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Exercício 5

Direito das Sociedades Comerciais


Caso Prático n.º 1

José, Margarida e Simão constituíram em 30 de setembro de 2022 uma sociedade, à qual


atribuiram a firma J, M e S - Transporte Terrestre de Mercadorias, Lda.
Do respetivo contrato de sociedade constam, entre outras, as seguintes cláusulas:

Cláusula 11.ª.: O capital social da J, M e S - Transporte Terrestre de Mercadorias, Lda


corresponde a 25.000 euros, sendo José titular de uma quota com o valor nominal de 10.000
euros, Margarida titular de uma quota com o valor nominal de 10.000 euros e Simão titular de
uma quota com o valor nominal de 5.000 euros.

Cláusula 19.ª: Os lucros da J, M e S - Transporte Terrestre de Mercadorias, Lda. serão


distribuídos, em partes iguais, por José e Margarida.

Cláusula 23.ª: Em caso de exclusão judicial do sócio, ou de amortização da quota por iniciativa
da sociedade, não será devida qualquer contrapartida ao sócio excluído ou pela amortização da
quota.

Para cumprimento das respetivas obrigações de entrada, os sócios obrigam-se à realização das
seguintes prestações:

José: 2.000 euros em dinheiro e um furgão FIAT Ducato, avaliado por Teófilo, engenheiro
mecânico merecedor da inteira confiança de todos os sócios da J, M e S - Transporte Terrestre
de Mercadorias, Lda, em 8.000 euros, diferindo, todavia, a realização de ambas as prestações
pelo prazo de seis anos, contados desde a celebração do presente contrato de sociedade.

Margarida: 5.000 euros em dinheiro e uma fração autónoma destinada a armazenamento de


mercadorias, avaliada por Vitor, revisor oficial de contas sem interesses na J, M e S - Transporte
Terrestre de Mercadorias, Lda, em 45.000 euros.

Simão: 5.000 euros em dinheiro a entregar à sociedade daqui a 6 meses e serviços de


contabilidade prestados a título gratuito.

Margarida além de Sócia é gerente da J, M e S - Transporte Terrestre de Mercadorias, Lda. e em


janeiro de 2023 abusando da sua posição dentro da sociedade, desvia do património social da
sociedade o valor de 20.000€ para adquirir um veículo para si própria, o que levou os demais
sócios em representação da sociedade a intentarem uma ação declarativa de condenação contra
a mesma com vista à sua exclusão da sociedade por lesão dos interesses patrimoniais sérios da
mesma. Além disso, Simão fez saber a semana passada à gerência da sociedade que não irá
realizar a sua entrada ao fim dos seis meses, conforme se comprometeu porque não tem
dinheiro, pelo que apenas poderá oferecer os seus serviços de contabilidade conforme já havia
indicado no momento da celebração do contrato de sociedade
Quid Juris?
Caso prático n.º 2

Hugo, Inês e Júlio constituíram a H, I e J - Transporte Terrestre de Mercadorias, Lda. Do respetivo


contrato de sociedade consta, entre outras, a seguinte cláusula:
Cláusula 11.ª. Em caso de falecimento de algum dos sócios da H, I e J - Transporte Terrestre de
Mercadorias, Lda, não se verificará a sua transmissão, procedendo-se, diversamente, à sua
amortização. Numa viagem de férias realizada com a sua esposa a um país estrangeiro, Júlio
contraiu uma intoxicação alimentar, daí decorrendo um grave quadro clínico que culminou com
o seu falecimento. Duas semanas após o óbito de Júlio, os gerentes da H, I e J - Transporte
Terrestre de Mercadorias, Lda. tomaram conhecimento desse facto.
Noventa e cinco dias decorridos desde a morte de Júlio, Kevin, seu filho e sucessor, continua
sem obter qualquer reação por parte da H, I e J - Transporte Terrestre de Mercadorias, Lda.
quanto à quota do seu falecido pai, entendendo, então, que passou a ser seu titular. Terá razão?

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