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PROF.ª ELENIR TEREZINHA RIZZETTI ANVERSA E ORIENTADORA: PROFª GISELA CATALDI FLORES
SAÚDE COLETIVA NO CONTEXTO DO CUIDADO DE ENFERMAGEM
HUMANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO DA
POPULAÇÃO CARCERÁRIA FEMININA
ENFERMAGEM BACHARELADO
TEMA
METODOLOGIA
Humanização e Acolhimento da
Revisão de artigos e matérias
população carcerária feminina
PÚBLICO-ALVO OBJETIVO
I. II. III.
Em 2003, o Ministério Falar em humanização Para a implementação
da Saúde implanta a da assistência, em saúde efetiva da Política Nacional
Política Nacional de coletiva, implica pensar de Humanização (PNH), é
Humanização da Atenção em tornar os serviços necessário que os recursos
e Gestão do Sistema resolutivos e de materiais e humanos
Único de Saúde, qualidade, tornando as sejam suficientes, caso
ampliando assim, o necessidades de saúde contrário sempre haverá
campo de assistência dos usuários uma falha estrutural que
hospitalar para todos os responsabilidade daqueles dificilmente será resolvida
serviços de saúde. envolvidos nesse processo de forma
de trabalho. desburocratizada.
DESIGUALDADE
O atendimento proporcionado às mulheres
dentro dos presídios são praticamente os
mesmos destinados aos homens,
desconsiderando as especificidades
femininas e suas particularidades,
dificultando o processo de ressocialização
dessas mulheres apenadas, gerando maior
complexidade (França, 2014).
RELATOS
PRINCIPAIS CAUSAS DE ADOECIMENTO
Abandono por parte de seus familiares, companheiros, a ausência
de pessoas de vínculo sentimental, ruptura dos papéis sociais e
sobretudo o sentimento de culpa por estar longe dos filhos,
somados à solidão, opressão, desconfiança, ociosidade, dividir o
espaço de confinamento e o temor próprio do ambiente do cárcere,
agentes estressores como a privação de direitos, são fatores
predominantes para o risco de desajustes emocionais e
adoecimento mental.
Para atender as necessidades de saúde da população carcerária
feminina brasileira, entende-se que seja necessário conhecer e
refletir sobre as condições de vida dessas mulheres. Nesse
contexto, compreender e discutir fatores que permeiam o universo
carcerário torna-se indispensável aos profissionais que atendem a
população carcerária feminina.
P O R T A N T O
Pode ser observado que os profissionais da
enfermagem possuem papel fundamental para que
exista um resultado efetivo no acesso à saúde,
através de equipes multidisciplinares com ações
educativas que visem a promoção em saúde neste
ambiente prisional.
Em outro aspecto, seria o atendimento humanizado,
atento as individualidades de cada mulher,
resultando em uma confiança com o profissional de
enfermagem para que até mesmo dúvidas de saúde
sejam solucionadas no ambiente do cárcere.
SEGATO, 2006
A intersecção de raça/etnia com outras categorias como
gênero e classe social, evidencia fortes contrastes na
sociedade brasileira. Estes contrastes incidem
transversalmente em distintas esferas da vida social,
no acesso à educação, à saúde, à qualidade de vida,
saneamento básico, inserção no mercado de trabalho,
acesso à informação, à justiça e à cidadania.
IMPACTO SOCIAL
DADOS
R E O E S T U D
O B O
S
MÉTODO
As mulheres encarceradas receberam orientações sobre a importância dos exames clínicos de
mama e citopatológico, uso de métodos contraceptivos e ISTS, sobre o uso do sulfato ferroso e
ácido fólico por gestantes. Eles relatam que o estágio foi importante para mostrar a atual
realidade das mulheres privadas de liberdade e promover seu direito à assistência à saúde.
PARTICIPANTES
Participaram das consultas de enfermagem todas as mulheres privadas de liberdade que
precisaram fazer o exame de Papanicolau (rastreamento do câncer de colo de útero) e
acompanhamento do ciclo gravídico (pré-natal) e as que aguardavam os resultados de exames
(aconselhamento e orientações), iniciaram ou estavam dando continuidade ao tratamento de IST
(abordagem sindrômica) e foram submetidas a exames (hemograma, VDRL, glicose em jejum,
toxoplasmose, parasitológico e sumário de urina). Também tiveram a oportunidade de fazer
abordagem sindrômica em mulheres suspeitas de sífilis e candidíase, além da alimentação, o
sono, o repouso, as questões emocionais e, quando necessário, adotamos algumas atitudes em
busca do bem-estar.
Acolhimento pelos profissionais da área da saúde.
OBJETIVO
PARTICIPANTES
Este estudo, possibilita dar vazão às
Pesquisa desenvolvida, com 11 necessidades das mulheres presas, ao
mulheres aprisionadas, no valorizar suas falas e depoimentos,
conjunto penal de uma cidade da demonstrando consequentemente as
qualidades das ações de saúde.
Bahia, em regime fechado. Na
Proporcionando que gestores municipais,
análise de dados, foram
possam desenvolvê-las baseadas nos
evidenciados aspectos princípios do SUS, por meio da
relacionados à inexistência e/ou humanização, descentralização,
ineficiência, das ações em saúde. universalidade, equidade e participação
ativa.
PRIMEIRO
“Quais serviços em saúde que você conhece dentro do presídio?
Quais os serviços em saúde que você utilizou dentro do presídio?
O que você acha dos serviços em saúde que existem neste presídio?
Você se sente bem atendida nos serviços em saúde que são oferecidos no presídio?
Você gostaria que tivesse mais algum tipo de serviço em saúde dentro do presídio?”
DADOS
CARACTERÍSTICAS
As participantes da pesquisa apresentaram idade entre 22 e 69 anos.
Quanto ao estado civil, seis encontravam-se solteiras, três casadas civilmente e
duas em união estável.
No que se refere à escolaridade, uma era analfabeta, seis possuíam ensino
fundamental incompleto e quatro, ensino médio.
No que tange à religião, seis eram católicas, duas, evangélicas, e três não tinham
denominação.
Das mulheres aprisionadas, seis se autodeclararam não negras, e cinco, negras.
Dez presas eram do Estado da Bahia e apenas uma era de outro estado.
Elas evidenciam a ausência de serviços ou ineficiência nas ações
executadas dentro do sistema penitenciário, o que pode ser corroborado
pelos depoimentos abaixo:
1 2
3 4
ANDORINHA LAVADEIRA ÁGUIA SARACURA
(...) quando a gente (...) eu só conheço a (...) devia ter (...) às vezes pra ser
enfermaria pra passar ginecológico pra não atendido tem que fazer
tá sentindo alguma
pelo médico e a zuada. O atendimento
coisa, nós fala, aí precisar irpra rua, até
enfermeira... de vez em deveria ser mais rápido e
agora não fiz nenhuma
elas [as agentes] quando, quando a gente ter um médico 24 horas
citologia, nem fora e aqui, pois fica mais os
levam a gente na sente mal. Psicólogo
nem aqui. Marcaram técnicos. Passo mal à
enfermaria, aí o tem, mas eu nunca
citologia para quem noite, as meninas
gostei de ir não. Não me
médico olha. Se começam a gritar, faz
sinto bem atendida, precisa passar pelo
precisar passar zuada chamando. Quando
porque a gente vem pro ginecologista, mas
vem, diz: ‘não tem nada
remédio, passa (...). médico, tá precisando e nunca chama, tem
prescrito, eu não posso
bota outros na frente cinco meses (...) fazer nada’ (...)
(...).
DEPOIMENTO
ARAPONGA
CONCLUSÃO...
REFERÊNCIAS