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O fichamento consiste na elaboração de fichas (sejam elas

físicas ou não) que têm como objetivo a


catalogação dos dados de um  determinado
texto acompanhado de suas ideias principais
ou citações mais  importantes.  
É um gênero textual que serve para acesso rápido aos
dados de  
um determinado texto e para relembrar as discussões nele
contidas. 

É uma atividade muito útil quando se considera o volume e


ritmo  
de leitura que um curso superior demanda,
pois com o fichamento de cada  texto lido, é
possível, mesmo depois de passado um
longo tempo da leitura  inicial, o ativar a
memória sobre as discussões do texto e,
além disso, é  uma forma de sistematizar o
seu conhecimento. O fichamento pode ser
muito útil também na preparação prévia para
a produção de um texto mais  elaborado. Se
você tem a intenção de produzir um artigo e
precisa  selecionar bases teóricas para essa
produção, uma pasta com fichamentos  já
produzidos pode adiantar muito o seu
trabalho de produção, além de  dispor de
todos os dados bibliográficos das obras.  
A estrutura do fichamento pode ser composta por:  

∙ Referência bibliográfica da obra 


∙ Comentários gerais sobre o tema da obra 
∙ Citações (com aspas e indicações das páginas) 
∙ Comentários específicos 
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Exemplo de fichamento:  
TARALLO, Fernando. A pesquisa sociolinguística. São Paulo: Ática, 2005.
O livro desenvolve um modelo teórico-metodológico de pesquisa na área da 
sociolinguística e tem como base a Teoria da Variação Linguística, estruturado  por
Willian Labov, que assume o “caos” linguístico como objeto de estudo. 

“As variantes de uma comunidade de fala encontram-se em relação de 


concorrência: padrão, conservadora, e de prestígio refletem as previsões dos 
modelos sociolinguístico; as variantes inovadoras, estilizadas e não-padrão  ampliam
as dimensões que atitudes sociolinguísticas podem alcançar.” (p. 12) 

“É a partir de sua existência real, com todas as inúmeras, infinitas e possíveis 


facetas que tentaremos construir um modelo teóricos”. (p. 18). Dessa forma, o  autor
defende que o objeto de análise determina a teoria e não o contrário.  

“Para sociolinguística, o vernáculo é a língua falada em situações naturais de 


interação face a face”. (p. 19) 

O pesquisador da área de sociolinguística precisa interagir no processo de 


comunicação, mas pode utilizar também o método de observação.  

Método: estabelecer a comunidade para pesquisa e proceder de acordo com 


critérios indicados: (p. 27) 
Instrumento: gravador  
Método: entrevista 
Seleção aleatória de informantes. 
Roteiro de perguntas/questionário-guia. 
Estabelecer módulos de tópicos de comunicação: dados pessoais; tema de 
interesse do falante.  
Modulo Narração: perigo de morte. (Apresenta mais eficácia) (p. 23)
(Continua...)

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