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Inreoducao

O presente trabalho vai falar sobre Bacias hidrográficas. A hidrografia


Segundo José (2012). é a ciência que estuda a hidrosfera, ou seja, as águas continentais
(rios, lagos, lagoas e pântanos), águas subterrâneas e águas marítimas. Em síntese, a
bacia hidrográfica corresponde a uma área drenada por um rio e seus afluentes.
Importante destacar que dois aspectos são primordiais para a constituição das bacias
hidrográficas: o relevo e a hidrografia.

Objectivos
Gerais:
 Estudar sobre Bacias hidrográficas e os principais fenómenos que ocorrem na
Costa Moçambicana.
Específicos:
 Descrever as bacias de moçambique
 Estudar a A hidrografia
 Falar principais fenómenos que ocorrem na Costa Moçambicana.
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Bacias hidrográficas e os principais fenómenos que ocorrem na Costa
Moçambicana.

Bacias hidrográficas

A hidrografia
Segundo José (2012). é a ciência que estuda a hidrosfera, ou seja, as águas continentais
(rios, lagos, lagoas e pântanos), águas subterrâneas e águas marítimas.

Bacias hidrográficas
é o conjunto formado péla rede hidrográfica e os terrenos drenados, pêlo rio principal.

Bacia do rio Maputo

É uma bacia internacional e possui uma área total de 29030Km2, dos quais 27460Km2
na África do Sul e em Moçambique com 1570Km2. O rio nasce na África do Sul e as
suas elevações encontram-se no extremo sudoeste da bacia atingindo os 2000m, com a
altitude média cerca de 815m. O regime do rio é permanente com um escoamento
médio anual cerca de 28500* 106m3. Desagua na baía do Maputo. José (2012).
Bacia do Incomáti

Segundo José (2012). Diz que:

A bacia do Incomáti possui uma área de 46.200 Km2, dos quais somente 32%
situa-se em território Moçambicano. Na Swazilândia a área é de 6% e na
República da África do Sul é de 62%. Os principais afluentes são Komati,
Crocodilo e Sábiè. O Komati entra em Moçambique a jusante da afluência dos
rios Komati e Crocodilo em Ressano Garcia, passando a chamar-se Incomáti. O
comprimento do rio em Moçambique é de 280Km.

A contribuição de Moçambique para o escoamento do rio Incomáti é aproximadamente


de 4%. O país está fortemente dependente dos recursos hídricos dos países de montante.
O escoamento médio anual do rio Incomáti calculado para um período de 30 anos é
igual a 2.015 Mm3. O escoamento médio anual do rio Sábiè é de 630 Mm3. O
escoamento mínimo ocorre geralmente em Setembro/Outubro, mas também podem
ocorrer escoamentos baixos entre Maio e Novembro.

O clima da bacia em Moçambique, varia de tropical húmido de savana, na Costa, a seco


de estepe, nas regiões mais a oeste e centrais. A temperatura média anual varia de
22,4ºC a 23,9ºC. A precipitação média anual varia de 1073 mm em Calanga na costa, a
509 em Mapulanguene (P 600), perto da fronteira com a África do Sul. A precipitação
média anual, na área moçambicana da bacia, é de cerca de 650mm. Os solos da parte de
jusante da bacia são principalmente aptos para arroz, particularmente perto da foz e,
noutras zonas como os terraços mais elevados de origem marinha. Existem algumas
colinas arenosas, boas para o cultivo de vegetais e bananas. Na parte central, as
deposições fluviais são boas para trigo, milho, cana-de-açúcar e vegetais. A outra infra-
estrutura hidráulica que tem um papel importante a desempenhar é o açude de Chauali,
uma barragem de terra cujo objectivo é aumentar a capacidade natural de
armazenamento do lago Chuali até 200 Mm3. Localiza-se no rio Massimachopes, no
distrito da Manhiça.
Bacia do Limpopo

Segundo José (2012). O Rio Limpopo com cerca 1 461Km de comprimento possui uma
bacia com uma área de 412.000 Km2 de extensão é partilhada por quatro Estados da
região da SADC, nomeadamente África do Sul, Botswana, Zimbabwe e Moçambique.

Ela localiza-se entre os paralelos 22º e 26º Sul e entre os meridianos 26º e 35ºEste. Em
território nacional está enquadrada entre os paralelos 21º e 25º Sul e os meridianos 31º e
35º, e confina a norte com a bacia do Rio Save, a sul com a do Rio Incomáti e a este
com a do Rio Govuro o quadro a seguir indica as áreas parciais da bacia do Rio
Limpopo.

O rio Limpopo e seus afluentes são considerados como sendo perenes os rios Limpopo
e Elefantes, e intermitentes os rios Changane e Nuanetze. A densidade do Rio Limpopo,
com base nos dados acima é estimada em 0.011/Km. As altitudes médias por sub-bacia
são de 75 m para Changane, 700 m para o Limpopo e 900 m para a sub-bacia do rio dos
Elefantes. A bacia do Limpopo em Moçambique, faz parte da bacia sedimentar da parte
Sul do País, é limitada no extremo Oeste por riolitos e basaltos (Superior do Karoo) da
cadeia dos Libombos.
Bacia do Save

Segundo José (2012). O Save é uma bacia internacional partilhada por Zimbabwe e
Moçambique, respectivamente com áreas de drenagem de 83845Km2 e 22575Km2,
79% e 21% da área total de cerca de 106420Km2.

Tem um comprimento total de 735Km dos quais 330 no território moçambicano e


405Km no território Zimbabwiano. A rede de drenagem é bem distribuída. No
Zimbabwe, junto a fronteira, confluem duas linhas de água principais, os rios Runde e
Save, constituindo naquele país duas bacias hidrográficas independentes.

Nasce na República do Zimbabwe e corre para Este entrando em Moçambique pela


localidade de Mavue distrito de Massangena. No seu percurso, limita as províncias de
Manica e Sofala na região Centro, das de Gaza e Inhambane respectivamente na zona
sul e desagua no Oceano Índico em Nova Mambone distrito de Govuro.
Bacia do Govuro

Segundo Conselho de Ministros (2007). Com uma área de 11500Km2, é o mais


importante rio da região Norte da Província de Inhambane. Nasce em Mapinhane
distrito de Vilankulo e desenvolve-se de Sul para Norte ao longo de mais de 150Km,
percorrendo os distritos de Vilankulo e Inhassoro, desagua no Oceano Índico na Região
de Macovane.

Bacia de Inharrime
Segundo Conselho de Ministros (2007). Possui uma área de 11850Km2 e um
comprimento de 150Km abrangendo total ou parcialmente os distritos de Panda, Zavala
e Inharrime. Nasce na província de Gaza e desagua na Lagoa Poelela em Inharrime.

Bacia de Mutamba
É um rio com uma área de 748Km2 e um comprimento de 65Km. Nasce perto da Lagoa
Nhangela no distrito de Inharrime, desenvolvendo-se de Oeste a Este e desagua na Baía
de Inhambane.

Bacia de Inhanombe É um rio com uma área de 443Km2 e um comprimento de


22.5Km. Nasce em Manhenge no distrito de Massinga e desagua no Oceano Índico em
Pomene no mesmo distrito.

Bacia de Zambeze

Para Aniceto (1999). A Bacia Hidrográfica do Zambeze nasce em Kalene Hill (Zâmbia)
e desagua em Chinde-Oceano Índico (Moçambique).

Ocupa uma área da bacia 1.390.000 km2 e um comprimento de 2.574 km A bacia é a


mais partilhada na África Austral e está entre as quatro maiores bacias hidrográficas de
África, inclusive a dos rios Congo, Nilo e Níger. O Zambeze drena uma área de quase
1.4 milhões de quilómetros quadrados, estendendo-se por oito países membros,
nomeadamente, Angola, Botswana, Malawi, Moçambique, Namíbia, Tanzânia, Zâmbia
e Zimbabwe.
Bacia de Rovuma

Para Anicento (1999). A bacia do Rovuma cobre uma superfície total de cerca de 155
000 km2. A bacia é partilhada por três países, nomeadamente, Moçambique, Tanzânia e
Malawi. Com cerca de 65,39% (99,530 km2), Moçambique detém a maior proporção da
superfície da bacia, seguida de Tanzânia com 34,30% e por ultimo Malawi com 0,31%.

Com um caudal médio de 356 m3/s a bacia do Rovuma é considerada a segunda maior
bacia de Moçambique depois da bacia do Zambeze, que tem um caudal acima de (3 558
m3/seg). A bacia do Rovuma é também uma zona importante de captação de água de
valor crucial para a conservação da Biodiversidade.

Em Moçambique a bacia está administrativamente localizada na região norte do Pais


cobrindo parcialmente a Província de Cabo Delgado e e Província de Niassa. O rio
Rovuma nasce próximo do Lago Niassa e desagua no oceano indico a nordeste da
província de Cabo Delgado, com um total de 760 km de comprimento dos quais 650 km
em Moçambique. O Rovuma tem como tributários os rios Lugenda, Lucheringo,
Messige e Chiulezi. o Rio Lugenda é o afluente de maior expressão e que tem como
tributários o Lautise, Luambala, Luchimua e Lureco.

A Bacia do Rio Rovuma / Ruvuma é muito estratégica para o desenvolvimento


socioeconômico da região com imensas oportunidades potenciais de investimento em
pesca e turismo; transporte e comunicações; água e energia; e na agricultura, comércio e
indústria.

O rio principal constitui um dos recursos hídricos inexplorados e constitui um


importante rio comum recursos ambientais e naturais em ambas as margens do rio. A
posição geográfica dos dois países em relação ao rio principal, que é compartilhado em
bases iguais, não a jusante e situação a montante, deve influenciar o futuro arranjo
institucional para o Rovuma / Ruvuma Comissão de Bacia.

Bacia de Montepuez

Para Anicento (1999) diz que:

A bacia hidrográfica do rio Montepuez faz fronteira com a bacia hidrográfica do


rio Messalo a Norte, e pequenas bacias costeiras a nordeste (Muagamula, Sicoro-
Lingula, Messingue e Necumbi), Lúrio, Megaruma, Muaguide e as bacias
costeiras (Tara-Quilite, Meapia e Ridi) a Sul. Os distritos que ocupam a maior
parte do território da bacia são Meluco, com mais de 60%, seguido de
Quissanga, com aproximadamente de 46%. A percentagem do território
pertencente ao distrito de Pemba Metuge pode ser depreciável, este distrito
encontra-se no interior da bacia e ocupa somente 3,2% do território.
Bacia de Messalo
Segundo Anicento (1999). A bacia do rio Messalo ocupa grande parte da Província de
Cabo Delgado e uma parte da Província de Niassa. A bacia de Messalo tem uma área
total de 24.436,6 km2. O rio nasce no distrito de Maua, passando de seguida pelo
distrito de Marrupa, ambos na Província de Niassa, e depois passa para Província de
Cabo Delgado, onde o curso principal faz a divisão geográfica dos distritos de Balama e
Montepuez, atravessando longitudinalmente este último.

os principais fenómenos que ocorrem na Costa Moçambicana


A circulação marítima na área em estudo, devido ao seu enquadramento físico
geográfico, é influenciada pelo sistema de ilhas, pontas e penínsulas localizadas ao
longo da área de propagação das ondas. As características de propagação das ondas são
resultantes da combinação dos fenómenos hidrodinâmicos actuantes ao largo e dentro
da Baía de Maputo. O clima de agitação da área em estudo é influenciado basicamente
péla ocorrência de ondas geradas ao largo e localmente, dentro da Baía de Maputo
(vagas).

Localização e Problemática Geral da Área em Estudo


Para (MICOA), (1998) diz que:
À semelhança do que acontece noutros trechos da costa moçambicana, a Zona
Costeira da Cidade de Maputo, com uma extensão de aproximadamente 20 km,
estendendo-se do Distrito de Matutuíne (Baía de Maputo) ao Distrito de
Marracuena (Praia da Macaneta), a Sul e Norte respectivamente, tem
evidenciado desde há alguns anos elevados índices de erosão. Na linha costeira
verificam-se recuos significativos com implicações nas faixas marginais: perdas
de areias, destruição de dunas e vegetação, aumento dos riscos de galgamento
dos arruamentos marginais, danos nas obras de defesa existentes e aumento do
risco de algumas construções virem a ser afectadas.

Por outro lado, esta zona, pela sua grande apetência balnear e paisagística, está
submetida a uma crescente ocupação humana, traduzida por novas edificações,
arruamentos e parques de estacionamento, que a tornam particularmente vulnerável à
acção dos fenómenos costeiros.

Algumas Potencialidades, Actividades e Disfunções na Zona Costeira


segundo (MICOA), (1998) .Na zona costeira de Moçambique podem tipificarse quatro
sistemasfisiográficos:

 Costa de Corais, com uma extensão de cerca de 770 km, do Rio Rovuma no
limite a Norte (10°32' S) ao Arquipélago das Primeiras e Segundas (17° 20' S);
 Costa de Mangal, com uma extensão de cerca de 978 km, de Angoche (16° 14'
S) ao Arquipélago do Bazaruto (21° 10' S);
Costa de Dunas Parabólicas, com uma extensão de cerca de 850 km, do Arquipélago do
Bazaruto a Ponta do Ouro (26° 52' S), atingindo o Rio Mlalazi (28° 57' S), na África do
Sul.
Conclusa
Chegando ao fim do presente trabalho À semelhança do que acontece noutros trechos da
costa moçambicana, a Zona Costeira da Cidade de Maputo, com uma extensão de
aproximadamente 20 km, estendendo-se do Distrito de Matutuíne (Baía de Maputo) ao
Distrito de Marracuena (Praia da Macaneta), a Sul e Norte respectivamente, tem
evidenciado desde há alguns anos elevados índices de erosão. Na linha costeira
verificam-se recuos significativos com implicações nas faixas marginais: perdas de
areias, destruição de dunas e vegetação, aumento dos riscos de galgamento dos
arruamentos marginais, danos nas obras de defesa existentes e aumento do risco de
algumas construções virem a ser afectadas.
Referencia bibliográficas

ALBINO, Rodolfo, José (2012). Bases Geoambientais para a Gestão da Bacia


Hidrográfica do rio Umbeluzi-Moçambique. Maputo.

Conselho de Ministros (2007). Estratégias Nacional de Gestão de Recursos Hídricos.


Maputo.

DOS MUCHANGOS, Anicento (1999). Moçambique Paisagens e Regiões Naturais.


Maputo

CTIIGC(MICOA), UICN Moçambique (1998) Macrodiagnóstico da Zona Costeira de


Moçambique. Imprensa Universitária - UEM, Maputo.

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