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LABORATÓRIO DE REDAÇÃO

PROF: DIEGO ALCANTARA – SÉRIE: 2º ANO – 1ª ETAPA/2023

EIXO TEMÁTICO: Tecnologia e comportamento social

Ligue seu computador e automaticamente verá uma explosão de imagens. Vídeos, fotos, animações
surgem na tela, sendo atualizadas a todo o momento. Isso tudo é informação que você consciente ou
inconscientemente está absorvendo.
Dificilmente paramos para analisar a carga informativa de cada imagem e por qual motivo ela esta
sendo divulgada. Então surge a dúvida sobre que impacto elas causam na comunicação.
A comunicação visual tem um papel importante na transmissão de conhecimento. Desde os primórdios
é por meio de representações simbólicas que informações importantes são registradas. Mesmo na era
pré-histórica as imagens já tinham a função de repassar o conhecimento a outras gerações sobre o
ambiente e atividades sociais, desenvolvendo nossa percepção de realidade.
Hoje a sociedade está vivendo um momento de emancipação cultural gerada na internet. Nesse meio
de comunicação as informações visuais têm um valor maior que o texto escrito. É através de símbolos
que a ideologia de cada grupo irá ser transportada aos demais. Por isso se faz necessário analisar os
efeitos positivos e negativos que a comunicação visual (criada a partir das tecnologias digitais) traz ao
internauta.
Lembrando que toda imagem é portadora de uma carga informativa, toda evolução artística na
construção desse ambiente interfere na comunicação. A elaboração desse meio leva em conta os
padrões estéticos e a eficiência de suas ferramentas. O formato do texto, seleção de imagens,
editoração, interatividade, diagramação, tudo é construído tentando atrair o maior número de visitantes
possível, aproximando o ambiente virtual à realidade em que vivemos ou que desejamos viver.
Da mesma forma que programas gráficos podem melhorar as fotos, os avanços científicos transformam
os nossos corpos físicos criando um simulacro de mundo perfeito.
A rapidez nas trocas de informação quebra a relação “tempo x espaço”. O “corpo físico” é substituído
pela subjetividade virtual, criando uma realidade paralela, ou seja, ao mesmo tempo em que estamos
ocupados e distantes fisicamente, nos mantemos conectados e disponíveis no ciberespaço.
Vemos a arte se desenvolver com auxílio da tecnologia, quase convergindo para o ramo científico.
Ecossistemas artificiais formam-se por meio das redes de comunicação. Cada vez mais a ciência,
cultura, arte e tecnologia se fundem em uma nova proposta de ambiente social, alterando e conduzindo
a nossa percepção e transformando a comunicação humana.
As criações gráficas vão nos permitir mergulhar nessa vida surreal, onde nosso ID torna-se um “avatar”
entre o real e o virtual. Os problemas sociais passam a ser discutidos e resolvidos na Internet, nova
“ágora da modernidade”. As organizações sociais, expressões artísticas e transmissões de informações
também serão transformas por essas novas tecnologias.
As imagens estão mudando a forma com que as pessoas percebem o mundo, trazendo uma nova
proposta estética, que une usabilidade, modernidade, tratamento e estudo de cores e até mesmo a
forma de compreensão dos textos. Muitas vezes precisamos analisar com que intenção essas imagens
são criadas, selecionadas e alteradas. A interface gráfica ganha um papel estratégico construindo um
habitat em constante transformação.
O ciberespaço passa a copiar a arquitetura autofágica das metrópoles onde imagens de alertas,
propagandas, notícias disputam espaço, guerreando pela atenção do internauta. Do mesmo jeito a
comunicação no ambiente real é influenciada por essas novas tecnologias. Essas novas ferramentas
mudam a sensibilidade humana causando o fim da individualidade do sujeito com a falsa ideia de aldeia
global.
A biotecnologia trará a sensação de impotência diante da máquina, ao mesmo tempo irá evidenciar o
egoísmo e o egocentrismo. Trazendo a exclusão social de grupos que não tenham acesso as
ferramentas tecnológicas.
O desenvolvimento acelerado no ciberespaço traz novos dilemas: a manipulação, publicações e
comércio ilegal, plágio, conteúdos ilícitos e todo tipo de deslizes éticos reais. Isso aumenta a discussão
a cerca da vigilância e controle da internet. Somos constantemente vigiados e ainda assim não temos
controle sobre o que é privado e o que é coletivo.
Atualmente qualquer um pode ter sua vida devastada pela exposição, manipulação e divulgação de
imagem. E como no ciberespaço tudo é veloz e absorto, os estragos assumem proporções
inimagináveis.
Por todos esses motivos é necessário compararmos o mundo real à realidade virtual, para refletir sobre
as interferências dos valores estéticos de um meio sobre o outro.
É preciso perceber os efeitos da criação, veiculação e manipulação das imagens visando traçar um
novo panorama sobre a comunicação pós-moderna e procurar meios de unir o desenvolvimento
tecnológico com a evolução da comunicação humana de forma saudável e responsável.

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