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ÍNDICES FÍSICOS: DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL

OBJETIVO
 Apresentar os procedimentos para a realização de ensaios para
determinação de índices físicos de solos de uma região e posterior
produção de relatório para unidade 1.
ÍNDICES FÍSICOS
 Determinação experimental dos índices físicos:

 Os índices físicos são determinados em laboratório ou mediante


fórmulas de correlação.

 Em laboratório, são determinados:

 o peso específico natural (através do peso e volume total);


 o teor de umidade; e
 o peso específico real dos grãos.
TEOR DE UMIDADE NATURAL

ABNT NBR 6457


TEOR DE UMIDADE: W (%)
 Método da estufa
• O teor de umidade é obtido por diferença de peso de uma amostra de solo antes e após
a secagem em estufa.
• Procedimento:

a) Toma-se uma cápsula com peso conhecido (Mc);


b)Seleciona-se uma porção de amostra representativa
(aproximadamente 50 g) (Mt);
c) Coloca-se a amostra na cápsula e pesa-se o conjunto (Mc + Mt);
d) Seca-se em estufa, à temperatura de 105 ºC a 110 ºc, o conjunto até
a constância do peso;
e) Pesa-se novamente o conjunto (Mc + Ms) para determinar o peso
da amostra seca.
TEOR DE UMIDADE: W (%)
 Método da estufa
• O teor de umidade é calculado de acordo com a seguinte expressão:

𝑴𝒄 + 𝑴𝒕 −(𝑴𝒄 + 𝑴𝒔 ) 𝑴𝒘
𝒘= = 𝒙 𝟏𝟎𝟎
𝑴𝒄 + 𝑴𝒔 − 𝑴𝒄 𝑴𝒔

• Onde:
• w é o teor de umidade, expresso em porcentagem (%);
• Mc é a massa da cápsula;
• Mt é a massa da amostra antes de secar na estufa;
• Ms é a massa da amostra seca em estufa;
• Mw é a massa da água.
• Deve efetuar no mínimo três determinações do teor de umidade por amostra;
• Com todos os valores das umidades de cada amostra, faz-se a média e determina-se o
teor de umidade do solo.
TEOR DE UMIDADE: W (%)
 Speedy (campo)
• Outra forma de determinar a umidade do solo, em campo, é através do método
expedito “Speedy” normatizado pelo DNER-ME 052/94 - Solos e agregados miúdos
- determinação da umidade pelo método expedito “Speedy”.

• Tem base na reação da água de uma amostra com o carbureto de cálcio em ambiente
confinado. O gás acetileno ao expandir-se gera pressão proporcional à água existente
na amostra. A leitura da pressão é feita em um manômetro.
MASSA ESPECÍFICA APARENTE ÚMIDA (NATURAL)

ABNT NBR 9813


MASSA ESPECÍFICA APARENTE ÚMIDA (NATURAL)
 Determinação da massa específica aparente in situ, com
o emprego do cilindro de cravação (NBR 9813/2016)
• Para verificações, in situ, utiliza-se para determinar o peso específico um cilindro
cortante com peso e dimensões conhecidas que é cravado no solo.

a) Determinar a massa do cilindro de cravação (Mcilindro);


b) Determinar o volume interno do cilindro (Vcilindro) ( para tanto, determinar, a
altura e o diâmetro interno em quatro posições igualmente espaçadas e calcular o
volume utilizando-se as médias dos valores assim obtidos).
MASSA ESPECÍFICA APARENTE ÚMIDA (NATURAL)
 Determinação da massa específica aparente in situ, com
o emprego do cilindro de cravação (NBR 9813/2016)
c) Molda-se um corpo de prova cilíndrico de solo indeformado;

d) A massa do cilindro contendo o material (Mcilindro + solo) deve ser determinada


imediatamente, de modo a evitar a perda de umidade.
MASSA ESPECÍFICA APARENTE ÚMIDA (NATURAL)
 Determinação da massa específica aparente in situ, com
o emprego do cilindro de cravação (NBR 9813/2016)
• A massa específica natural é calculada de acordo com a seguinte expressão:
(𝑴𝒄𝒊𝒍𝒊𝒏𝒅𝒓𝒐 + 𝒔𝒐𝒍𝒐 ) − (𝑴𝒄𝒊𝒍𝒊𝒏𝒅𝒓𝒐 ) 𝑴𝒔𝒐𝒍𝒐
𝝆𝒏 = =
𝑽𝒔𝒐𝒍𝒐 𝑽𝒔𝒐𝒍𝒐

• Onde:
• 𝜌n é a massa específica natural;
• Mcilindro + solo é a massa do cilindro de cravação com a amostra de solo;
• Mcilindro é a massa do cilindro de cravação;
• Msolo é a massa da amostra de solo;
• Vsolo é o volume do solo no cilindro.
MASSA ESPECÍFICA APARENTE ÚMIDA (NATURAL)
 Determinação da massa específica aparente in situ, com
emprego do frasco de areia (NBR 7185/2016)
• No campo a determinação da massa específica natural pode ser feita, ainda,
utilizando-se um frasco ao qual se adapta um funil munido de um registro
(ABNT/NBR 7185/2016 - Solo - Determinação da massa específica aparente, "in
situ", com emprego do frasco de areia), mostrado na figura abaixo.
MASSA ESPECÍFICA DOS SÓLIDOS OU DOS GRÃOS –
DENSIDADE REAL

ABNT NBR 6508


MASSA ESPECÍFICA DOS SÓLIDOS OU DOS GRÃOS –
DENSIDADE REAL
• O peso específico real dos grãos, ou sólidos, é determinado, usualmente, empregando um
frasco de vidro denominado picnômetro (balão volumétrico), de acordo com ABNT/NBR
6508/84.
• O ensaio compara o peso de um picnômetro contendo água destilada até a marca de calibração
(𝑊1) com o peso do mesmo picnômetro contendo solo e água (𝑊2) até a mesma marca.
MASSA ESPECÍFICA DOS SÓLIDOS OU DOS GRÃOS –
DENSIDADE REAL
a) Coloca-se um peso seco conhecido do solo (P2 – P1) num picnômetro.
b) Completa-se com água, determinando o peso total (P3).
c) O peso do picnômetro completado só com água (P4) mais o peso do solo (P2 - P1) ,
menos o peso do picnômetro com solo e água (P3) = o peso da água que foi
substituído pelo solo.
d) Deste peso, calcula-se o volume de água que foi substituído pelo solo e que é o
volume do solo.
MASSA ESPECÍFICA DOS SÓLIDOS OU DOS GRÃOS –
DENSIDADE REAL
e) Com o peso e o volume, tem-se o peso específico.
MASSA ESPECÍFICA DOS SÓLIDOS OU DOS GRÃOS –
DENSIDADE REAL
e) Com o peso e o volume, tem-se o peso específico.
Referências
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6457: Amostras de solo – Preparação
para ensaio de compactação e ensaios de caracterização. Rio de Janeiro, ABNT, 2016. 12 p.

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9813: Solo - Determinação da massa


específica aparente in situ, com emprego de cilindro de cravação. Rio de Janeiro, ABNT, 2016. 9 p.

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6508: Grãos de solo que passam na
peneira de 4,8 mm – Determinação da massa específica. Rio de Janeiro, ABNT, 1984. 8 p.

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7185: Solo - Determinação da massa


específica aparente, in situ, com emprego do frasco de areia. Rio de Janeiro, ABNT, 2016. 12 p.

• DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER – ME 052/94: Solos e


agregados miúdos - determinação da umidade pelo método expedito “Speedy”. [S.I.], MT – DNER, 1994.

• OLIVEIRA, D. A. Notas de aula: Mecânica dos Solos. Universidade Federal Rural do Semi-Árido.
Caraúbas-RN, 2018.

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