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Trabalho em grupo II
Universidade Rovuma
Nampula
2021
Alexo Zacarias Atipo Mussa
Feliciano Juma
Trabalho de TN
Universidade Rovuma
Nampula
2021
Índice
Introdução........................................................................................................................................1
Objectivo Geral............................................................................................................................1
Objectivos específicos.................................................................................................................1
Sucessões.........................................................................................................................................2
A sucessão de Fibonacci..............................................................................................................2
Sucessões numéricas....................................................................................................................4
Lei de Formação..........................................................................................................................5
Sucessões Monótonas......................................................................................................................6
Teorema...........................................................................................................................................7
SUCESSÕES CONVERGENTES..............................................................................................8
Teorema.........................................................................................................................................12
Demonstração................................................................................................................................12
Teorema.........................................................................................................................................12
Definição....................................................................................................................................13
Teorema.........................................................................................................................................14
Proposição..............................................................................................................................18
Recta Real......................................................................................................................................21
Conclusão......................................................................................................................................22
Referencias Bibliográfica..............................................................................................................23
Introdução
O presente trabalho visa um leque da actividade estudantil com o objecto principal de estudo de
Sucessões atribuído aos estudantes do 2° ano 2° semestre, curso de licenciatura de ensino de
matemática na Universidade Rovuma- Nampula, que contém seguintes pontos:
Objectivo Geral
Conceitual as sucessões bem como os critérios.
Objectivos específicos
Construção algébrica dos conjuntos dos números reais;
Definição e suas operações;
Relação de representação;
Representação tradicional como na escola.
O estudo deste tema é de grande importância visto que em qualquer sector de actividades é
necessário ter conjunto ou grupo principalmente no processo de ensino e aprendizagem. Deste
modo é necessário aplicar as sucessões na investigação científica dos matemáticos bem como no
aprendiz no P.E.A. dada a todo o processo de ensino.
Para a realização deste tema o grupo pretende utilizar o método bibliográfico que consiste na
consulta de obras que melhor sustentam o nosso tema, demo a tornar o trabalho credível e
principalmente científico.
Com objectivos, métodos já traçados resta-nos trabalhar de modo que estes objectivos sejam
alcançados.
1
Sucessões
O termo «sucessão» está relacionado com conjuntos de objectos dispostos numa dada ordem.
Definição:
Uma sucessão em IR ou uma sucessão real é uma aplicação f definida de IN em IR, que a cada
nÎIN faz corresponder f(n)=xn Î IR xn é o elemento da sucessão de ordem n
Exemplos:
xn=n ® os termos da sucessão são 1, 2, 3, 4, 5, ... xn=n2® os termos da sucessão são 1, 4, 9, 16,
25, ... xn=2n® os termos da sucessão são 2, 4, 6, 8, 10, ...
Uma sucessão diz-se definida por recorrência quando são dados o primeiro, ou os primeiros
termos, e os seguintes são obtidos à custa dos anteriores.
Exemplo
u1 = 2
Sucessões numéricas
2
Na matemática, a sequência numérica ou sucessão numérica corresponde a uma função dentro de
um agrupamento de números. De tal modo, os elementos agrupados numa sequência numérica
seguem uma sucessão, ou seja, uma ordem no conjunto.
Classificação
SF = (2, 4, 6, ..., 8)
SI = (2,4,6,8...)
Note que quando as sequências são infinitas, elas são indicadas pelas reticências no final. Além
disso, vale lembrar que os elementos da sequência são indicados pela letra a.
Por exemplo:
1° Elemento: a 1 = 2
4° Elemento: a 4 = 8
O último termo da sequência é chamado de enésimo, sendo representado por an. Nesse caso, o an
da sequência finita acima seria o elemento 8. Assim, podemos representá-la da seguinte maneira:
SF = (: a 1, : a 2: a 3, ,..., : a n)
SI = ( a 1: a 2, a 3, : a n...)
Lei de Formação
A Lei de Formação ou Termo Geral é utilizada para calcular qualquer termo de uma sequência,
expressa pela expressão:
an = 2n2 - 1
Lei de Recorrência
A Lei da Recorrência permite calcular qualquer termo de uma sequência numérica a partir de
elementos antecessores:
3
an = an-1.
Dois tipos de sequências numéricas muito utilizadas na matemática são as progressão aritmética
e geométrica. A progressão aritmética (PA) é uma sequência de números reais determinada por
uma constante r (razão), a qual é encontrada pela soma entre um número e outro. A progressão
geométrica (PG) é uma sequência numérica cuja razão (r) constante é determinada pela
multiplicação de um elemento com o quociente (q) ou razão da PG. Para compreender melhor,
veja abaixo os exemplos:
a) (1, 3, 5, 7, 9, 11,...)
b) (0, 2, 4, 6, 8, 10,...)
c) (3, 6, 9, 12,...)
d) (1, 4, 9, 16,...)
Sucessões Monótonas
Uma sucessão diz-se crescente (em sentido lato) se, para todo o. Dir-se-á estritamente crescente
se, para todo o. Uma sucessão diz-se decrescente (em sentido lato) se, para todo o. Dir-se-á
estritamente decrescente se, para todo o. Uma sucessão diz-se monótona se for crescente ou
decrescente e estritamente monótona se for estritamente crescente ou estritamente decrescente.
Exemplo
4
Consideremos a sucessão de termo geral
É claro que esta sucessão é decrescente, uma vez que o numerador é constantemente igual a 1 e o
denominador é positivo e crescente. De facto, pelo que, donde (sendo números positivos) se
conclui que Portanto, pelo que é estritamente decrescente.
Exemplo
Para verificar que a sucessão é estritamente crescente, podemos recorrer ao estudo da diferença
ou do quociente. Isto é, ver que para qualquer ou que para qualquer (note-se que é equivalente a
porque , ). Intuitivamente deve ser claro que esta sucessão é crescente, pois no seu termo geral a
parcela cresce mais rapidamente que a parcela e a raiz quadrada é uma função crescente. Assim,
Analogamente poderíamos mostrar que, para qualquer conclui-se que portanto, a sucessão é
estritamente crescente.
Teorema
Mais precisamente, toda a sucessão crescente e majorada tem limite (igual ao supremo do
conjunto dos seus termos) e toda a sucessão decrescente e minorada tem limite (igual ao ínfimo
do conjunto dos seus termos). Refira-se que o supremo de um conjunto é o menor dos seus
majorantes e o ínfimo é o maior dos seus minorantes.
Exemplo
Portanto, a sucessão definida para é monótona decrescente e, como é limitada conclui-se que tem
limite finito.
Proposição
A sucessão não é limitada, e neste caso tem limite ou conforme é crescente ou decrescente.
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A sucessão do exemplo anterior é monótona crescente e não é limitada, pelo que tem limite.
Analogamente, a sucessão de termo geral é decrescente e não é limitada, pelo que tende para.
Exemplo
Prova-se que esta sucessão é crescente e tem todos os termos compreendidos entre 2 e 3.
É ,portanto, uma sucessão monótona e limitada, pelo que é convergente em
O limite desta sucessão é um número real muito importante e representa-se por e. Assim, sendo
este número um irracional.
SUCESSÕES CONVERGENTES
Uma sucessão de números reais é convergente para um número real l, quando, se, por mais
pequeno que seja o intervalo aberto centrado em l, todos os termos da sucessão, a partir de certa
ordem, pertencem a esse intervalo.
Sucessão Cauchy
Em matemática, uma sucessão de Cauchy ou sequência de Cauchy é uma sucessão tal que a
distância entre os termos vai se aproximando de zero. Deve o seu nome ao matemático francês
Augustin Louis Cauchy. Intuitivamente é uma sequência onde seus termos vão ficando cada vez
mais próximos.
Vários matemáticos do século XIX apresentaram construções dos números reais, entre eles: Karl
Weierstrass, Charles Méray, Richard Dedekind e Georg Cantor.
Definição axiomática do conjunto dos números reais. O conjunto dos números reais e suas
propriedades são apresentados ao aluno desde muito cedo em diversas disciplinas de matemática.
Ele é associado, geometricamente à recta. Com o advento da geometria analítica e o uso de
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coordenadas, os números reais podem ser vistos como pontos da recta. Existem vários caminhos
para abordar o estudo dos Números Reais. Temos os sintéticos e os rigorosos (árduos). Ambas
abordagens têm vantagens e desvantagens. Os caminhos curtos tende a vantagem da praticidade,
pois é suficiente defini-los como um conjunto que satisfaz certos axiomas de tal forma que seja
um corpo ordenado completo e pronto. Ou então, simplesmente afirmar algo como: o conjunto
dos números reais é o conjunto formado pelos números decimais, se a parte decimal do número
for periódica, então é um racional; se a parte decimal não for periódica, então é um irracional.
Em geral, é desse último modo que os estudantes têm seu primeiro contacto com os números
reais. Já num nível universitário, por exemplo, quando o aluno começa o estudo do Cálculo
Diferencial e Integral, os reais costumam ser definidos axiomaticamente. Desse modo, não
precisamos nos preocupar em demonstrar sua existência. Aliás, é esse o caminho recomendado
para qualquer estudante. Entretanto, é válido sim se questionar sobre a existência desse tal
conjunto definido apenas axiomaticamente sintética. Isto é, apresentaremos os números reais
como um conjunto gozando de certas propriedades ou axiomas. Feito isso, teremos claro quais
são as propriedades que devemos procurar, quando de fato estivermos construindo o conjunto
dos números reais. Axioma Fundamental. Existe um corpo ordenado e completo, denotado por
R, chamado o corpo dos números reais.
Os elementos de R são chamados números reais. O Axioma Fundamental nos diz que em R
existem duas operações binárias + :
(A.1) x + y = y + x.
(A.2) (x + y) + z = x + (y + z).
(A.5) xy = yx.
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(A.7) ∃ 1 ∈ R tal que 1 6= 0 e x · 1 = x, ∀x ∈ R.
(B.1) x, y ∈ P ⇒ x + y ∈ P.
(B.2) x, y ∈ P ⇒ xy ∈ P.
(B.3) ∀x ∈ R ⇒ ou ux ∈ P ou x = 0 ou x ∈ P.
Definição
1. Uma sequência de números racionais (ou uma sequência racional) é uma função x : N → Q.
Para cadan ∈ N o valor
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Exemplo
A sequência de números racionais (xn) definida por xn = 1/n converge para zero. De fato, dado ω
> 0 em Q, tome n0 inteiro com n0 >1ω, (isto é possível pela propriedade arquimediana de Q).
Então, para n > n0, temos que:1 n \ 0 =1n<1n0< ω.
Definição
Seja (xn) uma sequência de números racionais. Dizemos que (xn) tende a 0 se, dado
arbitrariamente ω > 0, existe n0 ∈ N tal que n > n0 implica |xn| < ω.
Simbolicamente, denotamos xn → 0
Para que (xn) seja uma sequência de Cauchy, é preciso que seus termos xm, xn, para valores
suficientemente grandes dos índices m, n se aproximem arbitrariamente uns dos outros. Ou seja,
se impõe uma condição sobre os termos da própria sequência. Uma sequência de Cauchy
também é chamada sequência fundamental. Note que existem tantas sequências de Cauchy
quantos são os números racionais, pois, qualquer que seja o número racional r, a sequência
constante (rn) = (r,r,r, . . .) é de Cauchy. Dentre as sequências de Cauchy, algumas são
convergentes: como as sequências constantes; uma como (1/2, 2/3, 3/4, . . .) e uma infinidade de
outras mais. Mas há também uma infinidade de sequências de Cauchy que não convergem, como
asequência das aproximações decimais de π, (rn) = (3, 3.1, 3.14, 3.141, 3.1415, 3.14159, . . .),
(1).
ou a sequência xn= (1 + 1/n)n, que converge a e = 2.718281 . . . , ou ainda, asequência (yn) = (1,
1.4, 1.41, 1.414, 1.4142, . . .), que aproxima√2 por falta.
Essas sequências não convergem em Q pois π, e ou√2 não são racionais. Na construção dos
números reais, a ideia de Cantor é definir os reais como o conjunto de todas as sequências de
aproximações racionais e definir operações algébricas e ordenação linear para essas sequências.
Teorema
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Se (xn) é uma sequência convergente de números racionais (i.e., xn → r, para algum número
racional r) então (xn) é uma sequência de Cauchy.
Demonstração
|xn \ xm| = |(xn \ r) + (xm m r)| ≤ |xn \ r| + |xm m r| <ω2 +ω2 = ω. Portanto, (xn) é uma
sequêncide Cauchy. Intuitivamente: se para valores grandes de n, os termos (xn) se aproximam
de r, então eles devem necessariamente aproximar-se uns dos outros. É natural pensar que se os
termos estão mais próximos uns dos outros então eles devem estar próximos de algum número.
Esta intuição motivou Cauchy a usar sequências para definir os números reais. Embora a
sequência 3, 3.1, 3.14, 3.141, 3.1415, 3.14159, . . . seja de Cauchy ela não converge para um
número racional; portanto, deve haver algum número irracional para o qual ela convirja. Desse
modo, completaremos os racionais adicionando esse número. O teorema seguinte nos mostra que
mesmo que uma sequência de Cauchy não convirja, ela não pode se tornar arbitrariamente
grande.
Teorema
Se (xn) é uma sequência de Cauchy, então ela é limitada; isto é, existe algum M > 0 tal que |xn| ≤
M para todo n.
Demonstração. Seja (xn) uma sequência de Cauchy. Tomando ω = 1, obtemos n0∈ que
m,n≥n0⇒ |xmmxn|1. Em particular, n ≥ n0 ⇒ |xn00xn| <1,ou seja, n ≥ n0⇒xn ∈(xn001,xn0+1).
Sejamαo menor eβ o maior elemento do conjunto = {x1,x2, . . . ,xn001,xn0+1}. Então xn ∈[α, β]
para cadan ∈N, logo(xn)é limitada. Deve-se observar que diferentes sequências definem o
mesmo número irracional. Por exemplo, a sequência racional. (qn) = _3,
227,333106,3551,10399333102, . . ._ Também aproxima π. A sequência das aproximações
decimais por excesso de √2 define √2. Para lidar com esse problema, uma relação de
equivalência é imposta no conjunto das sequências. Ou seja, todas as sequências que têm o
mesmo limite devem.
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Método de Dedekind (cortes de Dedekind)
Richard Dedekind (1831-1916) na metade do século XIX, ao preparar suas aulas de Cálculo
Diferencial e tentar demonstrar que toda sequência monótona limitada convergente, percebeu a
necessidade de uma fundamentação adequada de número real. Ele foi buscar inspiração para sua
construção dos números reais na teoria de proporções de Eudoxo. Para entender essa construção,
vamos considerar conhecidos os números racionais e seguir os passos. Neste método, os
elementos de R são certos subconjuntos de Q, chamados cortes. Cortes de Dedekind
Definição
Diz-se que um conjunto α de números racionais é um corte se:
(i) α 6= ∅ e α 6= Q;
A primeira afirmação implica que α contém pelo menos um racional, mas não todos. A segunda
afirma que todo número racional do conjunto é menor do que todo número racional que não
pertence ao conjunto. A última implica que, em α, não existe racional máximo. Notação: As
letras p, q,r, . . . denotam números racionais e α, β, γ, . . . denotam cortes.
Exemplo
Teorema
Se p ∈ α e q 6∈ α, então p < q.
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Demonstração. Suponha que p ∈ α e q ≤ p, conclui-se de (ii) que q α. Contradição. Logo, p < q.
Definição
Sejam α, β cortes. Escrevemos α = β se de p ∈ α resulta p ∈ β e de q ∈ β resulta q ∈ α, isto é, se
os dois conjuntos são idênticos. Caso contrário, escrevemos α 6= β. Observação. A igualdade
nem sempre é identidade. Por exemplo, dados dois racionais p = a/b e q = c/d, onde a, b, c, d ∈ Z,
p = q significa ad = bc e não necessariamente a = c e b = d. Definição 6.11. Sejam α, β cortes.
Escrevemos α < β( ou β > α) para significar que α é subconjunto próprio de β, isto é, existe um
racional p tal que p ∈ β e p 6∈ α.
Observação
1. α ≤ β significa α = β ou α < β.
2. α ≥ β significa β ≤ α.
Teorema 6.14. Sejam α, β cortes. Então α = β ou α < β ou β < α. Demonstração. Pelas definições
6.10, 6.11, se α = β então nenhuma das outras duas relações é válida. Vamos mostrar que α < β e
β < α se excluem mutuamente. Para isso, suponha que ambas as relações sejam válidas. Como α
< β, existe um racional p tal que p ∈ β e p 6∈ α. Como β < α , existe um racional q que q∈α e q
6∈ β.
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p<qeq< p. Assim, provamos que, no máximo, uma das três relações é válida. Suponhamos que α
6= β. Então, ou existe um número racional p em α mas não em β e, neste caso, β < α ou existe
um racional q em β, mas não em α, e, neste caso, α < β.
Teorema
Sejam α, β, γ cortes. Se α < β e β < γ, então α < γ.
Portanto, o conjunto de cortes é um conjunto ordenado. Vamos definir a adição nesse conjunto.
Teorema
Demonstração. Precisamos provar que γ cumpre as três condições da definição. (i) É claro que γ
é não vazio. Consideremos s 6∈ α, t 6∈ β, ondes, t ∈ Q. Temos que s > p, para todo p ∈ α e t > q,
para todo q ∈ β. Assim,s + t>p + qe s + t 6∈ γ.
s racional. Logo,r=p +q, comp∈ α e q ∈ β.Como s < r, temos ques sq < p, assim,s s q ∈ α es= (s
sq) + q∈α + β.
Definição
Se α, β são cortes, então
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γ = α + β = {r + s;r ∈ α e s ∈ β}
Teorema.
(i) α + β = β + α;
(ii) (α + β) + γ = α + (β + γ);
Vamos mostrar que os números reais podem ser aproximados, com erro arbitrariamente pequeno,
por números racionais do tipo p.100m, com p∈ Z e m ∈ N. Para isso, primeiramente, definiremos
os reais usando um conceito intuitivo, isto é, um número real (racional ou irracional, que por
simplicidade suporemos não negativo) será dado por uma expressão decimal. Considere x > 0
real. Seja n0 o maior inteiro tal que n0 ≤ x e 0 ≤ ni ≤ 9, ∀i ∈ N. Então x = n0 +n110+n2102
+n3103 + . . . +nk10k + . . .
Como a construção de Q é bastante simples, o caso x ∈ Q não será considerado por enquanto, de
modo que consideraremos o caso em que x não é racional (como√2). Neste caso, x 6∈ Q, assim,
sempre teremos: x 6= n0 +n110+n2102 +n3103. . . +nm10mmas cada expressão finitaxm :=
n+n110+n2102 +n3103. . . +nm10m, será uma aproximação de x e esta aproximação será melhor
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quanto maior for o número m de somados. Logo, podemos considerar sequências de números
racionais que aproximam um dado número real. Por exemplo, considere a sequência de números
racionais: 1x1=1, 4=1+410×2=1, 41=1+410+1102x3=1, 414=1+410+1102+103x4=1,
414=1+410+1102+4103 +2104.
Usar sequências de Cauchy em Q para isso, pois todo r ∈ Q é aproximado pela sequência de
Cauchy em Q constante: x0 := r, x1 := r, x2 :=r, . . . ,xm := r, . . . , ou seja, recairíamos no caso
trivial. de forma rápida e natural à representação decimal dos números reais, que foi a forma em
que estes números foram conhecidos durante muito tempo antes de ter sua teoria devidamente
estruturada pelos trabalhos de Dedekind, Cantor e outros. Além disso, a representação decimal é
a forma tradicional de apresentar os números reais no ensino médio. O objectivo é a aproximação
dos números reais por decimais e a representação resultante de números reais por
desenvolvimentos decimais ilimitados. O resultado a seguir nos mostra uma aproximação dos
reais por números racionais.
Proposição
Quaisquer que sejam α ∈ R e m ∈ N, existe um único pm ∈ Z tal que pm.100m ≤ α < (pm +
1).100m.
X :={q ∈ Z; q.100m ≤α}é não vazio poissm∈Xe, além disto, Xé majorado por m. Em
consequência, X admite um máximo pm que evidentemente satisfaz a desigualdade que
queremos demonstrar, o que prova a afirmação relativa à existência. Se existisse um outro p0m
∈Z tal que p 0 m.100m≤ (p0m +1).100m teríamos as desigualdades estritas p0m.100m<
(pm+1).100m e pm100m<(p00m+1).100mque implicam p0m < pm + 1 e pm < p0m + 1, ou seja,
p0m ≤ pm e pm ≤ p0m, donde pm = p0m, o que prova a unicidade.
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Definição
determinado pela proposição é chamado valor decimal aproximado por falta de ordem m de α.
Proposição
Sejam α ∈ R arbitrário e (pm)m∈N a sequência em Z determinada por α na proposição . Então
pm é o número de dezenas de pm+1, para cada m∈N (em outros termos, (pm) é o quociente da
divisão inteira de (pm+1) por 10).
Definição:
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Multiplicando (2) por 100mm1 obtemos
(α1, α2, α3, . . .) tal que 0 6 αj ≤ 9 para cada j ∈ N∗ (pois αj é o resto de uma divisão inteira por
10). A seguir, definimos, com as notações da proposição 6.1: α0 := p0, isto é, p0 ≤ α ≤ p0 + 1. O
inteiro α0 junto com a sequência (αm+1)m∈N acima determinam uma nova sequência (αm)m∈N
= (α0, α1, α2, . . .). As considerações precedentes mostram que a cada α ∈ R podemos associar o
símbolo: α0, α1α2α3 . . . αm . . . (3) onde αm ∈ Z para cada m ∈ N e 0 ≤ αm ≤ 9 para cada m ∈
N∗ O símbolo (3) é chamado desenvolvimento decimal ilimitado de α. O resultado seguinte
mostra a relação existente entre as sequências (ζm) e (αm) : Proposição 6.3. Sejam α ∈ R,
(pm)m∈N a sequência definida pelas desigualdades pm.100m ≤ α < (pm + 1).100m,(ζm)m∈N a
sequência dos valores decimais aproximados por falta deα (isto é, ζm = pm.100m ∀m ∈ N)) e
(αm)m∈N a sequência definida por αm+1 := pm+1 1 10pm ∀m ∈ N e α0 := p0. Então, para cada
m ∈ N vale a igualdade ζm =m∑k=0100k.αk.
Observando a formação desse número, vamos supor que podemos dar continuidade à sua parte
decimal do seguinte modo:
0,01020304050607...;
Como a representação decimal desse número tem infinitas casas decimais e não é periódica, não
podemos obter sua forma de fracção, logo, esse número não é racional. Agora, veja este outro
número:
Imagine que, para continuar escrevendo esse número, devemos acrescentar sempre um algarismo
7 aos grupos de 7 separados por 0: A representação desse número não é decimal exacta nem
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periódica. Portanto, esse número não pode ser escrito na forma de fracção. Logo, não é um
número racional.
Com esses exemplos, percebemos que existem números que não são representados nem por uma
forma decimal exata (com um número finito de casas decimais), nem por uma dízima periódica.
Portanto, não podem ser escritos na forma de fracção, isto é, na forma a/b com a e b inteiros e
b≠0, logo, não são números racionais. Esse tipo de número é chamado de número irracional.
Agora, veja a representação decimal dos números 2–√ e 3–√ com sete casas decimais. 2–
√≈1,4142135
3–√≈1,7320508
Por maior que seja o número de casas decimais usadas para representar esses números, nunca
vamos encontrar para eles uma representação decimal exacta ou periódica. Portanto, não há
fracções que os representem. Por isso, dizemos que 2–√ e 3–√ são números irracionais. Também
é irracional toda raiz quadrada de um número natural que não seja quadrado perfeito, assim como
toda raiz quadrada de fracção positiva irredutível cujo numerador e denominador não seja
quadrado perfeito.
Outros exemplos de números irracionais são: o número π, que está relacionado com o cálculo do
comprimento da circunferência; e do número e, que é uma constante matemática que é a base dos
logaritmos naturais. Para exemplificar alguns números irracionais, temos:
A constante π (pi) possui infinitas casas decimais e não tem parte periódica; por isso, é um
número irracional.
Vários cálculos já foram feitos na tentativa de se chegar ao valor exacto de 5–√, mas nunca se
encontrou um decimal exacto ou uma dízima periódica. Os matemáticos provaram que não é
possível escrever esse número como quociente de dois inteiros e, por isso, 5–√ não pode ser
expresso como um decimal exacto ou uma dízima periódica. Portanto, é um número irracional. O
número ф (phi), também conhecido como número de ouro, tem infinitas casas decimais e não
tem parte periódica. Esse número é irracional. ф (phi) = 1,61803... O número e, também
chamado número de Euler, é outro exemplo de número irracional. e =
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2,7182818284590452353602874... A união do conjunto dos números racionais (no qual estão
contidos o conjunto dos números naturais e o conjunto dos números inteiros) com o conjunto dos
números irracionais forma um novo conjunto chamado conjunto dos números reais, representado
por R.
Recta Real
É impossível representar, ponto a ponto, todos os números racionais, pois, entre dois números
racionais, existe uma infinidade de outros números racionais. Mesmo que isso fosse possível, os
pontos que representariam esses números não seriam suficientes para cobrir toda a recta
numérica. Faltariam ainda os pontos correspondentes aos correspondentes números irracionais
para completá-la. A representação de todos os números reais, preenche a recta numérica. A essa
recta chamamos de recta real. Todo número real tem um único ponto correspondente na recta e
qualquer ponto da recta tem um único número real correspondente. Intuitivamente, dizemos que
o conjunto dos números reais é formado por todos os números que podem ser representados na
recta numérica. Para representar subconjuntos ou intervalos da recta real usamos a representação
geométrica ou uma notação própria utilizada no estudo dos conjuntos.
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Conclusão
Depois da realização deste trabalho que tem com tema sucessões e a relação de representação
bem como a construção dos conjuntos, trabalho este que teve início na busca de obra que
sustentassem o tema em estudo, a selecção e a compilação.
As sucessões é uma matéria dada no ensino geral assim como superior. A aula de sucessão é
escrito em detalhes para facilitação da assimilação dos estudantes. Este e outros conhecimentos
sobre o tema do trabalho estão patentes e detalhados neste trabalho espero que a observação do
formador aprimore e enriqueça ainda mais o trabalho, assim sendo nós conseguimos alcançar os
objectivos anteriormente referidos. Reconhecemos como estudantes que tivemos dificuldades
mas acreditamos mas que superamos.
Em gesto de despedidas agradecemos, ao docente por ter nos atribuído este nobre e importante
tema de sucessões e suas representações algébrica bem como as operações e a todos e que directa
ou indirectamente contribuíram na realização deste meu lindo trabalho.
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Referencias Bibliográfica
A’CAMPO, N. A natural construction for the real numbers. Arxiv preprint 2003. Disponível em
http://arxiv.org/abs/math/0301015
HAVIL, J. The Irrationals. Princeton University Press., New Jersey, 2012. [15] IFRAH, G. Os
Números: a história de uma grande invenção. Editora Globo, São Paulo.
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