Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIȆNCIAS E TECNOLOGIA

Licenciatura Em Ensino De Biologia

Cleide Amilai

Josefino Alberto

Técnicas e Princípios de Manutenção Básica de


Refrigeração, Centrifugação e Microscopia

Dondo

2023
Cleide Amilai

Josefino Alberto

Trabalho entregue a disciplina


de Manuseio De Equipamentos
Laboratoriais para fins
avaliativos.

Docente: Dr˚. Arminda

Dondo

2023
Índice
Introdução........................................................................................................................................4

Centrífuga........................................................................................................................................5

Passo a passo de como usar.............................................................................................................5

Limpeza e manutenção em centrífugas para laboratório.................................................................6

Conclusão........................................................................................................................................8

Referencia Bibliográficas................................................................................................................9
4

Centrífuga
Centrífuga de laboratório é um equipamento utilizado em química, biologia e bioquímica para
separação de amostras. Consiste em um aparelho de laboratório onde se colocam tubos de ensaio
com o material a ser examinado. Ao ser ligada, a centrífuga faz girar os tubos de ensaio,
separando a parte sólida da parte líquida do material contido nos tubos. As centrífugas são
adaptadas para diferentes tamanhos de rotores, de acordo com a aplicação e velocidade
desejadas.

Na centrífuga para laboratório, o rotor e os acessórios estão sujeitos a alta tensão mecânica. Por
isso, é muito importante conhecer as dicas de limpeza e manutenção em centrífugas para
Laboratório para prolongar a vida útil e evitar falhas prematuras.

Tipos de centrífuga

Microcentrífuga

Utilizada para tubos de pequeno volume, entre 0,5 e 2mL.

Centrífuga de bancada

Amplamente utilizada para centrifugar diferentes amostras e volumes até 200mL.

Centrífuga clínica

Utilizada para a sedimentação de partículas em amostras biológicas (sangue, urina).

Ultracentrífuga

Atinge altas velocidades, até 500.000 g.

RCF X RPM

A força centrífuga relativa (FCR), ou RCF (do inglês relative centrifugal force), é gerada quando
uma partícula é submetida a um movimento circular. A unidade de medida da RCF é g que
5

equivale à aceleração da gravidade na superfície da Terra. Assim, a velocidade de uma centrífuga


será fornecida em RCF (ou força g) ou em rotações por minuto (rpm).

Os protocolos técnicos costumam fornecer a velocidade em g. O valor de rpm depende do


tamanho do rotor da centrífuga.

Velocidade de centrifugação

Das duas unidades de força, a RCF é a unidade padrão para medidas de centrífugas e pode ser
utilizada pela fórmula:

RCF = 0,00001118 x raio x rpm²

 RCF = forca centrifuga Relativa.


 RAIO= Raio da centrífuga em Centímetros.
 Rpm= Rotação por Minuto

Passo a passo de como usar


 Identificar os tubos primários com etiqueta;
 Balancear os tubos de acordo com mesmo volume de aspiração, tubos de tamanhos
iguais, tubos do mesmo material (vidro ou outro material), para evitar a quebra dos
mesmos;
 Centrifugar os tubos tampados por 10 min a 3000rpm à temperatura ambiente;
 Aguardar até que a centrífuga pare totalmente antes de retirar os tubos. Nunca parar a
centrífuga com a mão. Pois além de acidentes, as amostras ficam hemolisadas;
 Após o término da centrifugação, retirar todo o volume de soro/plasma com auxílio de
uma micropipeta ou pipeta Pasteur e transferir o material para tubos de transporte
etiquetados com identificação do paciente correspondente ao tubo primário. Descartar o
tubo primário em colector de material infectante.
6

Figura 1 produto inicial antes do processo da centrifugação Figura 2: produto final depois do processo da centrifugação

Limpeza e manutenção em centrífugas para laboratório


Os usuários de centrífugas para laboratório devem ler e manter o manual de instruções de fácil
acesso, em caso de dúvidas.

A limpeza deve ser feita em intervalos regulares (semanais/mensais, dependendo do uso) e logo
após qualquer derrame de amostra.

· Desligue a centrífuga para laboratório e limpe seu exterior com pano levemente húmido
com água detergente suave.

· Evite substâncias corrosivas e agressivas, não use solventes, não use agentes com
partículas abrasivas e não exponha a centrífuga de laboratório e os rotores a radiação UV
intensa ou estresse térmico, como por exemplo a secagem em uma estufa de laboratório.

· Em caso de centrífugas refrigeradas, após o uso, remova o rotor e seque a câmara de


centrifugação para evitar congelamento. Deixe a tampa da centrífuga aberta a noite toda
para evaporar a condensação.

· Após o uso remova cuidadosamente todos os líquidos – água e particularmente todos os


solventes, ácidos e soluções alcalinas – da câmara do rotor usando um pano para evitar
danos aos rolamentos do motor.

· Enxagúe imediatamente o rotor, as caçapas/ buckets e os acessórios com água corrente se


tiverem entrado em contacto com líquidos, evitando assim corrosão. Use uma escova para
tubos de ensaio para limpar os orifícios dos rotores angulares. Vire o rotor de cabeça para
baixo e deixe-o secar completamente. Para evitar que as tampas dos rotores fiquem
desgastadas/ danificadas, as mantenha separadas.
7

· Limpe os acessórios fora da centrífuga para laboratório uma vez por semana ou de
preferência após cada utilização. Almofadas de borracha devem ser removidas, limpas e
secas. Use água com sabão ou agentes de limpeza suaves com um valor de pH entre 6 e 8
para limpar a centrífuga e os acessórios. Não limpe os acessórios na máquina de lavar
vidraria ou qualquer outro dispositivo semelhante.

· Se necessário, o rotor, tampa, caçapas e adaptadores podem ser autoclavados. Veja as


características de resistência térmica de cada acessório no manual. A vida útil dos
acessórios depende essencialmente da frequência da autoclavagem e do uso. Durante a
autoclavagem, as tampas dos tubos não devem ser parafusadas, evitando assim a
deformação dos tubos.

· Lubrificação: Ao usar acessórios de alumínio, lubrifique os parafusos de suporte de carga


do rotor basculante após cada limpeza com uma pequena quantidade de graxa. Verifique
se a graxa antiga foi removida, na limpeza.

Dissecadora
O dessecador é uma das diversas vidrarias utilizadas em laboratórios. E sua principal função é a
de diminuir a umidade de alguma substância (via uso de um dessecante, como a sílica gel).
8

Microscópio estereoscópico
O microscópio estereoscópico é um tipo de microscópio óptico que permite observar as amostras
em três dimensões, elas são um tipo de microscópio de luz reflectido, onde o foco ilumina a
amostra e a luz reflectida pela amostra é observada por objectivas e oculares.

Principais diferenças entre um microscópio óptico e um microscópio estereoscópico

 A imagem que se observa no microscópio óptico é bidimensional e no estereoscópico é


tridimensional.
 O microscópio óptico é um tipo de microscópio de luz transmitida, enquanto o
microscópio estereoscópico é de luz reflectida.
 Os microscópios estereoscópicos não possuem condensador ou diafragma.

Parte mecânica
 A parte mecânica sustenta o estereomicroscópio, suportando a parte óptica. Seus
componentes são:
 Cabeçote – é a parte superior móvel que sustenta as duas oculares. A distância entre as
oculares é ajustável, de forma a se adaptar à distância interpupilar do observador.
9

 Braço ou coluna – suporte que sustenta os tubos, objetiva, e todo o conjunto. Espaço
destinado para o deslocamento do estereomicroscópio.
 Botão para ajuste de foco – Ajuda a mover a cabeça do estereomicroscópio para cima e
para baixo para obter uma imagem nítida do objeto.
 Botão para ajuste de zoom – responsáveis pela ampliação ou redução da imagem da
amostra.
 Ajuste de dioptria – configuração que compensa as diferenças de foco entre o olho
esquerdo e o direito.
 Presilhas – clipes que ajudam a manter a amostra sob a platina.
 Platina – está localizada diretamente sob a lente objetiva. É onde a amostra é colocada
para visualização.
 Pé ou base – é o local de apoio do aparelho feito de ligas de metais pesados.
Para a higienização completa dos microscópios e estereomicroscópios é necessário o seguinte
material:
● Lenços de papel ou panos limpos de um tecido macio que não solte fiapos;
● Cotonete;
● Soluções de limpeza álcool etílico (98 ou 99,5%) e álcool 70%;
● Borrifador.
Limpeza:

Figure 1: Limpeza da parte mecânica do estereomicroscópio. A. Limpeza da base; B. Limpeza


da platina em direção às presilhas; C. Limpeza do botão para ajuste de foco; D. Limpeza do
botão para ajuste de zoom. E. Limpeza do tubo F. Limpeza do braço. Fonte: elaborado pelos
autores.
10

Figure 2. A. Limpeza da parte óptica do estereomicroscópio. Limpeza da fonte de luz; B. Limpeza da objetiva; C.
Movimento de limpeza da lente ocular; D. Limpeza das lentes oculares com o auxílio de um cotonete em
movimento espiral. Fonte: elaborado pelos autores.

Você também pode gostar