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BANCO DE QUESTÕES – PORTUGUÊS 5.

O ANO

Domínio: Educação Literária


Conteúdo: Guiões de leitura das obras de leitura obrigatória

O príncipe nabo, de Ilse Losa

1. O príncipe nabo é um texto dramático. Refere as características deste tipo de texto.

2. Apresenta a estrutura externa da peça.

3. Identifica as personagens que intervêm no primeiro ato.

4. Menciona o espaço onde decorre a ação.

5. Refere a preocupação do Rei que está na origem do desenrolar de toda a ação da peça.

6. Utilizando expressões textuais para comprovares as tuas afirmações, d escreve a


princesa Beatriz.
6.1. Explica a reação dos príncipes que visitaram o castelo, tendo em conta as
características da princesa que mencionaste anteriormente.

7. Na passagem do primeiro para o segundo ato há uma alteração de cenário .


7.1 Onde decorrre a ação do segundo ato?
7.2 Qual foi o acontecimento que esteve na origem desta mudança de cenário ?

8. Enumera as personagens que intervêm neste ato, referindo as entradas e saídas de


personagens em relação ao ato anterior.

9. Na passagem para o terceiro ato, o cenário volta a alterar -se.


9.1 Refere o local onde decorre a ação deste ato.
9.2 Que acontecimento motivou esta nova mudança de cenário?

10. Qual é o papel do Bobo nesta peça?


10.1 Repara no seguinte excerto da última fala do Bobo:
«Esta história acabou,
Sem dúvida que vos agradou.
Espero que penseis nela,
Na donzela rica e bela
Que, de tamanho desdém,
Ia ficando sem ninguém.
Mas a vida que amargou
De maior desgraça a salvou.»
Explica, por palavras tuas, este excerto da fala do Bobo.

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11. Consideras que esta peça tem um final feliz? Justifica.

12. Escreve uma frase ou expressão que concentre a moralidade desta peça de teatro.

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O Rapaz de Bronze, de Sophia de Mello Breyner Andresen

1. Os gladíolos tinham uma atitude diferente em relação às tulipas e à flor do muguet.


Justifica esta afirmação.
1.1 Comenta esta atitude dos gladíolos.

2. Identifica o que marca a diferença entre o Gladíolo e o Rapaz de B ronze.


2.1 Explica, por palavras tuas, o seguinte excerto do texto:
«– Ai Gladíolo – disse o Rapaz de Bronze –, pareces a Dona da Casa. Ela não sabe
passear no jardim, nem repara na brisa da tarde, nem olha para as estrelas da
noite. Só quer festas com muitas pessoas e muito barulho. Quando está sozinha,
murcha!»

3. Relaciona o excerto anterior com as seguintes frases.


a. Muitas vezes, não aproveitamos as coisas simples, mas maravilhosas da vida.
b. Em muitas situações, encontramo-nos sozinhos no meio de uma multidão.

4. Apresenta as diferentes posições das flores sobre o modo como vai decorrer a festa
(convidados, local, orquestra e ornamentação).
4.1 A que conclusões chegaram?

5. Lê o seguinte diálogo entre algumas flores e o Rapaz de Bronze:


«– Todas as flores são bonitas – disse o Rapaz de Bronze.
– Mas há algumas flores que não são bem flores – disse o Gladíolo.
– Todas as flores são flores – respondeu o Rapaz de Bronze, muito zangado.
– Ah? O Tojo e a Urze também são flores? – perguntou a Begónia.
– O Tojo e a Urze – disse o Rapaz de Bronze – são flores maravilhosas, porque todas as
flores são maravilhosas. Mas um Tojo e um Nardo são diferentes, e é por isso que o mundo
é tão bonito.»
5.1 Qual foi o motivo desta discussão?
5.2 Explica o modo como o conteúdo da discussão pode ser aplicado às relações entre as
pessoas.

6. Classifica o narrador da história, recorrendo a exemplos textuais para comprovares


as tuas afirmações.

7. Por que motivo maior parte da ação decorre durante a noite?

8. Identifica o local onde decorre a ação.

9. Caracteriza os gladíolos, os buxo, as camélias, as tulipas e a flor do muguet.

10. Refere as personagens principais que intervêm no conto.

11. Caracteriza física e psicologiamente o Rapaz de Bronze e Florinda.

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O pássaro da cabeça – e mais versos para crianças,
de Manuel António Pina

«A Ana quer»
1. Neste poema é expresso um desejo da Ana.
1.1 De que desejo se trata?
1.2 Justifica esse desejo da Ana, utilizando expressões textuais para comprovares as
tuas afirmações.
2. Explica, por palavras tuas, o sentido do vocábulo «desnascer».

«Era uma vez»


3. Compara a leitura da Ana com a leitura da Sara.
3.1 Indica o que motiva cada um dos dois tipos de leitura.

«A sopa de letras»
4. Inicialmente, o menino referido no poema não gostava de sopa de letras . Justifica.
4.1 Essa situação, contudo, alterou-se. O que originou essa alteração?
5. Explica a utilização da palavra «sabor» na expressão «mas ele queria lá sabor!»,
relacionando-a com o conteúdo do poema.

«Coisas que não há que há»


6. Menciona o que entristece o poeta.
7. Enumera as «coisas bonitas que não há» referidas no texto.

«A cabeça no ar»
8. Explica o título do poema, relacionando-o com o seu conteúdo.
9. O que significa a expressão «estar em qualquer sítio só a estar»?

«Basta imaginar»
10. A mensagem deste poema reforça o poder da imaginação . Explica porquê.
10.1 Transcreve um verso que comprove esta afirmação.

«O pássaro da cabeça»
11. Neste texto, o recurso expressivo predominante é a personificação. Transcreve um
verso que comprove esta afirmação.
12. Qual é a função do pássaro da cabeça?

«O aviador interior»
13. Explica, por palavras tuas, os seguintes versos:
«Quando a cabeça se move
e o resto do corpo não?»

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14. Procura no texto uma comparação, destacando o seu valor expressivo.

«Não desfazendo»
15. Explica, por palavras tuas, os dois primeiros versos do poema.
16. Identifica a fase da vida em que se encontra o poeta, justificando a tua resposta com
expressões textuais.

«A canção dos adultos»


17. Expõe a forma como o poeta encara o crescimento humano.
18. Apresenta o modo como vê os adultos.

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A viúva e o papagaio, de Virginia Wolf

1. A senhora Gage recebeu uma carta informando-a acerca da morte do seu irmão
Joseph e da herança que este lhe deixava. Como reagiu à notícia?

2. À chegada à casa que o irmão lhe deixara, em Rodmell, a viúva conhece o papagaio
James.
2.1 Que tipo de frases dizia o papagaio?
2.2 Que compromisso assume a senhora Gage para com o pássaro?

3. A herança do irmão da senhora Gage não era aquilo que inicialmente parecia. Como
reagiu a viúva?

4. Na noite do incêndio em casa da senhora Ford, a viúva não conseguia dormir e


pensava no papagaio.
4.1 Quem a surpreendeu à janela?
4.2 O que decidiu a senhora Gage fazer?
4.3 O que te parece que essa atitude da viúva revela acerca dela?

5. Afinal, a aparente desgraça do incêndio constituía uma grande e agradável descoberta


para a senhora Gage.
5.1 O que é que a viúva veio a descobrir sob a casa?

6. Depois da morte da senhora Gage, o narrador relata alguns acontecimentos


estranhos.
6.1 O que aconteceu ao papagaio James?
6.2 O que se passava nas ruínas da casa da senhora Gage?

7. Após o conto, o livro apresenta ainda o epílogo.


7.1 O que explica esse texto?

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A vida mágica da Sementinha, de Alves Redol

1. A Sementinha, temendo ser comida pelo Rouxinol, arranjou razões para o convencer
a não a comer e conseguiu.
1.1 Como caracterizas a Sementinha, tendo em conta a sua atitude?

2. O Rouxinol, inicialmente preocupado e dedicado à Sementinha, acaba por se


apaixonar por ela.
2.1 De que modo demonstra os seus sentimentos pela Sementinha?
2.2 O que poderá representar este amor do Rouxinol por um ser diferente de si?

3. A Sementinha inicia uma nova viagem, desta vez no bico do Pardal.


3.1 Como terminou essa aventura? O que lhe aconteceu?

4. A Sementinha foi sofrendo sucessivas transformações.


4.1 Regista as nove fases pelas quais foi passando.
4.2 Quem a fez crer que podia vir a ser uma flor?
4.3 Por que razão intervieram as raízes?
4.4 Que grande lição transmitem as raízes?

5. É uma Cegonha que mostra à Sementinha que o seu nome já não fazia sentido.
5.1 Que nome passa a chamar-lhe?
5.2 Por que motivo deixa a Sementinha de o ser?

6. As sementinhas recebem importantes ensinamentos, para que possam resistir às


duras provas a que serão sujeitas.
6.1 Por que razão esse momento se assemelha a uma aula ou a um curso?
6.2 Qual das sementinhas se destaca perante as demais? Porquê?

7. A Asa de Corvo tem uma vida semelhante à da sua mãe, a Sementinha.


7.1 Como foi o casamento da Asa de Corvo?
7.2 Que tipo de casamento foi esse?
7.3 Que resultado teve?

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A fada Oriana, de Sophia de Mello Breyner Andresen

1. No início da história, o narrador detalha as ações das fadas boas e das fadas más.
Seleciona, de entre as expressões do texto, as que correspondem às ações das fadas boas.
a. «fazem coisas boas»
b. «fazem coisas más»
c. «regam as flores com orvalho»
d. «acendem o lume dos velhos»
e. «fazem secar as fontes»
f. «seguram pelo bibe as crianças que vão cair ao rio»
g. «desencantam os jardins»
h. «atormentam os animais»
i. «inventam sonhos»
j. «apagam as fogueiras dos pastores»
k. «dançam no ar»
l. «roubam o dinheiro aos pobres»
m. «rasgam a roupa que está ao sol a secar»
n. «põem moedas de oiro dentro dos sapatos dos pobres»
o. «encantam os jardins»
p. «arreliam as crianças»

2. Oriana prometeu à Rainha das Fadas que tomaria conta da floresta. A quem prestava
auxílio a fada Oriana?

3. Que objeto mudou Oriana de sítio em casa do Homem Muito Rico?


3.1 Como reagiu o Homem Muito Rico quando viu que o objeto tinha sido mudado de
lugar?

4. Depois de ter resolvido os problemas em casa do Homem Muito Rico, Oriana regressou
à floresta e dirigiu-se ao rio. Quem conheceu?

5. Encantada com a sua beleza, Oriana foi alimentando a sua vaidade, que crescia à medida
que a sua relação com o peixe se estreitava.
5.1 Para tomar conta de si, o que desleixou Oriana?
5.2 De que forma castigou a Rainha das Fadas a fada Oriana?

6. Para reparar os erros que cometera, a fada Oriana percebeu que teria de encontrar o
filho desaparecido do moleiro.
6.1 Como tencionava a fada recuperar a confiança dos animais da floresta, de cuja ajuda
precisava?
6.2 Concordas com a atitude do peixe, perante o convite da fada Oriana? Porquê?

7. Oriana foi surpreendida pela Rainha das Fadas Más.


7.1 Qual foi a proposta que ela apresentou à fada Oriana?
7.2 Por que razão recusou a fada Oriana a proposta da Rainha das Fadas Más?

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SOLUÇÕES

O príncipe nabo, de Ilse Losa

1. O texto dramático apresenta uma estrutura própria, porque é, normalmente, escrito para ser
representado e transformado num espetáculo teatral. Assim, apresenta as falas das personagens (texto
que é proferido pelos atores que assumem o papel de personagens numa representação teatral) e as
didascálias ou indicações cénicas (que fornecem informações sobre as personagens, o espaço, o tempo,
entre outros aspetos, e surgem graficamente apresentadas em itálico e/ou entre parênteses).
2. A peça divide-se em três atos.
3. Aurora, Carolina, Lucas, Cozinheiro, Marechal da Corte, Mademoiselle, Rei, Princesa, príncipe Ali -Gato,
príncipe Partuk de Bonaco e príncipe Austero da Mailândia, músico, damas de honor.
4. A ação decorre no Castelo da Abundância.
5. O Rei está preocupado porque a princesa, sua filha, é exageradamente vaidosa e arrogante. Como não
escolhe marido, o Rei resolveu oferecê-la ao primeiro homem que entrasse no castelo. Uma vez que se
tratou de um músico, a Princesa acabou por casar com ele.
6. A princesa Beatriz é «jovem, afortunada e bela», mas também vaidosa, arrogante, trocista, altiva,
inconveniente e presunçosa («A princesa atira o embrulho com indiferença ostensiva para
Mademoiselle.»; «Lamento que a minha filha tenha sido tão inconveniente.»; «… estou farto das tuas
zombarias e da tua vaidade…»; «Era, porém, um poço de arrogância.»; «Toda ela esplendor e
travessura,/ Desprezava, trocista e vaidosa,/ Os príncipes que vinham em sua procura.»).
6.1 Como a princesa era vaidosa, arrogante, trocista, altiva, inconveniente, presunçosa e desprezava os
príncipes, eles retiravam-se do castelo, ofendidos e desanimados.
7.1 A ação do ato II decorre em casa do músico António.
7.2 O que esteve na origem desta mudança de cenário foi o facto de o Rei ter dado a sua filha como esposa
ao músico.
8. Princesa, António, rapariga, rapaz, Bobo. Relativamente ao primeiro ato, entram a rapariga, o rapaz e o
Bobo e saem Aurora, Carolina, Lucas, Cozinheiro, Marechal da Corte, Mademoiselle, Rei, príncipe Ali-
Gato, príncipe Partuk de Bonaco e príncipe Austero da Mailândia, damas de honor. A princesa e o músico
mantêm-se nos dois atos.
9.1 A ação do ato III decorre «no castelo do príncipe Austero da Mailândia».
9.2 O cenário mudou, porque a Princesa vai para o castelo do príncipe Austero da Mailândia para trabalhar
como ajudante de cozinha nos preparativos do seu casamento.
10. O papel do Bobo nesta peça é comentar as ações das personagens e animar a representação oferecendo -
lhe um caráter mais cómico.
10.1 Com as falas do Bobo, o leitor/espetador pode mais facilmente retirar conclusões (consegue perceber
melhor o que está certo e o que está errado para, posteriormente, poder aplicar estes ensinamentos à
sua vida pessoal).
11. A peça acaba por ter um final feliz, porque a princesa acaba por casar com o príncipe Nabo (verdadei ra
identidade do músico António).
12. Resposta pessoal. SUGESTÃO: Na vida, aprende-se com os erros.

O Rapaz de Bronze, de Sophia de Mello Breyner Andresen

1. Os gladíolos «amavam realmente» as tulipas, tendo por elas uma «admiração sem limites». Em relação
às tulipas, «chegavam a ser subservientes e punham de parte a sua vaidade». Gostariam de ser tulipas,
«porque as tulipas são caras, raras e muito bem vestidas». Além disto, «as suas cores são ricas e
sumptuosas» e têm uma linhagem importante. Pelo contrário, os gladíolos detestavam a flor do muguet,
porque consideram que esta flor «finge que se quer esconder, finge que é simples e humilde, finge que
não quer que a vejam, mas depois transforma-se em perfume e espalha-se no jardim todo».
1.1 Resposta pessoal. SUGESTÃO: Com esta atitude, os gladíolos mostram-se agarrados aos aspetos
materiais e visíveis, como sucede com muitas pessoas na nossa sociedade. Como as tulipas são mais
vistosas e descendem de uma «linhagem» mais importante, merecem a apreciação do Gladíolo. Ao invés,
a flor do muguet, mesmo possuindo qualidades, como o seu maravilhoso perfume, não é tão visível, por
ser rasteira. Logo, não tem a apreciação positiva do Gladíolo. Esta atitude do Gladíolo representa as

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pessoas que apenas valorizam os aspetos materiais e o estatuto social em detrimento das qualidades
pessoais que não são imediatamente visíveis, por serem interiores.
2. O Gladíolo é mundano e quer ser como os homens. Pelo contrário, o Rapaz de Bronze não precisa de
festas para ficar feliz, pois basta-lhe o que a Natureza lhe oferece, como o orvalho, o sol, a brisa da
tarde ou a sombra da noite.
2.1 Este excerto mostra as semelhanças existentes entre o Gladíolo e os homens, que não conseguem
apreciar as coisas boas que a Natureza oferece e apenas ficam felizes no meio de muitas pessoas e de
muito barulho.
3. a. O excerto mostra que, muitas vezes, canalizamos a nossa preocupação para aspetos fúteis da vida e
esquecemos coisas maravilhosas e que estão ao nosso alcance, como certos fenómenos naturais.
b. As pessoas mundanas apenas estão felizes no meio de muita gente, no entanto, acabam por não
estabelecer verdadeiras relações humanas nem conseguir estar bem consigo próprias.
4. Relativamente aos convidados, o Gladíolo queria convidar quarenta famílias (espécies) de flores e a
Tulipa trinta e seis famílias. O Cravo, o Rapaz de Bronze e a Rosa consideravam que deviam ser
convidadas todas as flores. Quanto ao local, o Cravo propôs o jardim do Rapaz de Bronze, a Orquídea a
estufa, a Rosa o roseiral, o Gladíolo o ténis e o Cravo a Clareira dos Plátanos. No que toca à orquestra, a
Begónia sugeriu que fosse constituída por rãs, a Rosa rouxinóis, o Cravo melros, moscardos e sapos-
tambores e o Gladíolo sugeriu que cantassem todos. Em relação à ornamentação, a Tulipa sugeriu que
se colocassem flores na jarra e o Rapaz de Bronze uma pessoa. O Gladíolo queria que essa pessoa fos se
a Dona da Casa, a Begónia o dono e a Orquídea a filha da dona. O Rapaz de Bronze sugeriu que fosse a
filha do jardineiro (Florinda).
4.1 Todas as flores são convidadas para a festa. Esta é realizada na Clareira dos Plátanos. Todos (rãs, cucos,
pica-paus, rouxinóis, melros, moscardos, sapos-tambores) cantam na orquestra. Florinda foi a pessoa
escolhida para enfeitar a jarra.
5.1 O motivo da discussão é a consideração (ou não) de todas as flores como bonitas e como flores. O Rapaz
de Bronze considera que todas as flores são bonitas e são flores. O Gladíolo, pelo contrário, pensa que
há algumas «que não são bem flores». A Begónia também tem dúvidas se o Tojo e a Urze são realmente
flores.
5.2 Resposta pessoal. SUGESTÃO: Esta discussão pode ser aplicada às relações entre as pessoas, porque,
também entre as pessoas, há aqueles que consideram que os seres humanos não são todos iguais e que
há alguns que são mais importantes do que outros.
6. O narrador é ausente. Exemplos textuais: «Era uma vez um jardim maravilhoso»; «Os gladíolos são flores
muito mundanas.»; «Os buxos riam baixinho e faziam troça.».
7. A maior parte da ação decorre durante a noite, por ser uma altura em que os homens se encontram a
dormir, o que possibilita a vivência da magia e da fantasia. Durante o dia, a Dona da Casa e o jardinei ro
mandam no jardim e as flores estão presas à terra e não se mexem. À noite, é o Rapaz de Bronze que
manda no jardim. Assim, as flores ficam libertas e ganham outra vida.
8. A ação decorre num «jardim maravilhoso».
9. Os gladíolos são muito mundanos, vaidosos, presumidos, pretensiosos, invejosos e apreciadores de bens
materiais. Os buxos têm uma voz suave, são verdes e nada invejosos. As camélias, flor sem perfume, são
sonhadoras e pouco mundanas. As tulipas são flores caras e de linhagem (descendem das tulipas
holandesas de um príncipe). São elegantes e possuem cores ricas. A flor do muguet é pequenina, mas
com um perfume tão forte que se espalha por todo o jardim.
10. O Gladíolo, o Rapaz de Bronze e Florinda.
11. O Rapaz de Bronze era uma estátua (que apenas ganhava vida durante a noite) linda e alta. Era
responsável, refletido, amigo, íntegro, justo e conciliador. Florinda era uma menina «parecida com todas
as flores». Tinha cabelos loiros, «olhos azuis», «mãos brancas e finas», «pele fresca e macia» e «boca
vermelha». «A Florinda tinha sete anos e era filha do jardineiro», além de ser adorada por todas as
plantas. Era simpática, encantadora, agradável, afável, alegre, divertida e sonhadora.

O pássaro da cabeça – e mais versos para crianças, de Manuel António Pina

«A Ana quer»
1.1 O desejo da Ana é «nunca ter saído/ da barriga da mãe».
1.2 A Ana tem este desejo, porque considera divertido estar dentro da barriga da mãe («na barri ga
também/ era divertido») e porque gostava de ver a mãe por dentro («ver como a mãe é/ do lado que
não se vê»).
2. O vocábulo «desnascer» significa voltar para dentro da barriga da mãe (depois de já ter nascido).

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«Era uma vez»
3. «A Ana lê muito devagar», enquanto «a Sara acaba e começa outra vez».
3.1 «A Ana lê muito devagar», ou seja, faz uma leitura soletrada, sem apreciar verdadeiramente o
significado das palavras e aquilo que elas representam. «A Sara acaba e começa outra vez», porque
entra e aproveita o mundo das histórias que a leitura lhe oferece.

«A sopa de letras»
4. Inicialmente, o menino referido no poema não gostava de sopa de letras, porque não era capaz de
apreciar a beleza das letras (que se juntam para constituir palavras) desta sopa.
4.1 Esta situação alterou-se, porque um amigo «lhe ensinou a soletrar a sopa». Como «passou a ler a sopa
toda», passou também a saber apreciar a beleza das palavras que constituíam a sopa.
5. O poeta utiliza a palavra «sabor», mas o leitor é imediatamente conduzido a pensar na palavra «saber».
Como todo o poema é constituído em torno desta dualidade (o sabor e o saber), esta expressão mostra
que o menino não gostava de sopa de letras (mas «queria lá sabor»), ou seja, não apreciava a leitura
(mas queria lá saber).

«Coisas que não há que há»


6. O que põe o poeta triste é o facto de não existir «o que não existe».
7. Gente, bichos, livros por ler, feitos, pessoas, lembranças, sítios, invenções, países, paisagens, plantas,
jardins e outras coisas que não se conseguem imaginar.

«A cabeça no ar»
8. O título «A cabeça no ar» relaciona-se com o conteúdo do poema, porque o assunto do mesmo versa
sobre as melhores coisas, ou seja, as que são feitas no ar.
9. Esta expressão significa estar sem fazer nada nem pensar em nada, ou seja, limitar-se a existir.

«Basta imaginar»
10. A mensagem deste poema reforça o poder da imaginação, porque basta imaginar as coisas para elas
existirem, ou seja, a imaginação tem poder para fazer com que as coisas passem a existir.
10.1 «Basta imaginar».

«O pássaro da cabeça»
11. «Sou o pássaro que canta.»
12. A função do pássaro é estar dentro da cabeça e determinar o que a pessoa pensa, sente ou imagina.

«O aviador interior»
13. A cabeça consegue mover-se mesmo que o resto do corpo permaneça quieto. O poder do pensamento
é imenso. Através dele, o ser humano consegue fazer tudo o que desejar.
14. «Tão maravilhoso/ como o de um matemático». Esta comparação visa mostrar que o pensamento é algo
de maravilhoso, «tão maravilhoso como o de um matemático»

«Não desfazendo»
15. Todas as coisas que existem no mundo têm um princípio, embora ele possa estar distante no tempo.
Assim, nada «nos cai do céu na cabeça». Por exemplo, a semente é lançada à terra, para, depois,
florescer, e o ser humano é criança, para, posteriormente, ser adulto.
16. O poeta encontra-se na idade adulta («Oh, que é feito do tempo da brincadeira/ em que não havia nada
que fazer?»).

«A canção dos adultos»


17. O poeta tem a sensação de que não são as pessoas que crescem. Pelo contrário, são as coisas à sua volta
que mudam de tamanho.
18. Segundo o poeta, apesar de crescermos fisicamente, há aspetos da infância que vamos perdendo, como
o amor e a esperança. Quando nos tornamos adultos, há coisas que deixamos de compreender
(«Julgamos que somos grandes/ e já nem isso compreendemos!»).

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A viúva e o papagaio, de Virginia Woolf

1. Se, ao ler o início da carta, a senhora Gage revelou alguma surpresa e até alguma dor pela notícia da
morte do seu irmão Joseph («O meu querido irmão Joseph morreu.»), depois de ler a enumeração dos
bens que o irmão lhe deixava como herança, a personagem «caiu de alegria».
2.1 O papagaio dizia frases estranhas como «Não estou em casa!».
2.2 A senhora Gage promete ao papagaio que tratará dele e que procurará fazê-lo feliz.
3. A senhora Gage ficou muito dececionada com o que o advogado lhe disse acerca da herança, ou seja, que,
afinal, o que iria receber não era exatamente o que se pensava, mas apenas a casa em mau estado e o
papagaio.
4.1 Foi o papagaio James quem surpreendeu a senhora Gage ao aparecer à janela.
4.2 A viúva decidiu seguir o papagaio.
4.3 A senhora Gage confiava completamente no papagaio e nos animais a que se dedicava. Apesar das
desilusões e das dificuldades, a viúva mantém-se fiel aos animais.
5.1 Sob a casa, e com a ajuda e a orientação do papagaio James, a senhora Gage descobriu um grande
tesouro, três mil moedas de ouro.
6.1 Imediatamente após a morte da senhora Gage, o papagaio James proferiu a sua estranha frase «Não
estou em casa!» e morreu junto com a sua dona.
6.2 Há relatos de acontecimentos e de estranhas visões no local das ruínas da casa da viúva Gage,
nomeadamente a presença do papagaio a bicar o chão e a presença de uma senhora idosa de avental
branco.
7.1 O epílogo explica que o conto foi uma colaboração da escritora Virginia Woolf para o jornal que os seus
sobrinhos faziam quando eram jovens.

A vida mágica da Sementinha, de Alves Redol

1.1 Perante a ideia de ser comida pelo Rouxinol, a Sementinha revelou a sua perspicácia e a sua inteligência,
arranjando razões para levar o pássaro a não o fazer. Mostrou-se segura e esperta e conseguiu o seu
objetivo, tendo conquistado o pássaro.
2.1 O Rouxinol entoa canções de forma emocionada e que os restantes pássaros não conseguem entender.
Alheia-se de tudo o que o rodeia e canta de forma apaixonada para a Sementinha.
2.2 O amor do Rouxinol em relação à Sementinha demonstra que este sentimento, vivido em pleno e de
forma sincera, ignora qualquer diferença. É, no fundo, uma lição sobre o amor despreocupado com as
diferenças e com as convenções.
3.1 Sozinha no campo, a Sementinha sentia que precisava de ajuda, mas não conseguia encontrar quem a
pudesse ajudar. Resolveu, então, ficar à espera que a noite passasse e que, quando nascesse o dia,
pudesse resolver o seu problema. Pela manhã, reencontrou-se com os seus companheiros e pediu ao
Amarelo de Barba Preta que lhe contasse a sua história.
4. Fase 1: O corpo enrugado da Sementinha tornou-se liso.
Fase 2: A Sementinha inchou muito.
Fase 3: O interior da Sementinha tornou-se num líquido leitoso e branco.
Fase 4: Surgiu-lhe uma cauda.
Fase 5: Surgiu-lhe uma outra cauda.
Fase 6: Surgiram-lhe muito mais caudas e a haste tornou-se mais forte e maior.
Fase 7: A Sementinha conseguiu libertar-se da Terra.
Fase 8: O corpo da Sementinha tornou-se uma cana cheia de nós.
Fase 9: As raízes da Sementinha passaram a estar protegidas e ganharam pelos.
4.2 O Bicho de Conta fez crer à Sementinha que poderia vir a tornar-se uma flor.
4.3 As raízes tiveram de fazer ver à Sementinha que ela se tinha tornado um conjunto de elementos
dependentes entre si e que, para que estivessem bem, precisavam de trabalhar todos com o mesmo fim.
4.4 As raízes mostram à Sementinha e também a nós, leitores, que não devemos preocupar-nos apenas
connosco e que devemos ter consciência de que os nossos atos condicionam os outros.
5.1 A Cegonha passa a chamar Espiga à Sementinha.
5.2 A Sementinha estava transformada e agora já tinha espigas, que continham muitas sementes, pelo que
o seu nome original já não fazia sentido.
6.1 Esse é o momento em que as sementinhas são preparadas para as situações que irão viver e são-lhes
dadas as necessárias instruções para saberem agir. A situação narrada assemelha-se, portanto, a uma
situação escolar de aula.

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6.2 De entre todas as sementinhas, a Asa de Corvo é a que se destaca, por ser muito morena, como a mãe.
7.1 O casamento da Asa de Corvo foi feito pela mão do homem, que selecionou o pólen amarelo que lhe
convinha, para obter o resultado que pretendia.
7.2 Foi um casamento de conveniência, ou seja, foi uma manipulação feita em laboratório.
7.3 Do casamento da Asa de Corvo surgiram novas sementes, nunca antes produzidas, que foram assunto
de notícias nos jornais e na rádio.

A fada Oriana, de Sophia de Mello Breyner Andresen

1. a.; c.; d.; f.; i.; k.; n.; o.


2. A fada Oriana ajudava uma velha, a família do lenhador e a família do moleiro.
3. A pedido do espelho, Oriana mudou uma bailarina de Saxe de lugar.
3.1 O Homem Muito Rico ficou furioso com a mensagem de Oriana e com a mudança de lugar da bailarina
de Saxe.
4. Oriana conheceu o peixe Salomão.
5.1 Oriana desleixou a floresta que se comprometera a proteger e, por isso, deixou também de ajudar todos
os que na floresta necessitavam dela.
5.2 A Rainha das Fadas repreendeu a fada Oriana, tirou-lhe as asas e a varinha de condão.
6.1 Oriana precisava que os animais acreditassem que ela era uma fada, mesmo sem asas, e, para isso,
queria que o peixe, que considerava culpado dos seus erros, o confirmasse.
6.2 Resposta pessoal. SUGESTÕES: Concordo com a reação do peixe, uma vez que, quando se faz algo por
outra pessoa, não devemos esperar receber nada em troca; portanto, o peixe fez bem em não ter
aparecido e em não ter ajudado Oriana. / Não concordo com a reação do peixe, porque a fada Oriana
estava em apuros, queria reparar os seus erros e merecia o seu auxílio; além disso, se ela estava a passar
por tais dificuldades, isso devia-se à atitude do peixe.
7.1 A Rainha das Fadas Más propôs a Oriana dar-lhe asas, com a condição de ela obedecer às suas ordens.
7.2 Oriana recusou a proposta da Rainha das Fadas Más, porque queria ser boa e não estava disposta a ser
má apenas para voltar a ter asas.

Português 5.º ano | Banco de questões | © Raiz Editora 13

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