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G abarito das

A utoatividades

PLANEJAMENTO URBANO E
AMBIENTAL
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040
Bairro Benedito - CEP 89130-000
Indaial - Santa Catarina - 47 3281-9000

2018

Elaboração:
Prof. Jorge Luis Bonamente
Prof. Arildo João de Souza

Revisão, Diagramação e Produção:


Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
UNIASSELVI GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 3
NEAD
GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE
PLANEJAMENTO URBANO E AMBIENTAL

UNIDADE 1

TÓPICO 1

1 Para onde estão indo nossas cidades? A globalização tem afetado as


cidades? O que você acha? Faça uma pesquisa e anotações sobre
sua posição.

R.: Resposta pessoal a partir de pesquisa efetuada pelo(a) acadêmico(a).

2 Por que o bairro é uma escala interessante para se trabalhar com as


questões urbanas e de planejamento urbano?

R.: O bairro está na proposição da adoção de uma esfera de atuação


participativa, na qual o cidadão possa aprender a essência do que está sendo
discutido, já que passa pela aproximação da escala de pertencimento e de
domínio do repertório cotidiano da realidade. O bairro é a esfera onde todas as
condicionantes, carências, matizes e, por que não dizer, as soluções possíveis
e impossíveis são discutidas e ventiladas, dentro de um quadro referencial P
perceptível a qualquer de seus moradores. Torna-se lógico que fica mais fácil L
A
a um morador de um determinado bairro compreender, opinar e participar N
de decisões dentro daquilo que diz respeito ao seu dia a dia, do que opinar E
J
sobre os problemas que possam atingir os moradores do extremo oposto da A
M
cidade ou, mesmo, de bairros vizinhos, ainda em que pese sua proximidade. E
Desta forma, é na escala do bairro que a participação passa a se incorporar N
T
no cotidiano de cada cidadão, podendo ser estendida à compreensão e O

discussão da cidade, em seus aspectos estruturais, como um todo. U


R
B
3 Quais as consequências urbanas e ambientais da Revolução Industrial A
N
para as cidades? O

E
R.: O inchaço das cidades, somado ao adensamento excessivo, aumentou
A
o grau de insalubridade e as condições de habitação tornaram-se críticas: M
esgoto corria a céu aberto, lixo acumulava-se nas ruas estreitas, as famílias B
I
amontoavam-se em cômodos sem ventilação natural e a fumaça das fábricas E
N
enegrecia o ar, sem falar nos incêndios e epidemias, que ocorriam com T
frequência, destruindo bairros inteiros. A
L
4 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI
NEAD
4 Comente sobre as cidades ditas utópicas, mencionando alguns
autores e suas propostas.

R.: - Arturo Soria y Mata, espanhol, projeta a cidade linear, em 1882,


defendendo a tese de que “dos problemas da locomoção derivam-se todos
os demais problemas da urbanização”. A cidade linear pode se prolongar
indefinidamente, mantém a oferta ilimitada de terrenos na área central e o
equilíbrio de oferta-demanda, impedindo a especulação imobiliária.
- Camillo Sitte, vienense, em 1889 defende que as cidades sejam projetadas
com base em princípios estéticos, como uma obra de arte. Propunha o
desenvolvimento orgânico da cidade medieval como um meio para humanizar
a cidade contemporânea. Observou os defeitos da cidade do século XIX com
extrema clareza, mas as medidas sugeridas não passavam de paliativos.
- Ebenezer Howard, inglês, projeta a Cidade Jardim (Garden City, 1898) para
uma população máxima de 32 mil habitantes. Teria malha radial concêntrica,
cercada por um cinturão agrícola. A terra pertenceria ao Estado, eliminando
a especulação imobiliária, e haveria controle do crescimento e limitação da
população na faixa dos 30 mil habitantes. Cada cidade jardim estaria articulada
com outras, formando uma rede de cidades.
- Raymond Unwin, inglês, colocou a Cidade Jardim em prática em Letchworth
(1907) e Welwyn, mas os melhores resultados práticos desta proposta não
são cidades autônomas, mas bairros residenciais periféricos nos Estados
Unidos e na Inglaterra.
- Tony Garnier, francês, em 1901 projeta uma cidade industrial também linear,
com população prevista para 35 mil habitantes e separação das funções
P
L urbanas.
A
N
E 5 Faça uma pesquisa sobre outros modelos urbanos utópicos de
J
A cidades e traga para a sala de aula para discutir com seus colegas.
M
E
N R.: Resposta pessoal a partir de pesquisa efetuada pelo(a) acadêmico(a).
T
O

U
R
B TÓPICO 2
A
N
O 1 A lei denominada Estatuto da Cidade estabelece normas de ordem
E pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana
A
em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos,
M bem como do equilíbrio ambiental. Segundo tal estatuto, o Plano
B
I Diretor é obrigatório para cidades com mais de:
E
N
T a) ( ) 30 mil habitantes.
A
L b) (x) 20 mil habitantes.
UNIASSELVI GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 5
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c) ( ) 40 mil habitantes.
d) ( ) 60 mil habitantes.
e) ( ) 50 mil habitantes.

2 Quais leis e recomendações tratam do Plano Diretor?

R.: O Plano Diretor é fruto de uma longa discussão travada sobre as políticas
urbanas desde os anos 60 que se consolida no Capítulo II da Política Urbana
da Constituição Federal de 1988. Em 2001 entrou em vigor a lei denominada
Estatuto da Cidade (Lei no 10.257/01), que surgiu para normatizar e consolidar
as diretrizes presentes neste capítulo da Constituição.

3 O Plano Diretor tem uma função social?

R.: Lógico. Para definir a função social da cidade e da propriedade, e com


isso conseguir soluções para os problemas que afligem os moradores das
cidades brasileiras que cresceram de forma excludente e desequilibrada,
penalizando principalmente a população mais pobre e destruindo o meio
ambiente, é preciso que haja uma legislação urbanística que discipline isto,
contida no documento chamado Plano Diretor.

4 O Plano Diretor só abrange a área urbana?

R.: Não. O Plano Diretor deve englobar o território do município em toda a


sua totalidade, tanto a área urbana quanto a área rural.
P
L
5 Os planos devem conter todos os instrumentos do Estatuto da Cidade? A
N
E
J
R.: Cada Plano Diretor dialoga com realidades distintas e, portanto, utiliza A
instrumentos diferenciados para respeitar as diferenças entre municípios, M
E
seu porte, economia, a estrutura e concentração fundiária, as tendências de N
T
expansão e verticalização, a capacidade de gestão do município, a região O
onde se insere etc. Cada cidade tem suas peculiaridades e por isso seu plano U
precisa ser diferenciado e individualizado. R
B
A
6 Quem faz o Plano Diretor? N
O

E
R.: Ele deve ser elaborado e implementado com a participação efetiva de todos
os cidadãos do município, para que se torne realidade e seja um instrumento A
M
eficaz de gestão e planejamento. O processo deve ser conduzido pela equipe B
I
técnica e política da prefeitura, em conjunto com a câmara de vereadores, E
envolvendo todos os segmentos sociais presentes na cidade. Estes devem N
T
A
L
6 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI
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compartilhar a coordenação de todo o processo, ou seja, da preparação à
implantação e gestão.

7 O que foi a Carta de Atenas?

R.: A Carta de Atenas é o manifesto urbanístico resultante do IV Congresso


Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM), realizado em Atenas em 1933,
que teve como tema a "cidade funcional". O documento traçou diretrizes e
fórmulas que consideravam a cidade como um organismo a ser concebido de
modo funcional, preconizando a separação das áreas residenciais, de lazer
e de trabalho, propondo, em lugar do caráter e da densidade das cidades
tradicionais, uma cidade na qual os edifícios se desenvolvem em altura e se
inscrevem em áreas verdes, por esse motivo, pouco densas.

8 Pesquise se as cidades de sua região têm ou não Plano Diretor,


relacionando-as à população existente em cada uma delas.

R.: Resposta pessoal a partir de pesquisa efetuada pelo(a) acadêmico(a).

TÓPICO 3

1 Previsto na Lei nº 10.257/2001, denominada Estatuto da Cidade, o


Plano Diretor:
P
L I- É o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.
A
N II- É parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano
E
J plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporarem as
A diretrizes e as prioridades nele contidas.
M
E III- Englobará apenas a zona urbana do município.
N
T IV- Será aprovado por lei municipal, que deverá ser revista pelo menos a
O cada 15 anos.
U
R
B Agora, assinale a alternativa CORRETA:
A a) (x) As afirmativas I e II estão corretas.
N
O b) ( ) Somente a afirmativa I está correta.
E c) ( ) As afirmativas I, II e III estão corretas.
d) ( ) As afirmativas II, III e IV estão corretas.
A
M e) ( ) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
B
I
E
N
T
A
L
UNIASSELVI GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 7
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2 O zoneamento é a síntese do planejamento físico-territorial, sendo
um mecanismo que disciplina tanto o uso quanto a ocupação do solo
urbano. Diferencie uso de ocupação, se possível com exemplos.

R.: Uso é o tipo de função ou atividade desempenhada no lote: residencial,


comercial, de serviços, industrial, institucional etc.
Ocupação é a intensidade de utilização do lote, quase sempre expressa por
índices urbanísticos, como taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento,
além de recuos e gabarito.

3 Em loteamentos, considerando os requisitos urbanísticos exigidos


pela Lei Federal nº 6.766/76, os lotes terão área:

a) (x) Mínima de 125 m2 e frente mínima de 5 metros.


b) ( ) Mínima de 125 m2 e frente mínima de 5 metros, apenas para conjuntos
habitacionais de interesse social.
c) ( ) Mínima de 150 m2 e frente mínima de 5 metros.
d) ( ) Proporcional à densidade de ocupação prevista nos planos diretores
ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem.
e) ( ) Mínima de 125 m2 e frente mínima de 8 metros.

4 Escreva sobre as seguintes legislações urbanísticas: códigos de


edificações e obras e código de posturas.

R.: O Código de Edificações determina os parâmetros construtivos, como pé


P
direito, materiais de construção, vãos de iluminação etc. Estabelece ainda L
normas para a execução das obras, de forma que elas não interfiram com A
N
a segurança ou a tranquilidade da vizinhança. Abrange todos os detalhes E
J
construtivos, estabelecendo ainda critérios para a elaboração de projetos e a A
execução de obras e edificações no município, com o objetivo de assegurar M
E
a observância de padrões para todas as edificações. N
T
Já o Código de Posturas fixa normas de conduta e comportamento urbanos, O
como, por exemplo, o silêncio na proximidade de hospitais, a criação de U
animais, a propaganda, o comércio ambulante etc. R
B
A
5 Quais são as principais legislações urbanísticas que um plano diretor N
O
deve conter?
E

R.: Sem prejuízo da autonomia municipal, o planejamento físico-territorial e A


M
ambiental municipal procurará articular-se com os planos nacionais, estaduais B
I
e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e E
social. As principais legislações urbanísticas são as seguintes: N
T
A
L
8 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI
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- a delimitação do perímetro urbano, áreas de expansão urbana e núcleos
urbanos isolados;
- as edificações e obras;
- as posturas municipais;
- o zoneamento, uso e ocupação do solo;
- o parcelamento do solo.

6 Explique a diferença entre um loteamento e um desmembramento.

R.: O loteamento é a subdivisão de terrenos em lotes destinados à edificação,


com a abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou
prolongamentos, modificação ou ampliação das vias existentes. Já o
desmembramento é a subdivisão de glebas em lotes destinados à edificação
com o aproveitamento do sistema viário existente e da infraestrutura disponível.

UNIDADE 2

TÓPICO 1

1 Quais são os principais sistemas infraestruturais existentes?


P
L R.: São o sistema viário, sanitário, energético e de comunicações.
A
N
E
J
2 De que trata o sistema viário?
A
M
E R.: O sistema viário consiste no conjunto mais caro dos sistemas urbanos,
N
T
sendo responsável por cerca de 75% dos custos de urbanização e por 25%
O do solo urbano. É o subsistema que mais dificuldade apresenta para aumentar
U sua capacidade. Deve ser projetado de forma a adaptar-se às curvas de
R
B
nível, evitando movimentações de terra, facilitar o escoamento das águas
A das chuvas e do esgoto sanitário, de preferência por gravidade, prevendo
N
O ainda estacionamentos, faixas diferenciadas e pavimentação.
E
3 Quais as funções do sistema viário?
A
M
B
I
R.: O sistema viário tem algumas funções no espaço urbano, sendo as principais:
E ● dar acesso aos mais diversos usos do solo;
N
T ● interligar os novos parcelamentos (loteamentos) à cidade;
A
L
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NEAD
● separar fluxos de pessoas e de veículos, através da distinção de altura
(normalmente 15 cm) entre o nível do passeio e a pista de rolamento;
● promover a correta circulação do ar e a entrada de sol, tanto nos terrenos
quanto na própria rua;
● servir de suporte para a implantação de mobiliário urbano, como, por
exemplo, telefone público, bancos, luminárias etc. O passeio (calçada), apesar
de mantido pelo cidadão, é público, ou seja, pode ser utilizado por todos;
● servir de suporte para a implantação da arborização urbana;
● servir de memória e orientação urbana, estimulando os sentidos. Lembra-se
daquela rua onde existia aquele casarão histórico em sua cidade? Ou será
que ele foi demolido?
● servir como canal de serviços públicos, principalmente do acesso pelos
lotes à infraestrutura básica.

4 De que forma a densidade urbana afeta a infraestrutura urbana?

R.: A densidade urbana tem relação direta com a infraestrutura: não deve
ser baixa demais, encarecendo os custos e inviabilizando econômica e
financeiramente sua implantação e manutenção; nem alta demais, colapsando
as redes que não irão suportar a demanda, de modo que os custos sejam
absorvidos pela população beneficiada.

5 Por que a mobilidade urbana é tão importante para as cidades?

R.: A mobilidade urbana é crucial para o desempenho das demais atividades


P
urbanas, como moradia, trabalho, estudo, lazer e compras. Os aspectos sociais L
e econômicos são definidos pelo deslocamento de pessoas e mercadorias. A
N
Um maior ou menor deslocamento é definido pela localização das atividades E
J
na área urbana. Daí a importância de um planejamento de cidade. A
M
E
N
T
TÓPICO 2 O

U
1 Você considera sua cidade sustentável? Ela possui legislação am- R
B
biental? É aplicada? A
N
O
R.: Resposta pessoal a partir de pesquisa efetuada pelo(a) acadêmico(a). E

A
2 Quais os principais benefícios da arborização urbana? M
B
I
R.: Os benefícios ecológicos promovidos pela arborização urbana são: E
N
estabilidade climática, por meio da diminuição da temperatura e do aumento T
A
L
10 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI
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da umidade do ar; melhoria das condições do solo urbano; melhoria do ciclo
hidrológico; redução da poluição atmosférica, por meio da fotossíntese;
melhoria das condições de conforto acústico e redução da intensidade da
luz refletida e aumento da diversidade e quantidade da fauna nas cidades.

3 Espécies com que tipo de raízes devem ser priorizadas na arborização


urbana?

R.: Deve ser priorizado o plantio de espécies que possuem raízes não
superficiais, do tipo pivotantes ou fasciculadas. Raízes pivotantes são um
tipo de raiz principal que penetra verticalmente no solo, e desta partem raízes
laterais que se ramificam também. Raízes fasciculadas são um conjunto de
raízes finas que partem de um único ponto da planta, todas têm mais ou
menos um mesmo grau de desenvolvimento.

4 Que tipo de espécies para arborização urbana devemos empregar, su-


pondo ainda que queiramos bastante sol no inverno? Gostaríamos de
empregar árvores que perdem todas as folhas com o intuito de obter
bastante sol. Que espécies são estas? Cite dois exemplos.

R.: Na escolha das espécies para arborização urbana deve-se dar preferência
àquelas mais resistentes às pragas, que sejam espécies locais ou da região,
que produzam bastante sombra e com raízes não superficiais, utilizando
árvores ou arbustos, conforme o espaço.
No caso da utilização de árvores, pode-se optar por espécies com sistemas
P
L de persistência foliar durante o inverno, escolhendo entre as caducifólias
A
N
(perdem suas folhas), semicaducifólias (perdem parte de suas folhas) e
E perenifólias (mantêm suas folhas). Como as caducifólias foram as escolhidas,
J
A selecionamos o angelim-bravo e o cedro.
M
E
N
T
O TÓPICO 3
U
R
B 1 A lei denominada “Estatuto da Cidade” estabelece normas de ordem
A
N
pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em
O prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem
E como do equilíbrio ambiental. Considere os seguintes instrumentos da
A
política urbana:
M
B
I I- Usucapião especial de imóvel urbano: confere o domínio àquele que possuir
E
N
como sua área ou edificação urbana de até 300 metros quadrados, por cinco
T anos, ininterruptamente e sem oposição.
A
L
UNIASSELVI GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 11
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II- Direito de superfície: confere ao proprietário urbano o poder de conceder a
outrem o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo de seu terreno,
mediante escritura pública registrada no cartório de registro de imóveis.
III- Outorga onerosa: consiste na possibilidade do município estabelecer
relação entre a área edificável e a área do terreno, a partir da qual a
autorização para construir passaria a ser concedida de forma gratuita.
IV- Direito de preempção: confere ao poder público municipal preferência para
aquisição de imóvel urbano, antes que o imóvel de interesse do município
seja comercializado entre particulares.

Agora, assinale a alternativa CORRETA:


a) ( ) As afirmativas I e IV estão corretas.
b) ( ) As afirmativas I, III e IV estão corretas.
c) ( ) As afirmativas I, II e III estão corretas.
d) (x) As afirmativas II e IV estão corretas.
e) ( ) As afirmativas II, III e IV estão corretas.

2 Quais são os instrumentos de indução do desenvolvimento do Esta-


tuto da Cidade?

R.: Os instrumentos são:


a) parcelamento e edificação compulsória de áreas e imóveis urbanos,
instrumento que dá à prefeitura o poder de exigir que o proprietário parcele
ou construa no seu imóvel vago ou subutilizado e localizado em área com
infraestrutura;
P
b) IPTU progressivo: quando o proprietário não construiu ou parcelou no L
prazo determinado, o valor do IPTU pode ser aumentado a cada ano até a A
N
ocupação do imóvel; E
J
c) desapropriação para fins de reforma urbana: caso o proprietário não cumpra A
os dois itens anteriores, a prefeitura pode desapropriar pagando com títulos M
E
da dívida pública; N
T
d) direito de preempção: confere ao poder público o direito de preferência O
na aquisição de imóvel urbano para a construção de moradia de interesse U
social, equipamentos e espaços públicos; R
B
e) outorga onerosa do direito de construir: mais conhecido como “solo criado”, A
pelo qual o poder público concede o direito de construir acima do permitido N
O
em determinada região da cidade exigindo do interessado uma contrapartida
E
financeira, na construção de moradias populares, na urbanização de áreas
de interesse coletivo etc.; A
M
f) estudo de impacto de vizinhança: para todo empreendimento de grande B
I
porte, deverão ser apresentados e discutidos com os vizinhos os impactos E
que vão gerar no tráfego, poluição, na infraestrutura, na valorização ou N
T
desvalorização imobiliária. A
L
12 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI
NEAD
3 Quais os instrumentos do Estatuto da Cidade para regularizar as
áreas habitadas por população de baixa renda?

R.: Os instrumentos são:


a) usucapião urbano, que permite regularizar a posse das famílias que morem
há mais de cinco anos em terrenos particulares menores que 250 m² e não
possuam outro terreno no município. Pode ser individual ou coletivo;
b) concessão de direito real de uso: permite regularizar a posse das famílias
que morem há mais de cinco anos em terrenos públicos menores que 250 m²
e não possuam outro terreno no município. Pode ser individual ou coletivo;
c) zonas especiais de interesse social (ZEIS): são áreas ocupadas por
população de baixa renda (como assentamentos) ou mesmo terrenos vazios
de propriedade pública ou privada, que são delimitados por decreto, lei
municipal ou pelo Plano Diretor, com o objetivo de permitir a regularização
fundiária ou a construção de novos loteamentos ou moradias de interesse
social.

4 Como será garantida a participação social na elaboração do Plano


Diretor?

R.: Os instrumentos mínimos obrigatórios para efetivar a participação social na


elaboração do Plano Diretor são as audiências públicas e debates, publicidade
dos documentos e informações produzidas, com acesso a todos. Caso estas
garantias não estejam sendo cumpridas, o cidadão e os grupos sociais têm
o direito e o dever de buscar o poder público municipal (prefeitura e câmaras
P
L municipais) ou a justiça.
A
N
E 5 O Estatuto da Cidade regulamenta que artigos da Constituição Federal?
J
A
M
E
R.: O Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/01) regulamenta os artigos 182 e 183
N da Constituição Federal de 1988, e dá diretrizes para o pleno desenvolvimento
T
O das funções sociais da cidade e da propriedade urbana. O objetivo é alcançar,
U
em determinada área, transformações urbanísticas estruturais, melhorias
R sociais e a valorização ambiental. A regulamentação do artigo 182 estabelece
B
A que a política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público
N
O
municipal, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes, definindo que
E
o instrumento básico desta política é o Plano Diretor. Já a do artigo 183, por
A
M
sua vez, estabelece que todo cidadão que possuir, como sua, área urbana de
B até 250 metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição,
I
E utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirirá o seu domínio,
N
T
desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
A
L
UNIASSELVI GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 13
NEAD
UNIDADE 3

TÓPICO 1

1 Segundo o autor Alvin Tofler, existiram grandes ondas de desenvolvimento


que marcaram a humanidade, determinando a economia, as relações
sociais e de poder, com características específicas de cada época.
Quantas foram estas ondas, que fatores determinaram a economia de
cada uma delas, e em que período aconteceram?

R.: Foram três as grandes ondas de desenvolvimento:


A primeira onda iniciou com a descoberta da agricultura e terminou com
o início da Revolução Industrial em meados do século XVIII, cujo meio de
produção estava na terra.
A segunda onda foi marcada pelo início da Revolução Industrial e terminou no
primeiro mundo com o início da revolução da informática. Durante este período
os meios de produção eram determinados pelo capital, que podia comprar
máquinas e equipamentos, bem como a força de trabalho. A segunda onda
não terminou em todos os países. Nos países subdesenvolvidos a segunda
e a terceira ondas estão atuando simultaneamente.
A terceira onda ainda não terminou, mas a principal característica da mesma é
a informatização da economia, onde o principal meio de produção não é mais
a terra nem o capital, e sim o conhecimento, ou seja, a fonte de renda passa
P
a ser o conhecimento e não mais o capital, que passa a ser ator coadjuvante L
no processo de desenvolvimento. A
N
E
J
2 Que fatores causaram a explosão demográfica nos países A
subdesenvolvidos após a Segunda Guerra Mundial, com o consequente M
E
inchaço das grandes cidades, causando um crescimento desordenado, N
T
levando ao surgimento de favelas e inúmeros problemas ambientais, O
tais como falta de saneamento, fornecimento de água potável e coleta U
e tratamento de esgoto, entre outros? R
B
A
R.: A industrialização destes países mecanizou o campo, eliminando postos N
O
de trabalho na zona rural, porém abrindo muitos empregos nas cidades, na
E
indústria que começava a surgir no pós-guerra. Além disso, o avanço nas
condições de higiene e sanitárias, além de avanços na medicina com a cura A
M
para muitas doenças, reduziram as taxas de mortalidade, sobretudo a infantil. B
I
O resultado foi a explosão demográfica e o crescimento repentino das cidades, E
causando inúmeros problemas ambientais e sociais. N
T
A
L
14 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI
NEAD
3 Estudamos que uma das consequências da expansão urbana é o
desmatamento e a impermeabilização do solo. Escreva um pequeno
texto com suas palavras, analisando as consequências ambientais
do desmatamento e da impermeabilização do solo para o crescimento
das cidades.

R.: As consequências são a erosão do solo e o assoreamento de ribeirões e


rios; diminuição da infiltração da água da chuva, reduzindo o lençol freático,
aumentando o escoamento superficial durante as chuvas torrenciais,
aumentando o risco de enchentes.

4 Após o estudo sobre os impactos ambientais das cidades nos ecos-


sistemas, escreva uma redação abordando a importância de conciliar
desenvolvimento e sustentabilidade.

R.: A redação deve ser criativa, ressaltando a necessidade de se promover


o desenvolvimento sem destruir o meio ambiente.
Perceber se o(a) acadêmico(a) dá ênfase à necessidade, não de preservar
porque a lei manda, mas preservar os fios que sustentam a própria vida.

TÓPICO 2

1 Cite quais são os elementos que constituem o patrimônio cultural do


P povo brasileiro e por que devem ser preservados.
L
A
N R.: a) As formas de expressão.
E
J b) Os modos de criar, fazer, viver.
A
M
c) As criações científicas, artísticas e tecnológicas.
E d) As obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados
N
T às manifestações artístico-culturais.
O
O principal patrimônio de um povo é sua cultura, sem o qual perde sua
U identidade própria, ficando à mercê de culturas invasoras.
R
B
A
N
2 Qual é a importância de se preservar o patrimônio ambiental brasileiro?
O

E R.: O patrimônio ambiental constitui a maior riqueza material do povo


A
brasileiro. A destruição dos ecossistemas, como a Amazônia, por exemplo,
M terá impactos sérios na distribuição das chuvas em todas as regiões brasileiras
B
I e nos países vizinhos, causando secas, com prejuízos para a agricultura,
E
N
criando problemas de abastecimento alimentar.
T
A
L
UNIASSELVI GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 15
NEAD
3 “Atender às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade
das futuras gerações de atenderem às suas próprias necessidades”. Ana-
lise o conceito de desenvolvimento sustentável aprovado na ECO 92, no
Rio de Janeiro, e escreva um texto abordando de que forma indivíduos,
cidades e países devem proceder para viver de acordo com este conceito.

R.: Espera-se que o(a) acadêmico(a) aborde em seu texto que pessoas,
cidades e países necessitam se tornar sustentáveis, o que significa usar
os recursos naturais de forma a garantir que as gerações futuras consigam
dispor dos mesmos recursos.

TÓPICO 3

1 Após o estudo deste tópico e do Decreto-Lei nº 4.297, que estabelece


as normas do zoneamento ambiental brasileiro, escreva um texto
salientando os benefícios que o mesmo trouxe para o meio ambiente
e a sociedade brasileira.

R.: O zoneamento ambiental estabeleceu regras claras para uso da


propriedade, respeitando a função social da terra, a função econômica e
ecológica, estabelecendo áreas de preservação permanente, áreas de
manejo, áreas para uso econômico, seja agricultura ou pecuária.
Criou também zonas de interesse ecológico, como zoneamento costeiro,
criando a proteção dos mangues, restingas e dunas. P
O ZEE estabelece regras para uso dos territórios brasileiros, tanto em áreas L
A
rurais como urbanas e costeiras, permitindo à sociedade utilizar este espaço N
E
de forma racional, atendendo às necessidades econômica, social e ecológica, J
sem comprometer a sobrevivência das gerações futuras. A
M
E
N
2 Por que razão o Zoneamento Ambiental evoluiu para ZEE ou T
Zoneamento Econômico-Ecológico? O

U
R
R.: O objetivo da Política Nacional do Meio Ambiente é o da preservação, B
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando A
N
assegurar condições de desenvolvimento socioeconômico, aos interesses O

da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana. E


Para atender a este objetivo e estar de acordo com o conceito das Nações A
Unidas sobre desenvolvimento sustentável, que é de atender às necessidades M
B
das atuais gerações sem comprometer o atendimento das necessidades das I
gerações futuras, o zoneamento ambiental brasileiro não poderia beneficiar E
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apenas o meio ambiente e a ecologia, sem permitir a sobrevivência da T
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16 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI
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sociedade brasileira. Desta forma, o ZEE atende às necessidades econômicas
e ecológicas, garantindo a sustentabilidade das presentes e futuras gerações.

3 Elabore um texto com as próprias palavras, com o propósito de


desenvolver a análise crítica sobre os princípios norteadores do
Zoneamento Ecológico-Econômico:

R.: Participativo – Estabelece o princípio democrático da participação no processo


de zoneamento, para que o ZEE seja autêntico, legítimo e razoável.
Equitativo - Estabelece o princípio da igualdade de oportunidades de
desenvolvimento para todas as regiões e grupos sociais.
Sustentável – Atender às necessidades das gerações atuais, sem comprometer os
recursos para as gerações futuras, é o princípio da sustentabilidade. Desta forma, os
recursos naturais e o meio ambiente deverão ser utilizados com responsabilidade,
sem comprometer sua capacidade de recuperação e sustentabilidade.
Holístico – Este princípio garante a abordagem interdisciplinar, favorecendo a
integração de fatores e processos. Desta forma é possível respeitar e conciliar as
necessidades ambientais e econômicas.
Sistêmico – A visão sistêmica permite uma análise que estabeleça as relações de
interdependência entre os sistemas e subsistemas físico, biótico e socioeconômico.
Evita, desta forma, favorecer somente o econômico ou o ecológico.

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