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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”


Ilha Solteira Câmpus de Ilha Solteira - SP

G ABRIEL S OUSA C ORRÊA

Laboratório de Instrumentação Eletrônica


Experimento 4

Ilha Solteira - SP
3 de janeiro de 2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO TEÓRICA 1
1.1 RESPOSTA PASSA-BAIXA HLP 1
1.2 FILTROS KRC 2

2 MATERIAIS E MÉTODOS 5
2.1 FILTRO KRC BUTTERWORTH 5
2.2 FILTRO KRC Q = 5 5

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 7
3.1 DADOS DO EXPERIMENTO 7
3.2 GRÁFICOS PLOTADOS 9
3.3 SIMULAÇÕES 13
3.3.1 Filtro Butterworth 13
3.3.2 Filtro Q = 5 15

4 CONCLUSÕES 17
1

1 INTRODUÇÃO TEÓRICA

Nesta introdução, será feita a dedução da Função de Transferência dos circuitos implemen-
tados neste experimento, a saber, Filtros Passa-baixa de 2ª Ordem na configuração Sallen-Key
ou KRC.

1.1 RESPOSTA PASSA-BAIXA HLP

Todas as funções de segunda ordem de filtros passa-baixa podem ser expressas na forma
padrão H( jω) = H0LP HLP , onde H0LP é ganho DC, e

1
HLP ( jω) = (1)
1 − (ω/ω0 )2 + ( jω/ω0 )/Q

Para construir o Diagrama de Bode da magnitude, considere as aproximações assintóticas:

1. Para ω/ω0  1, todas as parcelas que dependem de ω/ω0 se tornam desprezíveis e


HLP → 1 fornece:
|HLP |dB = 0 (ω/ω0  1) (2a)

2. Para ω/ω0  1, a maior parcela se torna HLP → −1(ω/ω0 )2 , então a assíntota de alta
frequência pode ser expressa por

|HLP |dB = 20 log10 [1/(ω/ω0 )2 ]

|HLP |dB = −40 log10 (ω/ω0 ) (ω/ω0  1) (2b)

3. Para ω/ω0 = 1, as duas assíntotas se encontram, uma vez que ω/ω0 = 1 na Eq. 2b
fornece a própria Eq. 2a.

|HLP |dB = −40 log10 (ω/ω0 ) = −40 log10 1 = 0

Além disso, substituindo ω/ω0 = 1 na Eq. 1:


1 1 1
HLP ( jω) = = = = − jQ
1 − (ω/ω0 )2 + ( jω/ω0 )/Q 1 − 1 + j1/Q j/Q
1.2 FILTROS KRC 2

ou, melhor ainda


|HLP |dB = QdB (2c)

O resultado expresso pela Eq. 2c mostra que, na região de frequência em torno de ω/ω0 =
1, agora tem-se uma família de curvas, dependendo do valor de Q, ao invés uma única
curva, como em filtros de 1ª Ordem.

O diagrama de magnitude é exibido na Fig. 1 para diferentes valores de Q. Para Q ≤



1/ 2 ≈ 0.707 a transição de uma assíntota para a outra é bastante gradual, enquanto para

Q > 1/ 2 surge um intervalo de frequência nas proximidades de ω/ω0 = 1 onde |HLP > 1,

formando o que se chama casualmente de pico. A curva para a qual Q = 1/ 2 é chamada de
maximamente achatada ou resposta de Butterworth e costuma ser usada em larga escala, por ser
a mais próxima possível do modelo ideal.
√ √
Substituindo Q = 1/ 2 em Eq. 2c, obtém-se |HLP |dB = 20 log10 (1/ 2) = −3 dB, fazendo
de ω0 a frequência de corte do filtro Butterworth.

Figura 1 - Diagrama de Bode da Magnitude para Filtros Passa-baixa de Segunda Ordem.

Fonte: Elaborado pelo autor.

1.2 FILTROS KRC

Uma vez que um estágio R-C fornece uma resposta passa-baixa de 1ª ordem, colocar dois
estágios em cascata deve prover uma resposta de 2ª ordem. De fato, em baixas frequências,
1.2 FILTROS KRC 3

os capacitores agem como circuitos abertos, deixando todo o sinal de entrada atravessar com
H → 1 V/V. Em altas frequências, o sinal de entrada deve ser desviado para o terra primeiro por
C1 e depois por C2 , assim proporcionando uma atenuação dupla. Como em altas frequências um
único estágio R-C possui H → 1/( jω/ω0 ), a combinação em cascata de dois estágios dá H →

[1(( jω/ω1 )] × [1(( jω/ω2 )] = −1(ω/ω0 ), ω0 = ω1 ω2 , indicando uma inclinação assintótica
de -40 dB/dec.

Filtros como o exibido na Fig. 2 são chamados de Sallen-Key ou KRC.

Figura 2 - Circuito do Filtro KRC.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Para esse circuito, o bloco de ganho é implementado com um amplificador operacional


(amp op) na configuração não-inversora, sendo que
RB
K = 1+ (3)
RA

Note que Vo é obtido do nó de saída do amp op para tirar vantagem da baixa impedância.
Além disso,
1
Vo = K V1
R2C2 s + 1
Somando as correntes do nó 1,
Vi −V1 Vo /K −V − 1 Vo −V1
+ + =0
R1 R2 1/C1 s
1.2 FILTROS KRC 4

Eliminando V1 e rearrajando, tem-se


Vo K
H(s) = = 2
Vi R1C1 R2C2 s + [(1 − K)R1C1 + R1C2 + R2C2 ]s + 1
Vo K
H(s) = = 2
Vi 1 − ω R1C1 R2C2 + jω[(1 − K)R1C1 + R1C2 + R2C2 ]

A seguir, compara-se esta função com a forma padrão H( jω) = H0LP HLP ( jω), com HLP ( jω)
como na Eq. 1.
H0LP = K (4a)

Fazendo ω 2 R1C1 R2C2 = (ω/ω0 )2 fornece


1
ω0 = √ (4b)
R1C1 R2C2

E, por fim, fazendo jω[(1 − K)R1C1 + R1C2 + R2C2 ] = ( jω/ω0 )/Q e substituindo ω0 da Eq. 4b
fornece
1
Q= p p p (4c)
(1 − K) R1C1 /R2C2 + R1C2 /R2C1 + R2C2 /R1C1

O filtro pode ser sintonizado da seguinte forma:

1. ajuste R1 para o valor de ω0 desejado (o que afeta também Q;

2. ajuste RB para o valor de Q desejado (o que não afeta ω0 , apenas K, mas não de uma
maneira que prejudique o experimento);

3. faça R2 = R1 = R, C2 = C1 = C, de modo a simplificar o equacionamento

1 1 (5)
H0LP = K ω0 = RC Q= 3−K

4. as equações de projeto serão

1
RC = ω0 K = 3 − Q1 RB = (K − 1)RA (6)

Esse método de projeto é conhecido como método dos componentes iguais.


5

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Devido ao formato de ensino emergencial, este experimento foi realizado tomando-se os


dados previamente coletados por equipes em semestres anteriores, organizados numa planilha
Excel. Os dados foram plotados em um gráfico com auxílio do MATLAB, e os circuitos foram
simulados no LTspice.

2.1 FILTRO KRC BUTTERWORTH

Tomando 1 kHz como a frequência de corte ( fc ) e o valor nominal de capacitância (C1 =


C2 = C) por conveniência igual a 10 nF, da Eq. 6:
1 1
R= =
2π fcC 2π10 .10.10−9
3

1
R= = 15, 915 kHz
2π10−5
Portanto, pode-se selecionar os resistores comerciais R1 e R2 com valor nominal de 15,8 kHz.

Para o filtro Butterworth Q = 1/ 2, então (Eq. 6):

K = 3 − 1/Q = 3 − 2 ≈ 1, 59

Adotando-se um valor nominal conveniente de RA , por exemplo, 10 kΩ

RB = (K − 1)RA = (1, 59 − 1) × 10 kΩ = 5, 9 kΩ

2.2 FILTRO KRC Q = 5

Tomando 1 kHz como a frequência de corte ( fc ) e o valor nominal de capacitância (C1 =


C2 = C) por conveniência igual a 10 nF, da Eq. 6, os valores nominais de R1 e R2 devem
permanecer os mesmos da seção 2.1.

Para o filtro Butterworth Q = 5, a Eq. 6 informa:

K = 3 − 1/Q = 3 − 1/5 = 2, 8
2.2 FILTRO KRC Q = 5 6

Adotando-se outra vez RA = 10 kΩ

RB = (K − 1)RA = (2, 8 − 1) × 10 kΩ = 18 kΩ
7

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 DADOS DO EXPERIMENTO

A Tabela 1 apresenta os dados coletados para a alimentação do Filtro Butterworth com


frequência variando de 50 até 10 KHz.

Tabela 1 - Entrada e Saída do Filtro Butterworth.


Freq.(Hz) Vi(V) Vo(V) Defas. (Graus)
50 5,0 8,1 3,6
100 5,0 8,2 6,0
200 5,0 8,2 14,4
500 5,0 8,6 36,0
1000 5,0 7,1 89,3
2000 5,0 2,4 141,1
5000 5,0 0,4 165,6
10000 5,0 0,1 169,9
Fonte: Elaborado pelos autores.

Pode-se observar diretamente que, concordante com a Função de Transferência de um Fil-


tro Butterworth, a tensão de saída varia de 1,60 vezes a tensão de entrada (ganho DC), até
aproximadamente 0, quando a frequência tende à infinito. No entanto, parece haver um pico
próximo de 500 Hz, indicando que a tolerância dos componentes, ou mesmo o erro de arredon-
damento na hora de se selecionar componentes comerciais, levou a um valor de Q pouco acima
de 0,707, além de um fc efetivamente inferior a 1 kHz. Já a defasagem começa positiva e avança
até aproximadamente 180°, sendo que o Diagrama de Bode da defasagem para qualquer filtro
passa-baixa é o oposto disso, variando de 0° a -180°. Este erro deve ter ocorrido devido a uma
leitura do osciloscópio que desconsiderou a definição de defasagem como sendo a diferença
na fase da saída menos a fase da entrada e a visualização do osciloscópio deve ter mostrado a
entrada na frente da saída.
3.1 DADOS DO EXPERIMENTO 8

A Tabela 2 apresenta os dados coletados para a alimentação do Filtro KRC com Q = 5 com
frequência variando de 50 até 10 KHz.

Tabela 2 - Entrada e Saída do Filtro KRC Q = 5.


Freq.(Hz) Vi(V) Vo(V) Defas. (Graus)
50 0,5 1,07 0,0
100 0,5 1,01 1,5
200 0,5 1,04 5,8
500 0,5 1,26 21,6
1000 0,5 1,52 83,5
2000 0,5 0,44 167,0
5000 0,5 0,05 176,4
10000 0,5 0,02 180,0
Fonte: Elaborado pelos autores.

Pode-se observar que o Filtro KRC com Q igual a 5 funciona de modo bem próximo do
filtro passa-baixa de 2ª ordem, apresentando um pico considerável na faixa de frequências em
torno de fc = 1 kHz. O ganho DC está em torno de 2,14, significativamente abaixo do valor
para o qual foi projetado. A defasagem está novamente oposta ao natural, pelas mesmas razões
discutidas acima.
3.2 GRÁFICOS PLOTADOS 9

3.2 GRÁFICOS PLOTADOS

A Fig. 3 e a Fig. 4 mostram as respostas em frequência do Filtro Butterworth para magni-


tude e defasagem. Por meio do Diagrama de Bode da magnitude é possível observar a frequên-
cia de corte e a queda (ou subida) por década do filtro. O Filtro Passa-Baixa apresenta uma
queda de 40 dB/dec.

Figura 3 - Resposta em Frequência da Magnitude do Filtro Butterworth

Fonte: Elaborado pelos autores.

A frequência de corte é aquela para qual o módulo cai 3 dB em relação ao ganho DC. Se a
primeira medida for tomada como ganho DC da Função de Transferência, então a frequência de
corte seria o valor de fc para o qual |H| vale 5,1 dB. Nos dados coletados não existe esse valor.
Observando o gráfico teórico que se sobrepõe quase perfeitamente sobre o gráfico empírico,
exceto pela região em torno de fc onde surge o pico, pode-se chegar ao valor aproximado de 1
kHz.

A partir da Eq. 2c, também pode-se determinar graficamente o valor de Q. QdB = |HLP |
quando f = fc . Uma vez que adotou-se fc = 1000, o valor encontrado é de 7,1 dB, apontando
Q = 2.26. Se presumir-se que o filtro não é do tipo Butterworth, nem fc = 1000, mas de um
valor Q > 0.707 e fc < 1000, então pode-se voltar ao número máximo, subtrair o ganho DC e
determinar fc = 500 Hz e Q = 1, 059, que está mais próximo do Filtro Butterworth do que o
primeiro.
3.2 GRÁFICOS PLOTADOS 10

Figura 4 - Resposta em Frequência da Defasagem do Filtro Butterworth.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Como apontado na Seção 2.1, a defasagem foi coletada com valor positivo, quando na
verdade a Função de Transferência de um filtro passa-baixa só pode interpolar os pontos amos-
trados na faixa que varia de 0° a -180°, onde o sinal denota o sentido percorrido pela função
tangente sobre o ciclo trigonométrico. Como a tangente é uma função ímpar, o resultado obtido
foi simétrico ao esperado.
3.2 GRÁFICOS PLOTADOS 11

A Fig. 5 e a Fig. 6 mostram as respostas em frequência do Filtro Butterworth para magni-


tude e defasagem. Por meio do Diagrama de Bode da magnitude é possível observar o pico que
a Função de Transferência do filtro apresentar em torno da faixa de frequência em torno de fc .

Figura 5 - Resposta em Frequência da Magnitude do Filtro Q = 5.

Fonte: Elaborado pelos autores.

A frequência de corte é aquela para qual o módulo cai 3 dB em relação ao ganho DC.
Observando o gráfico, verifica-se que há um pico na região de corte, então tomou-se a frequência
natural em vez da frequência de corte, para a qual a Função atinge seu valor máximo, 9,657 dB
em fc = 1000 Hz.

O valor de Q empírico, pela Eq. 2c, será 10(9,657−6.608)/20 = 1, 42. Esse valor está muito
abaixo do valor para a curva teórica, obtido como 10(22.96−9)/20 = 4.99.

A Fig. 5 também revela que as medidas coletadas estiveram aproximadamente 24% abaixo
do ganho DC esperado, resultando numa pequena discrepância com relação ao ganho DC que
pode ser observado na Função de Transferência. O que chama atenção, nos dois casos, para o
fato de que uma pequena variação no ganho representa uma grande variação em Q. Por sorte, o
projeto não sai muito de mão com essa discrepância, como anotado na Seção 1.2.
3.2 GRÁFICOS PLOTADOS 12

Figura 6 - Resposta em Frequência da Defasagem do Filtro Q = 5.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Na Fig. 6 permanece o problema do sinal da defasagem observado no Filtro Butterworth.


3.3 SIMULAÇÕES 13

3.3 SIMULAÇÕES

A seguir são apresentadas as simulações para cada um dos circuitos implementados no


LTspice.

3.3.1 Filtro Butterworth

Um Filtro Butterworth foi projetado de acordo com as especificações do 2.1 e implementado


no esquemático exibido na Fig. 7.

Figura 7 - Esquemático do Filtro Butterworth.

Fonte: Elaborado pelos autores.


3.3 SIMULAÇÕES 14

A simulação do mesmo circuito forneceu os gráficos de Bode a seguir (Fig. 8):

Figura 8 - Simulação do Filtro Butterworth.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Como é possível observar na Fig. 8, o circuito possui frequência de corte de 1 kHz,

QdB = |HLP (2000π)|dB − |H0LP|dB = 1 − 4|dB = −3 dB



equivalente a 1/ 2 e assíntota de alta frequência com inclinação de -40 dB/dec, o que condiz
com os resultados práticos. A defasagem do circuito inicia-se em 0° e avança até aproximar-se
de -180° (no entanto, a simulação mostra 10 kHz não seria suficiente).
3.3 SIMULAÇÕES 15

3.3.2 Filtro Q = 5

Um Filtro Q = 5 foi projetado de acordo com as especificações do 2.2 e implementado no


esquemático exibido na Fig. 9.

Figura 9 - Esquemático do Filtro Q = 5.

Fonte: Elaborado pelos autores.


3.3 SIMULAÇÕES 16

A simulação do mesmo circuito forneceu os gráficos de Bode a seguir (Fig. 10):

Figura 10 - Simulação do Filtro Q = 5.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Como é possível observar na Fig. 8, o circuito possui frequência de corte de 1 kHz

QdB = |HLP (2000π)|dB − |H0LP|dB = 23 − 9|dB = 14 dB

equivalente a 5, 01 e assíntota de alta frequência com inclinação de -40 dB/dec, o que condiz
com os resultados práticos. A defasagem do circuito inicia-se em 0° e avança até aproximar-se
de -180°. Ao contrário do Filtro Butterworth, de 50 Hz a 10 kHz é um intervalo adequado para
que a resposta em frequência atinja seu valor mínimo assintótico para a defasagem, uma vez
que o valor de Q afeta a inclinação da tangente em torno de fc , deixando-a mais acentuada.

A simulação também mostra o que já foi comentado na análise experiental da Seção 3.2: os
dados do experimento estão relativamente abaixo do esperado. É interessante que a realização
da simulação do circuito em um software spice permita eliminar a hipótese de que a função
de transferência esteja errada, ou mesmo os valores nominais calculados para cada um dos
componentes. Este erro só pode ter ocorrido durante a montagem do circuito e leitura dos
instrumentos, demonstrando que os próprios dados é que são errôneos.
17

4 CONCLUSÕES

Através deste experimento foi possível simular e implementar dois filtros ativos de 2ª Or-
dem, um Butterworth, onde verificou-se que seu fator de qualidade era realmente 1,059, bem
acima de 0,707, fazendo com que a curva formasse um pico na região de corte, e um de Q = 5,
cujo valor de 1,42 também foi conferido através dos gráficos plotados com os dados coletados
em um experimento realizado por alunos de outro semestre. Levantou-se a curva de magnitude
e fase das respectivas Funções de Transferência e descobriu-se que haviam certas discrepâncias
entre as simulações realizadas e a prática.

Primeiro, os gráficos plotados para as defasagens de ambos os filtros estavam simétricos


ao valor determinado teoricamente. Filtros passa-baixa devem começar com uma defasagem
de 0° a baixas frequências, e decair gradualmente até -180º. Provavelmente isso se deve a uma
certa confusão na hora de anotar a distância entre os valores consecutivos das formas de onda
no osciloscópio (fez-se a fase da entrada menos da saída ao invés do contrário).

A simulação de magnitude do filtro KRC Q = 5 também mostrou que os dados coletados


estavam cerca de 24% abaixo do esperado. Dados os resultados da simulação, concluiu-se que
a única origem plausível para tal erro seja que houve algum problema na montagem do circuito
em laboratório ou na leitura dos instrumentos.

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