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https://youtu.

be/qxQtwMHfTds
https://youtu.be/J5Nezz8icbM
Ilhavense Jazz
Dentre os componentes deste jazze não se sabe os instrumentos que tocavam Mário Valente,
Eduardo Gomes e Abílio Oliveira, entre o sax alto, o sax tenor e a tuba que estão visíveis. A
bateria, composta por bombo, prato e tarola, estampa um desenho que não se percebe, mas
claramente está também escrito o nome do grupo e seu local de origem “Ílhavo”. O grupo
tem oito músicos, todos aparentemente jovens, em estúdio e em pose, estando apenas o
baterista e dois instrumentistas sentados. Tal como na fotografia anterior é de assinalar a
centralidade posicional da bateria que, certamente, também traduz uma certa centralidade no
papel musical do grupo.

”Ilhavense Jazz” – Jornal Beira Mar (Junho 1932)

Figura 13 – Ilhavense Jazz (jornal Beira-Mar em 19/06/1932).


1-Manuel S. Marcos (clarinete); 4-Henrique Rato (bateria); 5-Jaime de Oliveira (sax alto); 6-Rosalino
da Perpétua (trombone); 7-Gumercindo Gonçalves (clarinete); Mário Valente; Eduardo Gomes;
Abílio Oliveira.
https://youtu.be/PGw35am4R9Q
É relatado o suicídio de um violinista, em Nova Iorque: “Preferindo morrer a ofender a arte – O
jazz leva ao suicídio um músico de nome”, lança o cabeçalho da notícia. É contada a história de
um violinista, despedido do restaurante onde trabalhava e incapaz de arranjar novo emprego
porque em todos os restaurantes e cafés onde se apresenta é-lhe pedido que toque jazz para
entreter os clientes, o que ele recusa fazer. “(Calado, 2017)

O artigo informa que em algumas igrejas norte-americanas começaram a tocar hinos cristãos
em ritmo de jazz como forma de atrair mais fiéis aos serviços religiosos. A iniciativa estaria a ser
bem-recebida, mas é rejeitada pelo redactor do artigo que termina o artigo questionando
“estaremos em vésperas do juízo final?” (Calado, 2017)
Num artigo publicado por ocasião de uma série de concertos de Johann Strauss em Lisboa,
Herculano Levy opõe a música de dança moderna das jazz-band à tradição musical dos salões
vienenses e denuncia o jazz como um “estupefaciente” que adormece séculos de civilização e a
aliena, acreditando que seria necessária uma nova expansão da valsa para salvar os salões
cultos, tomados de assalto pelas jazz-band.“ (2017, Calado)

, sendo frequentemente colocado em


oposição à ideia de civilização, de uma conduta moral e da “boa música clássica” (2017, Calado)
tempos de execução lentos (blues), ritmos de fox-trot
(swing), instrumentos como chocas, vassouras ou surdinas, etc
• Quanto aos ritmos sincopados, por exemplo, a sua utilização deveria restringir-se a um
máximo de 10 por cento da composição em causa, sendo que o restante deveria consistir
num movimento legato natural
todos os sons que não tivessem uma
proveniência tradicional eram desaconselháveis para o meio campesino.

“(...) Não se afigura que através dos barulhos exóticos, extraídos de instrumentos
também exóticos, se possa aperfeiçoar a mentalidade do povo das nossas aldeias”

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