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RIO DE JANEIRO
2018
VICTOR DE SOUZA FERREIRA DIAS
RIO DE JANEIRO
2018
VICTOR DE SOUZA FERREIRA DIAS
Banca Examinadora
Aos meus pais, Edmea e Julio, por todo suporte nos momentos difíceis e acima de
tudo pelo amor incondicional dado a mim.
Aos meus amigos da faculdade, pelas incontáveis horas de estudo juntos. Sem isso,
a jornada acadêmica teria sido muito mais difícil.
(Bob Dylan)
RESUMO
Incorrect disposal of waste tires has a negative impact on both the environment and
the health of the population. Due to the indeterminate time of degradation, this
residue becomes quite problematic. Procreation of mosquitoes and the risk of fire
that the tires provide are classic examples of the impacts generated. The
incorporation of ground rubber from unserviceable tires into asphalt binders (rubber
asphalt) appears as an alternative to significantly reduce the abovementioned
environmental problem.
Figura 7 – Penerômetro..............................................................................................25
Figura 9 – Co-Processamento....................................................................................27
Figura 13 – Terminologia............................................................................................30
CA – Concreto Asfáltico
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 14
1.1 IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA .......................................................................... 14
1.2 OBJETIVOS ................................................................................................................. 15
1.2.1 Objetivo Geral ........................................................................................................ 15
1.2.2 Objetivos Específicos .......................................................................................... 15
1.3 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 16
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................. 17
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 18
2.1 PAVIMENTO DO PONTO DE VISTA FUNCIONAL.............................................. 18
2.2 PAVIMENTO DO PONTO DE VISTA ESTRUTURAL .......................................... 19
2.2.1 Pavimentos Rígidos ............................................................................................. 19
2.2.2 Pavimentos Semirrígidos ................................................................................... 20
2.2.3 Pavimentos Flexíveis ........................................................................................... 20
2.2.3.1 Revestimentos Asfálticos ................................................................................... 21
2.2.3.1.1 Agregado Graúdo ............................................................................................ 22
2.2.3.1.2 Agregado Miúdo ............................................................................................... 23
2.2.3.1.3 Material De Enchimento (“Filler”) .................................................................. 23
2.2.3.1.4 Cimento Asfáltico De Petróleo (CAP) ........................................................... 24
2.3 ASFALTO BORRACHA ............................................................................................. 26
2.3.1 Surgimento Do Asfalto Borracha ..................................................................... 26
2.3.2 Principais Aplicações De Pneus Inservíveis Na Construção Civil .......... 27
2.3.3 Incorporação De Borracha Moída Em Misturas Asfálticas ........................ 29
2.3.3.1 Processo Seco ..................................................................................................... 30
2.3.3.2 Processo Úmido .................................................................................................. 30
2.3.3.2.1 Sistema “Terminal Blend” ............................................................................... 31
2.3.3.2.2 Sistema “Continuous Blend” .......................................................................... 32
2.3.4 Vantagens Técnicas Da Incorporação De Borracha Em Misturas
Asfálticas ............................................................................................................................... 32
2.3.5 Vantagens Ecológicas Da Incorporação De Borracha Em Misturas
Asfálticas ............................................................................................................................... 33
3. ESTUDO DE CASO: PROJETO DE RESTAURAÇÃO DA RODOVIA RJ-122 . 35
3.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 35
3.1.1 Localização ............................................................................................................. 35
3.1.2 Identificação Da Rodovia .................................................................................... 36
3.2 AVALIAÇÃO DO PAVIMENTO ................................................................................. 37
3.3 DIMENSIONAMENTO PROPOSTO PARA A RESTAURAÇÃO ........................ 38
3.4 USINA UTILIZADA PARA A PRODUÇÃO DO ASFALTO MODIFICADO COM
BORRACHA ........................................................................................................................... 40
3.5 ESTIMATIVA DO NÚMERO DE PNEUS UTILIZADOS NA OBRA .................... 41
4. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 44
ANEXO A - Decreto n° 43.086, de 18 de Julho de 2011 ............................................. 47
ANEXO B - Decreto n° 34.873, de 6 de Dezembro de 2011 ....................................... 50
14
1. INTRODUÇÃO
Por consequência, a cada dia que se passa, o número de veículos que transitam
pelas rodovias aumenta consideravelmente.
Infelizmente esse fato nos remete a uma estatística negativa. Anualmente, centenas
de milhões de pneus são descartados no mundo todo. O passivo ambiental contém
bilhões de unidades dispostas inadequadamente, gerando graves problemas
ambientais.
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
Este resíduo é de difícil destinação final, pois não pode ser descartado em aterros
sanitários, por não permitir compactação.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Ainda de acordo com Balbo (2007), ao se garantir de uma superfície aderente aos
pneumáticos dos veículos também reflete em redução nos custos operacionais das
vias e rodovias, pois os acidentes de trânsito são minimizados.
Além das funções supracitadas, é valido lembrar que o pavimento tem a função
precípua, segundo Senço (1997), de resistir aos esforços oriundos de cargas e
ações climáticas.
Os pavimentos flexíveis são aqueles em que as deformações, até certo limite, não
levam ao rompimento. Nesse tipo de pavimento o revestimento é composto por uma
mistura formada fundamentalmente de agregados e ligantes asfálticos.
“O agregado graúdo deve ser constituído por pedra britada ou seixo rolado britado,
apresentando partículas sãs, limpas, duráveis, livres de torrões de argila e outras
substâncias nocivas”. (DER/PR, 2005).
“Quando da aplicação deve estar seco e isento de grumos, e deve ser constituído
por materiais minerais finamente divididos, tais como cimento Portland, cal extinta,
pós-calcários, cinza volante e etc”. (DNIT, 2006).
24
Fonte:
<http://www.der.pr.gov.br/arquivos/File/RHTemp/CaractdosMateriaiseContrTecnologico2_JoseCarlos.
pdf> acesso:19/04/2018
Há quem diga que essa tecnologia é recente, o que não é uma verdade. Segundo
Faxina (2006), a reciclagem de pneus inservíveis na pavimentação rodoviária vem
sendo utilizada em vários países, há décadas.
Quando um pneu chega ao fim de sua vida útil, ou seja, não pode mais continuar
rodando em um veículo, ele deve ser deixado em local apropriado, caso de um
estabelecimento comercial como uma revenda de pneus e borracharia ou um ponto
de coleta de pneus (Ecoponto) da Prefeitura Municipal.
Dos pontos de coleta, os pneus podem receber uma destinação final correta,
conforme descritas abaixo:
FIGURA 9 – CO-PROCESSAMENTO
Fonte: <http://www.temsustentavel.com.br/coprocessamento-elimina-residuos-da-construcao-
por-meio-da-queima/> acesso:26/05/2018
Fonte: <http://arquiteturaabsoluta.blogspot.com.br/2014/12/a-utilizacao-do-pneu-na-
construcao-civil.html> acesso:26/05/2018
De acordo com Wickboldt (2005), as formas mais comuns para adição de borracha
de pneus às misturas asfálticas se dão através das seguintes maneiras:
a) Processo Seco;
b) Processo Úmido.
30
FIGURA 13 – TERMINOLOGIA
Neste sistema, o asfalto deve ser processado em altas temperaturas por agitação
em alto cisalhamento. Ao final do processo, o ligante modificado é um produto
uniforme e estável, e não se dá a separação dos constituintes, mesmo durante o
armazenamento. (ROBERTS et al., 1996).
Salini e Marcon (1998), apud CAMPOS, 2007, as principais melhorias que ocorrem
no pavimento asfáltico que recebe a incorporação de borracha de pneu são:
3.1 INTRODUÇÃO
A Fundação DER-RJ tinha ao final dos estudos iniciais uma solução adequada ao
problema da fadiga demonstrada pelas avaliações de campo, uma solução
inovadora utilizando o asfalto borracha produzido pelo processo de produção
contínua em usina, além de ser uma obra ambientalmente sustentável.
3.1.1 Localização
A Usina utilizada foi da Marca CIBER modelo UACF 17 P-2, que pertence à
Construtora Colares Linhares, executora da obra.
Na Figura 18, é apresentada uma foto da usina, onde pode-se observar, no lado
extremo esquerdo, o caminhão sendo abastecido com a mistura final modificada. À
direita aparecem os silos dos agregados e, ao centro, a peneira que faz a última
verificação da granulometria do agregado antes de este ser misturado ao ligante
modificado.
41
Para essa estimativa, foi adotado o método de Edel (2002), onde foi calculado uma
proporção de 4.000 carcaças de pneu para cada quilômetro de extensão de rodovia
simples, conforme é apresentado abaixo.
4. CONCLUSÃO
Diante desse grande problema, muitas soluções com o intuito de diminuir o passivo
ambiental foram criadas, porém poucas se mostraram eficazes. A incorporação de
borracha moída de pneus descartados em misturas asfálticas surge como uma ótima
alternativa para reduzir expressivamente a quantidade desse resíduo do meio
ambiente.
Através do presente estudo foi possível observar que essa tecnologia, adição de
borracha moída em misturas asfálticas, mostrou-se capaz de retirar uma grande
quantidade de pneus, que se encontravam descartados de forma totalmente
inadequada.
Desta forma, é possível afirmar que misturas asfálticas modificadas com borracha
necessitam de menos manutenção e possuem maior vida útil quando comparadas
com misturas asfálticas convencionais. Devido a isso, essas misturas modificadas
são consideradas viáveis financeiramente, quando são consideradas em longo
prazo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERNUCCI, Liedi Bariani; MOTTA, Laura Maria Goretti da; CERATTI, Jorge Augusto
Pereira. SOARES, Jorge Barbosa. Pavimentação Asfáltica: Formação Básica
para Engenheiros. Rio de Janeiro: PETROBRAS: ABEDA, 2006. 504f. Edição ano
2008.
CONSIDERANDO:
DECRETA:
Art. 2º - Sem prejuízo de uma análise caso a caso em função das especificidades de
cada empreitada, será considerada vantajosa a utilização de misturas asfálticas que
incorporem asfaltos modificados, “in situ”, com alta percentagem de borracha que,
comprovadamente, cumpra os seguintes objetivos:
b) reduza o custo de manutenção dos pavimentos por via da maior durabilidade dos
mesmos;
SÉRGIO CABRAL
50
CONSIDERANDO que a Lei Municipal n.° 4.969, de 03.12.2008, que institui a gestão
integrada de resíduos sólidos no Município do Rio de Janeiro, proíbe, no artigo 28, a
queima de pneus inservíveis a céu aberto, bem como sua destinação final em
aterros sanitários, mares, rios, lagos ou riachos, terrenos baldios ou alagados;
D E C R E T A:
§1.° Aplica-se o disposto nesta Lei tanto às vias expressas e rodovias administradas
diretamente pelo Poder Público como àquelas exploradas sob regime de concessão
ou permissão;
Art. 3.° A aplicação deste Decreto fica desobrigada nas seguintes hipóteses:
III – caso venha haver a possibilidade de emprego de outras misturas asfálticas que
apresentem os mesmos benefícios ambientais e técnicos das misturas asfálticas
com asfalto borracha, comprovados por estudos técnicos e econômicos
desenvolvidos pelo órgão competente da Prefeitura;
EDUARDO PAES
D.O.RIO de 07.12.2011