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Adia Artimiza Antônio Mandlate

Desafios do uso das Plataformas Digitas como Meio de Ensino em Tempos de


Pandemia da COVID 19: um estudo do caso da Universidade Save 2020 2021

Licenciatura em Ciências da Educação

Universidade Save
Maxixe
2021
v

Adia Artimiza Antônio Mandlate

Desafios do uso das Plataformas Digitas como Meio de Ensino em Tempos de


Pandemia da COVID 19: um estudo do caso da Universidade Save 2020 2021.

Monografia Cientifica ser apresentada na


Escola Superior da Educação e Psicologia,
Universidade Save – Extensão da Maxixe,
Departamento da Educação, para obtenção
do grau académico de Licenciatura em
Ciências da Educação

Supervisor: Msc. Elídio Joaquim Guilumdo

Universidade Save
Maxixe
2021
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Índice
i. Declaração de Honra ................................................................................................................ v

ii. Dedicatória .............................................................................................................................. vi

iii. Agradecimentos .................................................................................................................. vii

iv. Lista de tabelas e gráficos.................................................................................................. viii

v. Resumo .................................................................................................................................... ix

vi. Abstract ................................................................................................................................... ix

1. Introdução............................................................................................................................... 11

1.1. Tema e sua Delimitação ..................................................................................................... 12

1.2. Problematização.................................................................................................................. 12

1.3. Objectivos ........................................................................................................................... 13

1.3.1. Geral ................................................................................................................................ 13

1.3.2. Específicos ............................................................................................................. 13

1.4. Hipóteses ............................................................................................................................ 13

1.5. Justificativa ......................................................................................................................... 13

CAPÍTULO II: DESAFIOS DO USO DAS PLATAFORMAS DIGITAS COMO MEIO DE


ENSINO EM TEMPOS DE PANDEMIA DA COVID 19 ........................................................... 15

2.1. Conceito de desafio .............................................................................................................. 15

2.2. Plataformas digitais .................................................................................................... 15

2.3. Aprendizagem em plataformas digitais .............................................................................. 16

2.4. A Covid-19 e a mudança dos paradigmas de ensino .......................................................... 16

2.4.1. A covid-19 e as plataformas digitais de aprendizagem .................................................. 18

2.5. Desafios dos alunos e professores no uso das plataformas digitais .................................... 19
vii

2.5.1. Estratégia para minimizar os desafios dos alunos e professores no uso das plataformas
digitais ........................................................................................................................................... 20

2.6. Modalidades de ensino eficazes em tempos de pandemia .................................................. 21

2.6.1. e-Learning e b-learning ................................................................................................... 21

CAPÍTULO: III: METODOLOGIA .............................................................................................. 23

3.1. Tipo de Pesquisa ..................................................................................................................... 23

3.2. Abordagem. ............................................................................................................................ 23

3.3. Quanto aos Objectivos. ........................................................................................................... 23

3.4. Quanto aos Procedimentos Técnicos. ..................................................................................... 24

3.5. Método .................................................................................................................................... 24

3.6. Técnicas de Colecta de Dados ................................................................................................ 24

3.6.1. Observação directa .............................................................................................................. 24

3.6.3. Entrevista semi-estruturada ................................................................................................. 25

3.7. Universo ................................................................................................................................. 25

3.7.1. Amostra ............................................................................................................................... 25

3.7.2. Aspectos Éticos ............................................................................................................... 26

CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ...... 27

4. Breve descrição da UNISAVE ............................................................................................... 27

4.1. Apresentação e análise das questões dirigidas aos directores de curso .................................. 27

4.1.1. Capacitação para leccionar usado plataformas digitais ....................................................... 27

4.1.2. Desafios enfrentados pelos gestores .................................................................................... 28

4.2. Apresentação e análise das questões dirigidas aos docentes .................................................. 28

4.2.1. Plataformas digitais usados para leccionar neste tempo de pandemia ................................ 28
viii

4.2.2. Plataforma mais usada pelos docentes ................................................................................ 28

4.2.2. Desafios enfrentados no ensino usando plataformas digitais .............................................. 29

4.2.3. Medidas para superar os desafios do uso plataformas digitais ............................................ 30

4.2.3. Possibilidade do uso das plataformas depois da pandemia ................................................. 31

4.3. Apresentação e análise das questões dirigidas aos estudantes ............................................... 32

4.3.1. Ano de frequência ................................................................................................................ 32

4.3.2. Posse de computador ou smartphone .................................................................................. 32

4.3.3. Plataforma usada para decurso das aulas ............................................................................. 33

4.3.4. Desafios enfrentados uso das plataformas digitais .............................................................. 34

4.3.4. Preferência do ensino actual do uso de plataformas digitais e o convencional


(presencial) .................................................................................................................................... 35

CAPITULO V: CONCLUSÕES E SUGESTÕES ........................................................................ 36

5. Conclusão ............................................................................................................................... 36

5.1. Sugestões ....................................................................................................................... 37

6. Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 39


v

i. Declaração de Honra

Declaro, por minha honra, que o presente trabalho académico foi por mim elaborado seguindo
as orientações do meu supervisor. Não se recorreu a quaisquer outras fontes, para além das
indicadas, e todas as formulações e conceitos usados se encontram adequadamente
identificados e citados, com observância das convenções em vigor.

Mais declaro que este trabalho não foi apresentado, para efeitos de avaliação, a qualquer outra
entidade ou instituição.

Maxixe, Junho de 2021

___________________________________

(Adia Artimiza Antônio Mandlate)


vi

i. Dedicatória
Dedico este estudo ao meu filho.
vii

ii. Agradecimentos
Em primeiro lugar a Deus; pela vida, saúde e êxito na vida; por ter me presenteado com
pessoas maravilhosas como a minha mãe e o meu noivo.

Ao supervisor Msc. Elídio Joaquim Guilumdo pela paciência e pela força com a qual
trabalhou progressivamente na evolução deste trabalho e na concretização do mesmo.

À todos os professores do ensino primário e secundário geral pelos ensinamentos de leitura,


escrita, cálculo que me transmitiram; aos docentes da UNISAVE Maxixe que directa ou
indirectamente contribuíram no meu percurso académico, em particular aos docentes da
Faculdade de Ciências de Educação e Psicologia pelos ensinamentos e disponibilidade para
me auxiliar nos momentos em que precisava no desenvolvimento deste trabalho.

Agradeço a todos os colegas da turma pelos bons momentos que compartilhamos, pelos
momentos de felicidade que vivemos.

A todos os que apoiaram este trabalho de uma forma esforçada e contínua no decurso do seu
longo processo; os meus agradecimentos a cada um.
viii

iii. Lista de tabelas e gráficos


Gráfico 1 Plataforma mais usada pelos docentes …………………………………………28
Gráfico 2 Ano de frequência dos estudantes………………………………………………31
Gráfico 3 Posse de computador ou smartphone……………………………………………....32
Gráfico 4 Plataforma usada para decurso das aulas………………………………………......32
Gráfico 5 Desafios enfrentados uso das plataformas digitais………………………...………33
ix

iv. Resumo
Esta pesquisa tem como tema “Desafios do uso das Plataformas Digitas como Meio de Ensino em
Tempos de Pandemia da COVID 19”, teve como campo de estudo a UNISAVE com uma amostra de
35 elementos e envolvendo 3 directores de curso, 15 docentes e 17 estudantes de diversos cursos.
Portanto, como o trabalho tem como objectivo principal analisar os desafios do uso das plataformas
digitais como meio de ensino. Baseio num estudo do campo para aquisição de informação que
sustentaram a revisão bibliográfica, dos resultados colhidos no campo notou-se que os principais
desafios enfrentados pelos docentes e estudantes são inúmeros onde temos a dificuldade de acesso
pelos estudantes e falta de habilidade e maneio das plataformas, a avaliação formativa que não e
praticável pela latência do sinal, Uso de diversa plataforma na instituição acabam confundindo o
estudante. Como estratégia de culminar esses desafios a UNISAVE deve priorizar a capacitação dos
docentes e partilhar material de apoio ao uso das plataformas ao estudante, latência da internet seria
recorrer a plataformas menos pesadas e cómodas para os estudantes como Whatssap, É preciso ter uma
plataforma confiável, um alinhamento pedagógico claro, equipe preparada para um novo jeito de
ensinar e garantir que os alunos tenham acesso à internet de qualidade.

Palavras-chave: Desafios, Plataformas, Digitas, Meio, Ensino, COVID 19.

v. Abstract
This research has as its theme "Challenges in the use of Digital Platforms as a Teaching Means in
Times of Pandemic of COVID 19", had UNISAVE as its field of study with a sample of 35 elements and
involving 3 course directors, 15 teachers and 17 students of several courses. Therefore, as the work
has as main objective to analyze the challenges of using digital platforms as a teaching medium.
Based on a field study for the acquisition of information that supported the literature review, from
the results collected in the field it was noted that the main challenges faced by professors and
students are numerous where we have difficulty access by students and lack of skill and management
x

of platforms , the formative assessment that is not practicable due to the latency of the signal, Use of
different platforms in the institution end up confusing the student. As a strategy to culminate these
challenges, UNISAVE should prioritize the training of teachers and share support material for the use
of platforms for the student, internet latency would be to resort to less cumbersome and convenient
platforms for students such as Whatssap, It is necessary to have a reliable platform, a clear
pedagogical alignment, a team prepared for a new way of teaching and ensuring that students have
access to quality internet.
Keywords: Challenges, Platforms, Digital, Medium, Education, COVID 19.
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1. Introdução
A presente monografia científica subordina-se ao tema: Desafios do uso das Plataformas
Digitas como Meio de Ensino em Tempos de Pandemia da COVID 19: um estudo do
caso da Universidade Save 2020-2021. A disseminação da doença por COVID-19
desestruturou o quotidiano rotineiro e revelou bruscamente a desigualdade existente na
sociedade, também ocasionando implicações na vida de todos.

Uma das primeiras medidas para a prevenção do coronavírus foi o fechamento temporário das
instituições de ensino. Com isso, a utilização de plataformas virtuais e recursos Web surge
como possibilidade para dar continuidade ao ensino.

Diante disso, os professores se viram desafiados para se reinventarem, surgindo oportunidades


para esses profissionais utilizarem novas ferramentas de ensino, até então pouco utilizadas na
prática docente, fazendo-os questionar velhos hábitos e a repensarem suas aulas.

As instituições de ensino superior passaram a adoptar uma educação virtual, isso acabou
gerando alguns questionamentos, se destacando entre eles, se elas estariam preparadas para
apoiar e engajar milhares de alunos em um novo ambiente de aprendizagem em tão pouco
tempo.

As tecnologias digitais devem ser encaradas como ferramentas facilitadoras no processo do


ensino, sendo o seu uso um desafio para a maioria dos professores, pois não basta apenas
saber manusear, mas dar uma finalidade a prática docente de forma a envolver o aluno nesse
processo. Esse é um momento de adaptação para lidarmos com os desafios, devendo o
professor começar a introduzir as tecnologias digitais em sua prática e principalmente, a se
sentir seguro com o seu uso, pois certamente a educação e o mundo pós-pandemia não serão
mais os mesmos.

Nesse contexto, esta pesquisa apresenta uma reflexão sobre as experiências vivenciadas
estudantes e docentes universitários da UNISAVE Gaza.

Para permitir melhor compreensão, a monografia foi divida em capítulos e por sua vez estes
por títulos e subtítulos, contando assim no primeiro capítulo visualiza todo processo
metodológico desde a problematização, a justificativa, os objectivos preconizados, a
metodologia de abordagem do tema, assim como as técnicas utilizadas para levar acabo toda a
pesquisa incluído o processo da delimitação e enquadramento do tema, até aos possíveis
resultados esperados. No segundo capitulo, encontraremos revisão bibliográfica que
fundamenta o conceito das teorias que envolvem o processo de atendimento ao publico, em
12

tanto que elemento que contribui na percepção dos fenómenos que envolvem o objecto de
estudo. O terceiro tem a análise e interpretação das opiniões colhidas e a respectiva conclusão
da pesquisa.

1.1.Tema e sua Delimitação


Esta monografia, intitulada Desafios do uso das Plataformas Digitas como Meio de Ensino
em Tempos de Pandemia da COVID 19, foi desenvolvida na Universidade Save, Delegação
de Gaza no período de 2020 a 2021.

1.2.Problematização
Em tempos de migração tecnológica, quem não tem conhecimento sobre o manuseio das
mesmas, acaba sendo considerado como um analfabeto por causa da estrutura social em que
vive porque hoje em dia, as tecnologias têm vindo a ganhar espaço no quotidiano e a
desempenhar tarefas como auxiliares do homem, tarefas essas que sem o seu envolvimento,
não seriam possíveis.

Com as novas possibilidades tecnológicas, abre-se o espaço para o ensino e aprendizagem a


partir do uso de meios virtuais, considerados online na terminologia inglesa. Para o nosso
caso, em Moçambique, a assimilação tecnológica ainda é bastante precária, sendo que ela está
numa fase de desenvolvimento e propaganda por meio das gerações mais novas, que ainda
experimentam a tecnologia do terceiro mundo.

Neste contexto, o estudo online influenciado pela pandemia da Covid-19 através do decreto
presidencial de 30 de Março tem trazido vários debates ao seio da população estudantil e
outros círculos ao nível do todo país. Debates esses que recaem em torno das dificuldades
enfrentadas pelos estudantes em se adaptar à nova realidade de estudo, isto é, via plataformas
virtuais.

Muito desses debates surgem no contexto de procurar estratégias eficazes para o decurso da
aprendizagem sem que os estudantes sejam infectados pelo Covid-19. Por enquanto prevalece
o ensino online através de plataformas digitais que não tem demonstrado ser eficientes em
relação ao ensino presencial que era usado antes da pandemia.

O uso das plataformas digitais de ensino é algo relativamente novo para a sociedade estudantil
moçambicana apesar de ser usado no ensino a distância com inúmeras dificuldades por parte
dos estudantes universitários continua sendo uma estratégia desafiadora para sociedade
estudantil principalmente para os que estavam acomodados com o ensino presencial, além
13

disso por diversas condições que a sua realidade não permite a rápida superação. Ciente desta
realidade, a pesquisadora urge em colocar a seguinte questão de partida:

 Quais são os desafios do uso das plataformas digitais como meio de ensino em
tempos de Pandemia?
1.3.Objectivos
1.3.1. Geral
 Compreender os desafios enfrentados pelos estudantes no uso das plataformas
digitais como meio de ensino em tempos de pandemia.

1.3.2. Específicos
 Conceptualizar o termo aprendizagem em plataformas digitais;
 Identificar os desafios enfrentados pelos estudantes no uso das plataformas digitais
como meio de ensino;
 Descrever as plataformas digitais usadas com meio de ensino em tempo de
pandemia;
 Propor estratégias de ensino usando plataformas digitais.
1.4.Hipóteses
Para as nossas hipóteses acreditamos que:

H1: O grande desafio do uso das plataformas digitais pode estar relacionado com a gestão
e reestruturação curricular em curto espaço de tempo influenciado pelo Covid2019;

H2: Há desafios na aquisição de material electrónico uma vez que o valor de compra é caro
para realidade financeira de muitos estudantes de universidades públicas.

1.5.Justificativa
A escolha desde tema deve-se a mudança do ensino presencial para online motivada pela
pandemia do Covid-19 têm como finalidade trazer propostas e estratégias eficazes para o
decurso das aulas em tempo de pandemia sem que os estudantes percam foco nos conteúdos
pelo simples manuseio das plataformas digitais também ajudará na escolha da plataforma
eficaz e mais abrangente olhando a realidade dos estudantes moçambicanos.

A dinâmica do mundo tem-se verificado a cada dia que passa e o homem é pressionado a se
adaptar cada vez mais com técnicas e equipamentos mais sofisticados face a estas mudanças e
no mundo actual, as técnicas, ou seja, a tecnologia é um grande vector para o
desenvolvimento de qualquer actividade do ser humano, além de encurtar distâncias.
14

A nossa pesquisa está virada ao desafio do uso de plataformas digitais de Ensino e


Aprendizagem durante o período da Pandemia Covid-19. Levanta-se esta pesquisa de modo a
entender os contornos em volta aos ambientes virtuais de Aprendizagem que se verificam nos
seus utilizadores, como forma de perceber o estado de assimilação e integração no uso das
Plataformas digitais em que os estudantes e professores se encontram.

Abordar esta temática será um despertar para a sociedade de que o uso do ambiente virtual
além de evitar a contaminação do Covid-19 possibilita a interacção entre o computador e o
aluno, possibilidade de se dar atenção individual ao aluno, a possibilidade do estudante
controlar seu próprio ritmo de aprendizagem, assim como a sequência e o tempo,
apresentação dos materiais de estudo de modo criativo, atractivo e integrado, estimulando e
motivando a aprendizagem. Esta pesquisa visa abrir novas perspectivas sobre os horizontes
que se podem abrir com o uso das plataformas digitais.

Esta pesquisa visa contribuir como alicerce no ramo pedagógico propondo estratégias de
acção que ajudem a minimizar os aspectos negativos deste momento particular de vida.
Levando a concepção segundo a qual, a escola não se limita apenas pelos murros, mas que
com as novas possibilidades, ela pode estar em qualquer lugar.
15

CAPÍTULO II: DESAFIOS DO USO DAS PLATAFORMAS DIGITAS COMO MEIO


DE ENSINO EM TEMPOS DE PANDEMIA DA COVID 19
Este capítulo, trata da fundamentação teórica do trabalho do qual facilitara a recolha das
informações e ideias de vários autores sobre os pontos essenciais do tema em estudo. A
mesma fundamentação consistiu na análise crítica minuciosa e ampla das publicações na área
do conhecimento determinada.

2.1. Conceito de desafio


Segundo Dicionário Online de Português desafio Acção ou efeito de desafiar, de provocar
alguém incitando esta pessoa para um combate, luta, guerra. Ocasião ou grande obstáculo que
deve ser ultrapassado. Ato de instigar alguém para que realize alguma coisa, normalmente,
além de suas competências ou habilidades.
Desde modo CHIAVENATO (2008) afirma que o desafio seria um objectivo pessoal para
quem demonstra que pode por si só lutar para alcançar essa meta. O desafio é o objectivo a ser
cumprido através de um plano de acção.

2.2.Plataformas digitais
Segundo LÉVY (1999), considera que plataforma digital é um local na Internet, portal ou site
cibernético, que permite armazenar diversos tipos de informação tanto a nível pessoal como
empresarial. Essas plataformas funcionam com determinados tipos de sistemas operacionais e
executam programas ou aplicativos com diferentes conteúdos, como jogos, imagens, textos,
cálculos, simulações e vídeos, entre outros, que podem ser considerados agrupados em um
conjunto de ferramentas e serviços que uma organização usa para desenvolver uma estratégia
digital.

Segundo NICK SRNICEK (2017:55) As plataformas são infra-estruturas digitais que


permitem que dois ou mais grupos interajam. Portanto, posicionam-se como intermediários
que reúnem diferentes usuários: clientes, anunciantes, prestadores de serviços, produtores,
fornecedores e até objectos físicos.

As plataformas digitais também podem ser concebidas como sistemas que podem ser
programados e customizados por desenvolvedores externos, como os usuários, e dessa forma
podem ser adaptados a inúmeras necessidades e questões que nem mesmo os criadores da
plataforma original contemplaram, resultando em um tipo de rede social, que permite manter
contacto com amigos, familiares, usuários em geral, o que incentiva a participação e a sua
utilização.
16

Para BENETTI & VASCONCELOS (2008) As plataformas digitais posicionaram-se no


campo virtual com o início da Web, que definiu novas alternativas de uso da plataforma Web
para o trabalho colaborativo. Através da nova interacção entre usuários e sistemas virtuais, as
plataformas digitais foram se desfocando, dando origem à diversidade de sites que dão
suporte a essa linha de trabalho virtual.

É importante lembrar que por meio das plataformas digitais, independentemente do foco de
cada uma delas, é possível gerenciar conteúdos e realizar as mais diversas actividades por
meio de portais Web. Desta forma, este tipo de aplicação tem demorado muito e ainda está em
contínuo desenvolvimento.

2.3.Aprendizagem em plataformas digitais


De acordo com BENETTI & VASCONCELOS (2008), os paradigmas da educação estão
mudando para incluir mais modelos de aprendizagem on-line, mista ou híbrida e colaborativa.
A aprendizagem on-line ampliou o potencial de colaboração, incorporando pontos de conexão
que os alunos podem acessar fora da sala de aula para se reunirem e trocarem ideias sobre um
assunto ou projecto, como uma modalidade alternativa para superar limites de tempo e
espaço.

Segundo LÉVY (1999), a adopção de estratégias tecnológicas no ensino exige um repensar da


relação professor-aluno e dos meios de comunicação e interacção que poderão aproximar as
pessoas, como também afastá-las. Algumas tendências acenam para que o ensino a distância
adopte uma abordagem problematizadora, investigativa e reflexiva, contrapondo-se à lógica
de estímulo-resposta, situação está que é comum no ensino tradicional em que o conteúdo
programático é que conduz o usuário. Essas tendências sinalizam para alunos mais
autónomos, maduros e sempre prontos a aprender; contudo, os ambientes devem prover as
tecnologias e as facilidades para a implementação da interacção, que visa a viabilizar o
processo de ensino-aprendizagem

2.4.A Covid-19 e a mudança dos paradigmas de ensino


Segundo COSTA (2020), o ensino adquiriu uma nova modalidade durante a pandemia. Essa
nova modalidade também nomeada de Ead – Ensino a distância exigiu que professores
tivessem pleno domínio das TICs – Tecnologias de Informação e Comunicação. Tornaram-se
imprescindíveis para fazer a informação e o conhecimento chegar a todos. Para MORAN
(2000:32), “cada docente pode encontrar sua forma mais adequada de integrar as várias
tecnologias e os muitos procedimentos metodológicos”.
17

Dar subsídios aos professores através de processos formativos foi a primeira preocupação dos
governos – secretarias. A partir daí também se viu o quanto essa classe carecia de formação.
Déficit aliado à necessidade desafiou os gestores públicos a correrem contra o tempo e contra
a pandemia, e à distância, propiciar a formação continuada.

Muitos educadores já têm as TICs presentes em sala de aula há muito tempo. Aulas
dinâmicas, criativas, ter o mundo na sua frente são alguns dos pontos positivos a serem
citados. Alguns, resistentes, ainda insistiam ou insistem no ensino tradicional. Porém, o novo
momento requeria engajamento de todos para poder lograr êxito nessa nova modalidade e
nesse novo tempo. Replanear com quem já tinha a tecnologia presente e planejar um novo
processo educacional, quebrando paradigmas e concepções já enraizadas. Sem, ou com pouco
contacto, esta realidade também esteve presente.
Santa CATARINA (2020) afirma que descobrir e se aperfeiçoar nesse novo universo. A
insegurança, a inquietação, o medo de falhar, adequar a sua sala de aula, abrir sua casa para a
comunidade escolar e para o mundo digital exigiram mudanças rápidas.
Associado a isso, os educadores acompanharam mais de perto outras realidades familiares
como a falta de estrutura familiar, a falta de recursos tecnológicos nas famílias, o stress do
isolamento destes e a dificuldade de aprender a aprender gerenciar o tempo para estudar, fazer
as actividades, participar das aulas online, retorno das mesmas para os professores enfim.
Esse novo momento fez reuniões de planeamento ser distantes fisicamente, exigindo ainda
mais de cada um. Discutindo, reflectindo sobre esse ensino remoto em sua totalidade. Sem
previsão nenhuma do retorno das aulas presenciais, aquele antigo normal idealizado por
muitos, está longe de voltar. E a preocupação com a qualidade da aprendizagem é muito
grande. Saúde mental e equilíbrio emocional também devem ser levados em conta porque
agora, mais do que nunca, estamos distantes fisicamente e sequer conseguimos sentir nosso
aluno. Esses factores devem estar associados durante todo o período do isolamento.
Novas estratégias de transmissão de conteúdos, aulas online, aulas gravadas, planos de aula
diferenciados, plataformas digitais permitiram a conexão imediata entre escola e família,
transformando a educação. Não perder o foco, deixar a saúde em dia e manter, ao máximo, a
rotina são alguns dos pontos a serem focados tanto para educadores quanto para alunos e suas
famílias.
É o que afirma LIBÂNEO (2007:309) que “o grande objectivo das escolas é a aprendizagem
dos alunos, e a organização escolar necessária é a que leva a melhorar a qualidade dessa
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aprendizagem”. Basta agora, buscar esse planeamento envolvendo todos os segmentos para
então, dar continuidade a este trabalho educacional.
2.4.1. A covid-19 e as plataformas digitais de aprendizagem
Em Moçambique, com o advento da COVID-19, as práticas lectivas sofreram um grande
revés, tendo sido identificada a tecnologia como a melhor alternativa para a área da educação.
Aliás, como se sabe, o impacto do desenvolvimento tecnológico também se reflecte no
ensino/aprendizagem, pois representa “uma realidade que se impõe na sociedade e na escola,
exigindo que a última integre no processo educacional as novas tecnologias” (SANTOS,
2005).

A ideia de uma sala de aula com os alunos sentados acompanhando o que o professor diz
passou a não condizer mais com a realidade imposta pela paralisação de aulas presenciais por
conta da pandemia em causa. Em consequência, as plataformas digitais foram convocadas
para a superação do modelo tradicional de ensino e garantir a continuidade das actividades
lectivas, já que “as novas Tecnologias digitais estão cada dia mais presentes em nosso
quotidiano e nos trazem muitas influências” (SILVA, PRATES, & RIBEIRO, 2016).

Com base na importância que as novas tecnologias têm hoje para a prática pedagógica, os
desafios são muitos e vão desde a própria concepção de educação, passam pela
formação/preparação dos professores e estudantes e se estendem à implementação de políticas
públicas que possam garantir o acesso destas ferramentas com vista a que de facto as
plataformas digitais possam auxiliar no processo de ensino/aprendizagem.

Segundo GIDDENS (2008), da mesma forma que a imprensa e a cultura de leitura do livro
contribuíram para a ascensão da educação moderna, as novas tecnologias da informação (TI),
no mundo contemporâneo, podem contribuir para transformar o currículo vigente nas
instituições de ensino, uma vez que “ao envolver-se no mundo virtual, o docente poderá
exercer com maior eficiência a mediação entre objectivos, conteúdos e metodologias
necessárias para estimular no aluno o processo de autoformação continuada”.

Enfim, diante do novo quadro que os avanços tecnológicos têm acarretado para a sociedade e
a prática pedagógica, impõe-se cada vez mais uma reflexão sobre os impactos da tecnologia
na prática pedagógica já que as dinâmicas das relações sociais exigem, de certo modo, que a
escola integre no processo educacional as novas tecnologias, pelo que “é preciso que os
professores estejam preparados para o uso da tecnologia no ambiente escolar e conhecer, na
medida do possível, as diferentes plataformas existentes e o que elas podem oferecer de
melhoria para as condições de ensino e aprendizagem” (MEDEIROS, 2020).
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2.5. Desafios dos alunos e professores no uso das plataformas digitais


De acordo com MOREIRA & FERREIRA (2020:13) A adopção das tecnologias de
informação não é fácil para o aluno que está preparado para aulas presenciais onde recebe as
matérias em um ambiente em que há contacto directo com o professor na sala de aulas. As
Instituições de Ensino Superior devem buscar, pois, formas inovadoras de ensinar e que
promovam metodologias activas, capazes de dar resposta a um público cada vez mais
massificado e heterogéneo, através das quais os estudantes se formem enquanto cidadãos
ajustados a uma nova realidade e se consigam preparar adequadamente para as exigências do
mundo actual. Vive-se numa realidade diferente da do século passado, e os professores do
Ensino Superior devem promover experiências pedagógicas de qualidade e criar condições
para a criação de ambientes de aprendizagem onde os estudantes possam aprender em
conjunto, preparando-se, assim, para a aprendizagem ao longo da vida.

Para VERGARA (2007) E VERISSIMO (2008) a lentidão do acesso da internet, a falta de


flexibilidade do programa, a inabilidade das pessoas para lidarem com a informática ou com o
computador e com a metodologia do ensino a distância, são factores que prejudicam o estudo
e desestimulam o aluno. Muitos alunos não possuem internet ágil ou computadores que são
compatíveis com os programas. Essas situações interferem no período destinado ao estudo,
principalmente, quando o aluno está em período de trabalho, pois sua tarefa em seu ambiente
de trabalho pode exceder e reduzir o tempo destinado ao estudo, situações essas que causam
no aluno certa resistência, por entender que não conseguirá se programar.

A cada geração ferramentas e programas novos são desenvolvidos acompanhando a


modernidade. Contudo, essa modernidade é fugaz e acompanhá-la é algo que se torna difícil,
um fato discutido por ULLER (2012) onde relata que no interior do Ambiente Virtual de
Aprendizagem, o aluno precisa “navegar” pelas ferramentas do ambiente, bem como saber
postar actividades, responder aos questionamentos em janelas que se abrem, os “popups”,
consultar sua avaliação e observações do tutor, devendo estabelecer um compromisso em
obter conhecimento, além de apresentar uma relação dialógica mediada pelo professor virtual.
São estas habilidades que o aluno deve dominar, o que para muitos não é uma tarefa fácil. A
dificuldade em dominar as ferramentas e não existir o professor ao lado, naquele momento,
para sanar essa dúvida, pode se tornar algo desanimador.

Para tanto é necessário, o aluno planejar uma rotina de estudos e tarefas, já que demandam
dedicação e tempo, o que muitas vezes lhe dá a sensação de “abandono”. Esse abandono não é
20

apenas por separação física dos ambientes da instituição e professores, mas também pela
ausência de direcção e motivação caracterizando o ensino passivo e solitário.

Segundo JORDÃO (2009:10) a importância do professor adquirir habilidades e técnicas


referentes à inclusão de tecnologias digitais, deve-se ao fato de que esses meios estão mais
contextualizados com a realidade em que o aluno de hoje vive e, com certeza, vai ser um
factor de motivação a mais para despertar o interesse do mesmo.

Entretanto, o maior desafio para o professor é integrar essas novas tecnologias aos conteúdos
ministrados em sala de aula, pois não basta apenas ter as ferramentas, se não se sabe utilizá-
las. Por isso, é importante que o professor busque conhecer e aprender sobre a ferramenta
tecnológica que pretende usar para adequá-la ao seu planeamento.

Sobre isso, JORDÃO (2009:10) diz: as tecnologias digitais são, sem dúvida, recursos muito
próximos dos alunos, pois a rapidez de acesso às informações, a forma de acesso randómico,
repleto de conexões, com incontáveis possibilidades de caminhos a se percorrer, como é o
caso da internet, por exemplo, estão muito mais próximos da forma como o aluno pensa e
aprende. Portanto, utilizar tais recursos tecnológicos a favor da educação torna-se o desafio do
professor, que precisa se apropriar de tais recursos e integrá-los ao seu quotidiano de sala de
aula.

Diante do exposto, é inevitável a necessidade que o docente tem de se capacitar, aperfeiçoar e


se preparar para lidar com essa nova realidade que são as plataformas digitais, e com esse
novo paradigma de educação e ensino que não reconhece o professor mais como o único
detentor do saber, mas como mediador dele. Esse novo ambiente de aprendizagem, em que
aluno e professor constroem junto o conhecimento e que deve ser significativo para a vida do
educando.

2.5.1. Estratégia para minimizar os desafios dos alunos e professores no uso das
plataformas digitais
Os desafios encontrados nesta revisão dizem respeito ao aluno em nível superior. Para tentar
minimizar o impacto desses desafios, apresentamos algumas propostas:

Do ponto de vista técnico, não basta codificar um conjunto de saberes em determinado


ambiente virtual, é preciso que a acessibilidade técnica e eficácia pedagógica caminhem
juntas. Além disso, entender que é por meio do ambiente escolhido, que se deverá planejar e
delimitar o alcance do processo de ensino (AMARILLA, 2011).
21

Para CHAVES, (2001:33), um bom funcionamento de um sistema de educação a distância


além de “mão-de-obra” especializada é necessário que as pessoas que tenham vontade de
aprender, sejam impulsionadas pela necessidade de adquirir conhecimento e disponham de
meios de comunicação que as atinjam. Por outro lado, é importante haver organização,
docente competente a fim de ensinar através destes meios de comunicação, mantendo diálogo
permanente com os alunos.

2.6. Modalidades de ensino eficazes em tempos de pandemia


Um dos propósitos desta pesquisa é aferir qual a modalidade de ensino digital que é aplicada
pelas universidades em tempo de pandemia. Para SAMARTINHO (2010:16) “no ensino a
distância pode-se falar do b-learnig (blendedlearnig) que contém uma parte online e outra
presencial e o e-learningque inclui a educação a distância ou virtual”, esta autora citando
GOMES (2008), refere que “…a clarificação de conceitos como educação a distância ou e-
learningnão é tarefa fácil. Na verdade, à medida que se multiplicam as investigações,
comunicações científicas, livros e artigos abordando esta temática, mais premente se torna a
clarificação dos conceitos”.

2.6.1. e-Learning e b-learning


O e-Learning é um tipo ou modalidade de EAD baseado nas tecnologias da Internet, onde a
aprendizagem ocorre remotamente. Optando por uma abordagem mais inclusiva DIAS
ETAL.(2015:13) define eLearning como sendo uma “Modalidade de ensino e aprendizagem
que pode representar o todo ou uma parte do modelo educativo em que se aplica, que explora
os meios e dispositivos electrónicos para facilitar o acesso, a evolução e a melhoria da
qualidade da educação e formação”.

Dentre várias vantagem desta modalidade de ensino destaca-se a possibilidade de uma


aprendizagem personalizada de acordo com o ritmo e a disponibilidade dos formandos.
Acerca desse aspecto, GONÇALVES (2004:3) no seu artigo e-Learning: Reflexões sobre
cenários de aplicação refere que: o e-Learning, sendo uma modalidade de ensino que
proporciona uma aprendizagem personalizada, em conformidade com a necessidade, a
disponibilidade e o ritmo do indivíduo, independentemente da plataforma usada para aceder à
Internet.

Poder todos os que têm uma actividade profissional exigente ou que estão geograficamente
distantes dos centros de ensino e formação. Em suma, o e-Learning estimula a auto-
aprendizagem, pelo que se insere no conceito de educação ao longo da vida. Ou seja, o e-
22

Learning é uma evolução necessária no contexto educativo face aos requisitos da sociedade
actual – uma sociedade da informação, da aprendizagem e do conhecimento.

Para SAMARTINHO (2010:11), “uma das características do e-learningé a sua mobilidade e


versatilidade, ou seja, o aluno e o seu tutor podem estar separados fisicamente, mas o acesso à
informação pode-se fazer a qualquer altura, os conteúdos podem ser modificados, adaptados,
actualizados sempre que se queira”. A mesa autora reforça que “aprendizagem através de e-
Learning centra-se no aluno, deixando para o aluno o controle no processo de ensino e
aprendizagem, dando-lhe autonomia e proporcionando-lhe uma aprendizagem activa”.

Apesar da existência de enumeras vantagens que podem ser obtidas a partir da aplicação de e-
Learninig na Educação a distância, é evidente que a sua efectivação está sujeita a
constrangimentos de vária ordem.

SILVA (2004:25) refere que um dos maiores constrangimentos pode estar associado ao “facto
de os cursos de e-Learning serem, hoje em dia, desenvolvidos em plataformas digitais pode
ser considerado benéfico, por um lado, mas é decerto um obstáculo, por outro, uma vez que,
não obstante a progressiva «amigabilidade» das interfaces, o analfabetismo informático é
ainda uma realidade”.
23

CAPÍTULO: III: METODOLOGIA


Para que uma pesquisa seja considerada científica é necessário o uso de métodos e técnicas de
recolha de dados ou informações no campo de actuação e obedecer algumas questões éticas.
Porém, é neste capítulo que debruçamos os aspectos acima referidos.

Para fazer face ao trabalho e alcançar os objectivos preconizados, foram usados os seguintes
procedimentos metodológicos:

3.1. Tipo de Pesquisa


De acordo com GIL (2007:17), pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e
sistemático que tem como objectivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos.
A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao
problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem
que não possa ser adequadamente relacionada ao problema.
Para o presente trabalho quanto a:
3.2. Abordagem.
Abarcou a abordagem mista que é a junção da pesquisa qualitativa e quantitativa.
À luz deste trabalho a pesquisa quantitativa se expressa pelo uso de elementos matemáticos
(percentagem) usando os gráficos circulares que apresentam dados dos estudantes da
UNISAVE-Gaza para a recolha e tratamento de dados por meio de um questionário
estruturado de questões fechadas dirigido aos estudantes da instituição como técnica de
recolha de dados e tratamento de dados e a pesquisa qualitativa reflecte-se pela busca de
significado dos fenómenos estudados através da entrevista como técnica de recolha de dados.

Pesquisa quantitativa, este tipo de pesquisa considera que tudo pode ser quantificável, o que
significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer
o uso de recursos e de técnicas estatísticas (LAKATOS & MARCONI, 2009).

Para GIL (1999:63) o método qualitativo é usado para dar mais suporte o aprofundamento da
investigação das questões relacionadas ao facto em estudo e das suas relações mediante
valorização do contacto directo com o facto estudado, buscando-se o que era comum, mas
permanecendo, entretanto, aberta para perceber a individualidade e os significados múltiplos.

3.3. Quanto aos Objectivos.


O trabalho desencadeou a partir da Pesquisa Exploratória que, segundo GIL (2010)
“Pesquisa Exploratória visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vista a
torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolveu levantamento bibliográfico;
questionamento as pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado;
24

análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de Pesquisas


Bibliográficas e Estudos de Caso.”

3.4. Quanto aos Procedimentos Técnicos.


Quanto aos procedimentos técnicos baseou se no estudo de campo sustentado pela recolha
bibliográfica. De acordo com GIL (2008: 254.) “as pesquisas de campo são aquelas em que o
pesquisador entra em contacto directo com a realidade da pesquisa, com vista a familiarizar-se
com o fenómeno a pesquisar”. O autor salienta que “no estudo de campo, o pesquisador
apresenta maior participação e, torna-se maior a probabilidade de os sujeitos oferecerem
respostas mais confiáveis (2002: 59).

Esta informação depois de colhida permitiu uma análise crítica entre a teoria e a prática, isto
é, no local de estudo observando como é feito o trabalho conferido com a informação de
vários autores para posterior ver as convergências e divergências que possibilitou uma análise
crítica das abordagens do trabalho na UNISAVE Gaza.

3.5. Método
Conforme LAKATOS & MARCONI (2009:110), a maioria dos especialistas faz hoje, uma
distinção entre método e métodos, por se situar em níveis claramente distintos no que se
refere a sua inspiração filosófica, ao seu grau de abstracção a sua finalidade mais ou menos
explicativa, a sua acção nas etapas mais ou menos concretas das investigações e ao momento
em que se situam.

Para a presente pesquisa, usou se o Método Indutivo, pois, partindo de um facto constatado de
um problema, os resultados passaram a serem generalizados para a maioria da população.
A pesquisadora desenvolveu conceitos, ideias e entendimentos a partir de padrões
encontrados nos dados, ao invés de colectar dados para comprovar teorias, hipóteses modelos
pré-concebidos. Com base neste método, foi produzido um questionário que permitiu a
recolha da informação através da entrevista aos estudantes e docentes da UNISAVE Gaza que
serviu de análise para a presente pesquisa.

3.6. Técnicas de Colecta de Dados


Técnica é o procedimento ou o conjunto de procedimentos que têm como objectivo obter um
determinado resultado, seja no campo da pesquisa assim como nas organizações. Para o
presente trabalho, figuram as seguintes:
3.6.1. Observação directa
Esta técnica consistiu na deslocação da autora para UNISAVE Gaza com objectivo colectar
dados e descrever os elementos da pesquisa. Onde foram aplicados todos os procedimentos
25

inerentes à observação para colecta e descrição dos elementos. Este instrumento tem sido uma
das formas imprescindível numa pesquisa, isto é, significa que se deve aplicar atentamente os
meios dos sentidos a um objecto para dele adquirir um conhecimento claro e preciso. Foi com
base nesta óptica em que todos os aspectos ligados ao assunto foram verificados e anotados de
forma sábia e que serviu de esclarecimento conciso durante análise das informações obtidas
através da entrevista.

3.6.3. Entrevista semi-estruturada


Segundo BONI & QUARESMA (2005:75) “as entrevistas semi-estruturadas combinam
perguntas abertas e fechadas, onde o informante tem a possibilidade de discorrer sobre o tema
proposto. O pesquisador deve seguir um conjunto de questões previamente definidas.” Nesse
contexto, a escolha deste modelo de entrevista deve-se ao facto de o mesmo não criar
limitações à criatividade do entrevistador, permitindo que este possa dinamizar as questões
que for a colocar ao entrevistado.
A entrevista foi dirigida aos directores de curso, docentes e estudantes da UNISAVE Gaza
com objectivos de obter informações sobre os desafios enfrentados no uso das plataformas
digitais em tempos de pandemia.
Tendo em conta que estamos em tempo de distanciamento social devido a pandemia para
efectivação da entrevista a autora pediu aos directores de cursos a adição da mesma nos
grupos de Whatssap de modo a fazer a entrevista online dos elementos da pesquisa.

3.7. Universo
De acordo Marconi & Lakatos (2001:108), “Universo Populacional é o conjunto de seres
animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum.”

Universo ou a população é a totalidade dos elementos que apresentam pelo menos uma
característica comum, objecto de estudo.

O universo do estudo foi composto por 630 elementos constituídos por: directores dos cursos
docentes e estudantes da UNISAVE Gaza.
3.7.1. Amostra
Constitui uma porção ou parcela convenientemente seleccionada do universo, é um
subconjunto do universo. Ela ocorre quando a pesquisa não é censitária, isto é, não abrange a
totalidade de componentes do universo, surgindo a necessidade de investigar apenas uma
parte dessa população (Marconi & Lakatos; 2001:6).
A selecção da amostra foi probabilística seleccionando os elementos da entrevista por sorteio,
onde todos os membros da população tiveram a mesma chance de serem entrevistadas.
26

Para o efeito, dum universo de 630 elementos que constitui o nosso universo populacional,
extraímos 35 elementos que constituem a nossa amostra, dos quais 3 directores de curso, 15
docentes e 17 estudantes de diversos cursos.
3.7.2. Aspectos Éticos
Certamente que, todo o trabalho científico exige a preservação de uma conduta condizente
com os princípios éticos tanto do pesquisador quanto da realidade a ser estudada ou
observada. Assim durante o contacto com os entrevistados (direcção da escola, professores,
alunos), serão explicados sobre o objectivo da pesquisa, e informados acerca da liberdade de
respostas bem como do respeito pela sua identidade.

Tendo noção que estamos em tempos da pandemia a entrevista realizou se obedecendo as


medidas de precaução tais como:

 Uso da mascara;
 Lavagem e esterilização de objectos que serão usados durante a entrevista (canetas,
lápis etc);
 Distanciamento de 1,5 metro com os entrevistados.
27

CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS


4. Breve descrição da UNISAVE
A UNISAVE localiza-se no distrito de Chongoene posto administrativo parcela n 76,
província de Gaza, a 500m da estada n , a direita no sentido Norte e Sul a esquerda no sentido
Sul e Norte.

Esta instituição foi criada pelo despacho n 5 de 17.05 do gabinete do magnífico reitor Carlos
Machite.

Para o ano 2020-2020 a instituição conta com 14 cursos no período laboral, tendo 3359
estudantes nesse período. Tem 74 docentes efectivos e 2 contratados a tempo inteiro e 7 a
tempo parcial.

4.1. Apresentação e análise das questões dirigidas aos directores de curso


Conforme previsto na nossa amostra foram entrevistados 3 directores de curso de modo a
extrair informações relevantes a nossa pesquisa.
4.1.1. Capacitação para leccionar usado plataformas digitais
Perante a esta questão houve unanimidade nas respostas dadas pelos entrevistados afirmando
que: Houve varias capacitações para o uso das plataformas digitais somente para o Ensino a
distancia e também par regular neste período da pandemia que esta em curso de modo a
adaptar se com turmas do ensino regular.

Apesar das dificuldades, docentes e equipes pedagógicas estão trabalhando muito e buscando
uma adequação rápida às demandas dos estudantes em todos os níveis. É necessário que as
instituições de ensino capacitem seus docentes para operar as ferramentas tecnológicas, para
que elas se tornem aliadas e não um obstáculo no processo de ensino aprendizagem.

De acordo com as respostas dadas pelos entrevistados é notável uma certa estagnação em
questões de capacitação e formação para atender o ensino em tempos de pandemia.

Desde necessário que os gestores motivem os docentes a terem uma formação continua. Isto
Mesmo que o docente tenha experimentado algumas possibilidades de uso de plataformas
digitais de ensino em sua formação inicial, as constantes transformações científico-
tecnológicas e o surgimento acelerado de novos aparatos e recursos exigem que esse
profissional se mantenha em um contínuo processo de formação. Nesse ponto, (MIZUKAMI
2006: 214) pontua que “os processos de aprender e ensinar, de aprender a ser professor e de
desenvolvimento profissional de professores são lentos, iniciam-se antes do espaço formativo
dos cursos de licenciatura e se prolongam por toda a vida”.
28

Outro factor relevante relacionado à formação continuada de professores para o uso de


plataformas digitais é destacado por PENTEADO (2000), ao mencionar a mudança da zona
de conforto para a zona de risco. O professor que está situado em uma prática marcada pelo
controle está na zona de conforto. Quando esse docente se encontra diante de incertezas que
demandam determinadas flexibilidades em sua actuação, ele se posiciona em uma zona de
risco. A formação continuada pode contribuir para que essa mudança ocorra de forma mais
positiva para o professor.

4.1.2. Desafios enfrentados pelos gestores


Os desafios enfrentados pelos gestores da UNISAVE os mais frequentes É a fraca adaptação
das plataformas ideias para o ensino tais com Google classrom, meeting, tanto pelos
estudantes assim como docentes. No ensino híbrido implementando no semestre que esta
fintar com problemas devido a convergências do tempo (enquanto que o docente esta na sala
de aula com outro grupo, existe um outro grupo que esta a espera dele na interacção on-line).

Um problema (também encontrado no ensino tradicional) é a deficiência de investimentos em


pesquisas de cunho científico sobre o processo de ensino-aprendizagem. A carência é sentida,
inclusive, nas práticas de aprendizagem virtuais caracterizando dificuldades para que a
modalidade se estabeleça com credibilidade.

Questão do preconceito do uso das plataformas, muitos cursos online oferecem qualidade de
alto nível, formando profissionais plenamente capacitados e aptos para lidar com as
inovações. Porém, a mentalidade de preconceito faz com que muitas pessoas acreditem que a
educação a distância não tenha o mesmo peso que um diploma presencial.

4.2. Apresentação e análise das questões dirigidas aos docentes


Foram entrevistados 15 docentes da instituição que ministravam diversos cursos tal como
estava previsto na amostra.
4.2.1. Plataformas digitais usados para leccionar neste tempo de pandemia
Todos afirmaram o que as plataformas digitais que tem usado neste período de pandemia são:
Google Classroom, Google meet e Whatssap.

4.2.2. Plataforma mais usada pelos docentes


Disponibilizamos algumas alternativas de respostas e deixamos a opção “Outros” para que o
entrevistado pudesse preencher, em caso de necessidade. A figura1 apresenta os dados
levantados. Os participantes puderam escolher quantas alternativas desejassem.
29

Plataforma mais usada pelos docentes


no ensino durante a pandemia.
5% 5% Outros

30%
Redes sociais (Whatssap)

60% Criação, edição e envio de


videoaulas
Plataformas/ Softwares/
App de Vídeo e e-mails …

Figura 1:

Analisando as respostas dadas pelos professores apresentadas na figura 6, nota se que a


maioria dos professores têm feito de uso redes sociais (Whatssap). Além disso, significativa
parte dos entrevistados (5%) faz uso de criação, edição e envio de videoaulas. Também
observamos que alguns professores têm feito uso de e-mails e Plataformas, Softwares e Apps
de Videoconferência.

4.2.2. Desafios enfrentados no ensino usando plataformas digitais


Os principais desafios enfrentados no ensino on-line e a dificuldade de acesso pelos
estudantes e falta de habilidade principalmente do primeiro e segundo ano, literacia por parte
de alguns estudantes, fraca participação dos estudantes.

Outro desafio foi a avaliação que não e praticável pela latência do sinal. Uso de diversa
plataforma na instituição acabam confundindo o estudante que em fraco domínio das
ferramentas digitais.

O volume de trabalho aumentou bastante depois do regime de aulas a distância. Como não
estavam acostumados com esse tipo de trabalho, tiveram que aprender a utilizar muitas
ferramentas, sem falar que o formato das actividades feitas a distância é bastante diferente das
feitas em sala de aula e isso é bastante desafiador.

Um factor que acaba pesando muito, tanto para alunos, quanto para professores, é a questão
da saúde ou emocional incerteza. Todas as inconsistências e imprevisibilidades a respeito de
como será o futuro do sistema educacional acabam afectando o lado emocional,
desencadeando processos de ansiedade, estrese, angústia e insónia. Principalmente para
aqueles que estão no último ano.
30

“Devemos considerar que o curso virtual não pode ser igual àquele apresentado em sala de
aula usual. Parece coerente pensar sobre transformações na forma de produção de
conhecimento – e não em melhora ou piora – como em uma reta numerada; se haverá
mudanças em tópicos, ou na própria noção do conteúdo a ser ensinado; e em questões
relativas ao papel dos professores em tal modalidade de Educação.”

Desse modo, o desafio referente ao papel do professor no ensino se refere à escolha


apropriada de tecnologias que aproveitem as características das crianças e jovens da era
tecnológica, explorem suas habilidades e os estimulem a participar activamente da
aprendizagem. De acordo com LÉVY (2010, p. 40) é “bem conhecido o papel fundamental do
envolvimento pessoal do aluno no processo de aprendizagem. Quanto mais activamente uma
pessoa participar da aquisição de um conhecimento, mais ela irá integrar e reter aquilo que
aprender”. Durante a utilização de plataformas digitais pelos estudantes podem ocorrer
momentos de colaboração para o levantamento de hipóteses, constatações de resultados,
actividades de pesquisas ou trocas de informações entre os pares. Assim, em ambientes on-
line, o ensino é direccionado para estudantes mais autónomos, capazes de desenvolver
processos de interactividade e interacção para alcançar os objectivos propostos na realização
de uma determinada actividade.

4.2.3. Medidas para superar os desafios do uso plataformas digitais


Necessário que docentes e estudantes saíam da zona de conforto, visto que docentes precisam
se familiarizar com as novas ferramentas e assumir integralmente o papel de mediadores do
aprendizado, enquanto estudantes precisam ser mais independentes e responsáveis pelo que
aprendem.

Capacitar e partilhar material de apoio ao uso das plataformas ao estudante, priorizar a


avaliação formativa ao longo das aulas. Quanto a latência da internet seria recorrer a
plataformas menos pesadas com Whatssap.

Com essa migração de modalidade de ensino potencializada pela pandemia, é natural que
todas as instituições de ensino passem por dificuldades para promover uma rápida adaptação.
É preciso ter uma plataforma confiável, um alinhamento pedagógico claro, equipe preparada
para um novo jeito de ensinar e garantir que os alunos tenham acesso à internet de qualidade.
É importante reforçar que para se fixar no mercado de educação a distância, as instituições
devem oferecer ensino focado na qualidade, independentemente do método. Além disso, é
31

interessante transformar positivamente a experiência no ambiente virtual, com o objectivo de


reter cada vez mais estudantes.
As instituições educacionais precisam ter um preparo logístico (provisão dos equipamentos
necessários e em quantidade suficiente de modo a atender as demandas da instituição) e
educacional, isso significa uma drástica mudança nos padrões tradicionais de ensino.
Enquanto condutores do aprendizado, os professores e as escolas têm papel indispensável no
tocante à cultura digital, não só por criar dinamismo ao direccionar o aprendizado dos
conteúdos com também auxiliar os estudantes a se inserirem na cultura digital de forma
responsável e proveitosa (PINHO; ARAÚJO, 2019).
4.2.3. Possibilidade do uso das plataformas depois da pandemia
Foram unânimes afirmar que sim, uma fez que estes apreciam a modalidade flipped classroom
(aulas invertidas) e não antes da pandemia não era assumida na íntegra pela sua natureza
online. Agora implicitamente se usa principalmente com semanas alternadas de aulas. A
aplicação da Sala de Aula Invertida – Flipped Classroom, “provi aulas menos expositivas,
mais produtivas e participativas, capazes de engajar os alunos no conteúdo e melhor utilizar o
tempo e conhecimento do professor”. Como se sabe, a maioria dos estudantes e também dos
educadores está habituada a um tipo de ensino paternalista, em que existe uma espécie de
tutela do professor em relação ao aluno, posto que tudo é feito a partir da orientação e
condução do professor no decorrer de todo o processo de ensino-aprendizagem. A
metodologia da sala de aula invertida pode contribuir para que se ofereça uma educação mais
emancipatória, mais libertadora e democrática, uma vez que permite uma participação mais
dinâmica e efectiva por parte do aluno.

Também argumentaram que com as plataformas de ensino possibilitara a sua formação pois
poderão ministrar as aulas mesmo estando em formação no estrangeiro.

Diante dos dados levantados, percebemos que a maioria dos docentes considera boa a
experiência com recursos digitais em contexto educacional. Tal observação vai ao encontro
das ideias de Kenski (2012) e Borba e Penteado (2015), que defendem que o uso pedagógico
de plataformas digitais possibilita formas diversas de comunicação e a transformação da
prática pedagógica. Nesse viés, ocorrem novas formas de ensinar e de aprender mediante o
uso de tais meios.
32

4.3. Apresentação e análise das questões dirigidas aos estudantes


Tal como previa se foram inqueridos 17 estudantes da instituição de modo a dar
esclarecimentos sobre os desafios enfrentados no uso das plataformas digitais.
4.3.1. Ano de frequência
Perante esta questão dos 17 elementos 5 correspondentes a (29%) responderam que estavam
no 4° ano, 8 correspondentes a (47%) responderam que frequentavam o 3°ano e 4
correspondentes a (24%) responderam que frequentavam 2°ano, não tivemos nenhum
estudante do 1° ano.

Ano de frequência

0%

24% 29% 4° ano


3°ano

47% 2°ano
1° ano

Figura 2.

4.3.2. Posse de computador ou smartphone


Diante desta questão as respostas divergiam onde 9 estudantes correspondentes a (53%)
responderam que tem os dois matérias 8 correspondentes a (47%) responderam que somente
tinha smartphone.
33

Posse de computador ou smartphone

47%
tem os dois matérias
53%
tem somente
smartphone

Figura 3.

De acordo com os dados do gráfico3, constatamos que maior parte dos estudantes tem
material para o estudo online, todavia o maior obstáculo é o uso dos Softwares de ensino e
também a latência do sinal fundamentado as palavras dos docentes da UNISAVE.

4.3.3. Plataforma usada para decurso das aulas


Diante desta questão 11 correspondentes a (64%) responderam que usam o whatssap e o
Google classrom, 4 correspondentes a (24%) responderam que usavam que usavam whatssap
e os restantes 2 correspondentes a (12%) responderam que usam outras.

Plataforma usada para decurso das aulas

12%

24% whatssap e o Google


classrom
64% whatssap

Figura 4.
34

Mediante dados do gráfico 4, o maior número afirma que usam o whatssap. O aplicativo
whatsapp foi escolhido como ferramenta pedagógica pela facilidade de aquisição, pode ser
baixado em todos os celulares com sistema android, Windows phone, IOS, e também por ser
um aplicativo popular entre os jovens. Além dessa facilidade dentro do contexto pedagógico o
aplicativo permite autonomia, ou seja, permite que o aluno organize o próprio momento de
estudar, inclusive para fazer pesquisas online no horário e no local que quiser, permite a
facilidade de compreensão, e de interacção entre o seu grupo de estudo, e também devido à
flexibilidade ele permite uma aproximação maior entre o professor e o aluno.

Nesse sentido, Costa 2007, p.99 destaca que: “O educador deve aproveitar as potencialidades
do celular, como recurso pedagógico, tendo em vista que é uma realidade presente na vida de
todos os educandos”.

Segundo as Diretrizes de Políticas para aprendizagem móvel da UNESCO 2014, o uso da


tecnologia móvel como o celular, por exemplo, viabiliza o processo de aprendizagem em
qualquer hora e em qualquer lugar, isso facilita o acesso imediato da informação
possibilitando o compartilhamento do conhecimento. Além disso, essa nova possibilidade de
aprendizagem contribui para a interacção e fortalecimento das relações sociais porque o saber
compartilhado permite diferentes concepções de aprendizagem.

4.3.4. Desafios enfrentados uso das plataformas digitais


Dos 17 entrevistados as respostas foram contraditórias onde 15 correspondentes a (88%)
responderam que os desafios estavam lentidão do acesso da internet, falta de flexibilidade do
programa, falta de domínio das plataformas digitais, atraso na entrega das actividades
recomendadas pelos docentes e 2 correspondentes a (12%) responderam enumerado estas
dificuldades acima arroladas mas também acrescentaram que tinham falta de computador ou
smartphone.
35

Desafios enfrentados uso das


plataformas digitais

lentidão do acesso
da internet, falta de
flexibilidade do
programa, falta de
domínio das
plataformas digitais

Figura 5.

4.3.4. Preferência do ensino actual do uso de plataformas digitais e o convencional


(presencial)
Perante esta questão foram similares ao seleccionar a opção do ensino presencial. Justificado
que é mais eficaz devido a interacção imediata com o docente, organização da rotina
académica, possibilidade de tirar dúvidas que favorece a troca de informações e
conhecimentos em contra partida afirmaram que o estudo online principalmente no whatssap
as mensagens criam congestionamento devido o número de mensagens que entram em
simultâneo, exige maior autodisciplina, foco e dedicação do estudante, falta de interacção
directa com as pessoas, maior possibilidade de distracção, dependência do factor internet que
é lenta e cara.
36

CAPITULO V: CONCLUSÕES E SUGESTÕES


Este capítulo diz respeito a apresentação, análise e interpretação de dados colhidos através das
técnicas de colecta de dados, como observação, questionário e entrevista.

De acordo com MARCONI & LAKATOS, (2003:35), na análise e interpretação de dados o


pesquisador entra em detalhes dos dados colectados a fim de conseguir as suas indagações e
procurar estabelecer as relações necessárias entre os dados obtidos e as hipóteses formuladas.

5. Conclusão

O conteúdo do trabalho que agora termina, é resultado de leitura de várias obras disponíveis,
na sua maioria, de artigos, de inúmeras conversas e convivências com os diversos estudantes
que atravessam este período de pandemia.

O objectivo desta pesquisa foi verificar quais são os desafios enfrentados pelos estudantes no
uso das plataformas digitais de ensino.

Através do estudo do campo, constatou-se os dos principais desafios pontuadas pelos


professores, constatou-se o fato de muitos estudantes não terem acesso a tais tecnologias.
Também ficaram evidenciados os problemas de conexões e as limitações dos professores em
articular o uso dela ao processo de ensino.

Quanto aos pontos positivos, os docentes percebem oportunidades de conhecer e utilizar


variadas plataformas envolvidos nos processos educacionais, assim como adoçam delas ao
processo de ensino, oportunizando aulas diferenciadas aos estudantes. Por fim, alguns deles
indicaram que o uso de plataformas digitais no ensino não irá substituir o papel do professor
em aulas presenciais.

Consideramos que os desafios enfrentados pelos docentes e estudantes com relação ao uso das
plataformas digitais não podem ser desconsideradas e suas impressões sobre esse momento
podem repercutir em estratégias para formação docente, assim como levantar reflexões nas
universidades para possíveis mudanças. Uma possibilidade se refere à formação continuada
do professor universitário, especificamente sobre o uso das plataformas digitaisno ensino,
para que estes conhecimentos possam ser ampliados e posteriormente compartilhados com
futuros docentes. Também percebemos a urgência em se discutir estratégias relacionadas à
qualidade de conexão de internet para estudantes e professores.

Acreditamos que novos estudos a respeito da utilização das plataformas digitais em aulas
podem contribuir para que ocorram mudanças nos processos educacionais. Assim, sugerimos
37

a continuidade de estudos como os desta pesquisa, buscando compreender como os


professores estão se capacitando e aplicando novas metodologias em suas práticas
educacionais. Isto posto, podemos afirmar que no retorno das actividades presenciais, o
espaço da sala de aula precisará ser remodelado e reestruturado, buscando agregar as
tecnologias utilizadas neste tempo de pandemia às actividades quotidianas da sala de aula.

5.1. Sugestões

É importante notar que, em uma pesquisa, não existe uma resposta pronta e final, e não
existem soluções mágicas com relação aos problemas, mas sim, alternativas de respostas que,
ao andar do tempo, vão consolidando através de outros estudos com relação ao mesmo
fenómeno. Aliás, uma das características principais da área científica é a dinâmica que ela
apresenta nos últimos, onde os fenómenos mudam num piscar de olho, uns, sendo substituídos
por outros, e outros sendo formulados, e assim por diante.

Assim, é importante frisar também que este estudo é apenas uma pequena parte deste
fenómeno, sugerindo-se aos interessados em pesquisas na área educacional, um
aprofundamento não só deste tópico, como também de áreas afins, como forma de responder
os reais desafios que o sector educacional enfrenta nos dias actuais. Mais do que isso, e tendo
por base os depoimentos dos nossos entrevistados, deixamos algumas sugestões, para ambas
as partes, que a seguir se descrevem:

Gestores

 Promovam capacitações aos seus funcionários;


 Disponibilizem material electrónico aos docentes;
 Apostem em serviços de internet rápidos e eficazes para a instituição.

Docentes

 Que optem pela formação contínua em relação ao uso das plataformas digitais;
 Adoptem estratégias eficazes e motivado para o decurso das aulas em plataformas
digitais.

Estudantes

 Que invistam no material electrónico de modo a ter uma participação activa nas aulas
online;
38

 Que cumpram com as orientações das pelos docentes nas plataformas.


39

6. Referências Bibliográficas
AMARILLA FILHO P. (2011). Educação a distância: Uma abordagem metodológica e
didáctica a partir dos ambientes virtuais. Educ. Rev., Belo Horizonte v. 27, n.2maio/ago.

BELLONI M. L. (2002). Ensaio sobre a educação a distância no Brasil. Revista. Educação &
Sociedade, nº 78, abril.

BENETTI, C. R. & VASCONCELOS, M. F. (2008). “Ensino a Distância: Sujeitos na Rede:


Novas Tecnologias de Informação e Comunicação”,.

Chaves, E. R. S. (2001). Ensino à distância. Monografia (Curso de Docência do Ensino


Fundamental e Médio) – Universidade Cândido Mendes, Rio de Janeiro.

COSTA, Ivanilson. Novas Tecnologias. Desafios E Perspectivas Na Educação. 1º Ed. Clube


dos Autores 2011.

DIAS., el all.. (2015). Educação a distância e elearning no ensino superior.

Dicio, Dicionário Online de Português, definições e significados de mais de 400 mil palavras.
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LÉVY, PIERRE. (1999). Cibercultura. São Paulo: Editora 34.


SAMARTINHO, A. C. O.G. F. (2010). As tecnologias da informação e da comunicação
como facilitadoras da aprendizagem no 1º CEB: Estudo de caso utilizando a plataforma
Moodle na aprendizagem matemática (Dissertação de mestrado, Instituto Politécnico de
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Santos, Edméa, Teresa (2019): Pesquisa Formação na Cibercultura, EDUFPI, 1° ed..

SILVA, C. R. De O. (2004), Metodologia e Organização do projecto de pesquisa: Guia


Prático, Ceará,Centro Federal de Educação Tecnológica, s/ed.,.
SILVA, J. (2004). E-Learning: O Estado da Arte, disponível em
http://nautilus.fis.uc.pt/el/Livro_eL.pdf consultado em 11/09/2013.

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aprendizagem: desafios enfrentados pelo professor na sala de aula. Revista Em Debate
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VERÍSSIMO,L.C.C.A. A visão dos alunos sobre o processo de ensino-aprendizagem à


distância – Instituto de Ensino Superior COC (Pesquisa de Avaliação) Setor educacional 2.3.2
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VERGARA, S. C. (2007) Estreitando relacionamentos na educação à distância. Cadernos


EBAPE.BR v.V. ed.especial, p. 1-8 jan..

TRINDADE, SARA DIAS, MOREIRA, J. ANTÓNIO, FERREIRA, ANTÓNIO GOMES.


(2020). (Coordenação) Pedagogias Digitais no Ensino Superior, Coimbra.
Anexos
Anexo 1.
Entrevista dirigida a direcção da UNISAVE-GAZA

O presente Guião de Entrevista destina-se a direccao da UNISAVE-GAZA e insere-se âmbito


de uma na dissertação de Monografia em Licenciatura em Ciencias de Educacao com tema
Desafios do uso das Plataformas Digitas como Meio de Ensino em Tempos de Pandemia
da COVID 19. Asseguramos a absoluta confidencialidade dos dados obtidos, os quais
servirão, exclusivamente, para fins académicos. A sua opinião é de extrema importância, pelo
que lhe pedimos que responda a todas as questões com o máximo de sinceridade. Sem mais
assunto do momento,

Obrigada pela sua colaboração e pelo tempo dispensado.

Questões dirigida a direcção


1. Quantos cursos são leccionados nesta instituição no período
laboral?_______________________________________________________________
_____________________________________________________________________
__
2. Quantos estudantes têm do 1° a 4°
ano?_________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3. Quantos docentes têm a
instituição?_________________________________________
4. Tendo em conta nova realidade os docentes tiveram alguma capacitação para leccionar
usando plataformas
digitais?______________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
__________________________________________
5. Sendo gestor do curso quais os desafios enfrentados na gestão do ensino usado
plataformas
digitais?______________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
__________
Anexo 2.

Entrevista dirigida a direcção da UNISAVE-GAZA

O presente Guião de Entrevista destina-se a docentes da UNISAVE-GAZA e insere-se


âmbito de uma na dissertação de Monografia em Licenciatura em Ciencias de Educacao com
tema Desafios do uso das Plataformas Digitas como Meio de Ensino em Tempos de
Pandemia da COVID 19. Asseguramos a absoluta confidencialidade dos dados obtidos, os
quais servirão, exclusivamente, para fins académicos. A sua opinião é de extrema
importância, pelo que lhe pedimos que responda a todas as questões com o máximo de
sinceridade. Sem mais assunto do momento,

Obrigada pela sua colaboração e pelo tempo dispensado.

Questões dirigida a docentes

1. Quais são plataformas digitais que têm usado para leccionar neste tempo de
pandemia?____________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
____________
2. Quais os desafios têm enfrentados no ensino usando plataformas
digitais?______________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_________
3. O que tem feito para superar estes
desafios?______________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
__________
4. Depois que a pandemia normalizar, continuará a aderir o uso das plataformas
digitais?______________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________
Anexo3.
Questionário dirigido aos estudantes da UNISAVE-GAZA
O presente Questionário destina-se a estudantes da UNISAVE-GAZA e insere-se âmbito de
uma na dissertação de Monografia em Licenciatura em Ciências de Educação com tema
Desafios do uso das Plataformas Digitas como Meio de Ensino em Tempos de Pandemia
da COVID 19. Asseguramos a absoluta confidencialidade dos dados obtidos, os quais
servirão, exclusivamente, para fins académicos. A sua opinião é de extrema importância, pelo
que lhe pedimos que responda a todas as questões com o máximo de sinceridade. Sem mais
assunto do momento,
1. Obrigada pela sua colaboração e pelo tempo dispensado.


Qual é o teu ano de frequência? 3°

2.

Possui um computador ou Sim


smartphone? Não
Nenhum dos dois
Tenho os dois

3.

Antes de entrar no ensino superior, já tinha frequentado Sim


algum curso básico de informática na óptica do
utilizador? Não

4.

Qual é a plataforma que usam para o Whatssap


decurso das aulas? Google classrom
Googlee meet
Outras

5.

Falta de computador ou
Quais são os desafios que têm enfrentado nesta smartphone
nova realidade do uso das plataformas digitais? Lentidão do acesso da
internet
Falta de flexibilidade do
programa
Falta de domínio das
plataformas digitais
Atraso na entrega das
actividades recomendadas
pelos docentes
Outro

6.

Numa avaliação comparativa do ensino actual do uso de Ensino actual (uso


plataformas digitais e o convencional (presencial). Qual de plataformas
preferes? digitais)
Convencional
(presencial)

7. Porquê de preferência neste tipo de


ensino?_______________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
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_________________

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