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Contrato de empreitada e prestação de serviços necessários à sua


execução definido em programa de consulta

Entre

Primeira Contraente:

____________, pessoa colectiva n.º ____________, com sede na ____________, matriculada na


Conservatória do Registo Comercial de ____________ sob o número ____________, com o capital
social de ____________ €, representada neste acto por ____________, portador do bilhete de
identidade / cartão de cidadão número ____________, com poderes para outorgar o presente
contrato, adiante designada por DONO DE OBRA,____________(Nome complet )

Segunda Contraente

____________, pessoa colectiva n.º ____________, com sede na ____________, matriculada na


Conservatória do Registo Comercial de ____________ sob o número ____________, com o capital
social de ____________ €, com o alvará n.º ____________, representada neste acto por
____________, portador do bilhete de identidade / cartão de cidadão número ____________, com
poderes para outorgar o presente contrato, adiante designada por EMPREITEIRO,

é celebrado e reciprocamente aceite o presente contrato de empreitada regulado pelas seguintes


cláusulas e demais documentação anexa:

Cláusula Primeira (Objecto)

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1. Pelo presente contrato, o EMPREITEIRO obriga-se a realizar a empreitada definida no programa


de consulta, denominada ____________, nos precisos termos deste contrato e dos documentos que
dele fazem parte integrante.

Cláusula Segunda (Documentos Contratuais)

1. As condições contratuais são as prescritas no presente documento e nos seus anexos que a
seguir se discriminam e que deles são considerados parte integrante:

1.1. O processo do Consulta, integrado pelos documentos:


a) Plano de Segurança e Saúde
b) Projectos
1.2. Preços Unitários codificados por Centros e Naturezas de Custo.
1.3. O orçamento do empreiteiro, Ref. ____________ de ____________(Data), com as alterações
decorrentes do presente contrato.
1.4. Cópia do alvará do Empreiteiro.
1.5. Cópia do Alvará de Licença de Obras.
1.6. Cópia das Apólices de Seguro do Dono de Obra e do Empreiteiro.

2. Só poderão ser introduzidas alterações ou aditamentos aos aludidos documentos quando


solicitados pelo DONO DE OBRA ou pelo seu representante e aceites pelo EMPREITEIRO.

3. Da mesma forma, qualquer alteração adicional às Cláusulas do presente Contrato, só será válida
quando estabelecida por escrito e assinada por ambas as partes, que constituirão então, anexo ao
presente Contrato do qual passará a fazer parte integrante.

Cláusula Terceira (Disposições por que se rege a Empreitada)

Na execução dos trabalhos, nos fornecimentos abrangidos por esta Empreitada e nas Prestações de
Serviços que nela se incluam, observar-se-ão os procedimentos definidos no presente contrato e,
bem assim, para os casos omissos, pelo disposto no DL 18/2008, de 29 de janeiro.

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Cláusula Quarta (Comunicação entre as Partes)

1. Toda e qualquer informação deverá ser efectuada por escrito e em língua portuguesa.

2. Caso haja necessidade de um entendimento verbal de carácter urgente, o mesmo deve ser
ratificado por escrito.

3. Toda a correspondência deverá ser dirigida à atenção dos responsáveis indicados pelas Partes,
para as seguintes moradas:

Dono de Obra:

a) Nome: ____________
b) Morada: ____________
c) Tel.: ____________
d) Fax. ____________
e) E-mail: ____________
f) Responsável: ____________

Empreiteiro:

a) Nome: ____________
b) Morada: ____________
c) Tel.: ____________
d) Fax: ____________
e) E-mail: ____________
f) Responsável: ____________

Fiscalização:

a) Nome: ____________
b) Morada: ____________
c) Tel.: ____________
d) Fax: ____________
e) E-mail: ____________
f) Responsável: ____________

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Cláusula Quinta (Fiscalização)

1. A FISCALIZAÇÃO terá plenos poderes para agir e decidir em nome do DONO DE OBRA,
inclusive rejeitando no todo ou em parte o objecto licitado que estiver em desacordo com as
especificações técnicas, obrigando-se o EMPREITEIRO desde já a assegurar e a facilitar o acesso à
FISCALIZAÇÃO a todos os elementos e informações que forem pela mesma julgados necessários
ao desempenho da sua missão.

2. A acção ou omissão, total ou parcial da FISCALIZAÇÃO não exime o EMPREITEIRO da


responsabilidade pela execução das obras e serviços contratados.

Cláusula Sexta (Obrigações do EMPREITEIRO)

Para além das definidas nas Condições de Empreitada, constituem obrigações do EMPREITEIRO:

1. Executar correcta e integralmente a empreitada objecto deste contrato.


2. Cumprir determinações do presente contrato e dos documentos que dele fazem parte.
3. Cumprir os prazos de execução previstos no Programa de Trabalhos.
4. Desenvolver e especificar o plano de segurança e saúde em projecto, devendo tais
desenvolvimentos e especificações ser apresentados ao DONO DE OBRA para aprovação.
5. Cumprir as determinações da FISCALIZAÇÃO, emitidas no âmbito das suas atribuições.
6. Informar com exactidão a FISCALIZAÇÃO sobre o andamento dos trabalhos.
7. Responder pelo cumprimento de todas as suas obrigações fiscais.
8. Empregar a melhor técnica, equipamentos e pessoal adequado com estrita observância do
disposto no CADERNO DE ENCARGOS e na sua Proposta, com vista à boa qualidade e execução do
Contrato.
9. Manter na obra, permanentemente, um representante com poderes suficientes para resolver
problemas ligados com os trabalhos contratados.
10. Substituir os seus representantes, ou qualquer outra pessoa, num prazo de 72 (setenta e
duas) horas, cuja permanência em serviço for julgada inconveniente pela FISCALIZAÇÃO.
11. Retirar da obra todo e qualquer material considerado impróprio, assegurar a protecção das
vizinhanças e conservação dos trabalhos executados até à entrega da obra.
12. Cuidar do estaleiro de obra durante o período de construção de modo a oferecer todos os
requisitos de higiene, saúde e segurança.
13. Refazer sem encargos adicionais para o DONO DE OBRA todos os trabalhos cujos materiais
ou modo de execução forem considerados inadequados pela FISCALIZAÇÃO, tendo em conta as
especificações técnicas respectivas.

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14. São da responsabilidade do EMPREITEIRO todos os encargos com as licenças de ocupação


de via pública, consumos de água, electricidade, telefones, etc., que lhe sejam necessárias à
execução da Empreitada.
15. Entregar ao DONO DE OBRA, antes da assinatura do contrato, cópia das apólices dos seguros
previstos na cláusula 11;
16. Em caso de necessidade de execução de tarefas para as quais não existem preços definidos, o
EMPREITEIRO obriga-se a decompor esses mesmos preços, quando solicitado pela
FISCALIZAÇÃO, bem como a indicar os respectivos Fornecedores ou SubEMPREITEIROs, indicar
a metodologia construtiva e os índices de produtividade média da mão-de-obra.
17. O EMPREITEIRO expressamente reconhece que os projectos e materiais a aplicar na
empreitada apresentada (e que fazem parte integrante deste contrato) não contêm erros de
concepção ou outros que obstem à perfeita execução de obra segundo as regras das artes e do
bem construir, dentro dos prazos contratualmente estabelecidos.

Cláusula Sétima (Obrigações do DONO DE OBRA)

Constituem obrigações do DONO DE OBRA:

1. Efectuar os pagamentos devidos nas condições estabelecidas neste contrato.


2. Fornecer através da FISCALIZAÇÃO, todos os elementos necessários para compreensão dos
trabalhos a realizar.

Cláusula Oitavo (Programa de Trabalhos)

1. O Programa de trabalhos aprovado fará parte integrante do presente contrato.

2. 15 (quinze) dias após adjudicação, o EMPREITEIRO, deverá apresentar para aprovação pelo
DONO DE OBRA um programa detalhado onde se evidencie um plano de pagamentos e permita
uma rápida avaliação do desempenho progressivo das actividades do EMPREITEIRO na obra e
facilite a estimativa das medições.

3. Não será aprovado qualquer auto de medição de trabalhos antes de aprovado o referido
programa de trabalhos.

Cláusula Nona (Auto de Consignação)

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1. O Auto de Consignação será elaborado na data prevista para o início dos trabalhos no programa
de trabalhos, mas apenas quando se mostrarem concluídas as insfraestruturas ao nível do
fornecimento de energia eléctrica e água.

2. Assim, e caso os atrasos na conclusão das infraestruturas sejam imputáveis ao DONO DE OBRA
ou à Câmara Municipal de ____________, o EMPREITEIRO não está sujeito a qualquer penalidade;
Caso os atrasos se sejam imputáveis ao EMPREITEIRO, este fica sujeito às penalidades previstas
infra.

Cláusula Décima (Segurança e Qualidade)

1. O EMPREITEIRO deverá tomar conhecimento e cumprir todas as normas e regulamentos


existentes, nomeadamente os de medicina, higiene e segurança no trabalho, bem como as normas
constantes do CADERNO DE ENCARGOS, no plano se segurança e saúde em projecto e emanadas
pelo DONO DE OBRA.

2. O EMPREITEIRO responderá por todos os danos causados durante a construção, pelos seus
funcionários, ou decorrentes de trabalhos de subcontratados, sendo igualmente responsável pelo
uso adequado de materiais e ferramentas tomando todas as precauções para evitar acidentes na
obra e mantendo na mesma medicamentos para primeiros socorros.

3. O EMPREITEIRO obriga-se desde já, e antes da implantação do estaleiro, a apresentar o plano


de segurança de execução em obra bem como as fichas com os procedimentos de segurança para
cada uma das tarefas e equipamentos necessários para a realização dos trabalhos garantindo o seu
escrupuloso cumprimento.

Cláusula Décima Primeira (Seguros)

1. O EMPREITEIRO será o único responsável perante o DONO DE OBRA, seus agentes e terceiros,
por todos os prejuízos causados, por facto ou omissão sua, do pessoal ao seu serviço, dos seus

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fornecedores, subempreiteiros, prestadores de serviços e tarefeiros, em resultado da execução dos


trabalhos a seu cargo, de segurança da obra ou deficiente manuseamento ou comportamento de
materiais, elementos de construção, equipamentos ou veículos.

2. O EMPREITEIRO é o único responsável por quaisquer danos e prejuízos que possam resultar
para terceiros em consequência da execução da EMPREITADA. Assim, o EMPREITEIRO
compromete-se a manter o DONO DE OBRA à margem de quaisquer reclamações que terceiros
pretendam apresentar a este relacionado com a execução da EMPREITADA, e isentá-la de
responsabilidade. Compromete-se, além do mais, a assumir tal responsabilidade perante os
terceiros que venham a adquirir as fracções autónomas em sede de contrato promessa de compra e
venda e em sede do contrato de compra e venda.

3. Se, não obstante, vierem a ser reclamadas quaisquer quantias, o DONO DE OBRA poderá
reclamá-las junto do EMPREITEIRO ou, em alternativa, compensá-las com os valores resultantes
dos autos de medição mensais ou accionar a garantia bancária pela quantia (neste último caso - só
verificável caso o EMPREITEIRO e DONO DE OBRA acordem na substituição da retenção de garantia
a que alude a cláusula 13, por garantia bancária - o EMPREITEIRO deverá, no prazo máximo de 8
dias, reforçar a garantia bancária até ao montante global inicial)

4. O EMPREITEIRO obriga-se a contratar e manter em vigor com seguradora idónea a cobertura de


RESPONSABILIDADE CIVIL (extensíveis a bens e edifícios contíguos ou vizinhos), pelo valor de
____________ € (____________(euros)), por sinistro ou série de sinistros e sem limite de sinistros
no período de vigência do CONTRATO DE EMPREITADA.

5. O EMPREITEIRO obriga-se a contratar e manter em vigor com seguradora idónea a cobertura dos
Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais de acordo com a legislação em vigor.

6. Todos os encargos por franquias correm por conta do EMPREITEIRO, sendo da sua total
responsabilidade.

Cláusula Décima Terceira (Segurança)

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1. Com vista à implementação da coordenação da Segurança e Saúde em Obra, o EMPREITEIRO


deverá comunicar a contratação de subempreiteiros, com antecedência, relativamente à data em
que deva iniciar-se a subempreitada, minima de 15 dias úteis, possibilitando ao DONO DE OBRA
contratar o COORDENADOR.

2. O EMPREITEIRO é também responsável pela elaboração do Plano de Segurança e Saúde de


execução em Obra e pela sua actualização no decorrer da EMPREITADA, bem como pela
preparação e elaboração da Compilação Técnica da Obra. Os Planos de Segurança e Saúde que
serão elaborados pelo EMPREITEIRO deverão ser sempre previamente aprovados pelo DONO DE
OBRA. Sempre que o DONO DE OBRA entenda que o Plano de Segurança e Saúde deva ser revisto
e ajustado de forma a ir ao encontro das necessidades da obra e das exigências da legislação
aplicável ou das entidades licenciadoras, o EMPREITEIRO deverá apresentar essa mesma revisão
no prazo de 8 dias, a contar do pedido apresentado pelo DONO DE OBRA.

3. O EMPREITEIRO obriga-se a cumprir e a fazer cumprir, a todo o momento, pelo seu pessoal e
pelos seus SUBEMPREITEIROS, bem como pelo pessoal destes, a legislação que, em cada
momento, estiver em vigor em matéria de Segurança, Higiene, Saúde no Trabalho e Protecção
Ambiental, bem como as normas constantes no CADERNO DE ENCARGOS ou no Plano de Segurança
e Saúde sobre as mesmas matérias, cujo conteúdo o EMPREITEIRO declara conhecer. Em
consequência, o EMPREITEIRO será o único e exclusivo responsável, civil, criminal, laboral e
administrativamente, pelo incumprimento ou cumprimento defeituoso da referida legislação e
normas aplicáveis.

4. Para efeitos do disposto no precedente número 2., indicam-se, de seguida, a título meramente
exemplificativo, algumas das normas a implementar em matéria de Segurança, Higiene e Saúde no
Trabalho:

a) É expressamente proibido executar os trabalhos sob o efeito do consumo de bebidas alcoólicas


e de estupefacientes, bem como consumir as referidas substâncias durante a execução dos
trabalhos e no Local da Obra;
b) O DONO DE OBRA reserva-se o direito de não permitir a permanência, no Local da Obra, de
qualquer pessoa que esteja sob efeitos de álcool ou de estupefacientes;
c) O pessoal do EMPREITEIRO ou dos SUBEMPREITEIROS poderá ser solicitado, durante a
execução dos trabalhos, a submeter-se a exame médico ou a testes para a detecção de
estupefacientes ou de álcool, obrigando-se o EMPREITEIRO a tomar todas as providências
necessárias para o efeito, designadamente em termos dos seus poderes laborais de direcção e
regulamentar;
d) Qualquer trabalhador do EMPREITEIRO ou dos seus SUBEMPREITEIROS que se reconheça
ter um problema de dependência de álcool, de estupefacientes ou de outras substâncias afins,
susceptíveis de alterar o comportamento normal do mesmo e de afectar a execução e segurança
dos trabalhos, não será autorizado a desempenhar as suas funções;

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e) o DONO DE OBRA deverá ser imediatamente informada de todos os acidentes que ocorram
durante a execução dos trabalhos;
f) Deverá ser dada toda a colaboração ao DONO DE OBRA na investigação de acidentes
efectuada pela mesma, ou a entidade designada por esta para o efeito;
g) O pessoal interveniente na Obra deverá usar vestuário de protecção individual adequado ao
tipo de trabalho desenvolvido e em conformidade com a legislação aplicável;
h) É obrigatório o uso, no Local da Obra, de capacete de segurança, do tipo não metálico (fibra de
vidro) e 'feak type' e de calçado de protecção e segurança, para todo o pessoal interveniente na
Obra, bem como para quaisquer visitas à mesma;
i) O pessoal interveniente na Obra deverá ter em dia os certificados médicos comprovativos de
aptidão para o serviço, do que deverá ser feita prova ao DONO DE OBRA, sempre que este o
solicitar;
j) Devem existir sempre na obra equipamentos e material para prestar primeiros socorros.

5. A inobservância por parte do EMPREITEIRO de qualquer das normas em matéria de Segurança,


Higiene e Saúde no Trabalho será considerada para todos os efeitos como incumprimento do
presente contrato.

6. Durante a execução da EMPREITADA, o COORDENADOR nomeado pelo DONO DE OBRA terá


poderes para controlar e impor o cumprimento dos procedimentos e exigências estabelecidos nos
Planos de Segurança da EMPREITADA, aprovados pelo DONO DE OBRA e na legislação aplicável.

7. O EMPREITEIRO obriga-se a implementar, previamente e durante os respectivos trabalhos,


todas as regras e medidas estabelecidas no Plano de Segurança e de Saúde de Execução da Obra
por ele elaborado e pelo DONO DE OBRA aprovado e ainda o disposto na Lei.

8. O EMPREITEIRO obriga-se igualmente a acatar, no prazo que lhe seja fixado, todas as ordens
ou directivas que lhe sejam dirigidas pelo DONO DE OBRA ou por quem a represente no sentido de
tornar efectivas ou melhorar as condições de segurança dos trabalhos.

Cláusula Décima Quarta (Regime e Preço)

1. O regime da presente Empreitada, quanto ao modo de retribuição, para todos os Trabalhos, é por
PREÇO GLOBAL, Fixo e Não Revisível, totalizando o valor da Empreitada, ____________ €
(____________(Por extenso )euros), conforme Lista de Quantidades e Preços anexa.

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2. O preço global referido no ponto 1, já inclui os ERROS e OMISSÕES DE PROJECTO,


designadamente erros ou omissões do projecto relativos à natureza ou volume dos trabalhos, por se
verificarem diferenças entre as condições locais existentes e as previstas ou entre os dados em que
o projecto se baseia e a realidade, ou por erros de cálculo, erros materiais e outros erros e
omissões das folhas de medições discriminadas e respectivos mapas-resumo de quantidades de
trabalhos, pelos quais é responsável o EMPREITEIRO após a celebração do presente contrato.

3. Aos preços referidos no ponto 1, acrescerá o IVA à taxa legal em vigor.

Cláusula Décima Quinta (Retenção de Garantia)

1. Os CONTRAENTES acordam expressamente que, independentemente da garantia legal prevista


na secção III do Capítulo XII "Relativo ao Direito das Obrigações", do Código Civil, o
EMPREITEIRO assume perante o DONO DE OBRA a obrigação de perfeito acabamento, nos
termos da qual o primeiro é responsável por todas as reparações, conservação e substituição de
materiais ou equipamentos convenientes à perfeição do funcionamento da obra, que não sejam
imputáveis ao DONO DE OBRA ou a terceiros e não decorram do uso normal da mesma, por um
período de 12 meses.

2. Nesta conformidade, o DONO DE OBRA reserva-se o direito de examinar a obra e


responsabilizar o EMPREITEIRO pelos defeitos decorrentes, directa ou indirectamente, da
execução dos trabalhos.

3. A fim de ser garantido ao DONO DE OBRA que o EMPREITEIRO cumprirá as suas obrigações
contratuais assumidas com o presente contrato, nomeadamente as relativas à realização dos
trabalhos e que a qualidade final dos mesmos não será inferior à que foi convencionada, o primeiro
fará a retenção de uma quantia equivalente a 5% + 5% do custo de cada situação sobre o
preço que deve ser pago ao EMPREITEIRO, segundo a situação das obras apresentadas por ele.

O DONO DE OBRA poderá aceitar que a retenção seja substituída por garantia(s) bancária(s)
"on first demand" de 5% + 5% do preço total da empreitada. Essa(s) garantia(s) deve(m)
satisfazer as condições contratuais e deverá(ão) ser subscrita(s) a favor do DONO DE
OBRA por uma instituição bancária notoriamente idónea.

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O montante dessa retenção de garantia assim operada, ou se for o caso da(s) garantia(s)
bancária(s) fornecida(s), será(ão) restituída(s) (ou reduzida no caso de se tratar e um
única garantia bancária) pelo DONO DE OBRA nas datas referidas no contrato.

• 5% decorridos que estejam 60 dias após elaboração do Auto de Recepção Provisória

• 5% com a Recepção Definitiva (5 anos após a Recepção Provisória)

Cláusula Décima Sexta (Condições de Pagamento)

1. Os trabalhos executados serão facturados mensalmente, pela aplicação dos preços unitários às
quantidades realizadas, mediante a elaboração de Autos de Medição que serão enviados, para
aprovação, para a FISCALIZAÇÃO, até ao dia 22 de cada mês (ressalvando-se sempre que a
FISCALIZAÇÂO terá o prazo de 6 dias para aprovar os autos de medição), devendo os mesmos,
depois de aprovados, ser enviados para o DONO DE OBRA até dia 28 de cada mês, juntamente
com os comprovativos de que se mostram pagas todas as quantias devidas a trabalhadores e sub-
empreiteiros e, bem assim, com a factura correspondente aos trabalhos realizados e aprovados pela
FISCALIZAÇÃO.

2- Os pagamentos das facturas ocorrerão aos 30 dias do mês a que diga respeito, transitando,
contudo, para o primeiro dia útil seguinte no caso de o dia 30 de um mês calhar em fim de semana.

3- Ao Empreiteiro está vedada a possibilidade de cessão dos créditos que detenha sobre o Dono de
Obra decorrentes da execução da Empreitada.

4- Serão deduzidas das situações mensais, as quantias correspondentes à garantia a que alude a
cláusula precedente.

5- As Facturas, emitida em nome de ____________(Nome completo), contribuinte fiscal n.º


____________, deverão mencionar o presente CONTRATO e ser enviadas, acompanhadas pelo

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Documento de Certificação dos Trabalhos (aprovado pela Fiscalização e Responsável do DONO DE


OBRA), para a seguinte morada: ____________

Deverá ser enviada igualmente cópiada factura para a FISCALIZAÇÃO.

Cláusula Décima Sétima (Trabalhos Imprevistos)

1. O EMPREITEIRO, obriga-se a executar os trabalhos imprevistos, nestes se incluindo os


decorrentes de alteração ao projecto que não caibam no âmbito do disposto na cláusula 14, que
vierem a ser definidos pelo DONO DE OBRA de acordo com o definido nas Condições de
Empreitada, designadamente, tendo em consideração os preços unitários constantes da Lista de
Quantidades e Preços anexa.

2. Em casos omissos, aplica-se o disposto no DL 18/2008, de 29 de janeiro.

Cláusula Décima Oitava (Prazo)

O DONO DE OBRA pretende proceder à entrega das fracções autónomas em ____________(Data),


data em que se está prevista a inauguração do empreendimento.

Assim, para cumprir tal objectivo a empreitada de Construção deverá ficar integralmente concluída
no prazo de ____________ meses contados da data de consignação em ____________(Data),
podendo, contudo e em casos de força maior (remetendo-se, neste domínio, para o disposto no DL
18/2008 de 29 de Janeiro), a execução prorrogar-se por mais dois meses.

A obra só se considera concluída quando estiver totalmente acabada e houver emissão da licença de
utilização por parte da Câmara Municipal de ____________(Localidade).

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Considera-se, porém, que o prazo do presente contrato será, se, não obstante a conclusão da obra
e pedido de emissão de licença de utilização dentro dos prazos previstos no programa de trabalhos,
a Câmara Municipal de ____________ ultrapassar os prazos normais de emissão da pretendida
licença, considerando-se como tal o prazo de 60 dias. A prorrogação será pelo tempo que exceder
os prazos normais e dependerá de certidão emitida pela Câmara Municipal de ____________
confirmativa da data da entrada do pedido de emissão de licença de utilização e do atraso imputável
aos serviços municipais.

Cláusula Décima Nona (Penalidades)

As penalidades a aplicar por violação dos prazos contratuais são as seguintes:

1. Por cada dia de atraso verificado em relação ao fim da Empreitada, será aplicada uma multa
diária de 0.5% do preço total da empreitada no primeiro 1/10 do prazo, passando para 0,7% por
dia de atraso até à conclusão dos trabalhos.

As penalizações aplicadas ao EMPREITEIRO no decorrer das obras terão um carácter provisório.

Elas poderão ser restituídas ao EMPREITEIRO quando:

• O acabamento da totalidade da obra ocorrer na data contratual imposta pelo DONO DE OBRA e
não haja lugar a reclamações de terceiros devido a faltas cometidas pelo EMPREITEIRO e não
existam sobrecustos reclamados por outros Empreiteiros para recuperar do atraso provocado pelo
EMPREITEIRO.

No caso contrário, uma vez terminado o prazo em que deveria ter finalizado a construção da obra,
aplicar-se-á uma penalização de 0.9% do preço total da Empreitada, por cada dia de atraso, num
mínimo de 3.000 Euros.

Caso seja possível, as penalizações definitivas compensar-se-ão com as retenções provisórias.

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O valor máximo das penalizações acumuladas que o DONO DE OBRA terá o direito de exigir sem
obrigação de justificar os danos e prejuízos produzidos, não pode exceder 20% do preço total da
Empreitada.

O DONO DE OBRA poderá, além disso, reclamar uma indemnização pelos danos, prejuízos e lucros
cessantes em consequência do atraso.

Cláusula Vigésima (Desistência da Empreitada)

1. O Dono de Obra poderá desistir da empreitada, por meio de carta registada dirigida ao
Empreiteiro, sem necessidade de invocar qualquer motivo.

2. A desistência prevista no n.º anterior produz efeitos a partir da data, para tanto, indicada pelo
Dono de Obra.

3. Caso o Dono de Obra opte pela desistência da Empreitada, ao Empreiteiro cabe o direito de, em
alternativa, optar por indemnização correspondente a 10% do preço total da Empreitada ou por
indemnização correspondente aos danos, prejuízos e lucros cessantes comprovadamente havidos
por força da desistência.

Cláusula Vigésima Primeira (Suspensão dos trabalhos pelo Empreiteiro)

O EMPREITEIRO poderá suspender, no todo ou em parte, a execução dos trabalhos nos termos do
disposto no Decreto-Lei 18/2008, de 29 de janeiro.

Cláusula Vigésima Segunda (Resolução pelas Partes)

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1. Qualquer das partes pode resolver o contrato com base no incumprimento, por parte da
contraparte, das obrigações constantes do presente contrato e respectivos anexos.

2. O não pagamento pontual das facturas emitidas, quando o atraso no pagamento seja superior a
30 dias, confere ao Empreiteiro o direito de resolver o contrato, mediante aviso prévio, por correio
registado com Aviso de Recepção, para o Dono de Obra.

3. A resolução fundada no comprovado incumprimento definitivo da contraparte, confere à parte o


direito a uma indemnização nos termos do disposto nos n.ºs 2 e 3 da cláusula 20.

Cláusula Vigésima Terceira (Garantia dos Trabalhos)

A garantia dos trabalhos será de 5 anos e 60 dias após assinatura do Auto de Recepção Provisória
da Obra.

Cláusula Vigésima Quarta (Responsabilidade Civil)

O EMPREITEIRO será o único responsável perante o DONO DE OBRA, seus agentes e terceiros,
por todos e quaisquer prejuízos causados, por facto ou omissão sua, do pessoal ao seu serviço, dos
seus fornecedores, subempreiteiros e tarefeiros e que sejam derivados da execução dos trabalhos a
seu cargo, de segurança da obra ou deficiente manuseamento ou comportamento de materiais,
elementos de construção, equipamentos ou veículos, conforme definido nas Condições de
Empreitada.

Cláusula Vigésima Quinta (Cessão da Posição Contratual)

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O EMPREITEIRO não pode, sem prévia autorização escrita do DONO DE OBRA, ceder a terceiros
sua posição contratual.

Cláusula Vigésima Sexta (Subempreiteiros)

O EMPREITEIRO pode encarregar terceiros, desde que habilitados com o correspondente alvará,
da execução de quaisquer trabalhos integrados na presente empreitada, precedendo autorização
escrita do DONO DE OBRA e conforme previsto nas Condições de Empreitada.

Cláusula Vigésima Sétima (Foro)

Para a resolução de quaisquer diferendos que surjam entre os Contraentes, directa ou


indirectamente com o presente contrato, é exclusivamente competente o Tribunal da Comarca de
____________Localidad, com expressa renúncia a qualquer outro.

Cláusula Vigésima Oitava (Caderno de Encargos)

Ambas as partes têm pleno conhecimento do Caderno de Encargos, aceitam e reconhecem todos os
elementos de projecto que constituem anexos a este contrato e se dão aqui como reproduzidos.

Cláusula Vigésima Nona (Despesas do Contrato)

As despesas do Contrato caso existam serão da conta do EMPREITEIRO.

Feito em ____________, ____________ em duplicado, ficando um exemplara para cada uma das
partes contratantes

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O DONO DE OBRA

____________

O EMPREITEIRO

____________

ANEXO I AO CONTRATO MODELO DE GARANTIA BANCÁRIA ACEITE PELO DONO DE OBRA

Garantia Bancária à Primeira Solicitação

Banco ____________, vem, por este meio e a pedido da Sociedade ____________, com sede social
em ____________, inscrita na Conservatória do Registo Comercial de ____________ sob o número
____________, matriculada no ficheiro central de pessoa colectiva com o número ____________,
com o capital social de ____________, adiante designado por Cliente, prestar irrevogável e
incondicionalmente, a ____________, com sede em ____________, inscrita na Conservatória do
Registo Comercial de ____________ sob o número ____________, matriculada no ficheiro central
de pessoa colectiva com o número ____________, com o capital social de Euros ____________,
adiante designado por Beneficiário, uma garantia bancária no montante de Euros ____________ à
primeira solicitação, nos seguintes termos:

1. O Banco obriga-se a pagar ao Beneficiário, mediante simples interpelação escrita deste, enviada
por carta registada com aviso de recepção ou por fax para o Banco, toda e qualquer quantia, no
montante máximo de Euros. ____________ que lhe seja devida pelo Cliente, por força da
execução do contrato de ____________.
2. O Banco declara renunciar a todos os meios de defesa próprios ou que possam competir ao
Cliente e que de algum modo possam obstar à execução total ou parcial desta garantia.
3. A garantia poderá ser executada pelo Beneficiário total ou parcialmente e, neste caso, uma ou
mais vezes.
4. O Banco não poderá alegar não se encontrar demonstrado o incumprimento total ou parcial do
Cliente. Os pagamentos, deverão, assim, ser efectuados pelo Banco sem qualquer reserva,

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11/01/2022

restrição ou condição, devendo tão só o Beneficiário invocar a presente garantia e indicar a


garantia a pagar.
5. Qualquer pagamento a realizar ao abrigo da presente garantia deverá ser efectuado através de
transferência para a conta bancária que o Beneficiário indicar para o efeito aquando da reclamação
apresentada, devendo essa conta ser creditada dentro das 48 horas que se sigam à reclamação,
sem o que serão devidos pelo Banco juros moratórios, até efectivo e integral pagamento, à taxa
legal supletiva que estiver em vigor.
6. Todas as quantias reclamadas ao abrigo da presente garantia deverão ser pagas líquidas de
quaisquer comissões, taxas ou impostos de qualquer tipo.
7. A presente garantia é válida pelo prazo de um ano, automaticamente renovável.

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