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PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Câmpus Cornélio Procópio
Diretoria de Graduação e Educação Profissional
Coordenação do Curso de Licenciatura em Matemática
ENGENHARIAS
CORNÉLIO PROCÓPIO
2012
Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio
Prof. Armando Paulo da Silva e Profª . Gabriela Castro Silva Cavalheiro
desigualdades: x / 3 x 7
c)
na reta:
b) abertos:
na reta: 3 8
desigualdades: x / 3 x 7
Pré-cálculo para os ingressantes dos Cursos de Engenharia da UTFPR –Câmpus Cornélio Procópio
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A S
B
Exemplos
Resolva as seguintes operações
a ) 2, 5 3, 8
Obs.: Note que A B B A.
b) 1, 4 , 2
c) 2, 2 2, 3 Exemplos
Seja A = (, 3] e B = [1, ) , determine
d) x / x 4 x / 4 x 8
A B.
e) , 3 2, +
efetue as operações:
Verificamos que os números naturais e
inteiros, pertencem ao conjunto dos números
a )A B b) B C racionais.
c)(A B) C d)(B C) (C D)
2.1 FRAÇÕES EQUIVALENTES
6. Efetue as seguintes operações: A possibilidade de representar qualquer fração
por outra equivalente permite-nos facilitar os
a ) 0, 2 1, 3 cálculos necessários.
b) 0, 2 1, 3
1 2 3 4
2 4 As frações ; ; e representam a
c) 1, 0, 2 4 6 8
5 3
mesma quantidade do todo referência. Elas são
d) , 2 0,
equivalentes, e podemos escrever:
9
e) 1, , 2 1 2 3 4
2 2 4 6 8
Exemplos Exemplos
2 4 3.258
a) 32,58 (32 inteiros e 58 centésimos)
5 5 100
3 29
0,0029 (29 décimos milésimos)
1.0000
b) 8
5 8.005
8,005 (8 inteiros e 5 milésimos)
12 1.000
1
c) 2
9
9
d ) 45
10
e) 4
1
2
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• O sentido positivo (para a direita) mostra o sentido dos valores crescentes de x. Já o
sentido negativo (para a esquerda) mostra o sentido dos valores decrescentes de x;
A reta real é importante porque fornece uma representação conceitualmente perfeita dos
números reais.
Cada ponto na reta real corresponde a um, e somente a um, número real e vice-versa
chamado correspondência biunı́voca como mostra a figura 2.
Figura 2: Cada ponto na reta real corresponde a um, e somente a um, número
real
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Figura 3: Gráfico
Se três números reais a, x e b estão ordenadas de modo que a < x e x < b, diz-se que x está
entre a e b e escreve-se: a < x < b.
10
Pela definição vemos que o valor absoluto de a ∈ R não pode ser negativo.
Exemplo 2:|a| = | − 3| = −(−3) = 3
Propriedades:
|a|
(b) ab = |b|
, b 6= 0;
Observando a figura 5 vemos que a distância entre dois pontos na reta real nunca pode ser
negativa. A distância d entre dois pontos x1 e x2 na reta real é dada por
p
d = |x2 − x1 | = (x2 − x1 )2
ou seja,
Exemplo 4:
A distância entre −3 e 4 na reta real é dada por | − 3 − 4| = | − 7| = 7 ou |4 − (−3)| = |7| = 7
como mostra a figura 6
|x − 3| ≤ 2
−2 ≤x−3≤ 2
−2 + 3 ≤ x − 3 + 3 ≤ 2 + 3
1 ≤x≤ 5
Figura 7: Intervalo
• |x − a| ≤ d ⇔ a − d ≤ x ≤ a + d.
• |x − a| ≥ d ⇔ x ≤ a − d ou a + d ≤ x.
5.4 Exercı́cios
1. Nos exercı́cios abaixo, determine (a) a distância orientada de a até b; (b) a distância
orientada de b até a; e (c) a distância entre a e b.
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13
(a) a = 126, b = 75
(f ) a = − 18
5
,b= 61
15
2. Nos exercı́cios, utilize valores absolutos para descrever o intervalo dado (ou par de inter-
valos) na reta real.
(e) Todos os números a menos de três uni- (b) (−∞, −3) ∪ (3, ∞)
dades de 5 (c) (−7, −1)
(d) | x−3
2
|≥5 (l) |2x + 1| < 5
(h) | 3x−a
4
| < 2b, b > 0 (p) |a − 5x
2
| > b, b > 0.
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5x2 8x 3 x3 a 3 ( x h) 2 x 2
a) b) c) 5 3 x 1
25 x 2 9 xa h f)
x 2 x 2 x2 4
x4 y 4 x3 x 2 x 1 7 x3 5 x 2 36 x 12
d) e) R
x4 2 x2 y 2 y 4 x3 3 x 2 3 x 1 x 4 16
3x 1 2x 5
( x h)3 x3 g)
f) 2
( x 4) 2 x2 4
h
2 x3 5 x 2 11x 21
x 1 R
R : a) b)x 2 ax a 2 c)2 x h ( x 2 4)2
5x 3
x2 5x 4
x2 y 2 x2 1 h)( x 2 3x 2).
d) e) f)3x 2 3xh h 2 x3 6 x 2 8 x
x2 y 2 x2 2 x 1
x2 2 x 1
R
2) Explique por que todo polinômio é também x
uma expressão racional
R: Uma expressão racional é aquela que pode ser
escrita como o quociente de dois polinômios. Todo 4) Escreva cada fração complexas na forma
polinômio P pode ser escrito como P/1, sendo que de fração simples com termos de menor
o numerador e o denominador são polinômios; grau:
portanto, todo polinômio é igualmente uma
expressão racional. x2
y
y y 2 x2
3) Faça as operações indicadas: a) R
y2 y3
x 2 7 x 12 x3 6 x 2 9 x
a) . x x
x2 9 x3 4 x 2
b) x 1 x 1 R
1
( x 3)2 x x x
R
x( x 3) x 1 x 1
2
3
x2 4 y 2 3x 2 4 x
b) : ( x 2 3xy 2 y 2 ) c) x 2 R
xy 2 y 2 4
x ( x 2)(4 x 2 )
x
1
R 1 1
y( x y)
1
1 1 h d) x a R
c) R xa ax
xh x x ( x h)
2 3 4x 2 1
d) R
x 1 x 1 x2 1 x 1
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16
x2 1
x2 7.2.Expoente zero: x0 1 (x * ) .
b) x2 1 00 não é definido.
x2 1 7.3. Expoentes inteiros negativos: são
definidos por:
1
R
x n
1
( x 2 1)3 2 (x * )
xn
x 2 ( x 2 9)1 2 x 2 9
c) 0n (não é definido n * )
x2
9 Exemplos
R
a) x 5
x ( x 9)1 2
2 2 1
x5
( x 2 9)1 3 3 (4 x)( )( x 2 9) 2 3 (2 x)
1
b)4 y 3
d) 3 4
[( x 9)1 3 ]2
2
y3
x 2 81
c)53
1 1
R
3( x 2 9)4 3 53 125
d ) 42
1 1
12) Sejam z 4 7i e w 6 5i dois 42 16
7.4. Expoentes racionais:
números complexos. Calcule: x1/ n , a raiz n-ésima de x, é definida, sendo n
a ) z w 2 2i um inteiro maior que 1, como se segue:
b) w z 10 12i 1/ n
Se n é ímpar, x é o único número real y
c) w.z 11 62i que elevado à potência n é igual a x.
w 59 22i Se n é par, então,
d) 1/ n
z 65 Se x 0, x é o número real positivo y
e) w2 iz 18 64i que elevado à potência n é igual a x;
Se x 0, x1/ n 0 ;
7. EXPOENTES
Se x 0, x1/ n não é um número real.
7.1.Expoentes naturais: são definidos por:
Exemplos
n
x x.x x (n fatores de x)
a)81/ 3 2
Exemplos b)(8)1/ 3 2
a) x.x.x.x.x
4 3 c) 81/ 3 2
b)5x yz 5x.x.x.x. y.z.z.z
3 3 d )161/ 4 2
c)5a b 3(2ab) 5a.a.a.b
d )(16)1/ 4 não é um número real
3.(2ab).(2ab).(2ab)
e) 161/ 4 = 2
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m m 1 Exemplos
x n é definido por: x n ( x n )m , Para x qualquer:
1 a)( x2 )1/ 2 x
Desde quex n seja real.
b)( x3 )1/ 3 x
xm / n
1
xm / n c)( x 4 )1/ 2 x2 x2
Exemplos d )( x6 )1/ 2 x3
a)1252/3 (1251/3 )2 52 125
b)84/3
1 1 1 1 Exercícios de fixação
1) Fatore:
84/3 1/3
(8 ) 4 2 4 16
(50.000.000)(0, 0000000006) a)4(3x 2)3 3( x 5)3
c)
(20.000)3 3( x 5)4 (3x 2)4
(5x107 )(6x1010 ) R 3(3x 2)3 ( x 5)4 ( x +18)
(2x104 )3 b)5 x3 (3x 1)2 / 3 3x 2 (3x 1)5 / 3
30x103
3, 75x1015 R x 2 (3x 1)2 / 3 (14 x 3)
8x1012 2) Simplifique:
x pq
5 a) R=x 2q
p q
d )( 64) 6 não é um número real x
b)( x p 1)2 ( x p 1)2 R=x4 p
1/n
7.5. Propriedades para expoentes: Para a e b x mn
números racionais e x e y números reais (evitando b) 2 R=x m n
xn
raízes pares de números negativos e divisão por
zero): 3) Simplifique sem considerar que as variáveis
a b a b a b a b das bases são positivas:
x .x x x :x x
a)( x4 )1/4 R= x
( x. y)a xa .y a xa : xb 1/ xba
a b a.b a a a b)( x 2 y4z6 )1/2 R=y2 x z3
(x ) x (x : y) x : y
m m n m m n c)( x3y6z9 )1/3 R=xy2 z3
(x : y) (y : x) x :y y :x
d )[ x( x h)2 ]1/2 R= x x h
Observação: 4)Escreva em notação científica:
a)a velocidade da luz é 186.000
milhas/segundo
x n /1/ n x se n é ímpar ou se n é par b)o número de segundos em um ano.
c)a distância que a luz percorre em um ano.
e x não é negativo 5) Simplifique:
xn /1/ n x se n é par e x não é negativo a)3x 2 / 3 y3 / 4 (2x5 / 3 y1/ 2 )3
R 24 x17 / 3y9 / 4
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b)
(8 x 2 y 2 / 3 )2 / 3
R
2 d )( x 4 y 4 )1/ 2 R 1/ x4 +y4
2( x3/ 4 y )3 x11/12 y 23/ 9
c) x 2 / 3 ( x 2 x 3) 4) Fatore:
19
8. POLINÔMIOS
d )4( x 2 4)3 / 2 (3x 5)1/ 3 +
(3x 5)4 / 3 ( x 2 4)1/ 2 3x 8.1 Introdução
R=(3x 5)1/ 3 ( x 2 4)1/ 2 (13x 2 15 x 16) Polinômios são funções cuja forma geral
obedece à expressão:
8) Coloque em evidência os fatores comuns: P(x) a n x n a n 1x n 1 .. a 2 x 2 a1x1 a 0 x 0
a) x5 2 x4 2 x3 R x5 (1 2 x 2 x2 )
onde n , a n , a n 1, ....., a 2 , a1, a 0 são os
b)6 x 2 ( x 2 1)3/ 2 + x3 ( x 2 1)1/ 2 (6 x) coeficientes e x é a variável.
R 6 x 2 ( x 2 1)1/ 2 (2 x 2 1)
Exemplos de Polinômios:
9) Calcule: a )P( x ) 5x 6 15x 5 20x
a)251/ 2 161/ 2 R 1/ 20 b) P( x ) x 4 3x 3 2x 1
b)(25 16)1/ 2 R 1/ 3
c) P ( x ) 2 x 6
(3x105 )(6x103 )3
c) R 8x1010
(9x10 12 ) 2 8.2 Grau de um Polinômio
Seja P(x) um polinômio não nulo. Chamamos
23
11) Há aproximadamente 6,01x10 átomos de de grau do polinômio e indicamos por GR(P)
Hidrogênio em um grama. Calcule a massa o maior expoente de x tal que o coeficiente do
aproximada, em grama de um átomo de termo onde este expoente aparece seja
Hidrogênio. diferente de zero.
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De modo geral: Se
P(x) a n x n a n 1x n 1 a 2x 2 a1x1 a 0x 0
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P( x ) Q( x ) 5x 4 3x 3 5x 2 3x 2 gr ( Q) = gr(A) gr(D)
x 3 2 x 2 5x 8 Onde:
A(x) é o dividendo;
P( x ) Q( x ) 5x 4 4x 3 3x 2 8x 6
D(x) é o divisor;
Q(x) é o quociente;
P( x ) Q( x ) 5x 4 3x 3 5x 2 3x 2 R(x) é o resto.
( x3 2x 2 5x 8)
Importante:
P( x ) Q( x ) 5x 4 3x 3 5x 2 3x 2 Quando R(x) = 0 dizemos que A(x) é divisível
por D(x).
x 3 2 x 2 5x 8
P( x ) Q( x ) 5x 4 2x 3 7 x 2 2x 10
Exemplos
1) Calcule o quociente e o resto da divisão da
8.7.2 Multiplicação A(x) por B(x) dados
Para multiplicar polinômios devemos multiplicar a ) A( x ) 6x 5 3x 4 2x 2 2x 8
cada termo de um polinômio por todos os termos
do outro, e efetuar a redução dos termos B(x) 2x2 3x 1
semelhantes.
Exemplo
6x5 3x 4 2x 2 2x 8 2x 2 3x 1
Sejam P(x) e Q(x) do exemplo anterior, então o
produto será dado por: 6x 5 9x 4 3x 3 3x 3 3x 2 3x 4
0 6x 4 3x3 2x 2 2x 8
P( x ).Q( x ) (5x 4 3x 3 5x 2 3x 2 ).
6x 4 9x3 3x 2
. (x 3 2 x 2 5x 8)
0 6x 3 x 2 2x 8
P( x ).Q( x ) 5x 7 10 x 6 25x 5 40x 4 3x 6 6 x 5
6x3 9x 2 3x
15x 4 24 x 3 5x 5 10 x 4 25x 3 40 x 2
0 8x 2 5x 8
3x 4 6 x 3 15x 2 24x 2x 3 4 x 2 10x
16 8x 2 12x 4
0 7x 4
P( x ).Q( x ) 5x 7 7 x 6 24x 5 48x 4 41x 3 59x 2
14 x 16
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b)A( x ) x 3 3x 2 4
B(x) x 2 1 8.7.5 Teorema de D’Alembert
Um polinômio P (x) é divisível por x a se,
e somente se, P (a) = 0 .
2) Determine k, de modo que P(x ) x 3 kx 3
seja divisível por B(x) = x1 Exemplos
1) Determinar K, de modo que o resto da
b) Método dos Coeficientes a Determinar divisão de P(x) x3 3x 2 kx 4 por x 2
(Método de Descartes)
Já vimos que, na divisão de A(x) por B(x), temos: seja 10.
A(x) = D(x).Q(x) + R(x)
R(x) = 0 ou gr ( R) < gr(D) 2) Calcular a e b, de modo que os polinômios
gr ( Q) = gr(A) gr(D) P(x) x 2 ax 3b e Q(x) x3 2ax b
sejam divisíveis por x 1.
Essas relações podem ser usadas como recursos
para determinarmos os coeficientes de um 8.7.6 Divisão de P(x) por ( ax + b), a 0
polinômio em uma divisão. O resto da divisão de P(x) por ( ax + b) é
b
Exemplo P
Determinar o quociente e o resto da divisão de a
A(x) x3 2x 2 3x 2 por B( x) x 2 x 1
Exemplos
Resolução: Determinar K, de modo que
O quociente é um polinômio do primeiro grau,
P(x) x3 x 2 kx 4 seja divisível por 2x
pois: gr (Q) = gr (A) gr (B) = 3 2 = 1, logo:
Q(x) ax b + 1.
Como gr (R) < gr (B), sendo o divisor
8.7.7 Dispositivo prático de Briot- Ruffini
B( x) x 2 x 1 , então gr ( B) = 2 e gr ( R) < 2, Utilizado para determinar o quociente e o resto
isto é, o resto tem no máximo, grau 1, assim: da divisão de um polinômio P(x) por um
R (x) cx d binômio (xa)
Como A(x) B(x).Q(x)+R(x), podemos escrever: Exemplo 01: Obter o quociente e o resto da
x3 2x 2 3x 2 = x 2 x 1 . ax b + cx + d
divisão
de P(x) 3x5 4x 4 3x3 7x 2 2x 3 por
Comparando os termos, temos:
a 1 (x 1)
b 1
a) Primeiramente devemos dispor os
c 5 coeficientes de P(x) e a raiz de x-1
d 1 conforme abaixo:
b)
Logo Q(x) x 1 e R (x) 5x 1 Coeficientes
do polinômio
Exemplos Raiz de
x1
1) Determinar K, de modo que x3 kx 3 seja
divisível por x 1.
2) Determinar K e m, de modo que 1 3 + 4 +3 7 2 3
24
c) Abaixa o primeiro coeficiente de p(x), o qual será Assim por diante, e encontraremos o quociente
o primeiro coeficiente do quociente. e o resto.
1 3 + 4 +3 -7 -2 3 1 3 + 4 +3 7 2 3
3 3 7 10 3 1 4
Exercícios
Multiplica-se 1) Dados os polinômios
1x3=3 A(x) 2x3 x 2 10x 5 ,
B(x) x3 4x 4 , C(x) = x3 e D(x)=
x 2, determine o valor de:
e) Análogo a isso, devemos agora multiplicar o 1 A(x) 2B(x).D(x) R:
( raiz) por 7 ( segundo coeficiente do C( x )
quociente ), somar o resultado com 3 (
terceiro coeficiente do polinômio e o x2 x 2
resultado encontrado será o terceiro
coeficiente do quociente. 2) Dados os polinômios
P1(x) 2x3 mx2 nx 3 e
25
5) Dados os polinômio P(x) e Q(x), onde 9.1 Resolução de uma Equação Polinomial
P( x) (m 3) x3 3 x 2 2m Resolver uma equação polinomial é obter o
e Q(x) (m 1)x3 (m 2)x 2 (2m 3)x seu conjunto verdade, que é o conjunto de
determine P(x).Q(x) de modo que gr(P+Q) = 1.
R: P( x).Q( x) x6 2 x4 4 x3 3 x 2 4 x todas as suas raízes.
A B 5x 10
6) Sabendo-se que , a equação for do primeiro grau:
x 4 x 1 x 3x 4
2
Isolamos a variável através de operações
calcular A e B. R: A = 2 e B =3 elementares.
Exemplo:
x 1 A B x 3 0
7) Se , então 2A + B é
x 2 2x 24 x4 x6 x3
3 A equação admite uma única solução.
igual a: R:
2
Se a equação for do segundo grau:
Usaremos a fórmula de Báskara ou as relações
8) Um polinômio P(x) x3 ax 2 bx c que de Girard para resolver.
satisfaz as condições P(1)= 0, P( x) +P(x) = 0, Exemplo:
qualquer que seja x real. Qual o valor de P(2)? x 2 3x 2 0
R: P(2) = 6
Temos que:
p ( divisores de 5) = { 1 ,1, 5, 5}
q (divisores de 4 ) = { 1, 1, 2, 2, 4, 4}
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Assim, temos:
2) Decomponha (fatore) a equação
x 2 3x 2 0
4 +23 14 5
Como as raízes desta equação são 1 e 2 , temos
1 4 27 41 36
1 4 19 5 0 x 2 3x 2 0
1/2 4 25 43/2 33/2 ( x 1)(x 2) 0
1/4 4 20 0 0
5 4 0 9.4 RAÍZES MÚLTIPLAS
As raízes de uma equação polinomial podem
ser todas distintas, ou não.
Se uma equação possui duas raízes iguais, a
raiz terá multiplicidade 2, isto é, será uma raiz
x = 1 não é raiz da equação dupla, se tiver três raízes iguais , a raiz terá
x =1 é raiz da equação multiplicidade 3, isto é, será uma raiz tripla, e
x=1/2 não é raiz da equação assim, sucessivamente.
x= ¼ é raiz da equação
x = 5 é raiz da equação Se um número for uma só vez raiz de uma
equação algébrica, ele será chamado raiz
simples ou raiz de multiplicidade 1.
Assim , as raízes da equação são x = 1, x = ¼
e x = 5. Exemplos
1 1 4 2 32 59 44 12
9.3 DECOMPOSIÇÃO DE UM POLINÔMIO 1 1 3 5 27 32 12 0
EM FATORES DO 1º GRAU (FATORAÇÃO) 1 1 2 7 20 12 0
Se P(x) = 0 é de grau n ( n 1 ) e tem raízes 1 1 1 8 12 0
1 , 2...,n , então 2 1 1 6 0
P(x) pode ser decomposto em n fatores do 1º grau, 2 1 3 0
sendo n n 1 o fator em evidência: 3 1 0
27
Exercícios:
1) Em função das variáveis k, m e n, determine o
a )A( x ) x 4 5 x 3 2 x 2 3 x 1
grau de cada polinômio abaixo: e B(x) x-2
a )P( x ) (2m 1) x 2 3x 2 b)A(x) 2x3 x 2 1
b)P( x ) (m 8) x 3 3nx2 2px e B(x) x-1
c)P( x ) (m 2 4) x 2 (n 3) x k c)A(x) 5x 2 3 x 2
2) Determine os valores de m, n e k para os quais o
polinômio abaixo seja identicamente nulo e B(x) x 3
8) Resolva as seguintes equações e coloqueas
a )P( x ) (2m 1) x3 (5n 2) x 2 (3 2k ) na forma fatorada:
b)P( x ) (m 3) x 4 nx3 (k 2) x a ) x 3 2 x 2 13x 10 0
4) a) 29 b) –7 c) -1
28
6)
a )Q( x ) x 2 x, R(x) 2
b)Q(x) 5x - 18 , R(x) 56
c)Q(x) 2x 2 x 1, R(x) 0
7)
a )Q( x ) x 3 3x 2 4x 5 e R(x) - 11
b)Q(x) 2x 2 x 1 e R(x) 0
c)Q(x) 5x - 18 e R(x) 56
8)
a )( x 5).(x 1).(x 2) 0
29
9. TRIGONOMETRIA
10.2 ÂNGULO:
Ângulo é o nome que se dá à abertura formada por
30
cateto oposto
sen x =
hipotenusa
R: 85º14’
Determinar o diâmetro d da cabeça do parafuso, conforme as
medidas da figura. Um observador na margem de um rio, vê o topo de uma
torre na outra margem segundo um ângulo de 56º.
Afastandose vê a mesma torre segundo um ângulo de 35º.
Calcule a largura do rio.
R: x=17,95 m
Quebra Cabeça: Quaisquer dois quadrados,
não importa seus tamanhos relativos, podem
ser cortados em cinco peças que se juntarão
novamente para formar um só quadrado maior.
Os cortes estão ilustrados nos quadrados do
exemplo abaixo.
R: d = 22,44 mm
A torre de Pisa, na Itália, é um campanário cuja construção
iniciouse em 1174. Devido ao tipo de solo, a torre inclinouse,
significativamente, desde sua construção. A reta vertical que passa
pelo centro A de seu terraço superior encontra o solo em um
ponto B distante 4m do centro C de sua base. Sabendo que a
Exercícios:
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(R: d 10037 x2 )
32
10.5 PONTO MÓVEL SOBRE UMA CURVA Na figura abaixo, a medida do arco AB é 5
Consideremos uma curva no plano cartesiano. Se vezes a medida do arco u . Denotando a
um ponto P pertence à curva, dizemos que P é um medida do arco AB por m( AB ) e a medida do
ponto fixo da mesma. Se assumirmos que este
ponto possa ser deslocado sobre a curva, este arco u por m( u ), temos:
ponto receberá o nome de ponto móvel. Um ponto m( AB ) = 5 m( u ).
móvel localizado sobre uma circunferência,
partindo de um ponto A pode percorrer esta
circunferência em dois sentidos opostos. Por
convenção, o sentido antihorário (contrário aos
ponteiros de um relógio) é adotado como sentido
positivo.
A medida de um arco de circunferência é a
mesma em qualquer um dos sentidos.
33
Exemplos:
Dividindo a
circunferência em
4 e 6 partes
congruentes,
Lembramos que o comprimento de uma temos:
circunferência de raio r é dado por 2r. Assim,
para calcularmos em radianos a medida a de um
arco de uma volta, fazemos:
a = 2r/r = 2rad
Desenho
c)
34
35
36
37
12 RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
FUNDAMENTAIS
Seja a figura:
M
11.4 ARCOS DE MESMA ORIGEM, P
SIMÉTRICOS EM RELAÇÃO AO EIXO
OY x
0 Q u
Sejam AM e AM ' arcos no círculo
trigonométrico, com A = ( 1 ,0 ) e os pontos M e
M' simétricos em relação ao eixo vertical OY. Se a
medida do arco AM for igual a m, então a medida
do arco AM ' será dada pela expressão µ( AM ' ) =
m.
Aplicando o teorema de Pitágoras no
triângulo retângulo OQM, temos:
QM OQ OM
2 2 2
como:
QM OP senx
OQ cos x
OM r 1 , temos a relação trigonométrica
11.5 ARCOS COM A MESMA ORIGEM E
fundamental nº 01:
EXTREMIDADES SIMÉTRICAS EM
RELAÇÃO À ORIGEM
sen2 x + cos2x = 1
Sejam AM e AM ' arcos no círculo
trigonométrico, com A=( 1 ,0 ) e os pontos M e M' Dividindo a relação fundamental nº 01 por
simétricos em relação a origem (0,0). Se a medida sen2(x) e por cos2(x) e aplicando os conceitos
do arco AM é igual a m, então a medida do arco de tangente, cotangente, secante e
AM ' é dada por: µ( AM ' ) = +m. cossecante, teremos outras duas relações
fundamentais, a saber:
tg2x + 1 = sec2x e
cotg2x + 1 = cosec2x
Exemplos:
cossec x senx
01) Simplifique a expressão:
cot gx sec x
Solução:
Utilizando os conceitos vistos, temos:
1 1 sen 2 x
senx
senx senx 1 sen 2 x cos 2 x
cos x 1 1
.
senx cos x senx
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3
3) Sendo cot a = 3 e a ,calcule o
Como y = senx e , temos somente um dos valores 2
acima satisfazendo o problema, ou seja: seca cosseca 1
valor de : y R.: y
5 1 cosseca cosa 3
senx , que é a resposta procurada.
2
4) Sendo 32sen 2 x 16cos2 x 25 , calcule o
03) Para que valor de m a expressão: 3
y = (m 1)(sen4x cos4x) + 2cos2x + m.cosx valor do senx. R.: y senx
4
2.cosx + 1 é independente de x?
Solução: 5) Calcule m, de modo que se tenha
m2
Podemos escrever: simultaneamente: senx e
y = (m 1)[(sen2x cos2x)(sen2x + cos2x)] + 8
2cos2x + mcosx 2cosx + 1 5m
cos x . R.: m =2
Como sen2x + cos2x = 1, substituindo, fica: 2
y = (m1)(sen2x cos2x) +2cos2x + mcosx 2cosx
+1 6)Para que valor de m a expressão:
y = m.sen2x m.cos2x sen2x + cos2x + 2cos2x + y = m(sen4x cos4x) + 2cos2x 1 + m é
m.cosx independente de x?
2cosx + 1 R.: m=1
Escrevendo tudo em função de cosx, lembrando
que sen2x = 1 cos2x, vem:
y = m(1 cos2x) mcos2x (1 cos2x) + cos2x +
2cos2x + mcosx 2cosx + 1
y = m mcos2x mcos2x 1 + cos2x + cos2x +
2cos2x + mcosx 2cosx + 1
y = m + (4 2m)cos2x + (m 2)cosx
Para que a expressão acima seja independente de x,
deveremos ter necessariamente 4 2m = 0 e m 2
= 0
portanto: m = 2, que é a resposta procurada.
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39
40
Obs. A fórmula acima somente é válida para tg a Tangente do arco metade: Dividindo membro
1 e tg a 1, já que nestes casos o denominador a membro as equações anteriores, lembrando
seria nulo. que
tg(x/2) = sen(x/2) / cos(x/2), vem:
EXEMPLOS: x 1 cos x
tg
a) sen4x = 2.sen2x.cos2x 2 1 cos x
b) senx = 2.sen(x/2).cos(x/2)
c) cosx = cos2(x/2) - sen2(x/2)
d) cos4x = cos22x - sen22x
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42
Sabemos que:
cosx.cos4x senx.sen4x = cos(x + 4x) = cos5x
100
Portanto, podemos escrever: y
100 cos5x
Para que y seja máximo, devemos ter 100+cos5x
sendo o mínimo, e isto só ocorrerá quando cos5x
=1.
Logo, o valor máximo da função será:
100 100
y .
100 1 99
43
16 TRIÂNGULO QUALQUER
a
b
c
2R
sen A
a
sen A
sen B
sen C 2R
isto é,
a
2R
sen A
Repetindo o mesmo processo para as bases AC
e AB, encontraremos os outros quocientes
b c
2R
sen B sen C
Triângulo obtusângulo: Se A e A' são os
ângulos que correspondem aos vértices A e A',
Demonstração: Para simplificar as notações a relação entre eles é dada por A' = A, pois
iremos denotar o ângulo correspondente a cada são ângulos inscritos à circunferência
vértice pelo nome do vértice, por exemplo para o correspondentes a arcos replementares BAC e
triângulo de vértices ABC os ângulos serão A, B e BA'C. Então
C respectivamente, assim quando escrevermos
sen(A) estaremos nos referindo ao seno do ângulo
correspondente ao vértice A.
a
sen A senA
2R
isto é,
a
2R
sen A
Temos três casos a considerar, dependendo se o
Repetindo o mesmo processo para as bases AC
triângulo ABC é acutângulo, obtusângulo ou
e AB, encontraremos os outros quocientes:
retângulo.
b c
2R
Triângulo acutângulo: Os ângulos correspondentes sen B sen C
aos vértices A e A' são congruentes, pois são
ângulos inscritos à circunferência que
correspondem a um mesmo arco BC. Então:
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sen B
b
a
, sen C
c
a
e sen A sen90º 1
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