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Exp 01 Eletro I Segurança em Eletricidade
Exp 01 Eletro I Segurança em Eletricidade
AULA 1
I - OBJETIVO:
O aumento das aplicações da eletricidade em todos os campos residencial, industrial e comercial teve
como conseqüência um aumento dos riscos de acidente e com isso surgiu a necessidade de medidas e
dispositivos de proteção adequados.
O choque elétrico é a sensação físiopatológica sentida por uma pessoa ao ficar sujeita a uma diferença
de potencial entre as mãos, entre mão(s) e pé(s), entre os pés, ou entre a cabeça e membro(s).
O estudo dos choques elétricos e seus riscos está intimamente ligado ao modo pelo qual os sistemas
estão aterrados, ou seja, conforme os esquemas de aterramento, que são os diferentes métodos pelos
quais um sistema elétrico e as massas dos equipamentos são ligados à terra. A ligação à terra é feita
primeiramente para proteção das pessoas.
Os choques mais perigosos são aqueles que incluem em seu percurso o coração e o cérebro. Como os
danos permanentes ao cérebro por correntes que não passam pelo coração são muito pouco
freqüentes, as normas de segurança se referem principalmente à passagem da corrente elétrica pelo
coração.
Após muitos estudos, que se iniciaram no século XVIII na França (onde foi montado o primeiro
laboratório de ensaios sobre os choques elétricos) e culminaram na Universidade da Califórnia com os
ensaios do Prof. Dalziel; os resultados obtidos pelo prof. Dalziel são basicamente os adotados pelas
normais atuais. A partir de 1930 foram realizadas muitas pesquisas em muitos países que aumentaram
muito o conhecimento dos efeitos da corrente elétrica sobre os seres humanos e animais domésticos.
Foram realizados ensaios em pessoas vivas, animais vivos e em cadáveres. A orientação hoje adotada
na maior parte dos países do mundo vem das normas da IEC 479, 479-1 e 479-2. A primeira dá os
conceitos básicos, a Segunda fornece indicações sobre a impedância do corpo humano, sobre os
efeitos da corrente elétrica em c.a. e os efeitos de c.c. e a ultima sobre as freqüências superiores 100Hz,
sobre os efeitos de correntes com forma de onda especiais e os efeitos das correntes de impulso de
curta duração.
Sabemos que as funções vitais são acompanhadas de variações de potenciais que podem ser medidos
externamente na pele (eletrocardiograma, eletroencefalograma, eletromiograma) ou por variações do
campo magnético como o magnetoencefalograma.
LABORATÓRIO – EDIFÍCIOS/PROJETOS/PROC. PRODUÇÃO 2/11 ELETRO I –
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Uma corrente elétrica externa pode provocar alterações nas funções vitais que são sempre
acompanhadas por correntes muito pequenas. Essas alterações dependem naturalmente das
intensidades e durações dessas correntes externas que podem causar a morte (eletrocussão).
A IEC 479 define os limiares (valores mínimos/máximos de corrente) dos efeitos que serão usados na
proteção:
• • de fibrilação ventricular : valor mínimo que passando pelo corpo capaz de provocar fibrilação
ventricular
Efeitos de C.A. de 15 – 100 Hz
Limiar de largar: é função da área de contato, tamanho e forma dos eletrodos e das características
fisiológicas e é admitido igual a 10 mA,
tempo
(ms)
corrente
b) Tensão de contato limite. a tensão de contato limite (UL) não deve ser superior ao valor
indicado na tabela 1. Aos limites indicados se aplicam as tolerâncias definidas na IEC 38.
Tabela 1. Valores máximos da tensão de contato limite UL (V)
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da NBR 5410
NOTA - Situações mais severas, como no caso de corpo imerso ou em contato permanente com
elementos condutores, justificam a fixação de valores ainda menores para a tensão de contato limite.
Nesses casos, porém, a proteção por seccionamento automático da alimentação não é considerada
adequada, sendo necessárias outras medidas de proteção contra contatos indiretos (ver 5.8.1 e seção
9 da NBR 5410).
Respiração assistida
O método boca-a-boca é o mais eficiente.
Perfuração da traquéia
Quando não se consegue desenrolar a língua a traquéia deve ser perfurada para permitir a respiração
sem uso da boca ou nariz.
Massagem cardíaca
Pressão ritimada sobre o tórax, combinada com respiração assistida pode manter a circulação
sangüínea (irrigando o cérebro) enquanto não chega socorro médico.
Desfibrilação
Um aparelho denominado desfibrilador gera pulsos de corrente (produzidos por um capacitor) que são
aplicados por dois eletrodos colocados no tórax de modo que parte desses pulsos passem pelo coração.
Podem ser feitas várias tentativas com valores crescentes dos pulsos, combinados com massagem
cardíaca.
As queimaduras
São tratadas em clinicas especializadas, mas quando a extensão é muito grande geralmente resultam
na morte da vítima.
As queimaduras mais graves são as provocadas pelo arco elétrico, pela alta temperatura (alguns
milhares de ºC.)
1.c. Proteção contra contatos diretos e indiretos: uso de tensões muito baixas
A ABNT adotou as mesmas siglas, usadas em inglês pela IEC, para este tipo de proteção contra choques:
SELV, PELV e FELV.
SELV - Tensão extra baixa de segurança consiste em alimentar o circuito por uma fonte cuja tensão seja
tão baixa que não pode causar nenhum choque elétrico sensível às pessoas. Essa tensão deve ser uma
tensão que cause a passagem pelo corpo de uma corrente da ordem de 0,5 a 1 mA. Uma tensão segura
para qualquer das situações (1, 2 ou 3) é a de 12 V.
PELV - Tensão extra baixa de proteção, é o mesmo que a anterior, porém com um dos condutores
aterrado.
FELV - Tensão extra baixa funcional, análoga à primeira, porem quando a tensão escolhida foi por
motivo funcional do equipamento ou circuito e a segurança é obtida como um efeito secundário.
• • Colocação fora de alcance: os condutores vivos são instalados a uma altura tal que não
possam ser alcançados com as pessoas carregando os instrumentos/dispositivos habituais de trabalho
Uma proteção complementar será pelo uso de: Dispositivos diferenciais residuais DR.
Desligamento da fonte por um DR: quando a corrente de curto circuito for baixa, como no esquema
TT, será obrigatório o uso do DR. A recomendação da NBR-5410 é que haja instalação de DR nos
circuitos que alimentam as áreas úmidas (cozinha, área de serviço, banheiros, garagens) qualquer que
seja o esquema de aterramento do sistema de alimentação.
Qualquer que seja o esquema de aterramento, devem ser objeto de proteção complementar contra
contatos diretos por dispositivos a corrente diferencialresidual (dispositivos DR) de alta sensibilidade,
isto é, com corrente diferencialresidual nominal ID igual ou inferior a 30 mA:
NOTAS
Princípios básicos
b) Tensão de contato limite. A tensão de contato limite (UL) não deve ser superior ao valor
indicado na tabela a seguir. Aos limites indicados se aplicam as tolerâncias definidas na IEC 38.
NOTA - Situações mais severas, como no caso de corpo imerso ou em contato permanente com
elementos condutores, justificam a fixação de valores ainda menores para a tensão de contato limite.
Nesses casos, porém, a proteção por seccionamento automático da alimentação não é considerada
adequada, sendo necessárias outras medidas de proteção contra contatos indiretos
Condições das influências externas determinantes para seleção das medidas de proteção contra
choques
b) o circuito magnético dos dispositivos DR deve envolver todos os condutores vivos do circuito,
inclusive o neutro: por outro lado, o condutor de proteção correspondente deve passar exteriormente
ao circuito magnético;
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c) os dispositivos DR devem ser selecionados e os circuitos elétricos divididos de forma tal que as
correntes de fuga à terra susceptíveis de circular durante o funcionamento normal das cargas
alimentadas não possam provocar a atuação desnecessária do dispositivo;
NOTA - Os dispositivos DR podem operar para qualquer valor de corrente diferencial superior a 50%
da corrente de disparo nominal.
A figura abaixo mostra um exemplo de ligação de um interruptor DR protegendo uma pessoa contra
uma corrente de choque.
Em qualquer esquema a NBR 5410 obriga o uso dos DRs nas áreas frias(cozinha, banheiro, áreas de
serviço e garagem). Em alguns países as normas obrigam o uso de DR pelo menos nos circuitos de
tomadas pelo risco de choques nas crianças.
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Interruptor diferencial
É um dispositivo de interrupção de corrente de carga e que incorpora um DR. Este dispositivo precisa
ter a montante um dispositivo de proteção contra sobrecorrentes, disjuntor ou fusível.