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Resumo
Neste trabalho investigou-se em que medida a construção da identidade social está relacionada à escolha
de um determinado seguimento musical por jovens de uma tribo. Com esse objetivo, buscou-se ainda
refletir sobre outras questões a esta relacionada, a saber: como se dá o processo de integração a uma
determinada tribo por esses jovens? Como eles, por meio de seu grupo, constroem representações dos
demais grupos, do seu próprio grupo e de si mesmo? De que forma se dá as práticas sociais desses
indivíduos – tanto ingroup, quanto outgroup? Para atender tais objetivos, foram realizadas entrevistas
semiestruturadas com diferentes sujeitos de algumas tribos musicais, que posteriormente foram
analisadas qualitativamente por meio de categorias de análise temáticas baseadas na Teoria da
Identidade Social de Tajfel e que mostraram como a música pode funcionar como compositora de tribos
urbanas e consequentemente de identidades sociais.
Abstract
In this work we investigated to what extent the construction of the social identity is related to the choice
of a certain musical follow-up by young people of a tribe. Through this objective, we look for to reflect
on other issues related to it, namely: how does the process of integration of a particular tribe by these
young people take place? How do they, through their group, construct representations of the other
groups, of their own group and of themselves? How do you give the social practices of these individuals
– both in the ingroup and in the outgroup? To meet these objectives, semi-structured interviews with
different subjects of some musical tribes were carried out, which were later analyzed qualitatively
through thematic analysis categories based on Tajfel’s Social Identity Theory and which showed how
music can function as a composer of urban tribes and consequently of social identities.
Resumen
En este trabajo se investigó en qué medida la construcción de la identidad social está relacionada con la
elección de un determinado seguimiento musical por jóvenes de una tribu. A través de ese objetivo, se
1
Psicólogo do Complexo Hospitalar da Universidade de Pernambuco. Formado pela Universidade Federal de
Pernambuco. Especialista em Saúde Mental pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental da
Universidade Estadual de Montes Claros.
2
Psicólogo e mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco. Psicólogo na Secretaria de
Educação do estado de Pernambuco e na Secretaria de Saúde da cidade do Recife, como Psicólogo do Consultório
na Rua.
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buscó aún reflexionar sobre otras cuestiones a esta relacionada, a saber: cómo proceso de integración a
una determinada tribu por esos jóvenes? Como ellos, a través de su grupo, construyen representaciones
de los demás grupos, de su propio grupo y de sí mismo? ¿De qué forma se dan las prácticas sociales de
esos individuos – tanto en el ingroup, como en el outgroup? Para atender tales objetivos se realizaron
entrevistas semiestructuradas con diferentes sujetos de algunas tribus musicales, que posteriormente
fueron analizadas cualitativamente a través de categorías de análisis temáticas basadas en la Teoría de
la Identidad Social de Tajfel y que mostraron cómo la música puede funcionar como compositora de
tribus urbanas y consecuentemente de identidades sociales.
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Introdução
As sociabilidades juvenis têm sido
Há muito tempo a música está objetos de estudos em diversos contextos.
presente nas mais diversas formas de Iniciado em 1970, a consideração das
expressão cultural do homem e é culturas juvenis como “efeitos de
fundamental, não só por uma óptica técnica, sociabilidade” (Costa, 2003) ganhou corpo
mas também sob uma perspectiva social por meio dos esforços do Centro de Estudos
mais ampla. Pinto (2001), em seu estudo Culturais Contemporâneos da Universidade
sobre questões da antropologia sonora, de Birmigham (CCCS) para entender a
afirma que a música deve, em primeiro subcultura da jovem classe trabalhadora
lugar, para além de elementos estéticos, ser surgida após a Segunda Guerra Mundial,
considerada como uma forma de bem como seus estilos e atividades (Freire
comunicação que tem, igualmente a Filho, 2005). Considerando a importância
qualquer tipo de linguagem, seus próprios da evolução e dos contrapontos desses
códigos. Com efeito, em seu livro The estudos para entendimento da relação entre
Anthropology of Music, fundamental para a jovens, identidades e música, será feita uma
abordagem antropológica da música, digressão a fim de apresentar algumas
Merriam (1964) defende que a música é um perspectivas que servem de base para o
fenômeno que existe unicamente em termos estudo das práticas culturais e dinâmicas
de interação social, feito de pessoas para identitárias contemporâneas.
outras pessoas. Um comportamento Como dito, espalhavam-se após a
socialmente aprendido que possibilita uma Segunda Guerra Mundial diversos grupos
forma simbólica de comunicação na inter- juvenis que serviram de base para os
relação entre indivíduo e grupo. estudos das subculturas realizados pelo
Destaca-se, entre esses aspectos, o CCCS – mods, rocks, rastafáris, skinheads,
poder da música como instrumento de etc. O que estava em pauta nesses estudos
“tribalização”, funcionando como objeto era como tais jovens inseridos nesses
socializante na formação de grupos. Esses grupos lidavam com a ordem social – fosse
grupos possibilitam para seus membros um para forjar, por intermédio do grupo, uma
forte vínculo de afetividade e sociabilidade, aceitação à ordem, fosse, igualmente por
bem como características que propiciam o meio do grupo, para encorajar os estratos
nascimento de uma identidade baseada em subordinados a resistir à opressão, contestar
características compartilhadas por eles. ideologias e estruturas de poder
Portanto, entendendo a necessidade de conservadora. A intenção do CCCS era de
estudos com enfoque nessa perspectiva ressignificar o conceito mercadológico da
mais abrangente de música, que está cultura juvenil, fornecendo, em vez disso,
presente na vida e no cotidiano das pessoas, um retrato mais meticuloso das raízes
buscou-se neste trabalho investigar em que sociais, econômicas e culturais das várias
medida a construção da identidade social subculturas juvenis, bem como das suas
está relacionada à escolha de um relações com as divisões de trabalhos e de
determinado seguimento musical por produção, sem, no entanto, descartar as
jovens de uma tribo. questões etárias e geracionais (Freire Filho,
2005; Freire Filho & Fernandes, 2006).
O que toca as tribos urbanas Apesar do caráter pioneiro e da
importância dos estudos subculturais do
A realidade do tribalismo está aí, cegante, CCCS, a partir de 1990 tais estudos
para o melhor e para o pior. É uma passaram a conviver com diversas críticas,
realidade incontornável e não está limitada
a uma área geográfica particular. Ainda há
elencadas por Freire Filho e Fernandes
muito o que se pensar sobre isso. (2006). Dentre tais críticas destacam-se a
(Maffesoli, 2007, p. 98) ênfase dada na abordagem do estilo visual,
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procura do Outro para remediar o seu concepção das tribos urbanas, alguns
desamparo. questionamentos podem ser feitos. O que
Dessa maneira, o neotribalismo une esses grupos? Qual o “elemento
juvenil corresponderia a uma espécie de ligador” que faz com que tantas pessoas se
resposta a esse desamparo, a essa sociedade aglutinem ao redor de uma (ou algumas)
fragmentada, fria, individualista, causa/causas comum? Nesse sentido,
competitiva e burocrática. A vivência no Maffesoli (1987) destaca que esses
interior das tribos abre aos jovens a agrupamentos não se dão em função de uma
possibilidade de um encontro afetivo, de estrutura organizacional política, 3 ,
passional, bem como criação de um espaço corporativa, estruturada, mas sim em
de dissidência e de um canal simbólico de virtude de afinidades. Uma dessas
expressão identitária (Maffesoli, 2007). afinidades que está presente na imensa
As tribos seriam um meio pelo qual maioria dessas tribos – e é nesta que este
os sujeitos poderiam “combater” a trabalho se focará – é a dos gostos musicais.
impessoalidade e anonimato dessas
sociedades, permitindo aos seus membros a Música, compondo tribos e identidades
criação de um sentimento de pertença, de sociais
vínculos de sociabilidade e laços pessoais,
assim como códigos de comunicação e É crescente o número de pessoas
comportamentos particulares. que se unem por meio da música; formando
Falando em outros termos, se os grupos, ou as chamadas tribos, criando,
indivíduos que integram algumas tribos assim, meios de sociabilidade, definindo
urbanas se distanciam de determinados valores, códigos, regras e referências
padrões sociais, não é propriamente com o identitária. Atualmente uma tribo urbana
objetivo de se isolarem de tudo que os bastante difundida e facilmente identificada
rodeia, mas para se reencontrarem com devido a suas vestimentas e seus penteados
grupos de referências mais próximos dos peculiares é a dos Emocores, surgida no fim
seus ideais. Como consequência das dos anos 1980 nos EUA, cujo ápice se deu
dificuldades de preservarem a sua diferença no Brasil a partir de 2003. Mas esse
nas tramas da sociedade convencional, fenômeno não é algo recente, visto que a
investem-se em redes relacionais de influência da música na formação de
proximidades que recriam novas cenas identidade e no comportamento das pessoas
urbanas e de filiações social, sendo essas pode ser observada na beatlemania,
suas principais diferenças em relação a ocorrida durante a década de 1960, que
outros grupos de pares de natureza influenciou milhões de jovens ao redor do
contratual: as tribos expressam formas mundo de uma forma nunca antes vista.
específicas de sociabilidades. É, pois, em Percebe-se que a música é um
formas de sociabilidade e formações de instrumento importante na vida de diversas
identidade que devemos pensar quando pessoas, servindo de base para diferentes
falamos de tribos urbanas, sociabilidades propósitos e interesses. A escolha de um
que se orientam por normas determinado gênero musical é
autorreferenciais de natureza estética e ética preponderante na configuração da
e que se assentam na produção de vínculos identidade pessoal e social de alguns
identitários (Pais, 2004). jovens. Janotti Jr (2003) ao falar sobre como
Já designado o surgimento e a se dá a formação e as escolhas de
3
Casos como o dos Skinheads, uma tribo política apontamento feito em estudo realizado por Costa,
surgida na Inglaterra no fim dos anos 1960 e que Tornero e Tropea (1996) sobre o culto à imagem e
logo após se espalhou pelo mundo, contrariam essa autoafirmação das tribos urbanas por meio da
visão de tribo proposta por Maffesoli. Esse violência.
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Termo usado para designar membros de tribos que Termo inglês para designar pessoas que frequentam
cultuam o heavy metal e suas variantes, também danceterias e escutam música eletrônica. Pouco
chamado metaleiros. usado no Brasil.
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foi aleatória, sem que eles tenham tido com a técnica de análise de conteúdo e
nenhum contato prévio com o realizador da organizadas de acordo com os objetivos
entrevista. delineados na pesquisa, com extração dos
Sujeito 1 (S1): Dezenove anos, trechos mais significativos dos
estudante universitário. Afirma que tem depoimentos e, na busca da compreensão de
como estilo musical predileto o heavy elementos pertinentes ao tema, os
metal, não sendo aberto a escutar “novos conteúdos foram desmembrados em
sons”. Escuta esse tipo de som desde os 15 categorias de análise, na tentativa de
anos e diz que atualmente é bem menos identificar pontos de semelhança e
radical do que quando começou a escutar. diferença entre discursos.
Sujeito 2 (S2): Dezoito anos, Quanto aos procedimentos éticos,
estudante. Define-se como regueiro, mas resguardou-se a preservação dos dados, a
também apaixonado por rock. Escuta confidencialidade, a ética e o anonimato dos
reggae desde os 14 anos. indivíduos pesquisados, sendo que as
Sujeito 3 (S3): Vinte anos, estudante entrevistas foram feitas com o
universitário. Tem como estilo preferido o consentimento de todos os entrevistados,
reggae, mas diz que também escuta outros preservando-os de toda e qualquer
estilos, como hardcore e pop/rock. apreensão ou danos. Dessa forma, para
Começou a escutar esse tipo de música há manter o sigilo dos entrevistados, e para
dois anos. melhor identificá-los, serão utilizadas siglas
Para efetuação das entrevistas na identificação das falas, seguida de
semiestruturadas, foi usado um MP3 para numeração dada conforme ordem de
gravação de voz. Uma posterior transcrição realização das entrevistas.
foi realizada com ajuda do software Via
Voice. A entrevista buscou abarcar Resultados e Discussão
determinados pontos como:
- Que tipo de música esse sujeito Tomando como referências os
escuta; núcleos de interesse contido no roteiro de
- O que o fez gostar desse tipo de entrevista, foram elaboradas quatro
música; categorias objetivando uma melhor análise.
- Qual opinião a respeito de uma Tais categorias se dividem em “Música e
pessoa (não conhecida) que tenha o mesmo ideologia”; “Música como aglutinadora
gosto musical e atitudes parecidas e qual social”; “Música, categorização social e
opinião a respeito de uma pessoa (não identidade positiva” e, finalmente, “Música
conhecida) que tenha um diferente gosto e identidade social”.
musical;
- Existe algum meio de diferençar Música e ideologia
pessoas com mesmos gostos e pessoas com
gostos diferentes. A música e o ato de fazer música
Primeiramente, foi elaborado um estão sempre permeados de significados a
roteiro de entrevista padrão que foi usado ela subjacentes, muitas vezes no campo
com todos os sujeitos. Feito isso, as político e ideológico. Assim, por exemplo,
entrevistas foram realizadas em locais em uma parada militar, a marcha não serve
considerados “guetos” por essas tribos, apenas para o desfile ritmado dos soldados,
onde além da entrevista em si foi observado mas também reflete uma gama de outros
o comportamento da tribo como um todo significados, como toda uma simbologia de
nesse ambiente. A entrevista não teve poder, organização, hierarquia e bravura
nenhum tempo limite, ficando à escolha dos para eles (Ikeda, 2007). Essa categoria está
sujeitos e do entrevistador o momento ideal interessada em um desses significados
de encerrá-la. As falas foram analisadas subjacentes da música, mais
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gente que gostava da mesma coisa que eu. evangélica, percebe-se um “choque” entre
Hoje em dia falo com todo mundo... com essas visões, uma vez que muitas vezes a
evangélico, com todo mundo, mesmo que
eu não goste.[...] mas não é por causa disso
imagem do heavy metal está associada à
que o cara vai deixar de falar com eles. Mas arruaça, selvageria e ao paganismo,6 sendo
tem quem pense assim? Tem, e muitos, mas o contrário da imagem proposta pelas
não é mais o meu caso. (S1) instituições evangélicas e que, portanto,
-Num show de reggae você se sente em representam a esse grupo uma ameaça a sua
casa, todos são extremamente sociáveis,
você sente a paz, já fui em vários shows de
identidade social, como mencionado por
reggae, [...], eu nunca vi uma briga em um Tajfel.
show de reggae, nem sequer uma discussão, Sociáveis, pacíficos, maduros e
a mentalidade é outra, o povo é mais amorosos. Essas são as características
maduro, mais da paz. (S2) atribuídas por S2 ou S3 ao próprio grupo
- Cara, você nunca vai se desentender com
um regueiro. O reggae prega sempre paz e
quando perguntados como se dá a relação
amor, se você curte o reggae de verdade, entre eles e pessoas com um mesmo gosto
você sempre vai ser amigável e pacífico. musical. A alternativa de categorização
Então regueiros são amigáveis com todos. “escolhida” pelos sujeitos segue uma linha
E com outro regueiro então, nem se fala. de representar-se positivamente em relação
Amizade forte mesmo. (S3)
- Um regueiro geralmente, se não curte,
aos demais grupos, não atribuindo ao
pelo menos respeita todos os tipos de tribos, outgroup, portanto, características
e se sente bem entre elas, pois fazer novas negativas. Ainda nas falas de S3, percebe-
amizades faz parte do reggae. Num show de se um fato curioso. Quando perguntado
reggae você se sente em casa, todos são como se dá as relações entre ele e outros
extremamente sociáveis, você sente paz.
(S2)
jovens com mesmo gosto musical, ele
- É uma coisa meio estranha falar com encerra sua fala com a frase “Amizade forte
pessoas de gostos diferentes. E eu tenho mesmo”, já quando perguntado como se dá
pavor de pagode, por exemplo. Então, acho a relação dele com jovens de outras tribos,
que eu não me aproximaria desta pessoa ele encerra com “É apenas amizade”. Nota-
com a intenção de aprender ou gostar de
alguma coisa, porque seria totalmente fora
se que a relação desse sujeito na
do padrão, mas eu conheço muita gente que comunidade empática da tribo tem algo que
ama pagode e tudo mais, só que a relação vai além de uma “simples amizade”, sendo
minha com essas pessoas é que eu não falo uma relação mais sólida, de maior empatia
de música. É apenas uma amizade. (S3) por ter essas características positivas
supracitadas por ele.
Na fala de S1, que representa a tribo Tais achados corroboram com os
dos Headbangers, há indícios de achados de Oliveira, Camilo e Assunção
discriminação e preconceito no agir da (2003) ao estudarem as tribos urbanas como
tribo, apesar de ele deixar claro que essa não sistemas semióticos, no qual há a adoção de
é mais atitude que o representa. Esse uma imagem estética compartilhada pelo
comportamento é apontado por Tajfel grupo em que não basta os integrantes das
(1983) como sendo relativamente normal tribos terem um visual semelhante entre si,
no processo de categorização social, diz ele é necessário ser diferentes dos demais. Não
que a rejeição e o preconceito são tipos de compartilhar essa imagem é ser normal, ou,
defesa contra aqueles que se apresentam “não ser nada”.
como ameaça ao nosso modo de vida e à De um modo geral, o que se pode
nossa posição social, ou seja, à nossa perceber é que as identidades positivas que
identidade. Fazendo um breve paralelo os entrevistados se atribuem refletem o tipo
entre a postura headbanger e a postura de som por eles escolhidos. Enquanto os
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