A gamificação da vida traz benefícios como motivação e feedback, mas também riscos como alienação e manipulação. Embora possa mascarar problemas reais, o debate sobre o tema é importante para um uso consciente e moderado das dinâmicas dos jogos no dia a dia, visando o desenvolvimento social ao invés da negligência dos problemas.
A gamificação da vida traz benefícios como motivação e feedback, mas também riscos como alienação e manipulação. Embora possa mascarar problemas reais, o debate sobre o tema é importante para um uso consciente e moderado das dinâmicas dos jogos no dia a dia, visando o desenvolvimento social ao invés da negligência dos problemas.
A gamificação da vida traz benefícios como motivação e feedback, mas também riscos como alienação e manipulação. Embora possa mascarar problemas reais, o debate sobre o tema é importante para um uso consciente e moderado das dinâmicas dos jogos no dia a dia, visando o desenvolvimento social ao invés da negligência dos problemas.
Parecem estar “cegos” quanto à necessidade de abordagem a respeito do
fenômeno de gamificação da vida .Nesse sentido, é profícuo a análise acerca dos fatores que agregam positivamente e negativamente a inserção da dinâmica dos jogos como manutenção do mundo real.
Em primeiro lugar, é indubitável o impacto do fenômeno de “gamificar” na vida
cotidiana, entretanto essa realidade não deve ser encarada como um óbice. Isso porque, é preciso pensar nessa tecnologia como uma ferramenta, com mecanismo e técnicas de design de jogos para engajar a pessoa a atingir seus objetivos. Ademais, cabe destacar que o jogo, assim como a vida, possui uma participação voluntária do indivíduo, ou seja, espera que os participantes saibam as regras, e escolham de livre e espontânea vontade segui-las, sem quebra-las; a partir disso, é capaz de trazer feedbacks constantemente, sempre apontando suas conquistas e suas falhas. Desse modo, termos como a sensação de recompensa e aprendizado após a realização de alguma atividade validam a aplicação dos games no dia a dia. Todavia, há de se considerar que o uso da dinâmica dos jogos para escapar dos problemas da vida real, como um mecanismo de defesa, pode gerar um ciclo vicioso de alienação quanto a necessidade de lidar com as adversidades. Sob essa lógica, gamificar a ação cotidiana não resolve nenhum tipo de problema, apenas é uma solução a curto prazo que pode dar sentido aquela situação e coloca sob os véus da hipocrisia as insatisfações, mascaradas por recompensas simbólicas. Além disso, o fenômeno auxilia na padronização do comportamento das massas, tornando-os mais fáceis de serem manipulados e supervisionados, visto que, em sua maioria, não desenvolve um senso crítico a respeito dos obstáculos sociais. Dessa forma, esconder ações controversas ao interesse da pessoa em jogos, para que mascarem esses cenários em uma circunstância agradável compromete a experiência no mundo real. Portanto, mesmo considerando as adversidades da gamificação da vida, é indubitável que a negligência da importância do debate acerca do tema não é o melhor caminho para o desenvolvimento social. Nesse contexto, é necessária uma avaliação sobre o uso consciente e moderado das dinâmicas do games no dia a dia. Sendo assim, deve-se utilizar do conceito de desejo de um significado épico para o desenvolvimento de uma sociedade que busque transformar o mundo a partir do protagonismo na resolução de problemas, e não na negligência dos mesmos.