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1.

Selecione um caso considerado por você e/ou por sua equipe como um caso complexo,
como por exemplo Sintomas Sem Explicação Médica.
a)      Descreva detalhadamente o histórico do seu quadro clínico, as avaliações já realizadas, as
intervenções e tratamentos já propostos, bem como os seus resultados. 1,0
Paciente, 55 anos, sexo feminino, apresentando queixa de cefaleia holocraniana crônica
intermitente, há aproximadamente 2 anos.
Passou por diversas avaliações clínicas anteriores, incluindo TC de crânio solicitada pela médica da
antiga equipe, sem quaisquer alterações morfológicas.
Faz uso crônico de AINE’s, foi encaminhada à neurologia, com diagnóstico de Migrânea sem aura.
Fez uso de Topiramato, sem resposta adequada, com recorrência das crises na mesma frequência.
Em tratamento de Transtorno Depressivo há 5 anos com Fluoxetina.

b)      Justifique a classificação do caso como complexo, apresentando argumentos apoiados no caso
e no histórico que sustentem essa justificativa. 2,0
1. Programe com o paciente e sua família a aplicação de pelo menos um instrumento de
classificação, representação ou avaliação familiar e pelo menos um instrumento de
abordagem familiar. 1,5
Tipologia Familiar.
A complexidade do caso se dá não exatamente pela clínica apresentada, mas pelo contexto de vida
verificado em abordagem familiar, realizada sob interrogação a respeito do ambiente domiciliar,
descrito como conturbado, devido ao número de pessoas convivendo no mesmo ambiente e com
diversos problemas de ordem social e econômica.

2. Descreva detalhadamente a aplicação desses instrumentos, observando os comportamentos e


reações tanto do paciente e dos familiares, quanto de si próprio e de outros profissionais de
saúde que tenham acompanhado a aplicação. 1,0
Ao interrogar a cada ente familiar, houve confirmação de que as crises da paciente costumam
ocorrer em momentos nos quais algum integrante da família residente no mesmo domicílio traz, de
certa forma, algum problema “para dentro de casa”.
Proposto à família a melhoria na comunicação, compartilhamento dos problemas e divisão de
tarefas no ambiente domiciliar, a busca de maior autonomia por parte dos adultos em situação de
dependência financeira e maior colaboração no sentido de manter a harmonia.

3. Programe uma nova reavaliação (por você ou por alguém de sua equipe) para uma avaliação
geral dos resultados da aplicação desses instrumentos para o paciente, seus familiares, para
si e sua equipe. Caso não tenha tido tempo suficiente para a avaliação dos resultados dessa
intervenção, apresente as suas expectativas de resultados. 1,5
Por expectativa, espero que as crises apresentadas pela paciente diminuam em frequência à medida
que se verificar colaboração por parte dos demais entes familiares. Caso contrário, o quadro poderá
perdurar e prejudicar de forma significativa a saúde mental da paciente, a ponto de afetar sua
funcionalidade e até mesmo as atividades de vida diária, impondo sobre a mesma uma condição de
dependência que não poderá ser suprida por estes entes.

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