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AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS

Observação do professor: Nota:

Nome: _________________________________________________________________________________

Ano: ________________ Data: _________________

Objetivos de aprendizagem:
• Conhecer o gênero texto dramático e identificar suas características principais.
• Conhecer o gênero conto de artimanha e identificar suas características principais.
• Conhecer o gênero propaganda e identificar suas características principais.
• Produzir um texto instrucional, observando as características do gênero.
• Compreender os conceitos de fonema e letra e saber diferenciá-los.
• Identificar os encontros vocálicos mais comuns da língua portuguesa.
• Compreender e aplicar as regras de divisão silábica em encontros vocálicos.
• Identificar os encontros consonantais mais comuns da língua portuguesa.
• Compreender e aplicar as regras de divisão silábica em encontros consonantais: CT, DJ, GN, PC, PÇ, PN, PT, TM.
• Identificar os dígrafos mais comuns da língua portuguesa.
• Compreender e aplicar as regras de divisão silábica em dígrafos.
• Apresentar uma posição sobre um assunto que divide opiniões e sustentá-la com argumentos coerentes.

• Leia o trecho do texto teatral a seguir para responder às questões 1 a 3.


Imperador – Então, Biliri, como você tem coragem de apresentar-se a mim com um vaso vazio? Não se
sente envergonhado diante do sucesso de todos os outros?
Biliri – (Chorando) Eu plantei a semente que o senhor me deu. Coloquei-a em terra úmida e com pouca
luz. Cuidei dela todos os dias, desde o amanhecer até a noite, quando todos dormiam. Mas ela não brotou.
Conversei com ela como faço com todas as minhas plantas, mas ela nada me respondia, majestade, parecia
surda.
Imperador – Surda? (Surpreso) Que coisa mais inesperada... Quer dizer que você “conversa” com as
plantas?
Biliri – (Envergonhado) Eu sei... deve ser bobagem de criança. Já me falaram isso mil vezes, talvez seja
mesmo bobagem, mas... eu gosto tanto de falar com as plantas... e eu sinto que elas falam comigo. O senhor tem
um jardim, não tem? O senhor já deve ter sentido isso alguma vez, não sentiu, imperador?
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Imperador – (Severo) Prossiga, menino. Por que não adubou a terra?
Biliri – Eu adubei, sim, com esterco bem curado da estrebaria do sr. Pô. Coloquei a semente em um
vaso maior, com mais terra e depois em um menor e muito mais bonito. Veja!
Imperador – Mais bonito? Flores não têm olhos...
Biliri – Eu só queria que ela ficasse feliz. As plantas são sensíveis; o senhor sabe, não gostam de ser
maltratadas... mas mesmo assim, ela não brotou.
Imperador – Colocou água o suficiente?
Biliri – Majestade, eu cuidei dela o ano inteiro. Dormia abraçado com ela. Regava bem cedinho, quando
o sol nascia, e à tardezinha, quando o sol se punha, mas mesmo assim, apesar de todo o meu esforço, ela não
floresceu.
[...]
Imperador – A ignorância nos faz ver coisas que não existem. E beleza onde não há. Todas essas flores,
todas essas crianças e os pais que as ajudaram, tudo isso é uma miragem da beleza imensa que poderia ser,
mas que não foi.
Ricardo Karman. Kompanhia do Centro da Terra.

1. As peças de teatro são escritas para serem encenadas.


a) Como são chamadas as partes do texto teatral que dão indicações para a interpretação dos atores, para os
sons, as luzes, as roupas, os objetos da cena, entre outros elementos?
( ) Falas ( ) Rubricas ( ) Prólogos ( ) Cenas
b) Preencha o esquema a seguir com os nomes dos espaços indicados.
ALBERTO DE STEFANO

c) Você já foi ao teatro para assistir a um espetáculo? Cada espaço de um teatro é usado de uma maneira
diferente durante a apresentação de uma peça. Explique qual é a função principal de cada espaço que
você nomeou na figura acima.

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2. No trecho que você leu, Biliri afirma que conversa com as plantas e que sente que elas o ouvem.
Podemos dizer que o menino acredita que as plantas são sencientes.

a) Procure no texto outras palavras e expressões que estão relacionadas com essa ideia e copie-as abaixo.

b) Sem consultar o dicionário, explique o significado de senciente, mesmo que você nunca tenha ouvido essa
palavra.

c) O imperador parece não acreditar que as plantas sejam sencientes, mas Biliri afirma que são. Qual é sua
opinião? Explique sua resposta.

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3. Procure no texto pelo menos cinco palavras para cada um dos fonemas pedidos e copie-as no quadro a
seguir. Depois, circule as letras que representam o som pedido. Veja os exemplos.
Palavras com fonema S Palavras com fonema Z

conversei
esforço

4. Podemos dizer que os fonemas e as letras sempre coincidem? Explique com base nos exemplos do
exercício anterior.

• Leia o conto de artimanha abaixo para responder às questões 5 a 7.


O causo da sopa de pedras
Pedro Malasartes era um homem que vivia pelos campos de antigamente. Ele Glossário
havia saído de sua terra já enganado pelos dois irmãos, viajou de Ouro Fino para • Causo: história
Bueno Brandão em busca de um tio que morava nesta cidade. • Abastada: rica
Ele vai rodando com seu cavalo e passa por muitas terras, até que chega um • Matuto: habitante
certo momento em que já estava com a barriga roncando de fome. Ele vê então uma do campo
casa bem alta que parecia de gente muito bem abastada.
Então, ele avista um matuto na beira da porteira e pergunta:
― Ô, compadre, boa tarde! Você poderia me dizer se essa família que mora aí é gente boa para me dar um
prato de comida?

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― Ê, seu moço, essa gente não é legal não, esse pessoal que mora lá é muito pão-duro, é melhor nem ir
porque você não vai conseguir comida nenhuma.
― Mas não custa tentar, eu vou até lá, até mais e obrigado. ― diz Malasartes confiante.
Pedro Malasartes, sem descer do cavalo, abre a porteira, pega uma pedrinha do tamanho de uma bolinha de
gude, chega ao terreno da família e bate palma.
Uma senhora com cara de brava coloca a cabeça para fora da janela e pergunta:
― O que é? ― diz a mulher.
― Eu estou rodando esse mundo a fora e gostaria de saber se a senhora tem um arrozinho com feijão e um
cafezinho coado com açúcar.
― Comida eu não tenho e café eu não dou. E meu marido está lá no pasto apartando gado com meu filho. E é
bom você ir embora porque ele não gosta que venha gente aqui.
― Entendi. Então, a senhora pode colocar um pouco de água nesta panela? ― disse Malasartes apontando
para uma panela que viu próxima a janela.
― Mas por que que você precisa desta panela? ― respondeu a mulher desconfiada.
― Eu vou fazer uma sopa de pedra muito especial ― respondeu Malasartes.
― Mas moço, eu nunca ouvi falar nessa sopa de pedra, como é isso?
A mulher, que era avarenta e viu que ele faria uma sopa barata, já foi • Avarenta: “pão-duro”
esticando a prosa interessada. Deu a panela a ele e ficou observando. • Prosa: conversa
― Ah, mas a senhora não esquece que essa não é uma pedra assim qualquer
não, ela é uma pedra das muito especiais, ela é lá da Pirandóla Branca, e quando a água ferve, ela transfere um
monte de cheiros e fica uma delícia.
A mulher ficou observando.
― Olha, preciso te pedir uma coisa, para que a sopa fique um pouco melhor, a senhora pode adicionar um
pouco de sal aqui, por favor? Na verdade, não vai na receita, mas vai ficar muito melhor.
A senhora foi logo pegando o que Pedro pediu.
― A senhora tem um pedaço de linguiça?
― Sim, vou pegar. ― respondeu a senhora, animada.
― De cebola? ― perguntou mais uma vez.
E então Pedro Malasartes foi pedindo todos os ingredientes que queria: tomate, couve, batata, cheiro-
verde, feijão... E a mulher pegava tudo aquilo que ele pedia. A sopa foi fervendo e depois de pronto foi liberando
todo aquele cheiro que o Pedro bem sabia como era.
Depois de pronta a sopa, os dois bateram dois pratos cada um.
Pedro Malasartes já logo de saída diz a ela:
― Obrigado pela sopa, senhora.
― Mas moço, quando posso fazer uma sopa como a sua para o meu marido e meu filho?
― Ah, a senhora pode fazer sempre que quiser, mas não esqueça que precisa tirar a pedrinha antes da sopa
ficar pronta.

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E Malasartes se mandou rapidinho, antes que a velha descobrisse a verdade. Estava feliz da vida por ter
enganado a senhora avarenta que bem merecia uma lição.
José Laércio Zamuner. O causo da sopa de pedras. Categorias literárias: série A estética da manifestação oral,
Universidade de São Paulo. Disponível em: http://sieduc.digital/bwaNg.
Acesso em: nov. 2020. (Transcrito e adaptado para fins didáticos.)

5. Malasartes estava com fome, mas sabia que a velha não lhe daria comida se ele pedisse. Como foi que
ele conseguiu o que queria? Explique sua resposta com detalhes e informações da história.

6. Em um conto de artimanha, existem dois tipos de personagens: o antagonista e o protagonista. Quem


são o protagonista e o antagonista desta história? Explique sua resposta.

7. Imagine que alguém pediu a você para ensinar a receita da sopa de pedras. Volte ao texto e escreva as
instruções para fazer a receita que Pedro Malasartes criou. Use o modelo abaixo para organizar seu texto.
Sopa de pedra do Pedro Malasartes
Ingredientes Modo de preparo

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8. Leia as palavras abaixo e faça o que se pede.
a) Pinte somente as palavras que têm encontros vocálicos.

enxaguei pavio Raul

espacial porteira personagens

gentil salgado confiante

Malasartes água feijão

poema oculto presente

b) Reescreva no quadro abaixo as palavras que você pintou, separando as sílabas.


Ditongo Tritongo Hiato

9. Leia com atenção as palavras a seguir e separe as sílabas. Depois, marque com D as que apresentam
dígrafos e com E as que têm encontros consonantais.
Encontro
D Dígrafo E
consonantal

a) ( ) pneu b) ( ) queixo c) ( ) hospital d) ( ) barulho

e) ( ) racismo f) ( ) chave g) ( ) junho h) ( ) árvore

i) ( ) coelho j) ( ) tigresa k) ( ) transmitir l) ( ) girassol

m) ( ) zebra n) ( ) órgão o) ( ) renascer p) ( ) livreiro

q) ( ) intacto r) ( ) figueira s) ( ) pterodáctilo t) ( ) amarrar

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10. Observe as imagens a seguir.
Imagem 1 Imagem 2

ACERVO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE/GOVERNO FEDERAL

KYCSTUDIO/DIGITALVISION VECTORS/GETTY IMAGES


Cartaz de campanha contra racismo no sistema Cartaz muito comum em hospitais do mundo todo,
Único de Saúde (SUS), que circulou em 2014. com retrato de enfermeira fazendo sinal de silêncio.
(Criado para fins didáticos.)
a) Você já viu cartazes como o da imagem 2 em hospitais, postos de saúde ou outros lugares? Por que é
preciso pedir para fazer silêncio em certos locais?

b) Compare os dois cartazes e explique o que eles têm em comum.

c) O cartaz da imagem 1 faz parte de uma campanha publicitária do Ministério da Saúde brasileiro que
circulou em 2014. A quem essa propaganda foi dirigida?

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