Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
net/publication/359706400
CITATIONS READS
0 33
3 authors:
SEE PROFILE
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
Lee Taemin, K-pop, Onda Hallyu: Dança, Biopolítica, Questões de Gênero, Cultura, Audiovisual e outros atravessamentos View project
All content following this page was uploaded by Ivana Marins on 03 April 2022.
Ivana Carvalho Marins1; Tailane Souza Santos2; Márcia Virgínia Mignac da Silva3
1
Doutoranda em Dança pela Universidade Federal da Bahia.
2
Licencianda em Dança pela Universidade Federal da Bahia.
3
Doutora em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Professora Adjunta IV da Universidade Federal da Bahia.
E-mail do autor principal para correspondência: ivy@ufba.br
RESUMO
O YouTube é um espaço influente de construção de significados na contemporaneidade,
especialmente para as culturas jovens globais como o K-pop, e através dessa mídia, pode se
verificar uma infinidade de vídeos de K-Pop dance cover. O vídeo de dance practice da canção
Dynamite do BTS, possui 114 milhões de views no canal oficial de sua agência e é através dele
que jovens ao redor do planeta fazem cover da coreografia. No entanto, ainda que a proposta
inicial seja de cópia e repetição, é possível notar os corpos atravessados por suas culturas, como,
por exemplo, no dance cover do grupo Risin, da França e no vídeo do grupo TSOD, da Nigéria,
que produz uma coreografia autoral. Esse é um acontecimento glocal (ROBERTSON;
TRIVINHO, 2005) e que deve ser discutido também sob o conceito de orientalismo (SAID,
2007) e corpomídia (KATZ; GREINER, 2011).
Palavras-chaves: K-pop dance cover. BTS Dynamite. Global e glocal. Orientalismos. Teoria
corpomídia.
1 INTRODUÇÃO
1
No K-pop, os artistas não têm empresários. Eles estão vinculados a agências que cuidam de toda a vida desses
artistas, inclusive, da pessoal.
Página2031
Ainda que a proposta inicial do K-pop dance cover seja de copiar e repetir as
coreografias dos artistas, fica evidente nesses corpos o atravesamento de sua cultura, ou seja, a
dança revela que cada corpo se movimenta de modo distinto, ainda que os códigos
coreográficos sejam os mesmos.
Para fomentar a discussão, apresento os grupos Risin2, da França, que realizam um
dance cover e do vídeo do grupo TSOD, da Nigéria, que produz uma coreografia autoral e os
relaciono com os conceitos de glocal, orientalismos e corpomídia.
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
Discutir o K-pop dance cover como fenômeno global e glocal e as constribuições dos
conceitos de orientalismos e corpomídia, a partir da produção ‘Dynamite’ do grupo BTS.
2.2 ESPECÍFICOS
a) Identifcar os videos de ‘Dynamite’ BTS (Coréia do Sul) nas versões MV e dance
practice, dance cover do grupo Risin (França) e de coreografia autoral do grupo TSOD
(Nigéria).
b) Contextualizar cada um dos vídeos em nível geográfico e cultural;
c) Apontar potências em modos de Dança nos vídeos;
d) Relacionar os vídeos com os conceitos de glocal, orientalismos e corpomídia.
METODOLOGIA
2
Canal do Risin no YouTube. Disponível em:
<https://www.youtube.com/channel/UCuyFOQGpucDUNW6Cze2yf2A>.
Página2032
original, formado por rapazes asiáticos sul coreanos. O grupo Risin (que participa do vídeo) é
formado por pessoas negras do gênero feminino e o grupo TSOD, formado por pessoas negras
do gênero masculino).
A partir dos dados coletados, procedeu-se à contextualização, discussão e reflexões
relacionadas ao campo da Dança. Em seguida, relacionou-se os vídeos com os conceitos de
glocal, orientalismos e corpomídia.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
3
Conceito cunhado e desenvolvido por Adorno e Horkheimer (1944), pensadores da Escola de Frankfurt.
Página2033
que atende a moldes ocidentais e de ocupação de espaços mercadológicos e midiáticos no
Ocidente, por volta da segunda década do século XXI. Esses processos implicaram um transpor
de barreiras geopolíticas que levaram o Oriente a se tornar global. Segundo Said (2007), esse
evento significou um modo de desconstrução do estranhamento entre as culturas ocidentais e
orientais. Com o K-pop, o olhar do Ocidente se amplia sobre o lado oriental do globo.
A teoria Corpomídia, de Katz e Greiner (2011), defende o corpo como resultado de
contínuas negociações de informações com o ambiente e esse seu modo de existir é levado para
outras instâncias de seu funcionamento. As autoras apontam que cada tipo de aprendizado gera
no corpo uma rede particular de conexões. Para elas, quando se aprende um movimento,
aprende-se também o que vem antes e depois dele, posto que há uma transferência permanente
de informação. O corpo, nessa perspectiva, é, em si mesmo, uma espécie de mídia e compactua
com uma idéia de cultura como um sistema aberto, que tanto pode contaminar o corpo como
pode ser contaminado por ele.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BTS (방탄소년단). ‘Dynamite’ Official MV. 21 ago. 2020. (3m56s). Disponível em:
<https://youtu.be/gdZLi9oWNZg>. Acesso em 30 dez. 2021.
RISIN [FROM FRANCE]. BTS ‘Dynamite’ (방탄소년단) Dance cover [Dance in public/Soul
Train ver.]. 18 out. 2020. (4m21s). Disponível em: <https://youtu.be/kLuTmomhhFQ>. Acesso
em 30 dez. 2021.
ROBERTSON, Rolland. Globalisation or glocalisation? The Journal of International
Communication. Vol. 1, 1994 - Issue 1: Gulf & Beyond: Broadcasting International Crises.
Página2034
TRIVINHO, Eugênio. Glocal: para a renovação da crítica da civilização mediática. In:
FRAGOSO, Suely; FRAGA DA SILVA, Dinorá (Org.). Comunicação na cibercultura. São
Leopoldo: Unisinos, 2001b. P. 61-104.
TSOD [FROM NIGERIA]. BTS ‘Dynamite’ Dance Cover (Cheonan World Dance Festival). 09
out. 2020. (3m56s). Disponível em: < https://youtu.be/oAAT3MrNAfk>. Acesso em 30 dez.
2021.
GLOSSÁRIO
Página2035
View publication stats