

Antoine Arnauld (1612-1694)

Domingos Faria | 5 . 2
Descartes comete petição de
princípio
Segundo a crítica de Antoine Arnauld (1612-1694), Descartes
comete o erro de tentar fazer o seguinte:

Domingos Faria | 5 . 3
Descartes comete petição de
princípio
Segundo a crítica de Antoine Arnauld (1612-1694), Descartes
comete o erro de tentar fazer o seguinte:

(1) Justi car a proposição de que Deus existe a partir do seu


critério de verdade.

Domingos Faria | 5 . 3
Descartes comete petição de
princípio
Segundo a crítica de Antoine Arnauld (1612-1694), Descartes
comete o erro de tentar fazer o seguinte:

(1) Justi car a proposição de que Deus existe a partir do seu


critério de verdade.
(2) Justi car o seu critério de verdade a partir da proposição de
que Deus existe.

Domingos Faria | 5 . 3
Descartes comete petição de
princípio
Segundo a crítica de Antoine Arnauld (1612-1694), Descartes
comete o erro de tentar fazer o seguinte:

(1) Justi car a proposição de que Deus existe a partir do seu


critério de verdade.
(2) Justi car o seu critério de verdade a partir da proposição de
que Deus existe.
Esta objeções é conhecida como “círculo cartesiano”.

Domingos Faria | 5 . 3
Descartes comete petição de
princípio
Diálogo para ilustrar esta falácia:

Domingos Faria | 5 . 4
Descartes comete petição de
princípio
Diálogo para ilustrar esta falácia:

Domingos Faria | 5 . 4
Descartes comete petição de
princípio
Diálogo para ilustrar esta falácia:
ANTOINE - Deus existe?

Domingos Faria | 5 . 4
Descartes comete petição de
princípio
Diálogo para ilustrar esta falácia:
ANTOINE - Deus existe?
DESCARTES - Sim, existe.

Domingos Faria | 5 . 4
Descartes comete petição de
princípio
Diálogo para ilustrar esta falácia:
ANTOINE - Deus existe?
DESCARTES - Sim, existe.
ANTOINE - Como sabes que existe?

Domingos Faria | 5 . 4
Descartes comete petição de
princípio
Diálogo para ilustrar esta falácia:
ANTOINE - Deus existe?
DESCARTES - Sim, existe.
ANTOINE - Como sabes que existe?
DESCARTES - Sei que existe porque concebo muito clara e
distintamente a sua existência.

Domingos Faria | 5 . 4
Descartes comete petição de
princípio
Diálogo para ilustrar esta falácia:
ANTOINE - Deus existe?
DESCARTES - Sim, existe.
ANTOINE - Como sabes que existe?
DESCARTES - Sei que existe porque concebo muito clara e
distintamente a sua existência.
ANTOINE - Mas como sabes que aquilo que concebes muito
clara e distintamente é verdadeiro?

Domingos Faria | 5 . 4
Descartes comete petição de
princípio
Diálogo para ilustrar esta falácia:
ANTOINE - Deus existe?
DESCARTES - Sim, existe.
ANTOINE - Como sabes que existe?
DESCARTES - Sei que existe porque concebo muito clara e
distintamente a sua existência.
ANTOINE - Mas como sabes que aquilo que concebes muito
clara e distintamente é verdadeiro?
DESCARTES - Porque Deus me garante isso.

Domingos Faria | 5 . 4
Crítica ao argumento da
existência de Deus

Domingos Faria | 5 . 5
Crítica ao argumento da
existência de Deus
Será que a ideia de perfeição terá de ser causada por um ser
perfeito?

Domingos Faria | 5 . 5
Crítica ao argumento da
existência de Deus
Será que a ideia de perfeição terá de ser causada por um ser
perfeito?
Podemos inventar nós mesmos a ideia (factícia) de perfeição, sem que
haja um ser perfeito que tenha causado essa ideia.

Domingos Faria | 5 . 5
Crítica ao argumento da
existência de Deus
Será que a ideia de perfeição terá de ser causada por um ser
perfeito?
Podemos inventar nós mesmos a ideia (factícia) de perfeição, sem que
haja um ser perfeito que tenha causado essa ideia.
Tal como podemos inventar a ideia de aluno ou professor perfeito,
mesmo que não exista um aluno ou professor perfeito a causar essa
ideia.

Domingos Faria | 5 . 5
Tarefa

Domingos Faria | 5 . 6
Tarefa
Leitura do Texto 7: “Penso, logo existo” de Descartes.

Domingos Faria | 5 . 6
Tarefa
Leitura do Texto 7: “Penso, logo existo” de Descartes.
Página 1 de 55

Colégio Pedro Arrupe


Depa amento de Ciências Sociais e Humanas
Professor Domingos Faria

Domingos Faria | 5 . 6
Tarefa
Leitura do Texto 7: “Penso, logo existo” de Descartes.
Página 1 de 55

Colégio Pedro Arrupe


Depa amento de Ciências Sociais e Humanas
Professor Domingos Faria

https://goo.gl/uT6jwC

Domingos Faria | 5 . 6
Tarefa
Leitura do Texto 7: “Penso, logo existo” de Descartes.

Domingos Faria | 5 . 7
Tarefa
Leitura do Texto 7: “Penso, logo existo” de Descartes.
Tarefa:

Domingos Faria | 5 . 7
Tarefa
Leitura do Texto 7: “Penso, logo existo” de Descartes.
Tarefa:

(1) Explica como Descartes chegou ao “penso, logo existo”.

Domingos Faria | 5 . 7
Tarefa
Leitura do Texto 7: “Penso, logo existo” de Descartes.
Tarefa:

(1) Explica como Descartes chegou ao “penso, logo existo”.


(2) De que forma o “penso, logo existe” constitui uma refutação
dos céticos?

Domingos Faria | 5 . 7
Tarefa
Leitura do Texto 7: “Penso, logo existo” de Descartes.
Tarefa:

(1) Explica como Descartes chegou ao “penso, logo existo”.


(2) De que forma o “penso, logo existe” constitui uma refutação
dos céticos?
(3) Qual é o critério apresentado por Descartes para distinguir
as crenças verdadeiras das falsas?

Domingos Faria | 5 . 7
Tarefa
Leitura do Texto 7: “Penso, logo existo” de Descartes.
Tarefa:

(1) Explica como Descartes chegou ao “penso, logo existo”.


(2) De que forma o “penso, logo existe” constitui uma refutação
dos céticos?
(3) Qual é o critério apresentado por Descartes para distinguir
as crenças verdadeiras das falsas?
(4) Qual é o argumento de Descartes a favor da existência de
Deus?

Domingos Faria | 5 . 7
Tarefa
Leitura do Texto 7: “Penso, logo existo” de Descartes.
Tarefa:

(1) Explica como Descartes chegou ao “penso, logo existo”.


(2) De que forma o “penso, logo existe” constitui uma refutação
dos céticos?
(3) Qual é o critério apresentado por Descartes para distinguir
as crenças verdadeiras das falsas?
(4) Qual é o argumento de Descartes a favor da existência de
Deus?
(5) Qual é a importância de Deus na epistemologia de
Descartes?

Domingos Faria | 5 . 7
Tarefa
Leitura do Texto 7: “Penso, logo existo” de Descartes.
Tarefa:

(1) Explica como Descartes chegou ao “penso, logo existo”.


(2) De que forma o “penso, logo existe” constitui uma refutação
dos céticos?
(3) Qual é o critério apresentado por Descartes para distinguir
as crenças verdadeiras das falsas?
(4) Qual é o argumento de Descartes a favor da existência de
Deus?
(5) Qual é a importância de Deus na epistemologia de
Descartes?
(6) Discussão: Concordas com a epistemologia de Descartes?
Porquê? Domingos Faria | 5 . 7
Fundacionalismo
empirista de Hume

Domingos Faria | 6 . 1
David Hume descartando
Descartes
Domingos Faria | 6 . 2
David Hume descartando
Descartes
Domingos Faria | 6 . 2
David Hume descartando
Descartes
David Hume (1711-1776) apresenta duas críticas a Descartes:
Domingos Faria | 6 . 2
David Hume descartando
Descartes
David Hume (1711-1776) apresenta duas críticas a Descartes:
(1) Não conseguiu refutar realmente os céticos.
Domingos Faria | 6 . 2
David Hume descartando
Descartes
David Hume (1711-1776) apresenta duas críticas a Descartes:
(1) Não conseguiu refutar realmente os céticos.
(2) Não encontrou um fundamento para o conhecimento.
Domingos Faria | 6 . 2
David Hume descartando
Descartes
David Hume (1711-1776) apresenta duas críticas a Descartes:
(1) Não conseguiu refutar realmente os céticos.
(2) Não encontrou um fundamento para o conhecimento.

Em relação à crítica (1):


Domingos Faria | 6 . 2
David Hume descartando
Descartes
David Hume (1711-1776) apresenta duas críticas a Descartes:
(1) Não conseguiu refutar realmente os céticos.
(2) Não encontrou um fundamento para o conhecimento.

Em relação à crítica (1):

Descartes não levou a sério a dúvida, ou seja, não duvidou de


tudo.
Domingos Faria | 6 . 2
David Hume descartando
Descartes
David Hume (1711-1776) apresenta duas críticas a Descartes:
(1) Não conseguiu refutar realmente os céticos.
(2) Não encontrou um fundamento para o conhecimento.

Em relação à crítica (1):

Descartes não levou a sério a dúvida, ou seja, não duvidou de


tudo.
Se duvidasse realmente de tudo, não conseguiria chegar a
qualquer certeza.
Domingos Faria | 6 . 2
David Hume descartando
Descartes
David Hume (1711-1776) apresenta duas críticas a Descartes:
(1) Não conseguiu refutar realmente os céticos.
(2) Não encontrou um fundamento para o conhecimento.

Em relação à crítica (1):

Descartes não levou a sério a dúvida, ou seja, não duvidou de


tudo.
Se duvidasse realmente de tudo, não conseguiria chegar a
qualquer certeza. Por exemplo, se duvidasse da sua memória,
nem sequer poderia saber que ele próprio existia ontem ou
no minuto anterior.
Domingos Faria | 6 . 2
David Hume descartando
Descartes
David Hume (1711-1776) apresenta duas críticas a Descartes:
(1) Não conseguiu refutar realmente os céticos.
(2) Não encontrou um fundamento para o conhecimento.

Em relação à crítica (1):

Descartes não levou a sério a dúvida, ou seja, não duvidou de


tudo.
Se duvidasse realmente de tudo, não conseguiria chegar a
qualquer certeza. Por exemplo, se duvidasse da sua memória,
nem sequer poderia saber que ele próprio existia ontem ou
no minuto anterior.

Em relação à crítica (2):


Domingos Faria | 6 . 2
David Hume descartando
Descartes
David Hume (1711-1776) apresenta duas críticas a Descartes:
(1) Não conseguiu refutar realmente os céticos.
(2) Não encontrou um fundamento para o conhecimento.

Em relação à crítica (1):

Descartes não levou a sério a dúvida, ou seja, não duvidou de


tudo.
Se duvidasse realmente de tudo, não conseguiria chegar a
qualquer certeza. Por exemplo, se duvidasse da sua memória,
nem sequer poderia saber que ele próprio existia ontem ou
no minuto anterior.

Em relação à crítica (2):


Mesmo que a dúvida leve ao “Cogito”, di cilmente se pode
construir algo a partir daí.

Domingos Faria | 6 . 2
Tarefa

Domingos Faria | 6 . 3
Tarefa
Leitura do Texto 8: “Da Filoso a Académica ou Cética” de Hume.

Domingos Faria | 6 . 3
Tarefa
Leitura do Texto 8: “Da Filoso a Académica ou Cética” de Hume.
Página 1 de 55

Colégio Pedro Arrupe


Depa amento de Ciências Sociais e Humanas
Professor Domingos Faria

Domingos Faria | 6 . 3
Tarefa
Leitura do Texto 8: “Da Filoso a Académica ou Cética” de Hume.
Página 1 de 55

Colégio Pedro Arrupe


Depa amento de Ciências Sociais e Humanas
Professor Domingos Faria

https://goo.gl/uT6jwC

Domingos Faria | 6 . 3
Tarefa
Leitura do Texto 8: “Da Filoso a Académica ou Cética” de Hume.

Domingos Faria | 6 . 4
Tarefa
Leitura do Texto 8: “Da Filoso a Académica ou Cética” de Hume.
Tarefa:

Domingos Faria | 6 . 4
Tarefa
Leitura do Texto 8: “Da Filoso a Académica ou Cética” de Hume.
Tarefa:

(1) Por que razão a dúvida cartesiana é, segundo Hume, totalmente incurável?

Domingos Faria | 6 . 4
Tarefa
Leitura do Texto 8: “Da Filoso a Académica ou Cética” de Hume.
Tarefa:

(1) Por que razão a dúvida cartesiana é, segundo Hume, totalmente incurável?
(2) Que espécie de ceticismo recomenda Hume, em vez da dúvida cartesiana?
Porquê?

Domingos Faria | 6 . 4
Tarefa
Leitura do Texto 8: “Da Filoso a Académica ou Cética” de Hume.
Tarefa:

(1) Por que razão a dúvida cartesiana é, segundo Hume, totalmente incurável?
(2) Que espécie de ceticismo recomenda Hume, em vez da dúvida cartesiana?
Porquê?
(3) Explica por que razão é errado, segundo Hume, recorrer à veracidade de
um Ser Perfeito ou Supremo para provar a veracidade dos nossos sentidos?

Domingos Faria | 6 . 4
Tarefa
Leitura do Texto 8: “Da Filoso a Académica ou Cética” de Hume.
Tarefa:

(1) Por que razão a dúvida cartesiana é, segundo Hume, totalmente incurável?
(2) Que espécie de ceticismo recomenda Hume, em vez da dúvida cartesiana?
Porquê?
(3) Explica por que razão é errado, segundo Hume, recorrer à veracidade de
um Ser Perfeito ou Supremo para provar a veracidade dos nossos sentidos?
(4) Discussão: Se pusermos em causa a existência do mundo exterior, não
podemos provar a existência de Deus, defende Hume. Concordas? Porquê?

Domingos Faria | 6 . 4
Tarefa
Leitura do Texto 8: “Da Filoso a Académica ou Cética” de Hume.
Tarefa:

(1) Por que razão a dúvida cartesiana é, segundo Hume, totalmente incurável?
(2) Que espécie de ceticismo recomenda Hume, em vez da dúvida cartesiana?
Porquê?
(3) Explica por que razão é errado, segundo Hume, recorrer à veracidade de
um Ser Perfeito ou Supremo para provar a veracidade dos nossos sentidos?
(4) Discussão: Se pusermos em causa a existência do mundo exterior, não
podemos provar a existência de Deus, defende Hume. Concordas? Porquê?
(5) Discussão: concordas com as críticas de Hume à epistemologia de
Descartes?

Domingos Faria | 6 . 4
Empirismo de Hume

Domingos Faria | 6 . 5
Empirismo de Hume
hume

Domingos Faria | 6 . 5
Empirismo de Hume
hume

Tarefa:

Domingos Faria | 6 . 5
Empirismo de Hume
hume

Tarefa:

(1) Por que razão Hume é considerado um lósofo empirista?

Domingos Faria | 6 . 5
Empirismo de Hume
hume

Tarefa:

(1) Por que razão Hume é considerado um lósofo empirista?


(2) De acordo com Hume, o que distingue as ideias das
impressões?

Domingos Faria | 6 . 5
Empirismo de Hume
hume

Tarefa:

(1) Por que razão Hume é considerado um lósofo empirista?


(2) De acordo com Hume, o que distingue as ideias das
impressões?
(3) Será que mesmo as ideias complexas têm origem na
experiência? Domingos Faria | 6 . 5
Empirismo de Hume

Domingos Faria | 6 . 6
Empirismo de Hume
Caraterísticas do empirísmo de Hume:

Domingos Faria | 6 . 6
Empirismo de Hume
Caraterísticas do empirísmo de Hume:
Objetivo:

Domingos Faria | 6 . 6
Empirismo de Hume
Caraterísticas do empirísmo de Hume:
Objetivo: apresentar uma resposta fundacionalista ao desa o cético.

Domingos Faria | 6 . 6
Empirismo de Hume
Caraterísticas do empirísmo de Hume:
Objetivo: apresentar uma resposta fundacionalista ao desa o cético.
Crenças básicas:

Domingos Faria | 6 . 6
Empirismo de Hume
Caraterísticas do empirísmo de Hume:
Objetivo: apresentar uma resposta fundacionalista ao desa o cético.
Crenças básicas: crenças que provêm da nossa experiência sensível
imediata, ou seja, são “impressões”.

Domingos Faria | 6 . 6
Empirismo de Hume
Caraterísticas do empirísmo de Hume:
Objetivo: apresentar uma resposta fundacionalista ao desa o cético.
Crenças básicas: crenças que provêm da nossa experiência sensível
imediata, ou seja, são “impressões”.
Tudo o que ocorre na nossa mente são perceções.

Domingos Faria | 6 . 6
Empirismo de Hume
Caraterísticas do empirísmo de Hume:
Objetivo: apresentar uma resposta fundacionalista ao desa o cético.
Crenças básicas: crenças que provêm da nossa experiência sensível
imediata, ou seja, são “impressões”.
Tudo o que ocorre na nossa mente são perceções. Há dois tipos:

Domingos Faria | 6 . 6
Empirismo de Hume
Caraterísticas do empirísmo de Hume:
Objetivo: apresentar uma resposta fundacionalista ao desa o cético.
Crenças básicas: crenças que provêm da nossa experiência sensível
imediata, ou seja, são “impressões”.
Tudo o que ocorre na nossa mente são perceções. Há dois tipos:
(1) Impressões - relacionado com o sentir.

Domingos Faria | 6 . 6
Empirismo de Hume
Caraterísticas do empirísmo de Hume:
Objetivo: apresentar uma resposta fundacionalista ao desa o cético.
Crenças básicas: crenças que provêm da nossa experiência sensível
imediata, ou seja, são “impressões”.
Tudo o que ocorre na nossa mente são perceções. Há dois tipos:
(1) Impressões - relacionado com o sentir.
(2) Ideias - relacionado com o pensar.

Domingos Faria | 6 . 6
Perceções:: impressões e ideias
Perceções
Aos conteúdos da nossa mente Hume chama perceções.

Domingos Faria | 6 . 7
Perceções:: impressões e ideias
Perceções
Aos conteúdos da nossa mente Hume chama perceções. Estas
distribuem-se por duas categorias:

Domingos Faria | 6 . 7
Perceções:: impressões e ideias
Perceções
Aos conteúdos da nossa mente Hume chama perceções. Estas
distribuem-se por duas categorias:

(1) As impressões consistem em experiências e podem ser:

Domingos Faria | 6 . 7
Perceções:: impressões e ideias
Perceções
Aos conteúdos da nossa mente Hume chama perceções. Estas
distribuem-se por duas categorias:

(1) As impressões consistem em experiências e podem ser:


Sensações externas: auditivas, visuais, táteis, olfativas, gustativas.

Domingos Faria | 6 . 7
Perceções:: impressões e ideias
Perceções
Aos conteúdos da nossa mente Hume chama perceções. Estas
distribuem-se por duas categorias:

(1) As impressões consistem em experiências e podem ser:


Sensações externas: auditivas, visuais, táteis, olfativas, gustativas.
Sentimentos internos: emoções e desejos.

Domingos Faria | 6 . 7
Perceções:: impressões e ideias
Perceções
Aos conteúdos da nossa mente Hume chama perceções. Estas
distribuem-se por duas categorias:

(1) As impressões consistem em experiências e podem ser:


Sensações externas: auditivas, visuais, táteis, olfativas, gustativas.
Sentimentos internos: emoções e desejos.
(2) As ideias abrangem os nossos conceitos e podem ser:

Domingos Faria | 6 . 7
Perceções:: impressões e ideias
Perceções
Aos conteúdos da nossa mente Hume chama perceções. Estas
distribuem-se por duas categorias:

(1) As impressões consistem em experiências e podem ser:


Sensações externas: auditivas, visuais, táteis, olfativas, gustativas.
Sentimentos internos: emoções e desejos.
(2) As ideias abrangem os nossos conceitos e podem ser:
Simples (memória - ideia de cavalo, de coisa com asas, etc).

Domingos Faria | 6 . 7
Perceções:: impressões e ideias
Perceções
Aos conteúdos da nossa mente Hume chama perceções. Estas
distribuem-se por duas categorias:

(1) As impressões consistem em experiências e podem ser:


Sensações externas: auditivas, visuais, táteis, olfativas, gustativas.
Sentimentos internos: emoções e desejos.
(2) As ideias abrangem os nossos conceitos e podem ser:
Simples (memória - ideia de cavalo, de coisa com asas, etc).
Complexas (imaginação - ideia de cavalo alado, etc).

Domingos Faria | 6 . 7
Perceções:: impressões e ideias
Perceções
Como se distinguem impressões das ideias?

Domingos Faria | 6 . 8
Perceções:: impressões e ideias
Perceções
Como se distinguem impressões das ideias?

As impressões distinguem-se das ideias pela sua maior


vivacidade e intensidade.

Domingos Faria | 6 . 8
Perceções:: impressões e ideias
Perceções
Como se distinguem impressões das ideias?

As impressões distinguem-se das ideias pela sua maior


vivacidade e intensidade.

Como se relacionam as impressões com as ideias?

Domingos Faria | 6 . 8
Perceções:: impressões e ideias
Perceções
Como se distinguem impressões das ideias?

As impressões distinguem-se das ideias pela sua maior


vivacidade e intensidade.

Como se relacionam as impressões com as ideias?

Princípio da cópia: todas as ideias são cópias de impressões.

Domingos Faria | 6 . 8
Perceções:: impressões e ideias
Perceções
Como se distinguem impressões das ideias?

As impressões distinguem-se das ideias pela sua maior


vivacidade e intensidade.

Como se relacionam as impressões com as ideias?

Princípio da cópia: todas as ideias são cópias de impressões.


O princípio da cópia é empirista, pois diz-nos que todos os
conteúdos da nossa mente têm a sua origem na experiência.

Domingos Faria | 6 . 8
Perceções:: impressões e ideias
Perceções
Como se distinguem impressões das ideias?

As impressões distinguem-se das ideias pela sua maior


vivacidade e intensidade.

Como se relacionam as impressões com as ideias?

Princípio da cópia: todas as ideias são cópias de impressões.


O princípio da cópia é empirista, pois diz-nos que todos os
conteúdos da nossa mente têm a sua origem na experiência.

Domingos Faria | 6 . 8
Perceções:: impressões e ideias
Perceções
Como se distinguem impressões das ideias?

As impressões distinguem-se das ideias pela sua maior


vivacidade e intensidade.

Como se relacionam as impressões com as ideias?

Princípio da cópia: todas as ideias são cópias de impressões.


O princípio da cópia é empirista, pois diz-nos que todos os
conteúdos da nossa mente têm a sua origem na experiência.
Das impressões resultam diretamente todas as nossas ideias
simples.

Domingos Faria | 6 . 8
Perceções:: impressões e ideias
Perceções
Como se distinguem impressões das ideias?

As impressões distinguem-se das ideias pela sua maior


vivacidade e intensidade.

Como se relacionam as impressões com as ideias?

Princípio da cópia: todas as ideias são cópias de impressões.


O princípio da cópia é empirista, pois diz-nos que todos os
conteúdos da nossa mente têm a sua origem na experiência.
Das impressões resultam diretamente todas as nossas ideias
simples. Combinando essa ideias, a nossa mente produz
ideias complexas.
Domingos Faria | 6 . 8
Princípio da Cópia
Argumento para justi car o princípio da cópia:

Domingos Faria | 6 . 9
Princípio da Cópia
Argumento para justi car o princípio da cópia:

Domingos Faria | 6 . 9
Princípio da Cópia
Argumento para justi car o princípio da cópia:
(1) Se as ideias não são cópias de impressões, então é possível
que um cego de nascença tenha a ideia da cor azul, apesar de
não ter qualquer impressão que lhe corresponda.

Domingos Faria | 6 . 9
Princípio da Cópia
Argumento para justi car o princípio da cópia:
(1) Se as ideias não são cópias de impressões, então é possível
que um cego de nascença tenha a ideia da cor azul, apesar de
não ter qualquer impressão que lhe corresponda.
(2) Um cego de nascença não pode ter a ideia da cor azul.

Domingos Faria | 6 . 9
Princípio da Cópia
Argumento para justi car o princípio da cópia:
(1) Se as ideias não são cópias de impressões, então é possível
que um cego de nascença tenha a ideia da cor azul, apesar de
não ter qualquer impressão que lhe corresponda.
(2) Um cego de nascença não pode ter a ideia da cor azul.
(3) Logo, as ideias são cópias de impressões.

Domingos Faria | 6 . 9
Domingos Faria | 6 . 10
Perceções Impressões Impressões Ideias Ideias
externas internas Simples Complexas
Cheira a
café
Ontem
bebi um
café
saboroso
Penso em
lobisomens
Tenho
medo
Apetece-
me comer

Domingos Faria | 6 . 11
Perceções Impressões Impressões Ideias Ideias
externas internas Simples Complexas
Cheira a X
café
Ontem
bebi um
café
saboroso
Penso em
lobisomens
Tenho
medo
Apetece-
me comer

Domingos Faria | 6 . 11
Perceções Impressões Impressões Ideias Ideias
externas internas Simples Complexas
Cheira a X
café
Ontem X
bebi um
café
saboroso
Penso em
lobisomens
Tenho
medo
Apetece-
me comer

Domingos Faria | 6 . 11
Perceções Impressões Impressões Ideias Ideias
externas internas Simples Complexas
Cheira a X
café
Ontem X
bebi um
café
saboroso
Penso em X
lobisomens
Tenho
medo
Apetece-
me comer

Domingos Faria | 6 . 11
Perceções Impressões Impressões Ideias Ideias
externas internas Simples Complexas
Cheira a X
café
Ontem X
bebi um
café
saboroso
Penso em X
lobisomens
Tenho X
medo
Apetece-
me comer

Domingos Faria | 6 . 11
Perceções Impressões Impressões Ideias Ideias
externas internas Simples Complexas
Cheira a X
café
Ontem X
bebi um
café
saboroso
Penso em X
lobisomens
Tenho X
medo
Apetece- X
me comer

Domingos Faria | 6 . 11
Perceções Impressões Impressões Ideias Ideias
externas internas Simples Complexas
Estou
apaixonado
Esta maçã
é doce
Lembro-me
de Paris
Ouço
barulho
Imagino
sereias

Domingos Faria | 6 . 12
Perceções Impressões Impressões Ideias Ideias
externas internas Simples Complexas
Estou X
apaixonado
Esta maçã
é doce
Lembro-me
de Paris
Ouço
barulho
Imagino
sereias

Domingos Faria | 6 . 12
Perceções Impressões Impressões Ideias Ideias
externas internas Simples Complexas
Estou X
apaixonado
Esta maçã X
é doce
Lembro-me
de Paris
Ouço
barulho
Imagino
sereias

Domingos Faria | 6 . 12
Perceções Impressões Impressões Ideias Ideias
externas internas Simples Complexas
Estou X
apaixonado
Esta maçã X
é doce
Lembro-me X
de Paris
Ouço
barulho
Imagino
sereias

Domingos Faria | 6 . 12
Perceções Impressões Impressões Ideias Ideias
externas internas Simples Complexas
Estou X
apaixonado
Esta maçã X
é doce
Lembro-me X
de Paris
Ouço X
barulho
Imagino
sereias

Domingos Faria | 6 . 12
Perceções Impressões Impressões Ideias Ideias
externas internas Simples Complexas
Estou X
apaixonado
Esta maçã X
é doce
Lembro-me X
de Paris
Ouço X
barulho
Imagino X
sereias

Domingos Faria | 6 . 12
Bifurcação de Hume
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:

Domingos Faria | 6 . 13
Bifurcação de Hume
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.

Domingos Faria | 6 . 13
Bifurcação de Hume
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.

Relações de Ideias:

Domingos Faria | 6 . 13
Bifurcação de Hume
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.

Relações de Ideias:
De nem-se por poderem ser
conhecidas “a priori”.

Domingos Faria | 6 . 13
Bifurcação de Hume
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.

Relações de Ideias:
De nem-se por poderem ser
conhecidas “a priori”.
São intuitiva ou
demonstrativamente certas. São
verdades necessárias.

Domingos Faria | 6 . 13
Bifurcação de Hume
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.

Relações de Ideias:
De nem-se por poderem ser
conhecidas “a priori”.
São intuitiva ou
demonstrativamente certas. São
verdades necessárias.
Nada a rmam ou implicam sobre
a existência de entidades
concretas.

Domingos Faria | 6 . 13
Bifurcação de Hume
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.

Relações de Ideias: Questões de Facto:


De nem-se por poderem ser
conhecidas “a priori”.
São intuitiva ou
demonstrativamente certas. São
verdades necessárias.
Nada a rmam ou implicam sobre
a existência de entidades
concretas.

Domingos Faria | 6 . 13
Bifurcação de Hume
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.

Relações de Ideias: Questões de Facto:


De nem-se por poderem ser De nem-se por terem de ser
conhecidas “a priori”. conhecidas “a posteriori”.
São intuitiva ou
demonstrativamente certas. São
verdades necessárias.
Nada a rmam ou implicam sobre
a existência de entidades
concretas.

Domingos Faria | 6 . 13
Bifurcação de Hume
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.

Relações de Ideias: Questões de Facto:


De nem-se por poderem ser De nem-se por terem de ser
conhecidas “a priori”. conhecidas “a posteriori”.
São intuitiva ou São verdades contingentes.
demonstrativamente certas. São
verdades necessárias.
Nada a rmam ou implicam sobre
a existência de entidades
concretas.

Domingos Faria | 6 . 13
Bifurcação de Hume
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.

Relações de Ideias: Questões de Facto:


De nem-se por poderem ser De nem-se por terem de ser
conhecidas “a priori”. conhecidas “a posteriori”.
São intuitiva ou São verdades contingentes.
demonstrativamente certas. São A rmam ou implicam a existência
verdades necessárias. de entidades concretas.
Nada a rmam ou implicam sobre
a existência de entidades
concretas.

Domingos Faria | 6 . 13
Bifurcação de Hume
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.

Relações de Ideias: Questões de Facto:


De nem-se por poderem ser De nem-se por terem de ser
conhecidas “a priori”. conhecidas “a posteriori”.
São intuitiva ou São verdades contingentes.
demonstrativamente certas. São A rmam ou implicam a existência
verdades necessárias. de entidades concretas.
Nada a rmam ou implicam sobre
a existência de entidades
concretas.

Será que podemos ter conhecimento “a priori” do mundo?

Domingos Faria | 6 . 13
Bifurcação de Hume
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.

Relações de Ideias: Questões de Facto:


De nem-se por poderem ser De nem-se por terem de ser
conhecidas “a priori”. conhecidas “a posteriori”.
São intuitiva ou São verdades contingentes.
demonstrativamente certas. São A rmam ou implicam a existência
verdades necessárias. de entidades concretas.
Nada a rmam ou implicam sobre
a existência de entidades
concretas.

Será que podemos ter conhecimento “a priori” do mundo? NÃO!

Domingos Faria | 6 . 13
Bifurcação de Hume
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.

Relações de Ideias: Questões de Facto:


De nem-se por poderem ser De nem-se por terem de ser
conhecidas “a priori”. conhecidas “a posteriori”.
São intuitiva ou São verdades contingentes.
demonstrativamente certas. São A rmam ou implicam a existência
verdades necessárias. de entidades concretas.
Nada a rmam ou implicam sobre
a existência de entidades
concretas.

Será que podemos ter conhecimento “a priori” do mundo? NÃO!


Hume não nega a existência de conhecimento “a priori”,

Domingos Faria | 6 . 13
Bifurcação de Hume
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.

Relações de Ideias: Questões de Facto:


De nem-se por poderem ser De nem-se por terem de ser
conhecidas “a priori”. conhecidas “a posteriori”.
São intuitiva ou São verdades contingentes.
demonstrativamente certas. São A rmam ou implicam a existência
verdades necessárias. de entidades concretas.
Nada a rmam ou implicam sobre
a existência de entidades
concretas.

Será que podemos ter conhecimento “a priori” do mundo? NÃO!


Hume não nega a existência de conhecimento “a priori”, mas
defende que, para sabermos o que existe na realidade concreta,
Domingos Faria | 6 . 13
Bifurcação de Hume
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.

Relações de Ideias: Questões de Facto:


De nem-se por poderem ser De nem-se por terem de ser
conhecidas “a priori”. conhecidas “a posteriori”.
São intuitiva ou São verdades contingentes.
demonstrativamente certas. São A rmam ou implicam a existência
verdades necessárias. de entidades concretas.
Nada a rmam ou implicam sobre
a existência de entidades
concretas.

Será que podemos ter conhecimento “a priori” do mundo? NÃO!


Hume não nega a existência de conhecimento “a priori”, mas
defende que, para sabermos o que existe na realidade concreta,
Domingos Faria | 6 . 13
Bifurcação de Hume

Domingos Faria | 6 . 14
EXERCÍCIO Questão de Facto Relação de Ideias
Adele é uma cantora francesa
Fumar faz mal à saúde
Todas as sogras são mulheres
Há milagres
Deus existe
Três maças são mais do que duas
O sol vai nascer amanhã
As coisas velhas não são novas
Os planetas têm órbitas elípticas

Domingos Faria | 6 . 15
EXERCÍCIO Questão de Facto Relação de Ideias
Adele é uma cantora francesa X
Fumar faz mal à saúde
Todas as sogras são mulheres
Há milagres
Deus existe
Três maças são mais do que duas
O sol vai nascer amanhã
As coisas velhas não são novas
Os planetas têm órbitas elípticas

Domingos Faria | 6 . 15
EXERCÍCIO Questão de Facto Relação de Ideias
Adele é uma cantora francesa X
Fumar faz mal à saúde X
Todas as sogras são mulheres
Há milagres
Deus existe
Três maças são mais do que duas
O sol vai nascer amanhã
As coisas velhas não são novas
Os planetas têm órbitas elípticas

Domingos Faria | 6 . 15
EXERCÍCIO Questão de Facto Relação de Ideias
Adele é uma cantora francesa X
Fumar faz mal à saúde X
Todas as sogras são mulheres X
Há milagres
Deus existe
Três maças são mais do que duas
O sol vai nascer amanhã
As coisas velhas não são novas
Os planetas têm órbitas elípticas

Domingos Faria | 6 . 15
EXERCÍCIO Questão de Facto Relação de Ideias
Adele é uma cantora francesa X
Fumar faz mal à saúde X
Todas as sogras são mulheres X
Há milagres X
Deus existe
Três maças são mais do que duas
O sol vai nascer amanhã
As coisas velhas não são novas
Os planetas têm órbitas elípticas

Domingos Faria | 6 . 15
EXERCÍCIO Questão de Facto Relação de Ideias
Adele é uma cantora francesa X
Fumar faz mal à saúde X
Todas as sogras são mulheres X
Há milagres X
Deus existe X
Três maças são mais do que duas
O sol vai nascer amanhã
As coisas velhas não são novas
Os planetas têm órbitas elípticas

Domingos Faria | 6 . 15
EXERCÍCIO Questão de Facto Relação de Ideias
Adele é uma cantora francesa X
Fumar faz mal à saúde X
Todas as sogras são mulheres X
Há milagres X
Deus existe X
Três maças são mais do que duas X
O sol vai nascer amanhã
As coisas velhas não são novas
Os planetas têm órbitas elípticas

Domingos Faria | 6 . 15
EXERCÍCIO Questão de Facto Relação de Ideias
Adele é uma cantora francesa X
Fumar faz mal à saúde X
Todas as sogras são mulheres X
Há milagres X
Deus existe X
Três maças são mais do que duas X
O sol vai nascer amanhã X
As coisas velhas não são novas
Os planetas têm órbitas elípticas

Domingos Faria | 6 . 15
EXERCÍCIO Questão de Facto Relação de Ideias
Adele é uma cantora francesa X
Fumar faz mal à saúde X
Todas as sogras são mulheres X
Há milagres X
Deus existe X
Três maças são mais do que duas X
O sol vai nascer amanhã X
As coisas velhas não são novas X
Os planetas têm órbitas elípticas

Domingos Faria | 6 . 15
EXERCÍCIO Questão de Facto Relação de Ideias
Adele é uma cantora francesa X
Fumar faz mal à saúde X
Todas as sogras são mulheres X
Há milagres X
Deus existe X
Três maças são mais do que duas X
O sol vai nascer amanhã X
As coisas velhas não são novas X
Os planetas têm órbitas elípticas X

Domingos Faria | 6 . 15
De acordo com a epistemologia de Hume Verdadeiro Falso
Há conhecimento “a priori” do mundo
Todo o conhecimento sobre questões de facto é
“a posteriori”
As verdades contingentes dizem respeito às
relações de ideias
O que é verdadeiro mas poderia ter sido falso é
uma verdade contingente
Para conhecermos uma verdade necessária não
precisamos de conhecer o mundo
Todo o conhecimento é “a posteriori”
Todo o conhecimento é “a priori”
Todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica

Domingos Faria | 6 . 16
De acordo com a epistemologia de Hume Verdadeiro Falso
Há conhecimento “a priori” do mundo X
Todo o conhecimento sobre questões de facto é
“a posteriori”
As verdades contingentes dizem respeito às
relações de ideias
O que é verdadeiro mas poderia ter sido falso é
uma verdade contingente
Para conhecermos uma verdade necessária não
precisamos de conhecer o mundo
Todo o conhecimento é “a posteriori”
Todo o conhecimento é “a priori”
Todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica

Domingos Faria | 6 . 16
De acordo com a epistemologia de Hume Verdadeiro Falso
Há conhecimento “a priori” do mundo X
Todo o conhecimento sobre questões de facto é X
“a posteriori”
As verdades contingentes dizem respeito às
relações de ideias
O que é verdadeiro mas poderia ter sido falso é
uma verdade contingente
Para conhecermos uma verdade necessária não
precisamos de conhecer o mundo
Todo o conhecimento é “a posteriori”
Todo o conhecimento é “a priori”
Todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica

Domingos Faria | 6 . 16
De acordo com a epistemologia de Hume Verdadeiro Falso
Há conhecimento “a priori” do mundo X
Todo o conhecimento sobre questões de facto é X
“a posteriori”
As verdades contingentes dizem respeito às X
relações de ideias
O que é verdadeiro mas poderia ter sido falso é
uma verdade contingente
Para conhecermos uma verdade necessária não
precisamos de conhecer o mundo
Todo o conhecimento é “a posteriori”
Todo o conhecimento é “a priori”
Todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica

Domingos Faria | 6 . 16
De acordo com a epistemologia de Hume Verdadeiro Falso
Há conhecimento “a priori” do mundo X
Todo o conhecimento sobre questões de facto é X
“a posteriori”
As verdades contingentes dizem respeito às X
relações de ideias
O que é verdadeiro mas poderia ter sido falso é X
uma verdade contingente
Para conhecermos uma verdade necessária não
precisamos de conhecer o mundo
Todo o conhecimento é “a posteriori”
Todo o conhecimento é “a priori”
Todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica

Domingos Faria | 6 . 16
De acordo com a epistemologia de Hume Verdadeiro Falso
Há conhecimento “a priori” do mundo X
Todo o conhecimento sobre questões de facto é X
“a posteriori”
As verdades contingentes dizem respeito às X
relações de ideias
O que é verdadeiro mas poderia ter sido falso é X
uma verdade contingente
Para conhecermos uma verdade necessária não X
precisamos de conhecer o mundo
Todo o conhecimento é “a posteriori”
Todo o conhecimento é “a priori”
Todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica

Domingos Faria | 6 . 16
De acordo com a epistemologia de Hume Verdadeiro Falso
Há conhecimento “a priori” do mundo X
Todo o conhecimento sobre questões de facto é X
“a posteriori”
As verdades contingentes dizem respeito às X
relações de ideias
O que é verdadeiro mas poderia ter sido falso é X
uma verdade contingente
Para conhecermos uma verdade necessária não X
precisamos de conhecer o mundo
Todo o conhecimento é “a posteriori” X
Todo o conhecimento é “a priori”
Todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica

Domingos Faria | 6 . 16
De acordo com a epistemologia de Hume Verdadeiro Falso
Há conhecimento “a priori” do mundo X
Todo o conhecimento sobre questões de facto é X
“a posteriori”
As verdades contingentes dizem respeito às X
relações de ideias
O que é verdadeiro mas poderia ter sido falso é X
uma verdade contingente
Para conhecermos uma verdade necessária não X
precisamos de conhecer o mundo
Todo o conhecimento é “a posteriori” X
Todo o conhecimento é “a priori” X
Todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica

Domingos Faria | 6 . 16
De acordo com a epistemologia de Hume Verdadeiro Falso
Há conhecimento “a priori” do mundo X
Todo o conhecimento sobre questões de facto é X
“a posteriori”
As verdades contingentes dizem respeito às X
relações de ideias
O que é verdadeiro mas poderia ter sido falso é X
uma verdade contingente
Para conhecermos uma verdade necessária não X
precisamos de conhecer o mundo
Todo o conhecimento é “a posteriori” X
Todo o conhecimento é “a priori” X
Todo o conhecimento acerca do mundo tem X
origem empírica

Domingos Faria | 6 . 16
Para além da experiência
De acordo com Hume, todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica.
Domingos Faria | 6 . 17
Para além da experiência
De acordo com Hume, todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica.

Mas há um PROBLEMA:
Domingos Faria | 6 . 17
Para além da experiência
De acordo com Hume, todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica.

Mas há um PROBLEMA: muitas vezes fazemos a rmações sobre o


mundo que somos incapazes de justi car se recorremos apenas à
experiência.
Domingos Faria | 6 . 17
Para além da experiência
De acordo com Hume, todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica.

Mas há um PROBLEMA: muitas vezes fazemos a rmações sobre o


mundo que somos incapazes de justi car se recorremos apenas à
experiência.
Por exemplo:
Domingos Faria | 6 . 17
Para além da experiência
De acordo com Hume, todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica.

Mas há um PROBLEMA: muitas vezes fazemos a rmações sobre o


mundo que somos incapazes de justi car se recorremos apenas à
experiência.
Por exemplo:
O Sol vai nascer amanhã. [Previsão]
Domingos Faria | 6 . 17
Para além da experiência
De acordo com Hume, todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica.

Mas há um PROBLEMA: muitas vezes fazemos a rmações sobre o


mundo que somos incapazes de justi car se recorremos apenas à
experiência.
Por exemplo:
O Sol vai nascer amanhã. [Previsão]
Todos os corvos são negros. [Lei da natureza]
Domingos Faria | 6 . 17
Para além da experiência
De acordo com Hume, todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica.

Mas há um PROBLEMA: muitas vezes fazemos a rmações sobre o


mundo que somos incapazes de justi car se recorremos apenas à
experiência.
Por exemplo:
O Sol vai nascer amanhã. [Previsão]
Todos os corvos são negros. [Lei da natureza]
Esta barra de metal dilatou por causa do calor. [Explicação causal]
Domingos Faria | 6 . 17
Para além da experiência
De acordo com Hume, todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica.

Mas há um PROBLEMA: muitas vezes fazemos a rmações sobre o


mundo que somos incapazes de justi car se recorremos apenas à
experiência.
Por exemplo:
O Sol vai nascer amanhã. [Previsão]
Todos os corvos são negros. [Lei da natureza]
Esta barra de metal dilatou por causa do calor. [Explicação causal]
Domingos Faria | 6 . 17
Para além da experiência
De acordo com Hume, todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica.

Mas há um PROBLEMA: muitas vezes fazemos a rmações sobre o


mundo que somos incapazes de justi car se recorremos apenas à
experiência.
Por exemplo:
O Sol vai nascer amanhã. [Previsão]
Todos os corvos são negros. [Lei da natureza]
Esta barra de metal dilatou por causa do calor. [Explicação causal]
Todas estas a rmações referem “questões de facto”,
Domingos Faria | 6 . 17
Para além da experiência
De acordo com Hume, todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica.

Mas há um PROBLEMA: muitas vezes fazemos a rmações sobre o


mundo que somos incapazes de justi car se recorremos apenas à
experiência.
Por exemplo:
O Sol vai nascer amanhã. [Previsão]
Todos os corvos são negros. [Lei da natureza]
Esta barra de metal dilatou por causa do calor. [Explicação causal]
Todas estas a rmações referem “questões de facto”, mas vão
muito além do que a experiência nos pode dizer.
Domingos Faria | 6 . 17
Para além da experiência
De acordo com Hume, todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica.

Mas há um PROBLEMA: muitas vezes fazemos a rmações sobre o


mundo que somos incapazes de justi car se recorremos apenas à
experiência.
Por exemplo:
O Sol vai nascer amanhã. [Previsão]
Todos os corvos são negros. [Lei da natureza]
Esta barra de metal dilatou por causa do calor. [Explicação causal]
Todas estas a rmações referem “questões de facto”, mas vão
muito além do que a experiência nos pode dizer.
Dizer que o Sol vai nascer amanhã é a rmar algo que não foi observado.
Domingos Faria | 6 . 17
Para além da experiência
De acordo com Hume, todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica.

Mas há um PROBLEMA: muitas vezes fazemos a rmações sobre o


mundo que somos incapazes de justi car se recorremos apenas à
experiência.
Por exemplo:
O Sol vai nascer amanhã. [Previsão]
Todos os corvos são negros. [Lei da natureza]
Esta barra de metal dilatou por causa do calor. [Explicação causal]
Todas estas a rmações referem “questões de facto”, mas vão
muito além do que a experiência nos pode dizer.
Dizer que o Sol vai nascer amanhã é a rmar algo que não foi observado.
Também não somos capazes de observar os corvos todos.
Domingos Faria | 6 . 17
Para além da experiência
De acordo com Hume, todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica.

Mas há um PROBLEMA: muitas vezes fazemos a rmações sobre o


mundo que somos incapazes de justi car se recorremos apenas à
experiência.
Por exemplo:
O Sol vai nascer amanhã. [Previsão]
Todos os corvos são negros. [Lei da natureza]
Esta barra de metal dilatou por causa do calor. [Explicação causal]
Todas estas a rmações referem “questões de facto”, mas vão
muito além do que a experiência nos pode dizer.
Dizer que o Sol vai nascer amanhã é a rmar algo que não foi observado.
Também não somos capazes de observar os corvos todos.
Os nossos sentidos não nos mostram que a barra dilatou por causa do
calor.
Domingos Faria | 6 . 17
Para além da experiência
De acordo com Hume, todo o conhecimento acerca do mundo tem
origem empírica.

Mas há um PROBLEMA: muitas vezes fazemos a rmações sobre o


mundo que somos incapazes de justi car se recorremos apenas à
experiência.
Por exemplo:
O Sol vai nascer amanhã. [Previsão]
Todos os corvos são negros. [Lei da natureza]
Esta barra de metal dilatou por causa do calor. [Explicação causal]
Todas estas a rmações referem “questões de facto”, mas vão
muito além do que a experiência nos pode dizer.
Dizer que o Sol vai nascer amanhã é a rmar algo que não foi observado.
Também não somos capazes de observar os corvos todos.
Os nossos sentidos não nos mostram que a barra dilatou por causa do
calor.
Como podemos conhecer essas a rmações? Isso dá origem ao
problema da indução.

Domingos Faria | 6 . 17
Problema da Indução

Domingos Faria | 6 . 18
Problema da Indução
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:

Domingos Faria | 6 . 18
Problema da Indução
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.

Domingos Faria | 6 . 18
Problema da Indução
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.
Qual destes tipos de conhecimento é sobre o mundo?

Domingos Faria | 6 . 18
Problema da Indução
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.
Qual destes tipos de conhecimento é sobre o mundo?
Questões de facto.

Domingos Faria | 6 . 18
Problema da Indução
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.
Qual destes tipos de conhecimento é sobre o mundo?
Questões de facto.
Qual é o raciocínio utilizado nas questões de facto quando
dizemos, p.e., que “irá ocorrer um trovão (depois de vermos
um raio)”?

Domingos Faria | 6 . 18
Problema da Indução
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.
Qual destes tipos de conhecimento é sobre o mundo?
Questões de facto.
Qual é o raciocínio utilizado nas questões de facto quando
dizemos, p.e., que “irá ocorrer um trovão (depois de vermos
um raio)”?
Raciocínio indutivo/causal.

Domingos Faria | 6 . 18
Problema da Indução
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.
Qual destes tipos de conhecimento é sobre o mundo?
Questões de facto.
Qual é o raciocínio utilizado nas questões de facto quando
dizemos, p.e., que “irá ocorrer um trovão (depois de vermos
um raio)”?
Raciocínio indutivo/causal.
Como se estrutura o raciocínio indutivo/causal?

Domingos Faria | 6 . 18
Problema da Indução
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.
Qual destes tipos de conhecimento é sobre o mundo?
Questões de facto.
Qual é o raciocínio utilizado nas questões de facto quando
dizemos, p.e., que “irá ocorrer um trovão (depois de vermos
um raio)”?
Raciocínio indutivo/causal.
Como se estrutura o raciocínio indutivo/causal?
Com duas premissas fundamentais:

Domingos Faria | 6 . 18
Problema da Indução
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.
Qual destes tipos de conhecimento é sobre o mundo?
Questões de facto.
Qual é o raciocínio utilizado nas questões de facto quando
dizemos, p.e., que “irá ocorrer um trovão (depois de vermos
um raio)”?
Raciocínio indutivo/causal.
Como se estrutura o raciocínio indutivo/causal?
Com duas premissas fundamentais:
Conjunção constante (regularidade observada):

Domingos Faria | 6 . 18
Problema da Indução
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.
Qual destes tipos de conhecimento é sobre o mundo?
Questões de facto.
Qual é o raciocínio utilizado nas questões de facto quando
dizemos, p.e., que “irá ocorrer um trovão (depois de vermos
um raio)”?
Raciocínio indutivo/causal.
Como se estrutura o raciocínio indutivo/causal?
Com duas premissas fundamentais:
Conjunção constante (regularidade observada):
Há uma conjunção constante entre dois acontecimentos A e B se, pelo que observámos,
sempre que ocorre um deles, o outro também ocorre.

Domingos Faria | 6 . 18
Problema da Indução
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.
Qual destes tipos de conhecimento é sobre o mundo?
Questões de facto.
Qual é o raciocínio utilizado nas questões de facto quando
dizemos, p.e., que “irá ocorrer um trovão (depois de vermos
um raio)”?
Raciocínio indutivo/causal.
Como se estrutura o raciocínio indutivo/causal?
Com duas premissas fundamentais:
Conjunção constante (regularidade observada):
Há uma conjunção constante entre dois acontecimentos A e B se, pelo que observámos,
sempre que ocorre um deles, o outro também ocorre.
Princípio da uniformidade da natureza:

Domingos Faria | 6 . 18
Problema da Indução
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.
Qual destes tipos de conhecimento é sobre o mundo?
Questões de facto.
Qual é o raciocínio utilizado nas questões de facto quando
dizemos, p.e., que “irá ocorrer um trovão (depois de vermos
um raio)”?
Raciocínio indutivo/causal.
Como se estrutura o raciocínio indutivo/causal?
Com duas premissas fundamentais:
Conjunção constante (regularidade observada):
Há uma conjunção constante entre dois acontecimentos A e B se, pelo que observámos,
sempre que ocorre um deles, o outro também ocorre.
Princípio da uniformidade da natureza:
Princípio segundo o qual o futuro assemelhar-se-á ao passado.

Domingos Faria | 6 . 18
Problema da Indução
Hume reduz todo o conhecimento humano a dois tipos:
relações de ideias e questões de facto.
Qual destes tipos de conhecimento é sobre o mundo?
Questões de facto.
Qual é o raciocínio utilizado nas questões de facto quando
dizemos, p.e., que “irá ocorrer um trovão (depois de vermos
um raio)”?
Raciocínio indutivo/causal.
Como se estrutura o raciocínio indutivo/causal?
Com duas premissas fundamentais:
Conjunção constante (regularidade observada):
Há uma conjunção constante entre dois acontecimentos A e B se, pelo que observámos,
sempre que ocorre um deles, o outro também ocorre.
Princípio da uniformidade da natureza:
Princípio segundo o qual o futuro assemelhar-se-á ao passado.
A natureza funciona de uma maneira uniforme.
Domingos Faria | 6 . 18
Um exemplo de raciocínio
causal/indutivo
(1) O futuro assemelhar-se-á ao
passado.
(2) Ocorre um raio.
(3) Aos raios têm-se seguido
trovões
(4) Logo, provavelmente irá
ocorrer um trovão.

Domingos Faria | 6 . 19
Um exemplo de raciocínio
causal/indutivo
(1) O futuro assemelhar-se-á ao [Princípio da Uniformidade da
passado. Natureza]
(2) Ocorre um raio.
(3) Aos raios têm-se seguido
trovões
(4) Logo, provavelmente irá
ocorrer um trovão.

Domingos Faria | 6 . 19
Um exemplo de raciocínio
causal/indutivo
(1) O futuro assemelhar-se-á ao [Princípio da Uniformidade da
passado. Natureza]
(2) Ocorre um raio.
(3) Aos raios têm-se seguido [Conjunção constante]
trovões
(4) Logo, provavelmente irá
ocorrer um trovão.

Domingos Faria | 6 . 19
Um exemplo de raciocínio
causal/indutivo
(1) O futuro assemelhar-se-á ao [Princípio da Uniformidade da
passado. Natureza]
(2) Ocorre um raio.
(3) Aos raios têm-se seguido [Conjunção constante]
trovões
(4) Logo, provavelmente irá
ocorrer um trovão.

PROBLEMA: como justi car o princípio (1)?

Domingos Faria | 6 . 19
Problema da Indução
De acordo com Hume, é impossível justi car (1).

Domingos Faria | 6 . 20
Problema da Indução
De acordo com Hume, é impossível justi car (1). Mas porquê?

Domingos Faria | 6 . 20
Problema da Indução
De acordo com Hume, é impossível justi car (1). Mas porquê?

Domingos Faria | 6 . 20
Problema da Indução
De acordo com Hume, é impossível justi car (1). Mas porquê?
(1) Se o princípio da uniformidade da natureza (PUN) é justi cável, então pode
ser justi cado demonstrativamente (a priori) ou indutivamente (a posteriori).

Domingos Faria | 6 . 20
Problema da Indução
De acordo com Hume, é impossível justi car (1). Mas porquê?
(1) Se o princípio da uniformidade da natureza (PUN) é justi cável, então pode
ser justi cado demonstrativamente (a priori) ou indutivamente (a posteriori).
(2) Mas não pode ser justi cado demonstrativamente ou indutivamente.

Domingos Faria | 6 . 20
Problema da Indução
De acordo com Hume, é impossível justi car (1). Mas porquê?
(1) Se o princípio da uniformidade da natureza (PUN) é justi cável, então pode
ser justi cado demonstrativamente (a priori) ou indutivamente (a posteriori).
(2) Mas não pode ser justi cado demonstrativamente ou indutivamente.
(3) Logo, o princípio da uniformidade da natureza não é justi cável.

Domingos Faria | 6 . 20
Problema da Indução
De acordo com Hume, é impossível justi car (1). Mas porquê?
(1) Se o princípio da uniformidade da natureza (PUN) é justi cável, então pode
ser justi cado demonstrativamente (a priori) ou indutivamente (a posteriori).
(2) Mas não pode ser justi cado demonstrativamente ou indutivamente.
(3) Logo, o princípio da uniformidade da natureza não é justi cável.

Domingos Faria | 6 . 20
Problema da Indução
De acordo com Hume, é impossível justi car (1). Mas porquê?
(1) Se o princípio da uniformidade da natureza (PUN) é justi cável, então pode
ser justi cado demonstrativamente (a priori) ou indutivamente (a posteriori).
(2) Mas não pode ser justi cado demonstrativamente ou indutivamente.
(3) Logo, o princípio da uniformidade da natureza não é justi cável.
Fundamentação da premissa (2):

Domingos Faria | 6 . 20
Problema da Indução
De acordo com Hume, é impossível justi car (1). Mas porquê?
(1) Se o princípio da uniformidade da natureza (PUN) é justi cável, então pode
ser justi cado demonstrativamente (a priori) ou indutivamente (a posteriori).
(2) Mas não pode ser justi cado demonstrativamente ou indutivamente.
(3) Logo, o princípio da uniformidade da natureza não é justi cável.
Fundamentação da premissa (2):
PUN não pode ser justi cado demonstrativamente, pois isso implicaria
que o PUN seria uma “relação de ideias”;

Domingos Faria | 6 . 20
Problema da Indução
De acordo com Hume, é impossível justi car (1). Mas porquê?
(1) Se o princípio da uniformidade da natureza (PUN) é justi cável, então pode
ser justi cado demonstrativamente (a priori) ou indutivamente (a posteriori).
(2) Mas não pode ser justi cado demonstrativamente ou indutivamente.
(3) Logo, o princípio da uniformidade da natureza não é justi cável.
Fundamentação da premissa (2):
PUN não pode ser justi cado demonstrativamente, pois isso implicaria
que o PUN seria uma “relação de ideias”; mas não é uma relação de
ideias.

Domingos Faria | 6 . 20
Problema da Indução
De acordo com Hume, é impossível justi car (1). Mas porquê?
(1) Se o princípio da uniformidade da natureza (PUN) é justi cável, então pode
ser justi cado demonstrativamente (a priori) ou indutivamente (a posteriori).
(2) Mas não pode ser justi cado demonstrativamente ou indutivamente.
(3) Logo, o princípio da uniformidade da natureza não é justi cável.
Fundamentação da premissa (2):
PUN não pode ser justi cado demonstrativamente, pois isso implicaria
que o PUN seria uma “relação de ideias”; mas não é uma relação de
ideias.
PUN não pode ser justi cado indutivamente, pois isso implicaria a falácia
de “petição de princípio”.

Domingos Faria | 6 . 20
Problema da Indução
De acordo com Hume, é impossível justi car (1). Mas porquê?
(1) Se o princípio da uniformidade da natureza (PUN) é justi cável, então pode
ser justi cado demonstrativamente (a priori) ou indutivamente (a posteriori).
(2) Mas não pode ser justi cado demonstrativamente ou indutivamente.
(3) Logo, o princípio da uniformidade da natureza não é justi cável.
Fundamentação da premissa (2):
PUN não pode ser justi cado demonstrativamente, pois isso implicaria
que o PUN seria uma “relação de ideias”; mas não é uma relação de
ideias.
PUN não pode ser justi cado indutivamente, pois isso implicaria a falácia
de “petição de princípio”. Mas porquê?

Domingos Faria | 6 . 20
Problema da Indução
De acordo com Hume, é impossível justi car (1). Mas porquê?
(1) Se o princípio da uniformidade da natureza (PUN) é justi cável, então pode
ser justi cado demonstrativamente (a priori) ou indutivamente (a posteriori).
(2) Mas não pode ser justi cado demonstrativamente ou indutivamente.
(3) Logo, o princípio da uniformidade da natureza não é justi cável.
Fundamentação da premissa (2):
PUN não pode ser justi cado demonstrativamente, pois isso implicaria
que o PUN seria uma “relação de ideias”; mas não é uma relação de
ideias.
PUN não pode ser justi cado indutivamente, pois isso implicaria a falácia
de “petição de princípio”. Mas porquê?
Porque isso consistiria em justi car PUN com base no raciocínio causal/indutivo.

Domingos Faria | 6 . 20
Problema da Indução
De acordo com Hume, é impossível justi car (1). Mas porquê?
(1) Se o princípio da uniformidade da natureza (PUN) é justi cável, então pode
ser justi cado demonstrativamente (a priori) ou indutivamente (a posteriori).
(2) Mas não pode ser justi cado demonstrativamente ou indutivamente.
(3) Logo, o princípio da uniformidade da natureza não é justi cável.
Fundamentação da premissa (2):
PUN não pode ser justi cado demonstrativamente, pois isso implicaria
que o PUN seria uma “relação de ideias”; mas não é uma relação de
ideias.
PUN não pode ser justi cado indutivamente, pois isso implicaria a falácia
de “petição de princípio”. Mas porquê?
Porque isso consistiria em justi car PUN com base no raciocínio causal/indutivo.
(P.e.: observamos que a natureza tem-se mostrado uniforme; logo, a natureza mostra-
se-á uniforme).

Domingos Faria | 6 . 20
Problema da Indução
De acordo com Hume, é impossível justi car (1). Mas porquê?
(1) Se o princípio da uniformidade da natureza (PUN) é justi cável, então pode
ser justi cado demonstrativamente (a priori) ou indutivamente (a posteriori).
(2) Mas não pode ser justi cado demonstrativamente ou indutivamente.
(3) Logo, o princípio da uniformidade da natureza não é justi cável.
Fundamentação da premissa (2):
PUN não pode ser justi cado demonstrativamente, pois isso implicaria
que o PUN seria uma “relação de ideias”; mas não é uma relação de
ideias.
PUN não pode ser justi cado indutivamente, pois isso implicaria a falácia
de “petição de princípio”. Mas porquê?
Porque isso consistiria em justi car PUN com base no raciocínio causal/indutivo.
(P.e.: observamos que a natureza tem-se mostrado uniforme; logo, a natureza mostra-
se-á uniforme).
Mas o próprio raciocínio causal/indutivo é justi cado com base no PUN (aliás, essa é
a premissa 1 de qualquer raciocínio indutivo).
Domingos Faria | 6 . 20
Ceticismo de Hume

Domingos Faria | 6 . 21
Ceticismo de Hume
Hume conclui que o pressuposto de que a natureza é
uniforme não pode ser justi cado.

Domingos Faria | 6 . 21
Ceticismo de Hume
Hume conclui que o pressuposto de que a natureza é
uniforme não pode ser justi cado. Assim:

Domingos Faria | 6 . 21
Ceticismo de Hume
Hume conclui que o pressuposto de que a natureza é
uniforme não pode ser justi cado. Assim:
Todas as nossas inferências causais ou indutivas em gerais baseiam-se
num pressuposto injusti cável.

Domingos Faria | 6 . 21
Ceticismo de Hume
Hume conclui que o pressuposto de que a natureza é
uniforme não pode ser justi cado. Assim:
Todas as nossas inferências causais ou indutivas em gerais baseiam-se
num pressuposto injusti cável.
Nunca temos qualquer justi cação para acreditar nas conclusões dessas
inferências.

Domingos Faria | 6 . 21
Ceticismo de Hume
Hume conclui que o pressuposto de que a natureza é
uniforme não pode ser justi cado. Assim:
Todas as nossas inferências causais ou indutivas em gerais baseiam-se
num pressuposto injusti cável.
Nunca temos qualquer justi cação para acreditar nas conclusões dessas
inferências.
Problema da Indução: desa o de mostrar, contra Hume, que
as inferências indutivas são racionalmente justi cáveis.

Domingos Faria | 6 . 21
Ceticismo de Hume
Hume conclui que o pressuposto de que a natureza é
uniforme não pode ser justi cado. Assim:
Todas as nossas inferências causais ou indutivas em gerais baseiam-se
num pressuposto injusti cável.
Nunca temos qualquer justi cação para acreditar nas conclusões dessas
inferências.
Problema da Indução: desa o de mostrar, contra Hume, que
as inferências indutivas são racionalmente justi cáveis.
Se Hume tiver razão, quer isso dizer que devemos abandonar o
raciocínio causal ou o raciocínio indutivo em geral?

Domingos Faria | 6 . 21
O hábito
Não!

Domingos Faria | 6 . 22
O hábito
Não! Hume reconhece que não podemos deixar de fazer
inferências causais e indutivas.

Domingos Faria | 6 . 22
O hábito
Não! Hume reconhece que não podemos deixar de fazer
inferências causais e indutivas. Porquê?

Domingos Faria | 6 . 22
O hábito
Não! Hume reconhece que não podemos deixar de fazer
inferências causais e indutivas. Porquê?

(1) Razão pragmática: na nossa vida precisamos de raciocinar


causalmente e indutivamente.

Domingos Faria | 6 . 22
O hábito
Não! Hume reconhece que não podemos deixar de fazer
inferências causais e indutivas. Porquê?

(1) Razão pragmática: na nossa vida precisamos de raciocinar


causalmente e indutivamente.
(2) Razão psicológica: estamos “programados” para fazer
inferências causais e indutivas.

Domingos Faria | 6 . 22
O hábito
Não! Hume reconhece que não podemos deixar de fazer
inferências causais e indutivas. Porquê?

(1) Razão pragmática: na nossa vida precisamos de raciocinar


causalmente e indutivamente.
(2) Razão psicológica: estamos “programados” para fazer
inferências causais e indutivas.

Domingos Faria | 6 . 22
O hábito
Não! Hume reconhece que não podemos deixar de fazer
inferências causais e indutivas. Porquê?

(1) Razão pragmática: na nossa vida precisamos de raciocinar


causalmente e indutivamente.
(2) Razão psicológica: estamos “programados” para fazer
inferências causais e indutivas.
Assim, apesar das inferências causais não serem racionalmente justi cáveis,
são psicologicamente explicáveis.

Domingos Faria | 6 . 22
O hábito
Não! Hume reconhece que não podemos deixar de fazer
inferências causais e indutivas. Porquê?

(1) Razão pragmática: na nossa vida precisamos de raciocinar


causalmente e indutivamente.
(2) Razão psicológica: estamos “programados” para fazer
inferências causais e indutivas.
Assim, apesar das inferências causais não serem racionalmente justi cáveis,
são psicologicamente explicáveis.
Elas resultam da lei psicológica do hábito ou costume.

Domingos Faria | 6 . 22
O hábito
Não! Hume reconhece que não podemos deixar de fazer
inferências causais e indutivas. Porquê?

(1) Razão pragmática: na nossa vida precisamos de raciocinar


causalmente e indutivamente.
(2) Razão psicológica: estamos “programados” para fazer
inferências causais e indutivas.
Assim, apesar das inferências causais não serem racionalmente justi cáveis,
são psicologicamente explicáveis.
Elas resultam da lei psicológica do hábito ou costume.
Com esse hábito, de observamos conjunções constantes, gera-se em nós a
expectativa da causalidade.

Domingos Faria | 6 . 22
O que é a causalidade
causalidade?
?
Hume, para além de examinar o raciocínio causal, investiga a
natureza da própria causalidade.

Domingos Faria | 6 . 23
O que é a causalidade
causalidade?
?
Hume, para além de examinar o raciocínio causal, investiga a
natureza da própria causalidade.

Resposta tradicional:

Um acontecimento A causa um acontecimento B se, e só, se há uma


conexão necessária entre A e B.

Domingos Faria | 6 . 23
O que é a causalidade
causalidade?
?
Hume, para além de examinar o raciocínio causal, investiga a
natureza da própria causalidade.

Resposta tradicional:

Um acontecimento A causa um acontecimento B se, e só, se há uma


conexão necessária entre A e B.
Há uma conexão necessária entre dois acontecimentos A e B quando um não
pode ocorrer sem o outro.

Domingos Faria | 6 . 23
O que é a causalidade
causalidade?
?
Hume, para além de examinar o raciocínio causal, investiga a
natureza da própria causalidade.

Resposta tradicional:

Um acontecimento A causa um acontecimento B se, e só, se há uma


conexão necessária entre A e B.
Há uma conexão necessária entre dois acontecimentos A e B quando um não
pode ocorrer sem o outro. Ou seja, um acontecimento produz inevitalvemente
o outro.

Domingos Faria | 6 . 23
O que é a causalidade
causalidade?
?
Hume, para além de examinar o raciocínio causal, investiga a
natureza da própria causalidade.

Resposta tradicional:

Um acontecimento A causa um acontecimento B se, e só, se há uma


conexão necessária entre A e B.
Há uma conexão necessária entre dois acontecimentos A e B quando um não
pode ocorrer sem o outro. Ou seja, um acontecimento produz inevitalvemente
o outro. (Não é mera conjunção constante).

Domingos Faria | 6 . 23
O que é a causalidade
causalidade?
?
Hume, para além de examinar o raciocínio causal, investiga a
natureza da própria causalidade.

Resposta tradicional:

Um acontecimento A causa um acontecimento B se, e só, se há uma


conexão necessária entre A e B.
Há uma conexão necessária entre dois acontecimentos A e B quando um não
pode ocorrer sem o outro. Ou seja, um acontecimento produz inevitalvemente
o outro. (Não é mera conjunção constante).

Problema levantado por Hume:

De que impressões poderá resultar a ideia de conexão necessária?


Domingos Faria | 6 . 23
Ideia de Conexão Necessária
Não observamos pelos sentidos qualquer conexão necessária.

Domingos Faria | 6 . 24
Ideia de Conexão Necessária
Não observamos pelos sentidos qualquer conexão necessária.

Então, a que se deve a ideia dessa conexão?

Domingos Faria | 6 . 24
Ideia de Conexão Necessária
Não observamos pelos sentidos qualquer conexão necessária.

Então, a que se deve a ideia dessa conexão?

Resposta de Hume:

Domingos Faria | 6 . 24
Ideia de Conexão Necessária
Não observamos pelos sentidos qualquer conexão necessária.

Então, a que se deve a ideia dessa conexão?

Resposta de Hume:

Pela lei do hábito (de se observar conjunções constantes), temos a


expetativa dessa conexão.

Domingos Faria | 6 . 24
Ideia de Conexão Necessária
Não observamos pelos sentidos qualquer conexão necessária.

Então, a que se deve a ideia dessa conexão?

Resposta de Hume:

Pela lei do hábito (de se observar conjunções constantes), temos a


expetativa dessa conexão.
Essa expetativa é um sentimento, ou seja, uma impressão interna.

Domingos Faria | 6 . 24
Ideia de Conexão Necessária
Não observamos pelos sentidos qualquer conexão necessária.

Então, a que se deve a ideia dessa conexão?

Resposta de Hume:

Pela lei do hábito (de se observar conjunções constantes), temos a


expetativa dessa conexão.
Essa expetativa é um sentimento, ou seja, uma impressão interna.
É dessa impressão interna que resulta a nossa ideia de conexão necessária.

Domingos Faria | 6 . 24
Ideia de Conexão Necessária
Não observamos pelos sentidos qualquer conexão necessária.

Então, a que se deve a ideia dessa conexão?

Resposta de Hume:

Pela lei do hábito (de se observar conjunções constantes), temos a


expetativa dessa conexão.
Essa expetativa é um sentimento, ou seja, uma impressão interna.
É dessa impressão interna que resulta a nossa ideia de conexão necessária.

Domingos Faria | 6 . 24
Ideia de Conexão Necessária
Não observamos pelos sentidos qualquer conexão necessária.

Então, a que se deve a ideia dessa conexão?

Resposta de Hume:

Pela lei do hábito (de se observar conjunções constantes), temos a


expetativa dessa conexão.
Essa expetativa é um sentimento, ou seja, uma impressão interna.
É dessa impressão interna que resulta a nossa ideia de conexão necessária.
Consequências:

Domingos Faria | 6 . 24
Ideia de Conexão Necessária
Não observamos pelos sentidos qualquer conexão necessária.

Então, a que se deve a ideia dessa conexão?

Resposta de Hume:

Pela lei do hábito (de se observar conjunções constantes), temos a


expetativa dessa conexão.
Essa expetativa é um sentimento, ou seja, uma impressão interna.
É dessa impressão interna que resulta a nossa ideia de conexão necessária.
Consequências:
A conexão entre a causa e o efeito não existe entre os próprios
acontecimentos.

Domingos Faria | 6 . 24
Ideia de Conexão Necessária
Não observamos pelos sentidos qualquer conexão necessária.

Então, a que se deve a ideia dessa conexão?

Resposta de Hume:

Pela lei do hábito (de se observar conjunções constantes), temos a


expetativa dessa conexão.
Essa expetativa é um sentimento, ou seja, uma impressão interna.
É dessa impressão interna que resulta a nossa ideia de conexão necessária.
Consequências:
A conexão entre a causa e o efeito não existe entre os próprios
acontecimentos.
Ela existe, por assim dizer, apenas na nossa cabeça.

Domingos Faria | 6 . 24
Ideia de Conexão Necessária
Não observamos pelos sentidos qualquer conexão necessária.

Então, a que se deve a ideia dessa conexão?

Resposta de Hume:

Pela lei do hábito (de se observar conjunções constantes), temos a


expetativa dessa conexão.
Essa expetativa é um sentimento, ou seja, uma impressão interna.
É dessa impressão interna que resulta a nossa ideia de conexão necessária.
Consequências:
A conexão entre a causa e o efeito não existe entre os próprios
acontecimentos.
Ela existe, por assim dizer, apenas na nossa cabeça.
A conexão é imaginada por nós pela força do hábito e projetada nos
acontecimentos.
Domingos Faria | 6 . 24
Síntese…
Síntese…

Domingos Faria | 6 . 25
Síntese…
Síntese…

Domingos Faria | 6 . 25
Síntese…
Síntese…

A conexão necessária entre causa e efeito reside apenas neste


sentimento gerado pelo hábito. Ela não existe objetivamente,
isto é, na própria natureza.

Domingos Faria | 6 . 25
Síntese…
Síntese…

A conexão necessária entre causa e efeito reside apenas neste


sentimento gerado pelo hábito. Ela não existe objetivamente,
isto é, na própria natureza.
A causalidade é algo que existe na nossa mente e não é algo
que possa ser observado no mundo.

Domingos Faria | 6 . 25
Síntese…
Síntese…

A conexão necessária entre causa e efeito reside apenas neste


sentimento gerado pelo hábito. Ela não existe objetivamente,
isto é, na própria natureza.
A causalidade é algo que existe na nossa mente e não é algo
que possa ser observado no mundo.
Para Hume a causalidade consiste na conjunção constante
que pode ser observada entre eventos.

Domingos Faria | 6 . 25
Exercícios: completar as
Exercícios:
afirmações
1/. A relação de causa efeito é uma relação de…

2/. Habitualmente concluímos que há uma relação de causalidade com base…

3/. Há uma conexão necessária entre dois acontecimentos quando um…

4/. A conexão necessária entre acontecimentos é algo que não…

5/. Conjunção constante e conexão necessária…

6/. A nossa convicção de que há uma conexão necessária entre acontecimentos é apenas fruto do…

Domingos Faria | 6 . 26
Exercícios: completar as
Exercícios:
afirmações
1/. A relação de causa efeito é uma relação de… causalidade.

2/. Habitualmente concluímos que há uma relação de causalidade com base…

3/. Há uma conexão necessária entre dois acontecimentos quando um…

4/. A conexão necessária entre acontecimentos é algo que não…

5/. Conjunção constante e conexão necessária…

6/. A nossa convicção de que há uma conexão necessária entre acontecimentos é apenas fruto do…

Domingos Faria | 6 . 26
Exercícios: completar as
Exercícios:
afirmações
1/. A relação de causa efeito é uma relação de… causalidade.

2/. Habitualmente concluímos que há uma relação de causalidade com base… na conjunção
constante.

3/. Há uma conexão necessária entre dois acontecimentos quando um…

4/. A conexão necessária entre acontecimentos é algo que não…

5/. Conjunção constante e conexão necessária…

6/. A nossa convicção de que há uma conexão necessária entre acontecimentos é apenas fruto do…

Domingos Faria | 6 . 26
Exercícios: completar as
Exercícios:
afirmações
1/. A relação de causa efeito é uma relação de… causalidade.

2/. Habitualmente concluímos que há uma relação de causalidade com base… na conjunção
constante.

3/. Há uma conexão necessária entre dois acontecimentos quando um… não pode ocorrer sem o
outro.

4/. A conexão necessária entre acontecimentos é algo que não…

5/. Conjunção constante e conexão necessária…

6/. A nossa convicção de que há uma conexão necessária entre acontecimentos é apenas fruto do…

Domingos Faria | 6 . 26
Exercícios: completar as
Exercícios:
afirmações
1/. A relação de causa efeito é uma relação de… causalidade.

2/. Habitualmente concluímos que há uma relação de causalidade com base… na conjunção
constante.

3/. Há uma conexão necessária entre dois acontecimentos quando um… não pode ocorrer sem o
outro.

4/. A conexão necessária entre acontecimentos é algo que não… conseguimos observar.

5/. Conjunção constante e conexão necessária…

6/. A nossa convicção de que há uma conexão necessária entre acontecimentos é apenas fruto do…

Domingos Faria | 6 . 26
Exercícios: completar as
Exercícios:
afirmações
1/. A relação de causa efeito é uma relação de… causalidade.

2/. Habitualmente concluímos que há uma relação de causalidade com base… na conjunção
constante.

3/. Há uma conexão necessária entre dois acontecimentos quando um… não pode ocorrer sem o
outro.

4/. A conexão necessária entre acontecimentos é algo que não… conseguimos observar.

5/. Conjunção constante e conexão necessária… são coisas diferentes.

6/. A nossa convicção de que há uma conexão necessária entre acontecimentos é apenas fruto do…

Domingos Faria | 6 . 26
Exercícios: completar as
Exercícios:
afirmações
1/. A relação de causa efeito é uma relação de… causalidade.

2/. Habitualmente concluímos que há uma relação de causalidade com base… na conjunção
constante.

3/. Há uma conexão necessária entre dois acontecimentos quando um… não pode ocorrer sem o
outro.

4/. A conexão necessária entre acontecimentos é algo que não… conseguimos observar.

5/. Conjunção constante e conexão necessária… são coisas diferentes.

6/. A nossa convicção de que há uma conexão necessária entre acontecimentos é apenas fruto do…
hábito.
Domingos Faria | 6 . 26
De acordo com a epistemologia de Hume Verdadeiro Falso
O princípio da uniformidade da natureza só pode
ser justi cado por meio de argumentos
prováveis.
O princípio da uniformidade da natureza não é
demonstrável porque é possível que o futuro
não vá assemelhar-se ao passado.
Não temos qualquer ideia de conexão
necessária.
A ideia de conexão necessária deriva de
impressões externas.
O problema da indução é o desa o de mostrar
que, através de inferência indutivas, podemos
chegar à certeza.

Domingos Faria | 6 . 27
De acordo com a epistemologia de Hume Verdadeiro Falso
O princípio da uniformidade da natureza só pode X
ser justi cado por meio de argumentos
prováveis.
O princípio da uniformidade da natureza não é
demonstrável porque é possível que o futuro
não vá assemelhar-se ao passado.
Não temos qualquer ideia de conexão
necessária.
A ideia de conexão necessária deriva de
impressões externas.
O problema da indução é o desa o de mostrar
que, através de inferência indutivas, podemos
chegar à certeza.

Domingos Faria | 6 . 27
De acordo com a epistemologia de Hume Verdadeiro Falso
O princípio da uniformidade da natureza só pode X
ser justi cado por meio de argumentos
prováveis.
O princípio da uniformidade da natureza não é X
demonstrável porque é possível que o futuro
não vá assemelhar-se ao passado.
Não temos qualquer ideia de conexão
necessária.
A ideia de conexão necessária deriva de
impressões externas.
O problema da indução é o desa o de mostrar
que, através de inferência indutivas, podemos
chegar à certeza.

Domingos Faria | 6 . 27
De acordo com a epistemologia de Hume Verdadeiro Falso
O princípio da uniformidade da natureza só pode X
ser justi cado por meio de argumentos
prováveis.
O princípio da uniformidade da natureza não é X
demonstrável porque é possível que o futuro
não vá assemelhar-se ao passado.
Não temos qualquer ideia de conexão X
necessária.
A ideia de conexão necessária deriva de
impressões externas.
O problema da indução é o desa o de mostrar
que, através de inferência indutivas, podemos
chegar à certeza.

Domingos Faria | 6 . 27
De acordo com a epistemologia de Hume Verdadeiro Falso
O princípio da uniformidade da natureza só pode X
ser justi cado por meio de argumentos
prováveis.
O princípio da uniformidade da natureza não é X
demonstrável porque é possível que o futuro
não vá assemelhar-se ao passado.
Não temos qualquer ideia de conexão X
necessária.
A ideia de conexão necessária deriva de X
impressões externas.
O problema da indução é o desa o de mostrar
que, através de inferência indutivas, podemos
chegar à certeza.

Domingos Faria | 6 . 27
De acordo com a epistemologia de Hume Verdadeiro Falso
O princípio da uniformidade da natureza só pode X
ser justi cado por meio de argumentos
prováveis.
O princípio da uniformidade da natureza não é X
demonstrável porque é possível que o futuro
não vá assemelhar-se ao passado.
Não temos qualquer ideia de conexão X
necessária.
A ideia de conexão necessária deriva de X
impressões externas.
O problema da indução é o desa o de mostrar X
que, através de inferência indutivas, podemos
chegar à certeza.

Domingos Faria | 6 . 27
Problema do Mundo Exterior

Domingos Faria | 6 . 28
Problema do Mundo Exterior
Leitura de “O Mundo Exterior” de David Hume.

Domingos Faria | 6 . 28
Problema do Mundo Exterior
Leitura de “O Mundo Exterior” de David Hume.
O Mundo Exterior
David Hume

Mediante que argumento se poderia provar que as percepções da mente têm de ser causadas por objectos exteriores completamente
diferentes delas, embora se lhes assemelhem (se isso for possível), e que não poderiam derivar, seja da força da própria mente, seja da
sugestão de algum espírito invisível e desconhecido, seja de alguma causa ainda mais desconhecida? Reconhece-se que, de facto, muitas
dessas percepções não surgem de algo exterior, como nos sonhos, na loucura e noutras doenças. […]

Saber se as percepções dos sentidos são produzidas por objectos que se lhes assemelham constitui uma questão de facto. Como deve ser
decidida esta questão? Pela experiência, certamente, como no caso de outras questões de idêntica natureza. Mas aqui a experiência
permanece – e tem de permanecer — inteiramente em silêncio. Nada está jamais presente ao espírito a não ser as percepções, e ele não tem
maneira de conseguir qualquer experiência da conexão das percepções com os objectos. A hipótese dessa conexão não tem, portanto,
qualquer fundamento no raciocínio.[…]

Este é, portanto, um tópico em que os cépticos mais profundos e filosóficos sempre triunfam, quando se esforçam por introduzir uma
dúvida universal em todos os objectos de conhecimento e investigação humanos. Seguis os instintos e tendências naturais, poderiam eles
dizer, ao admitir a veracidade dos sentidos? Mas eles levam-vos a acreditar que a própria percepção, ou imagem sensível, é o objecto
exterior. Recusais esse princípio, adoptando uma posição mais racional, segundo a qual as percepções são apenas representações de alguma
coisa exterior? Mas aqui afastais-vos das vossas propensões naturais e das vossas crenças mais óbvias e, mesmo assim, não sois ca- pazes

Domingos Faria | 6 . 28
Problema do Mundo Exterior
Leitura de “O Mundo Exterior” de David Hume.
O Mundo Exterior
David Hume

Mediante que argumento se poderia provar que as percepções da mente têm de ser causadas por objectos exteriores completamente
diferentes delas, embora se lhes assemelhem (se isso for possível), e que não poderiam derivar, seja da força da própria mente, seja da
sugestão de algum espírito invisível e desconhecido, seja de alguma causa ainda mais desconhecida? Reconhece-se que, de facto, muitas
dessas percepções não surgem de algo exterior, como nos sonhos, na loucura e noutras doenças. […]

Saber se as percepções dos sentidos são produzidas por objectos que se lhes assemelham constitui uma questão de facto. Como deve ser
decidida esta questão? Pela experiência, certamente, como no caso de outras questões de idêntica natureza. Mas aqui a experiência
permanece – e tem de permanecer — inteiramente em silêncio. Nada está jamais presente ao espírito a não ser as percepções, e ele não tem
maneira de conseguir qualquer experiência da conexão das percepções com os objectos. A hipótese dessa conexão não tem, portanto,
qualquer fundamento no raciocínio.[…]

Este é, portanto, um tópico em que os cépticos mais profundos e filosóficos sempre triunfam, quando se esforçam por introduzir uma
dúvida universal em todos os objectos de conhecimento e investigação humanos. Seguis os instintos e tendências naturais, poderiam eles
dizer, ao admitir a veracidade dos sentidos? Mas eles levam-vos a acreditar que a própria percepção, ou imagem sensível, é o objecto
exterior. Recusais esse princípio, adoptando uma posição mais racional, segundo a qual as percepções são apenas representações de alguma
coisa exterior? Mas aqui afastais-vos das vossas propensões naturais e das vossas crenças mais óbvias e, mesmo assim, não sois ca- pazes

www.goo.gl/CFBJcc

Domingos Faria | 6 . 28
Problema do Mundo Exterior
Hume vai mais longe nas suas conclusões céticas e defende que:

Domingos Faria | 6 . 29
Problema do Mundo Exterior
Hume vai mais longe nas suas conclusões céticas e defende que:

A nossa crença na realidade do mundo exterior é injusti cada.

Domingos Faria | 6 . 29
Problema do Mundo Exterior
Hume vai mais longe nas suas conclusões céticas e defende que:

A nossa crença na realidade do mundo exterior é injusti cada.


Chama-se ‘mundo exterior’ a tudo o que não faz parte dos
nossos conteúdos mentais.

Domingos Faria | 6 . 29
Problema do Mundo Exterior
Hume vai mais longe nas suas conclusões céticas e defende que:

A nossa crença na realidade do mundo exterior é injusti cada.


Chama-se ‘mundo exterior’ a tudo o que não faz parte dos
nossos conteúdos mentais.
Perguntar se o mundo exterior é real é perguntar se os
objetos que percecionamos têm uma existência
independente da nossa perceção.

Domingos Faria | 6 . 29
Problema do Mundo Exterior
Hume vai mais longe nas suas conclusões céticas e defende que:

A nossa crença na realidade do mundo exterior é injusti cada.


Chama-se ‘mundo exterior’ a tudo o que não faz parte dos
nossos conteúdos mentais.
Perguntar se o mundo exterior é real é perguntar se os
objetos que percecionamos têm uma existência
independente da nossa perceção.
Na nossa mente apenas temos perceções; mas não podemos
confundir a perceção de um objeto com esse objeto.

Domingos Faria | 6 . 29
Problema do Mundo Exterior
Hume vai mais longe nas suas conclusões céticas e defende que:

A nossa crença na realidade do mundo exterior é injusti cada.


Chama-se ‘mundo exterior’ a tudo o que não faz parte dos
nossos conteúdos mentais.
Perguntar se o mundo exterior é real é perguntar se os
objetos que percecionamos têm uma existência
independente da nossa perceção.
Na nossa mente apenas temos perceções; mas não podemos
confundir a perceção de um objeto com esse objeto.
Por exemplo: a perceção de uma árvore e a própria árvore não são a
mesma coisa.

Domingos Faria | 6 . 29
Problema do Mundo Exterior
Argumento para fundamentar a diferença entre a perceção de um
objeto e o próprio objeto:

Domingos Faria | 6 . 30
Problema do Mundo Exterior
Argumento para fundamentar a diferença entre a perceção de um
objeto e o próprio objeto:

Domingos Faria | 6 . 30
Problema do Mundo Exterior
Argumento para fundamentar a diferença entre a perceção de um
objeto e o próprio objeto:
(1) Se a perceção de uma árvore e a própria árvore são a mesma coisa, então
o seu tamanho não se altera em função da nossa perspetiva.

Domingos Faria | 6 . 30
Problema do Mundo Exterior
Argumento para fundamentar a diferença entre a perceção de um
objeto e o próprio objeto:
(1) Se a perceção de uma árvore e a própria árvore são a mesma coisa, então
o seu tamanho não se altera em função da nossa perspetiva.
(2) Mas o seu tamanho altera-se em função da nossa perspetiva.

Domingos Faria | 6 . 30
Problema do Mundo Exterior
Argumento para fundamentar a diferença entre a perceção de um
objeto e o próprio objeto:
(1) Se a perceção de uma árvore e a própria árvore são a mesma coisa, então
o seu tamanho não se altera em função da nossa perspetiva.
(2) Mas o seu tamanho altera-se em função da nossa perspetiva.
(3) Logo, a perceção de uma árvore e a própria árvore não são a mesma coisa.

Domingos Faria | 6 . 30
Problema do Mundo Exterior
Argumento para fundamentar a diferença entre a perceção de um
objeto e o próprio objeto:
(1) Se a perceção de uma árvore e a própria árvore são a mesma coisa, então
o seu tamanho não se altera em função da nossa perspetiva.
(2) Mas o seu tamanho altera-se em função da nossa perspetiva.
(3) Logo, a perceção de uma árvore e a própria árvore não são a mesma coisa.

PROBLEMA: como sabemos que as perceções são causadas pelos


objetos exteriores se nós não temos acesso senão às perceções que
se encontram na nossa mente?

Domingos Faria | 6 . 30
Problema do Mundo Exterior
Argumento do ceticismo de Hume sobre o mundo exterior:

Domingos Faria | 6 . 31
Problema do Mundo Exterior
Argumento do ceticismo de Hume sobre o mundo exterior:

Domingos Faria | 6 . 31
Problema do Mundo Exterior
Argumento do ceticismo de Hume sobre o mundo exterior:
(1) Se sabemos realmente que o mundo exterior existe, então conseguimos
estabelecer uma relação de causalidade entre os conteúdos da nossa mente e
a existência de objetos exteriores.

Domingos Faria | 6 . 31
Problema do Mundo Exterior
Argumento do ceticismo de Hume sobre o mundo exterior:
(1) Se sabemos realmente que o mundo exterior existe, então conseguimos
estabelecer uma relação de causalidade entre os conteúdos da nossa mente e
a existência de objetos exteriores.
(2) Mas não conseguimos estabelecer essa relação de causalidade (pois,
apenas temos acesso aos conteúdos da nossa mente).

Domingos Faria | 6 . 31
Problema do Mundo Exterior
Argumento do ceticismo de Hume sobre o mundo exterior:
(1) Se sabemos realmente que o mundo exterior existe, então conseguimos
estabelecer uma relação de causalidade entre os conteúdos da nossa mente e
a existência de objetos exteriores.
(2) Mas não conseguimos estabelecer essa relação de causalidade (pois,
apenas temos acesso aos conteúdos da nossa mente).
(3) Logo, não sabemos realmente que o mundo exterior existe (nem que não
existe).

Domingos Faria | 6 . 31
Problema do Mundo Exterior
Argumento do ceticismo de Hume sobre o mundo exterior:
(1) Se sabemos realmente que o mundo exterior existe, então conseguimos
estabelecer uma relação de causalidade entre os conteúdos da nossa mente e
a existência de objetos exteriores.
(2) Mas não conseguimos estabelecer essa relação de causalidade (pois,
apenas temos acesso aos conteúdos da nossa mente).
(3) Logo, não sabemos realmente que o mundo exterior existe (nem que não
existe).

Para Hume não conseguimos deixar de ter a crença na realidade do


mundo exterior, mas é impossível justi car essa crença.

Domingos Faria | 6 . 31
Conclusões Céticas
A nal sabemos o quê?

Domingos Faria | 6 . 32
Conclusões Céticas
A nal sabemos o quê?

Domingos Faria | 6 . 32
Conclusões Céticas
A nal sabemos o quê?
Por um lado, não há conhecimento cientí co da natureza
(dado que a indução é injusti cada).

Domingos Faria | 6 . 32
Conclusões Céticas
A nal sabemos o quê?
Por um lado, não há conhecimento cientí co da natureza
(dado que a indução é injusti cada).
Por outro lado, nem sequer podemos saber que existe um
mundo exterior.

Domingos Faria | 6 . 32
Conclusões Céticas
A nal sabemos o quê?
Por um lado, não há conhecimento cientí co da natureza
(dado que a indução é injusti cada).
Por outro lado, nem sequer podemos saber que existe um
mundo exterior.
Portanto, as conclusões de Hume são céticas

Domingos Faria | 6 . 32
Conclusões Céticas
A nal sabemos o quê?
Por um lado, não há conhecimento cientí co da natureza
(dado que a indução é injusti cada).
Por outro lado, nem sequer podemos saber que existe um
mundo exterior.
Portanto, as conclusões de Hume são céticas

Mas Hume não é um cético radical. Porquê?

Domingos Faria | 6 . 32
Conclusões Céticas
A nal sabemos o quê?
Por um lado, não há conhecimento cientí co da natureza
(dado que a indução é injusti cada).
Por outro lado, nem sequer podemos saber que existe um
mundo exterior.
Portanto, as conclusões de Hume são céticas

Mas Hume não é um cético radical. Porquê?

É impossível, por razões pragmáticas, vivermos como céticos


radicais.

Domingos Faria | 6 . 32
Conclusões Céticas
A nal sabemos o quê?
Por um lado, não há conhecimento cientí co da natureza
(dado que a indução é injusti cada).
Por outro lado, nem sequer podemos saber que existe um
mundo exterior.
Portanto, as conclusões de Hume são céticas

Mas Hume não é um cético radical. Porquê?

É impossível, por razões pragmáticas, vivermos como céticos


radicais.
O nosso instinto de sobrevivência impede-nos de duvidar de
tudo.
Domingos Faria | 6 . 32
Defesa do Ceticismo
Moderado
Hume é um cético moderado, pois:

Domingos Faria | 6 . 33
Defesa do Ceticismo
Moderado
Hume é um cético moderado, pois:

Defende que não devemos abandonar as nossas crenças intuitivas na


existência do mundo exterior ou na existência da causalidade.

Domingos Faria | 6 . 33
Defesa do Ceticismo
Moderado
Hume é um cético moderado, pois:

Defende que não devemos abandonar as nossas crenças intuitivas na


existência do mundo exterior ou na existência da causalidade.
Abandonar essas crenças tornaria, na prática, a nossa vida impossível.

Domingos Faria | 6 . 33
Defesa do Ceticismo
Moderado
Hume é um cético moderado, pois:

Defende que não devemos abandonar as nossas crenças intuitivas na


existência do mundo exterior ou na existência da causalidade.
Abandonar essas crenças tornaria, na prática, a nossa vida impossível.

Mas o ceticismo moderado exige:

Domingos Faria | 6 . 33
Defesa do Ceticismo
Moderado
Hume é um cético moderado, pois:

Defende que não devemos abandonar as nossas crenças intuitivas na


existência do mundo exterior ou na existência da causalidade.
Abandonar essas crenças tornaria, na prática, a nossa vida impossível.

Mas o ceticismo moderado exige:

que sejamos moderados nas nossas opiniões.

Domingos Faria | 6 . 33
Defesa do Ceticismo
Moderado
Hume é um cético moderado, pois:

Defende que não devemos abandonar as nossas crenças intuitivas na


existência do mundo exterior ou na existência da causalidade.
Abandonar essas crenças tornaria, na prática, a nossa vida impossível.

Mas o ceticismo moderado exige:

que sejamos moderados nas nossas opiniões.


atenção para evitar o dogmatismo, mantendo o espírito aberto.

Domingos Faria | 6 . 33
Defesa do Ceticismo
Moderado
Hume é um cético moderado, pois:

Defende que não devemos abandonar as nossas crenças intuitivas na


existência do mundo exterior ou na existência da causalidade.
Abandonar essas crenças tornaria, na prática, a nossa vida impossível.

Mas o ceticismo moderado exige:

que sejamos moderados nas nossas opiniões.


atenção para evitar o dogmatismo, mantendo o espírito aberto.
seguir de perto a experiência.

Domingos Faria | 6 . 33
Síntese
NO JARDIM DA FILOSOFIA - António Zilhão sobre o proble…
proble…

Domingos Faria | 6 . 34
Objeções à
Epistemologia de
Hume

Domingos Faria | 7 . 1
A natureza da causalidade
A crítica de Thomas Reid a Hume:

Domingos Faria | 7 . 2
A natureza da causalidade
A crítica de Thomas Reid a Hume:

Não conheço um autor anterior ao Sr.  Hume que tenha sustentado que só
temos esta noção de causa: algo que é anterior ao efeito e que, segundo a
experiência, foi seguido constantemente pelo efeito. […] Vou apontar aqui
algumas consequências que podemos deduzir corretamente desta de nição
de causa, para que possamos julgá-la pelos seus frutos. […] Segue-se desta
de nição de causa que a noite é a causa do dia e o dia a causa da noite. Pois,
desde o começo do mundo, não houve coisas que se tenham sucedido mais
constantemente. […] Desta de nição de causa, seguir-se-ia que não temos
razões para concluir que houve uma causa da criação do mundo, pois não
existiram circunstâncias prévias às quais se tenham seguido constantemente
esse efeito. E, pela mesma razão, segue-se desta de nição que tudo o que seja
singular na sua natureza, ou que seja a primeira coisa do seu género, não pode
ter uma causa.

Domingos Faria | 7 . 2
A natureza da causalidade
A crítica de Thomas Reid a Hume:

Domingos Faria | 7 . 3
A natureza da causalidade
A crítica de Thomas Reid a Hume:

Hume de ne causalidade em termos de conjunção constante


de acontecimentos.

Domingos Faria | 7 . 3
A natureza da causalidade
A crítica de Thomas Reid a Hume:

Hume de ne causalidade em termos de conjunção constante


de acontecimentos.
Assim, há uma relação causal entre os acontecimentos A e B
se, e só se, há uma conjunção contante entre A e B.

Domingos Faria | 7 . 3
A natureza da causalidade
A crítica de Thomas Reid a Hume:

Hume de ne causalidade em termos de conjunção constante


de acontecimentos.
Assim, há uma relação causal entre os acontecimentos A e B
se, e só se, há uma conjunção contante entre A e B.
Contra-exemplo de Reid:

Domingos Faria | 7 . 3
A natureza da causalidade
A crítica de Thomas Reid a Hume:

Hume de ne causalidade em termos de conjunção constante


de acontecimentos.
Assim, há uma relação causal entre os acontecimentos A e B
se, e só se, há uma conjunção contante entre A e B.
Contra-exemplo de Reid:
Com o exemplo do dia e da noite, temos um caso de conjunção constante,
mas não de relação causal.

Domingos Faria | 7 . 3
A natureza da causalidade
A crítica de Thomas Reid a Hume:

Hume de ne causalidade em termos de conjunção constante


de acontecimentos.
Assim, há uma relação causal entre os acontecimentos A e B
se, e só se, há uma conjunção contante entre A e B.
Contra-exemplo de Reid:
Com o exemplo do dia e da noite, temos um caso de conjunção constante,
mas não de relação causal.
Com o exemplo da criação do mundo, temos um caso de relação causal,
mas não uma conjunção constante.

Domingos Faria | 7 . 3
Um princípio autorrefutante?
De acordo com a bifurcação de Hume:

Domingos Faria | 7 . 4
Um princípio autorrefutante?
De acordo com a bifurcação de Hume:

O conhecimento humano é apenas de relação de ideias ou de


questões de facto.

Domingos Faria | 7 . 4
Um princípio autorrefutante?
De acordo com a bifurcação de Hume:

O conhecimento humano é apenas de relação de ideias ou de


questões de facto.
Mas, o que dizer do próprio princípio da bifurcação?

Domingos Faria | 7 . 4
Um princípio autorrefutante?
De acordo com a bifurcação de Hume:

O conhecimento humano é apenas de relação de ideias ou de


questões de facto.
Mas, o que dizer do próprio princípio da bifurcação?
Por um lado, não parece ser uma relação de ideias (dado que
não é evidente nem demonstrável).

Domingos Faria | 7 . 4
Um princípio autorrefutante?
De acordo com a bifurcação de Hume:

O conhecimento humano é apenas de relação de ideias ou de


questões de facto.
Mas, o que dizer do próprio princípio da bifurcação?
Por um lado, não parece ser uma relação de ideias (dado que
não é evidente nem demonstrável).
Por outro lado, não parece ser uma questão de facto (dado
que nada a rma sobre o mundo).

Domingos Faria | 7 . 4
Um princípio autorrefutante?
De acordo com a bifurcação de Hume:

O conhecimento humano é apenas de relação de ideias ou de


questões de facto.
Mas, o que dizer do próprio princípio da bifurcação?
Por um lado, não parece ser uma relação de ideias (dado que
não é evidente nem demonstrável).
Por outro lado, não parece ser uma questão de facto (dado
que nada a rma sobre o mundo).
Mas se o princípio da bifurcação não for nem uma relação de
ideias nem uma questão de facto, então ele mesmo não pode
ser conhecido e, por isso, é autorrefutante.
Domingos Faria | 7 . 4
Comparando Hume e
Descartes

Domingos Faria | 8 . 1
Descartes Hume
Qual é a sua tese central
acerca do conhecimento
sobre o mundo?

Domingos Faria | 8 . 2
Descartes Hume
Qual é a sua tese central Há conhecimento “a
acerca do conhecimento priori” acerca do
sobre o mundo? mundo. Esse
conhecimento é o
fundamento do
conhecimento “a
posteriori”.

Domingos Faria | 8 . 2
Descartes Hume
Qual é a sua tese central Há conhecimento “a Todo o
acerca do conhecimento priori” acerca do conhecimento
sobre o mundo? mundo. Esse substancial (acerca
conhecimento é o do mundo) é “a
fundamento do posteriori”. Há
conhecimento “a conhecimento “a
posteriori”. priori”, mas não é
substancial (apenas
relaciona ideias ou
conceitos).

Domingos Faria | 8 . 2
Descartes Hume
Será que temos ideias
inatas?

Domingos Faria | 8 . 3
Descartes Hume
Será que temos ideias Sim. Por exemplo, a
inatas? ideia de Deus é uma
ideia inata.

Domingos Faria | 8 . 3
Descartes Hume
Será que temos ideias Sim. Por exemplo, a Não. Mesmo a ideia
inatas? ideia de Deus é uma de Deus tem uma
ideia inata. origem empírica.

Domingos Faria | 8 . 3
Descartes Hume
Qual a fonte prioritária do
conhecimento?

Domingos Faria | 8 . 4
Descartes Hume
Qual a fonte prioritária do É o pensamento.
conhecimento?

Domingos Faria | 8 . 4
Descartes Hume
Qual a fonte prioritária do É o pensamento. São as impressões
conhecimento? dos sentidos.

Domingos Faria | 8 . 4
Descartes Hume
O conhecimento precisa de
um fundamento?

Domingos Faria | 8 . 5
Descartes Hume
O conhecimento precisa de Sim, esse
um fundamento? fundamento é
racional.

Domingos Faria | 8 . 5
Descartes Hume
O conhecimento precisa de Sim, esse Sim, esse
um fundamento? fundamento é fundamento é
racional. empírico.

Domingos Faria | 8 . 5
Descartes Hume
Qual é a natureza da mente?

Domingos Faria | 8 . 6
Descartes Hume
Qual é a natureza da mente? A mente é uma
substância
puramente
pensante (o cogito),
sem extensão, que
suporta as nossas
ideias.

Domingos Faria | 8 . 6
Descartes Hume
Qual é a natureza da mente? A mente é uma A mente reduz-se a
substância um agregado de
puramente perceções
pensante (o cogito), (impressões e
sem extensão, que ideias).
suporta as nossas
ideias.

Domingos Faria | 8 . 6
Descartes Hume
Há um tipo principal de
raciocínio para a obtenção do
conhecimento?

Domingos Faria | 8 . 7
Descartes Hume
Há um tipo principal de Há, é o raciocínio
raciocínio para a obtenção do dedutivo.
conhecimento?

Domingos Faria | 8 . 7
Descartes Hume
Há um tipo principal de Há, é o raciocínio Há, é o raciocínio
raciocínio para a obtenção do dedutivo. indutivo.
conhecimento?

Domingos Faria | 8 . 7
Descartes Hume
Qual é a validade do
conhecimento obtido por esse
tipo principal de raciocínio?

Domingos Faria | 8 . 8
Descartes Hume
Qual é a validade do O conhecimento
conhecimento obtido por esse obtido por dedução
tipo principal de raciocínio? é absolutamente
certo (infalível),
desde que se parta
de premissas
verdadeiras.

Domingos Faria | 8 . 8
Descartes Hume
Qual é a validade do O conhecimento O que se obtém por
conhecimento obtido por esse obtido por dedução indução não pode
tipo principal de raciocínio? é absolutamente ser tomado como
certo (infalível), absolutamente
desde que se parta certo, mesmo que se
de premissas parta de premissas
verdadeiras. verdadeiras.

Domingos Faria | 8 . 8
Descartes Hume
O que podemos saber?

Domingos Faria | 8 . 9
Descartes Hume
O que podemos saber? Podemos saber bem
mais do que os
céticos supunham:
sabemos que somos
seres pensantes,
mas também que
temos um corpo,
que Deus existe, que
existe um mundo à
nossa volta.

Domingos Faria | 8 . 9
Descartes Hume
O que podemos saber? Podemos saber bem Podemos saber
mais do que os muito menos do que
céticos supunham: supomos: sabemos
sabemos que somos o que pode ser
seres pensantes, reconduzido às
mas também que impressões dos
temos um corpo, nossos sentidos (o
que Deus existe, que que não incluí as
existe um mundo à relações de causa e
nossa volta. efeito ou a indução).

Domingos Faria | 8 . 9
Descartes Hume
O que fazer com os céticos?

Domingos Faria | 8 . 10
Descartes Hume
O que fazer com os céticos? Os céticos foram
refutados. Isso foi
feito recorrendo à
própria dúvida
metódica.

Domingos Faria | 8 . 10
Descartes Hume
O que fazer com os céticos? Os céticos foram Não se vê bem que
refutados. Isso foi argumentos
feito recorrendo à permitem refutá-los,
própria dúvida a não ser que o
metódica. ceticismo não
funciona na prática.
Temos que moderar
as nossas opiniões.

Domingos Faria | 8 . 10
Exercícios

Domingos Faria | 8 . 11
Exercícios
Descartes Hume
1. Todo o conhecimento é “a priori”.
2. Todo o conhecimento é “a posteriori”.
3. O conhecimento precisa de um fundamento.
4. O pensamento é mais seguro do que as impressões
dos sentidos.
5. Sabemos que existe um mundo fora da nossa mente.
6. A razão permite inferir causas e efeitos.
7. Há boas razões que mostram que os céticos estão
enganados.
8. Todas as ideias têm a sua origem nos sentidos.

Domingos Faria | 8 . 12
Exercícios
Descartes Hume
1. Todo o conhecimento é “a priori”. NÃO
2. Todo o conhecimento é “a posteriori”.
3. O conhecimento precisa de um fundamento.
4. O pensamento é mais seguro do que as impressões
dos sentidos.
5. Sabemos que existe um mundo fora da nossa mente.
6. A razão permite inferir causas e efeitos.
7. Há boas razões que mostram que os céticos estão
enganados.
8. Todas as ideias têm a sua origem nos sentidos.

Domingos Faria | 8 . 12
Exercícios
Descartes Hume
1. Todo o conhecimento é “a priori”. NÃO NÃO
2. Todo o conhecimento é “a posteriori”.
3. O conhecimento precisa de um fundamento.
4. O pensamento é mais seguro do que as impressões
dos sentidos.
5. Sabemos que existe um mundo fora da nossa mente.
6. A razão permite inferir causas e efeitos.
7. Há boas razões que mostram que os céticos estão
enganados.
8. Todas as ideias têm a sua origem nos sentidos.

Domingos Faria | 8 . 12
Exercícios
Descartes Hume
1. Todo o conhecimento é “a priori”. NÃO NÃO
2. Todo o conhecimento é “a posteriori”. NÃO
3. O conhecimento precisa de um fundamento.
4. O pensamento é mais seguro do que as impressões
dos sentidos.
5. Sabemos que existe um mundo fora da nossa mente.
6. A razão permite inferir causas e efeitos.
7. Há boas razões que mostram que os céticos estão
enganados.
8. Todas as ideias têm a sua origem nos sentidos.

Domingos Faria | 8 . 12
Exercícios
Descartes Hume
1. Todo o conhecimento é “a priori”. NÃO NÃO
2. Todo o conhecimento é “a posteriori”. NÃO NÃO
3. O conhecimento precisa de um fundamento.
4. O pensamento é mais seguro do que as impressões
dos sentidos.
5. Sabemos que existe um mundo fora da nossa mente.
6. A razão permite inferir causas e efeitos.
7. Há boas razões que mostram que os céticos estão
enganados.
8. Todas as ideias têm a sua origem nos sentidos.

Domingos Faria | 8 . 12
Exercícios
Descartes Hume
1. Todo o conhecimento é “a priori”. NÃO NÃO
2. Todo o conhecimento é “a posteriori”. NÃO NÃO
3. O conhecimento precisa de um fundamento. SIM
4. O pensamento é mais seguro do que as impressões
dos sentidos.
5. Sabemos que existe um mundo fora da nossa mente.
6. A razão permite inferir causas e efeitos.
7. Há boas razões que mostram que os céticos estão
enganados.
8. Todas as ideias têm a sua origem nos sentidos.

Domingos Faria | 8 . 12
Exercícios
Descartes Hume
1. Todo o conhecimento é “a priori”. NÃO NÃO
2. Todo o conhecimento é “a posteriori”. NÃO NÃO
3. O conhecimento precisa de um fundamento. SIM SIM
4. O pensamento é mais seguro do que as impressões
dos sentidos.
5. Sabemos que existe um mundo fora da nossa mente.
6. A razão permite inferir causas e efeitos.
7. Há boas razões que mostram que os céticos estão
enganados.
8. Todas as ideias têm a sua origem nos sentidos.

Domingos Faria | 8 . 12
Exercícios
Descartes Hume
1. Todo o conhecimento é “a priori”. NÃO NÃO
2. Todo o conhecimento é “a posteriori”. NÃO NÃO
3. O conhecimento precisa de um fundamento. SIM SIM
4. O pensamento é mais seguro do que as impressões SIM
dos sentidos.
5. Sabemos que existe um mundo fora da nossa mente.
6. A razão permite inferir causas e efeitos.
7. Há boas razões que mostram que os céticos estão
enganados.
8. Todas as ideias têm a sua origem nos sentidos.

Domingos Faria | 8 . 12
Exercícios
Descartes Hume
1. Todo o conhecimento é “a priori”. NÃO NÃO
2. Todo o conhecimento é “a posteriori”. NÃO NÃO
3. O conhecimento precisa de um fundamento. SIM SIM
4. O pensamento é mais seguro do que as impressões SIM NÃO
dos sentidos.
5. Sabemos que existe um mundo fora da nossa mente.
6. A razão permite inferir causas e efeitos.
7. Há boas razões que mostram que os céticos estão
enganados.
8. Todas as ideias têm a sua origem nos sentidos.

Domingos Faria | 8 . 12
Exercícios
Descartes Hume
1. Todo o conhecimento é “a priori”. NÃO NÃO
2. Todo o conhecimento é “a posteriori”. NÃO NÃO
3. O conhecimento precisa de um fundamento. SIM SIM
4. O pensamento é mais seguro do que as impressões SIM NÃO
dos sentidos.
5. Sabemos que existe um mundo fora da nossa mente. SIM
6. A razão permite inferir causas e efeitos.
7. Há boas razões que mostram que os céticos estão
enganados.
8. Todas as ideias têm a sua origem nos sentidos.

Domingos Faria | 8 . 12
Exercícios
Descartes Hume
1. Todo o conhecimento é “a priori”. NÃO NÃO
2. Todo o conhecimento é “a posteriori”. NÃO NÃO
3. O conhecimento precisa de um fundamento. SIM SIM
4. O pensamento é mais seguro do que as impressões SIM NÃO
dos sentidos.
5. Sabemos que existe um mundo fora da nossa mente. SIM NÃO
6. A razão permite inferir causas e efeitos.
7. Há boas razões que mostram que os céticos estão
enganados.
8. Todas as ideias têm a sua origem nos sentidos.

Domingos Faria | 8 . 12
Exercícios
Descartes Hume
1. Todo o conhecimento é “a priori”. NÃO NÃO
2. Todo o conhecimento é “a posteriori”. NÃO NÃO
3. O conhecimento precisa de um fundamento. SIM SIM
4. O pensamento é mais seguro do que as impressões SIM NÃO
dos sentidos.
5. Sabemos que existe um mundo fora da nossa mente. SIM NÃO
6. A razão permite inferir causas e efeitos. SIM
7. Há boas razões que mostram que os céticos estão
enganados.
8. Todas as ideias têm a sua origem nos sentidos.

Domingos Faria | 8 . 12
Exercícios
Descartes Hume
1. Todo o conhecimento é “a priori”. NÃO NÃO
2. Todo o conhecimento é “a posteriori”. NÃO NÃO
3. O conhecimento precisa de um fundamento. SIM SIM
4. O pensamento é mais seguro do que as impressões SIM NÃO
dos sentidos.
5. Sabemos que existe um mundo fora da nossa mente. SIM NÃO
6. A razão permite inferir causas e efeitos. SIM NÃO
7. Há boas razões que mostram que os céticos estão
enganados.
8. Todas as ideias têm a sua origem nos sentidos.

Domingos Faria | 8 . 12
Exercícios
Descartes Hume
1. Todo o conhecimento é “a priori”. NÃO NÃO
2. Todo o conhecimento é “a posteriori”. NÃO NÃO
3. O conhecimento precisa de um fundamento. SIM SIM
4. O pensamento é mais seguro do que as impressões SIM NÃO
dos sentidos.
5. Sabemos que existe um mundo fora da nossa mente. SIM NÃO
6. A razão permite inferir causas e efeitos. SIM NÃO
7. Há boas razões que mostram que os céticos estão SIM
enganados.
8. Todas as ideias têm a sua origem nos sentidos.

Domingos Faria | 8 . 12
Exercícios
Descartes Hume
1. Todo o conhecimento é “a priori”. NÃO NÃO
2. Todo o conhecimento é “a posteriori”. NÃO NÃO
3. O conhecimento precisa de um fundamento. SIM SIM
4. O pensamento é mais seguro do que as impressões SIM NÃO
dos sentidos.
5. Sabemos que existe um mundo fora da nossa mente. SIM NÃO
6. A razão permite inferir causas e efeitos. SIM NÃO
7. Há boas razões que mostram que os céticos estão SIM NÃO
enganados.
8. Todas as ideias têm a sua origem nos sentidos.

Domingos Faria | 8 . 12
Exercícios
Descartes Hume
1. Todo o conhecimento é “a priori”. NÃO NÃO
2. Todo o conhecimento é “a posteriori”. NÃO NÃO
3. O conhecimento precisa de um fundamento. SIM SIM
4. O pensamento é mais seguro do que as impressões SIM NÃO
dos sentidos.
5. Sabemos que existe um mundo fora da nossa mente. SIM NÃO
6. A razão permite inferir causas e efeitos. SIM NÃO
7. Há boas razões que mostram que os céticos estão SIM NÃO
enganados.
8. Todas as ideias têm a sua origem nos sentidos. NÃO

Domingos Faria | 8 . 12
Exercícios
Descartes Hume
1. Todo o conhecimento é “a priori”. NÃO NÃO
2. Todo o conhecimento é “a posteriori”. NÃO NÃO
3. O conhecimento precisa de um fundamento. SIM SIM
4. O pensamento é mais seguro do que as impressões SIM NÃO
dos sentidos.
5. Sabemos que existe um mundo fora da nossa mente. SIM NÃO
6. A razão permite inferir causas e efeitos. SIM NÃO
7. Há boas razões que mostram que os céticos estão SIM NÃO
enganados.
8. Todas as ideias têm a sua origem nos sentidos. NÃO SIM

Domingos Faria | 8 . 12
Exercícios
Sobre a Epistemologia de Hume

Domingos Faria | 8 . 13
Exercícios
Sobre a Epistemologia de Hume
Exercícios sobre a epistemologia de Hume
Soluções

1. Em que consiste a Bifurcação de Hume?

2. Distingue relações de ideias de questões de facto.

3. Qual destes dois tipos de conhecimento nos pode fornecer informações sobre o
mundo? Porquê?

4. Para Hume, qual é a origem da ideia de conexão necessária?


5. Por que razão o raciocínio causal se revela particularmente problemático para o
empirismo de Hume?

Domingos Faria | 8 . 13
Exercícios
Sobre a Epistemologia de Hume
Exercícios sobre a epistemologia de Hume
Soluções

1. Em que consiste a Bifurcação de Hume?

2. Distingue relações de ideias de questões de facto.

3. Qual destes dois tipos de conhecimento nos pode fornecer informações sobre o
mundo? Porquê?

4. Para Hume, qual é a origem da ideia de conexão necessária?


5. Por que razão o raciocínio causal se revela particularmente problemático para o
empirismo de Hume?

https://goo.gl/cT4MoY

Domingos Faria | 8 . 13

Você também pode gostar