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Fidel Fernando Chavate

Violência Doméstica contra a Mulher: um estudo sobre as causas da denúncia e do


silêncio, no distrito de Jangamo (2019 - 2022)

Licenciatura em Direito

Universidade Save
Maxixe
2023
Fidel Fernando Chavate

Violência Doméstica contra a Mulher: um estudo sobre as causas da denúncia e do


silêncio, no distrito de Jangamo (2019 - 2022)

Projecto de pesquisa, a ser apresentada no


Departamento de Ciências Sociais e Filosóficas
para efeitos de elaboração de Monografia
científica.
Supervisor: Ma. Alfredo Tomo

Universidade Save
Maxixe
2023
Índice
1.Introdução...........................................................................................................................................4
1.2. Objectivos.......................................................................................................................................5
1.3. Objectivo geral................................................................................................................................5
1.4. Objectivos específicos.....................................................................................................................5
2. Justificacao do Tema..........................................................................................................................5
3. Formulação do problema....................................................................................................................6
4. Hipóteses............................................................................................................................................7
5. Fundamentação Teórica......................................................................................................................7
5.1. Definição de conceitos....................................................................................................................7
5.1. 1. Violência.....................................................................................................................................8
5.1.2. Violência domestica.....................................................................................................................8
6. Metodologia.....................................................................................................................................10
6.1. Tipos de Pesquisa Quanto à Abordagem.......................................................................................10
6.2. Método de Abordagem..................................................................................................................10
6.3. População Alvo e Amostragem.....................................................................................................10
6.3.1. Definição da População Alvo.....................................................................................................10
6.3.2. Definição da Amostra.................................................................................................................10
6.3.3. Descrição da Amostra.................................................................................................................11
6.3.4. Técnicas e Instrumentos de Recolha de Dados...........................................................................11
7. Conclusão.........................................................................................................................................13
8. Referencias.......................................................................................................................................13
1.Introdução
Quando nos reportamos ao tema da violência doméstica falamos de uma realidade muito
concreta: de homens, mulheres, crianças e idosos cuja dignidade enquanto pessoa humana é
posta em causa. Face à complexidade do tema elegemos como referencial teórico a categoria
de género, que postula a construção histórica das relações sociais entre os sexos e a de
representação social, que analisa a construção do indivíduo enquanto sujeito social e cultural.
A violência domestica não é um fenómeno novo, visto que este surgiu com aparecimento do
homem, tendo registado o seu ponto mais alto, com a promulgação da lei 29⁄2009, de 29 de
Setembro que versa sobre violência domestica praticada contra a mulher, que visa proteger ou
seja prevenir, raciocinar e proteger as mulheres vitimas, a necessária protecção, garantir e
introduzir medidas que fornecem aos órgãos do estado os instrumentos necessário para
eliminação desse fenómeno.
Portanto, no presente trabalho, far-se-á uma abordagem em torno da violência doméstica
praticada contra a mulher no distrito de Jangamo, procurando discutir as reais motivações
sociais e jurídicas que contribuem para que as mulheres vitimas, denunciem os actos de
violência perpetrados pelo seu parceiro no âmbito das relações conjugais, enquanto as outras
ainda não quebram o silêncio.
A violência domestica contra a mulher recebe esta denominação por ocorrer dentro de lar, e o
agressor ser, geralmente, alguém que já manteve, ou ainda mantem, uma relação intima com a
vítima. Pode se concretizar de diversos modos, desde marcas visíveis no corpo, caracterizando
a violência física, até formas mais subtis, porém não menos importantes, como violência
psicológica, que traz danos significativos a estrutura emocional da mulher.
Apesar do crescimento de casos denunciados às autoridades, acredita-se que existem alguns
casos que ficaram fora do conhecimento das autoridades, por motivações de conotação
machista e como fruto da nossa herança da cultura patriarcal, desconhecimento da lei por
parte das vítimas, dependência económica e financeira das vítimas em relação aos agressores.
As mulheres quando denunciam a violência praticada contra elas no espaço doméstico,
assumimos por hipótese que, pretendem reivindicar a igualdade de direitos e obrigações,
eliminando o feminismo, romper com os valores patriarcais que privilegiam a inteira
submissão da mulher relativamente as vontades e práticas do homem, o que limita a liberdade
da mulher nas relações conjugais.
O presente projecto pretende assim dar um contributo útil na investigação, neste âmbito ao
explorar os motivos da denúncia e do silêncio das vítimas, bem como, nos casos em que são
relatados situações de vitimacão, averiguar a quem recorrem para pedir ajuda.
1.2. Objectivos
1.3. Objectivo geral
Compreender as reais causas sociais que levam as mulheres à denúncia e a não denúncia, dos
actos de violência, que são perpetrados pelos seus parceiros no âmbito das relações conjugais
no distrito de jangamo.

 Compreender as reais causas sociais e jurídicas que levam as mulheres à denúncia e


não denuncia, dos actos de violência, tendo em conta a vigência da lei 29⁄2009 que
pune os infractores.

1.4. Objectivos específicos


 Descrever até que ponto, a existência da lei 29⁄2009 sobre a violência praticada contra
a mulher influencia o índice de denúncias no distrito de Jangamo;
 Identificar os tipos de violência doméstica contra a mulher registadas na área em
estudo;
 Analisar o papel da polícia e das autoridades judiciárias na mitigação de casos de
violência doméstica contra a mulher em Jangamo.
2. Justificação do Tema
A justificação do presente trabalho de investigação reside, na vontade de busca de desafios,
que constitui a primeira razão que fez com que o autor escolhesse este tema, aliando-se ao
cenário actual, uma vez que o mesmo tem levantado, constantemente, acesos debates a todos
níveis. Nos vários canais televisivos, rádios e jornais do país, nos últimos tempos, têm corrido
noticias relacionadas a violência domestica contra as mulheres e crianças em todo país em
particular no distrito de Jangamo.
A realização deste trabalho justifica-se ainda, a partir da experiencia obtida durante o estagio
profissional no Serviço Nacional de Investigação Criminal de Jangamo (SERNIC), que
durante as audições das mulheres vitimas de violência domestica, em auto de declarações, foi
notório que algumas mulheres só relatavam a sua situação, após uma sensibilização, que as
deixava segura, era quando melhor se expressavam sobre a violência vivenciada. Por vezes,
os relatos eram dados com muita insegurança e medo, pois algumas alegavam a falta de apoio
da família, para sair da situação violenta que se encontravam, outras com receio de perder a
guarda dos filhos, perder o marido ou mesmo ficar preso e a família dele se revoltar contra ela
e dependência financeira, por isso sujeitavam-se a tal situação de silencio. Portanto esses
depoimentos impulsionaram o pesquisador a realizar um estudo aprofundado sobre o tema.
Por ultimo, este tema reveste se de bastante actualidade para o desenvolvimento de uma
monografia científica e, eventualmente, fornecera dados novos para os profissionais da
administração da justiça, académicos e a sociedade em geral, ou seja para o mundo jurídico,
mediante análise das motivações que levam as mulheres a denuncia e o silêncio dos actos de
violência.
3. Formulação do problema
Apesar de a mulher constituir a maioria da população moçambicana, em relação à população
total e desempenhar um papel fundamental na manutenção e desenvolvimento da família e da
sociedade, ela é uma vítima de violência, perpetrada habitualmente pelos homens. As vítimas
mostram-se relutantes em apresentar queixas juntas dos órgãos competentes por vergonha,
receio e possuir sentimento de lealdade familiar. Para além da violência, incluindo a violência
doméstica a mulher é também vítima de muitos outros males socioculturais e económicos.
Dada a situação, com o reconhecimento dos recursos legislativos, normativos e institucionais,
além da qualidade profissional das instituições públicas para a luta contra a epidemia da
violência domestica contra a mulher, contribuíram para a noção da igualdade de direitos e a
necessidade de liberdade no campo das diversas relações sociais, que as mulheres vítimas
resolvem dar “um basta” aos actos de violência, perpetrados pelos seus parceiros,
denunciando-os.
A violência domestica não pode ser vista como um destino que a mulher tem que aceitar
passivamente. O destino sobre a sua própria vida pertence-lhe, deve ser ela a decidi-lo, sem
ter que aceitar resignadamente a violência que não a realiza enquanto pessoa.
Diante deste cenário levanta-se a questão de partida: Quais as reais motivações sociais e
jurídicas que levam as mulheres vítimas, a denunciarem e as outras não, os actos de
violência que são perpetrados pelo seu parceiro no âmbito das relações conjugais no
distrito de Jangamo.
4. Hipóteses
Face ao problema de estudo, colocamos, para a nossa realidade, as seguintes hipóteses de
investigação:
 As mulheres vítimas denunciam como forma de negar a gestão da relação conjugal e
do espaço domestico através do modelo baseado na reprodução dos valores e
patriarcalista;
 Denunciam como forma de reivindicar a liberdade da mulher no exercício das
vontades individuais, na esfera domestica – privada assim como na esfera pública;
 O reconhecimento dos recursos legislativos, normativos e institucionais, além da
qualidade profissional das instituições públicas para esta luta, da violência que é
praticada contra ela, pelo seu parceiro conjugal;
 Os motivos mais frequentemente apontados para a manutenção da relação prendem-se
com o medo de represálias, a perda de meios de suporte financeiro, preocupações com
os filhos (ex.: medo de uma educação monoparental dos filhos agravada por
dificuldades económicas), a dependência emocional, a ausência de suporte familiar e
de amigos e uma eterna esperança na mudança de comportamento por parte do
agressor.

5. Fundamentação teórica conceptual


5.1. Definição de conceitos
Os conceitos que serão definidos neste subcapítulo são: Violência e violência domestica
contra a mulher.
5.1. 1. Violência
Etimologicamente o termo «Violência» provêm da expressão latina violentia, de violentus
(Com ímpeto, furioso, à força), ligado ainda ao verbo violare em que vis, significa força,
potência, e também infringir, transgredir, devassar. O termo parece neutro, mas quando
analisados os comportamentos violentos e seus conflitos, verifica-se que todos eles remetem
para conflitos de autoridade, lutas pelo poder e de domínio, de posse e de aniquilamento do
outro ou de seus bens (QUARESMA, 2012).
A violência é a qualidade daquele que é violento, do que age com forca. De acordo com o
dicionário Houaiss, violência é entendida enquanto a acção ou efeito de (…) empregar forca
física, ou intimidação moral (2001, p.2866). Seus instrumentos estão no âmbito das
humilhações, ameaças, ofensas, e seus efeitos podem levar a ferimentos, tortura, morte ou
danos psíquicos (PAVIANI, 2016).
A violência é qualquer conduta que configure retenção, subtracção, destruição parcial dos
objectos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos
económicos incluindo os destinados a satisfazer as suas necessidades, de acordo com o
plasmado na lei (Vide a lei n° 29/2009).
5.1.2. Violência doméstica
Silva (2012:9), considera a violência domestica como «Qualquer forma de comportamento
físico e/ou emocional, não acidental e inadequado, resultante de disfunções e/ou carências nas
relações interpessoais, num contexto de uma relação de dependência por parte da vítima
(física, emocional e/ou psicológica), e de confiança e poder (arbitrariamente exercido) por
parte do abusador, que habitando, ou não, no mesmo agregado familiar, seja cônjuge ou ex-
cônjuge, companheiro/a ou ex-companheiro/a, filho/a, pai, mão avô, avó ou outro familiar».
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE, 2017), violência domestica, é aquela
que ocorre em casa, no ambiente domestico, ou em uma relação de familiaridade, afectividade
ou coabitação. Ainda na mesma senda, a violência doméstica é toda acção de violação dos
direitos fundamentais do homem, praticada entre os membros que habitam num ambiente
familiar e pode acontecer entre pessoas com laços de sangue (pai e filhos), ou unidas de
formas civil (marido e esposa ou genro e sogra).
A lei da violência doméstica moçambicana (lei n° 29/2009), define à violência contra a
mulher, como sendo ˝ todos os actos perpetrados contra a mulher e que cause, ou que seja
capaz de causar danos físicos, sexuais, psicológicos ou económicos, incluindo a ameaça de
tais actos, ou imposição de restrições ou a privação arbitrária das liberdades fundamentais na
vida pública ou privada˝.
De acordo com OSORIO CONCEIÇÃO et al (2001:32) Violência doméstica contra mulher é
todo acto de violência baseado na pertença ao sexo feminino que tenha ou possa ter como
resultado um dano físico ou sofrimento físico, sexual ou psicológico para a mulher, assim
como as ameaças de tais actos, a coacção ou a privação arbitrária da liberdade, tanto
produzido na vida pública como na privada.
Portanto, a nosso entender o conceito de violência domestica não é consensual atendendo a
tipologia, sentido lexical, natureza e não só, como também o meio em que é praticada e sua
abrangência na sociedade.
Portanto, violência doméstica são acções que de certa forma tendem a ferir ao outro, sendo
actos que podem ser praticados por membro que habite na mesma casa ou não. Estes actos de
violência domestica podem ter impacto na saúde física e psíquica da vitima no memento da
ocorrência, assim como ter reflexos na vida futura do individuo. Incluem no rol da violência
domestica, o abuso sexual de menores e maus tratos aos idosos.
A violência doméstica traduz-se num modo de exercício de poder, com recurso à forca física,
psicológica, económica e social, com objectivo final de lograr a sua submissão da vítima ao
autor.
6. Metodologia
Com a presente pesquisa pretendemos abordar o fenómeno da violência doméstica praticada
contra a mulher no distrito de Jangamo. O distrito de jangamo é nosso campo de pesquisa
devido ao facto de ter, consideráveis Postos Policiais, Centro de Atendimento Integrado à
Vitimas de Violência (CAIVV), gabinetes jurídicos e o Gabinete de Atendimento à Família e
Menor Vitima de Violência (GAFMVV), que comporta todo o distrito onde são
encaminhados todos os casos de violência domestica, que será o centro para o estudo. Neste
gabinete, para além de desenvolvermos entrevistas com algumas vítimas, procuramos
igualmente ver os índices de denúncia, baseando-se nos relatórios anuais de 2019 – 2022.
Assim sendo, as entrevistas por nós feitas, procuram captar as motivações que fazem com que
as mulheres denunciem os actos de violência doméstica praticados pelos seus parceiros.
Procuramos, também, saber das vítimas entrevistadas, que tipos de violência sofrem e qual é a
causa da violência.
6.1. Quanto à abordagem
De acordo com CHIZZTTI (2008: 79), a abordagem qualitativa parte do fundamento de que
há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, uma interdependência viva entre o
sujeito e o objecto.
6.2. Quanto aos objectivos
É explicativa. De acordo com GIL (2008:48), pesquisa explicativa é aquela que tem como
objectivo central identificar os factores que determinam ou que contribuem para a ocorrência
dos fenómenos. Visa aprofundar o conhecimento da realidade porque explica a razão, o
porque das coisas.
Procederemos à análise jurídica do conteúdo da bibliografia recolhida, que corresponda ao
objecto do estudo do presente trabalho.
6.3. Método de abordagem
Quanto ao método de abordagem é indutiva que consiste em fazer análise de dados partindo
de casos particulares para inferir resultados universalizados, MARCONI & LACATOS (2002:
86).
Este vai nos permitir explicar o facto de as mulheres de diferentes localidades do distrito de
Jangamo, que são frequentemente violentadas pelos seus cônjuges, ainda não decidiram
denunciá-los.
6.1.1. População alvo e amostragem
6.1.2. Definição da população alvo
Para GIL (2008:108), população é o conjunto definido de elementos que possuem
determinadas características.
Pode-se dizer que população é o conjunto de seres da mesma espécie que o estudo abrange, no
presente trabalho, tomaremos como população alvo trinta (30) Mulheres vítimas de violência
doméstica no distrito de Jangamo.
6.1.3. Definição da amostra
Amostra é um subconjunto do universo ou da população, por meio do qual se estabelecem ou
se estimam as características desse universo ou população. Do modo comum, Lakatos &
Marconi (2003:223), entendem que a amostra é uma porção ou parcela, convenientemente
seleccionada do universo ou população. É um subconjunto da população.
Da população acima descrita, serão escolhidos aleatoriamente 20 agentes da PRM em serviço
no Comando Distrital da PRM-Jangamo, entre as forças em patrulha e de outros serviços que
compõem a instituição, com maior destaque para os afectos no Gabinete de Atendimento à
Família e Criança Vítima da Violência Doméstica.
6.2.3. Descrição da amostra
Dos 20 agentes escolhidos como amostra, serão entrevistados o Comandante Distrital, o
Chefe das Operações, uma vez que poderão estar em altura de explicar o cerne da questão em
pesquisa, dadas suas posições na hierarquia da instituição; os oficiais de permanência e seus
adjuntos para a percepção da real situação, a chefe da secção e os agentes em serviço no
Gabinete de Atendimento à Família e Criança Vítima da Violência Doméstica.
6.2.4. Técnicas de recolha de dados
Nesta pesquisa temos como técnicas de recolha de dados, para além da pesquisa
bibliográfica, a entrevista.
De acordo com LAKATOS & MARCONI (2003:197),entrevista é um encontro entre duas
pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto,
mediante uma conversação de natureza profissional. Existe vários tipos de entrevista, mas
para este propósito, optou-se pela entrevista semi-estruturada, que o entrevistador tem
liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direcção que considere adequada
(Idem).
Portanto, a entrevista semi-estruturada é a mais ideal, pois permite uma conversa
acompanhada de algumas perguntas pontuais, previamente preparadas. Esta técnica permite
que o nosso grupo alvo (mulheres vítimas) se sintam mais à vontade para expor as suas
opiniões e sentimentos relativos a este fenómeno de violência.
7. Conclusão
E necessário que sejam elaborados estratégias visando sensibilizar e dar sustentabilidade as
acções dos profissionais da atenção básica, bem como fornecer ferramentas teóricas sobre o
enfartamento da violência como problema de saúde complexa e que requer abordagens
multidisciplinar e intersectorial para o seu enfartamento, dessa forma pode se auxiliar os
profissionais da atenção básica no entendimento de que a violência domestica não se constitui
apenas de agressão física ou de situação de saúde mental, comprometida pela permanência em
situação de violência.
No território moçambicano, a violência doméstica tem ganhado o seu desenvolvimento, social
e jurídico, na medida em que não se olha apenas como vítima da violência, a mulher, como
também se vê a possibilidade de o homem também ser vítima de violência doméstica. Quanto
ao desenvolvimento jurídico, medidas têm sido tomadas para se punir as pessoas autoras da
violência doméstica, tanto que o quadro legal moçambicano, possui leis que reprovam
veementemente e punem a violência doméstica.
O que não pode se negar são as consequências da violência doméstica, apurou-se ainda com a
pesquisa, que, as vítimas sofrem de problemas físicos e psicológicos. Sofrem de ansiedade,
depressão e problemas psicossomáticos em doses significativamente mais elevadas do que as
que não são alvo do mesmo tipo de actos de violência. Vivem em constante estado de stress e
de medo perante a agressão iminente. Estão muito mais sujeitas a depressão, o que pode
conduzir a taxas de suicídio mais elevadas do que as verificadas em pessoas que não são
sofrem violência.
8. Referencias
BRASIL OMS. Portal da Saúde. Tipologias e Naturezas da Violência. Disponível em:
<http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional>. Acesso em 24/05/2020.
Costa, José Martins Barra da (2003), Sexo, Nexo e Crime. Lisboa: Edições Colibri, Lisboa,
2003.
FILHO, Nagib e CARVALHO, Gláucia. Vocabulário Jurídico, 21ª edição, Rio de Janeiro,
Editora Forense, 2003.
GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, 6ª ed. São Paulo, Editora Atlas SA, 2008.
Houiss, António; VILLAR, Mauro de Salles. Violência. In: Dicionário Houaiss de Língua
Portuguesa. Rio de Janeiro: Objectiva, 2001.
MARCONI, M. de Andrade e LAKATOS, E. Maria. Fundamentos de Metodologia
Científica. 3ª ed., São Paulo, Atlas, 2003.
MACHADO, Carla e GONÇALVES, Rui Abrunhosa, Violência e Vítimas de Crimes.
Coimbra. 2003.
OSÓRIO, Conceição et al. Não Sofrer Caladas; Violência Contra Mulher e Crianças:
Denúncia e Gestão de Conflitos. Maputo: WLSA Moçambique, 2004.
Silva, J. (2012), “As competências emocionais em mulheres vítimas de violência conjugal”,
Dissertação de Mestrado em Psicologia Jurídica, Porto, Faculdades de Ciências Humanas e
Sociais, Universidade Fernando Pessoa.
PAVIANI, Jayne. Conceitos e Formas de Violência [`recurso electrónico]: / org. Maura
Regina Modena. Caxias do Sul, RS: Educs, 2016.
INE informe Mulheres e Homens em Mocambique 2017, citado [15 outubro 2018] disponivel
em: http://www.ine.gov.mz/estatisticas/publicacoes/mulheres-homens/mulheres-e-homens-
em-mocambique-2017/view.
SILVA, Terezinha da. Violência Doméstica: Factos e Discursos In: SANTOS, Boaventura.
Conflito e Transformação Social: Uma Paisagem de Justiças em Moçambique. Porto: Edições
Afrontamento, 2003. Vol.2, 17. pp. 143-164.
QUARESMA, Carlos. 2012. Violência doméstica: da participação da ocorrência à
investigação criminal. Colecção de direitos humanos e cidadania. Lisboa:Socingraf Lisboa.
Legislação:
REÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Lei nº 29/2009, de 29 de Setembro, que aprova a lei contra
violência domestica
9. Cronograma
N° Designação 01 a 20 a 16.03.2 20 a 27 a 03 a 10 a 17 a
21.0
17.02. 24.02.2 023 24.03. 31.03.20 07.04.20 14.04.
4.20
2023 023 2023 23 23 2023 23
01 Pesquisa X
bibliográfica
02 Primeira X
versão do X
projecto
03 Entrega do
projecto X
04 Realização do
trabalho do X
campo
05 Realização de
entrevista X
06 Entrega do X
trabalho ao
supervisor
07 Acertos finais X

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