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Linn Young

A Escrava do General

Tradução: GRH
Disponibilização: Blog Sussurros e Chicotes
Revisão e Formatação: Ana Paula G.

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Resumo
Laina Mooreland é uma mulher do povo que foi comprada como escrava
pelo general romano que conquistou sua aldeia. Como seu direito, ele deve
usá-la, primeiro em público depois em privado, como sua escrava sexual.
Laina deveria se envergonhar de sua escravidão, mas o toque daquele
homem a excita até a moça se tornar uma escrava dócil. O general sabe
que não pode amar uma escrava e está prometido a outra, mas sua
necessidade beira a obsessão, e ameaça seu compromisso com o Império.

Enquanto servir Roma, ele sabe que tem poucas escolhas além de cumprir
o seu dever, tanto na vida pública quanto pessoal. No entanto, com o
Império Romano desmoronando ao seu redor, o general é libertado de seu
dever, e também de sua obrigação de se casar com a filha do imperador.
Não mais está preso a um poderoso império, agora ele é livre para ficar
com uma mulher de sua escolha, mesmo que esta escolha seja uma
escrava sensual que aquece seu sangue com intensa paixão.

Nota da Revisora Ana Paula G.

Bem, o que dizer?Não gostaria de ser esta heroína, não..huahahaha!


Brincadeiras a parte, o livro cumpre o que se propõe: é hot! Tem uma
historinha por trás,mas só pra justificar a pegação!!huahahahaha..Me diverti
revisando! Espero que vocês gostem!!! A autora,por vezes,tentou dar um
tom meio BDSM ao livro..mas nada muito radical...leiam sem medo!!
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CAPÍTULO UM

Os romanos tinham invadido a província, conquistando tudo o que estava em seu


caminho, tomando cada centímetro de terra para o impiedoso Império Romano. Nas aldeias
conquistadas, homens que não lutaram contra os invasores foram autorizados a permanecer
em suas fazendas com as suas famílias.
Aqueles que lutaram contra os invasores foram levados a Roma para os jogos do
Coliseu.
Como parte de seu espólio, os soldados romanos puderam escolher entre as mulheres
da aldeia.
Elas estavam sendo exibidas na praça da cidade, todas solteiras, jovens, com exceção
de umas poucas, para serem leiloadas, ou simplesmente doadas. Os oficiais mais graduados
puderam escolher primeiro.Havia uma ordem vinda de cima para todos os soldados e
carcereiros: manter suas mãos longe das mulheres, e não maltratá-las de nenhuma forma.
Não havia nada menos atraente para um homem do que ver um grupo de
mulheres machucadas e com hematomas.
Em uma tarde de sol brilhante, os cárceres estavam lotados de mulheres como se podia
ver da plataforma no meio da praça da cidade. Todas as mulheres usavam túnicas de algodão
abertas no meio. Muitas delas estavam assustadas e chorando, aglomerando-se umas contra
as outras, em uma estranha forma de buscar conforto e segurança. Os carcereiros tinham
deliberadamente colocado as mais belas e virgens na frente. O leilão atraiu uma grande
multidão, incluindo muitos soldados romanos.
O carcereiro chefe subiu ao palco e deu um largo sorriso para os soldados.
— É hora dos conquistadores virem à frente para reivindicar o seu prêmio. Como
todos bem sabemos, seguiremos a hierarquia. Assim, todos os oficiais deem um passo à
frente. Não vão encontrar mais belas em milhas, e todas inexperientes.

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Houve um rugido de aprovação masculina vindo da multidão. As mulheres na
plataforma, todas com menos de vinte anos de idade, algumas abaixo dos dezessete anos, se
encolheram e aglomeraram-se ainda mais, como se estivessem se protegendo.
— Ah, General, vejo que você aceitou o meu convite — o carcereiro disse ao soldado
romano que era uma cabeça mais alto que a maioria da multidão ali reunida — Vamos
continuar, então? General, como você sabe, tem a primeira escolha. Então, venha aqui e
comece a examinar estes tesouros. Claro, pode escolher mais de uma, e até mesmo escravos
para sua casa.
O general quis recusar. Ele realmente não gostava da ideia de tomar as mulheres
solteiras da vila de forma pública. Mas era parte da vitória e seus homens esperavam isso
dele. Como seu líder, eles também esperavam que ele repartisse os prêmios. O general subiu
no palco improvisado, fazendo seus homens emitirem gritos de aprovação.
Na primeira fila, as jovens tremiam de medo. Mas quando o viram de perto, o medo
transformou-se em interesse. O general era um homem impressionante e belo com seus
traços nitidamente marcados, olhos escuros sob os cílios espessos, as sobrancelhas negras,
um nariz longo e reto, e uma boca firme com seu lábio inferior sensualmente cheio. Ele era
muito alto, mais alto do que a maioria dos homens, com um corpo musculoso, ombros muito
largos. Seu cabelo era muito escuro, quase negro, curto e encaracolado.
O general fingiu examinar cuidadosamente as mulheres conforme atravessava a
plataforma, tentando mostrar interesse. Todas as jovens o observavam. Porém, jovens
virgens nunca lhe interessaram.
Então ele percebeu uma mulher parada várias fileiras atrás. Ela era pequena e por isso
estava quase escondida. Mas ele a notou, porque era a única que tinha o rosto voltado, com
os olhos fixos em algum lugar fora da plataforma, enquanto o restante das mulheres tinham
os olhos colados ao seu rosto. Era como se ela, deliberadamente, tentasse não chamar a
atenção para si mesma. Não sabia por que, mas a moça despertou seu interesse. Ela
certamente não era tão bonita quanto às outras mulheres colocadas a sua frente, e não parecia

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uma jovem inocente. O general afastou o olhar da jovem e voltou a inspecionar as outras
moças.
Algumas das mulheres jovens estavam começando a olhar para ele por baixo dos
cílios, umedecendo os lábios, começando a considerar que não seria tão horrível sacrificar
sua virgindade a um homem alto, muito belo e que detinha tal poder.
Os olhos do general voltaram-se para a pequena moça na fila de trás. Ela virou a
cabeça e seus olhos se encontraram. Ele sentiu a excitação correr por suas veias ao ver os
olhos dela, grandes e de um estranho tom de avelã. O olhar da moça não demonstrava medo
como o das outras jovens, mas brilhavam com raiva e ressentimento. Ela tinha o cabelo
longo, cheio e encaracolado. Novamente o general notou sua pouca beleza. Seu rosto não
tinha nem mesmo a beleza convencional de outras mulheres. Seus olhos eram muito grandes
em um rosto muito pequeno, o que fazia com que seu nariz longo fosse quase grande demais
para ela, a pele de uma cor dourada que prenunciava sua origem exótica, e seus lábios eram
cheios, dando-lhe uma aparência sensual, o que selou seu destino.
A mulher virou a cabeça novamente, e o general sabia que a jovem tinha
silenciosamente afastado seu olhar dele. Concentrou-se e voltou a examinar as mulheres
jovens. Mas alguns minutos depois, encontrou-se olhando para a mulher novamente.
Ele apontou para ela.
— Traga-a para frente.
O carcereiro fez um gesto para seus homens que afastaram as outras mulheres e
puxaram-na para frente. Ela era ainda menor vista de perto, o topo de sua cabeça mal
chegava ao peito do general.
Embora a túnica com cinto fino revelasse que ela era magra, ficou claro que também
era bastante voluptuosa com grandes seios e nádegas redondas. Já não era tão jovem como
sua aparência bem o demonstrava. Ele julgou que a mulher já havia passado e muito da
idade de casar. De perto, viu que os olhos dela eram de um tom entre o avelã e o cinza com
um matiz dourado. Demonstravam grande inteligência e consciência que o general não
costumava ver em escravos.

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Ele viu um grande hematoma em um lado de seu rosto. Virou os olhos frios para o
carcereiro.
— Ela foi surrada. Eu pensei que as nossas ordens fossem claras: que ninguém deveria
colocar as mãos nas mulheres.
O carcereiro visivelmente estremeceu e começou a balbuciar:
— Sim, General. É verdade. E nós mantivemos suas ordens sobre isso. Como você
pode ver, todas as outras estão intocadas.
— Então, por que esta tem um hematoma no rosto?
O carcereiro retorceu as mãos, tentando decidir se poderia mentir. Mas suspeitava de
que se o fizesse, o general iria pedir à mulher para confirmar sua resposta.
Ele apontou um dedo acusador para a mulher e disse com indignação:
— Ela cuspiu em mim. Ela, uma escrava. E bem na minha cara. Bem, general, eu
tenho meu orgulho, e não poderia deixá-la sem uma punição — O carcereiro lançou à mulher
um olhar de desagrado. — Eu posso muito bem dar esta escrava a você de graça. Ela é
inútil para mim. Olhe para ela, não é nenhuma beleza, e há rebeldia demais em seus olhos.
Ela é um problema. Você pode usá-la para o trabalho doméstico, claro, não para seu prazer
na cama.
O general disse à mulher:
— Qual é o seu nome, mulher?
A mulher olhou-o de cima abaixo e sorriu.
— E qual é o seu?
Sua insolência gritante deixou a multidão estarrecida e murmurando entre si.
O general sorriu friamente para ela.
— Theroclide. Theroclide Demonsthenes. Agora, e o seu, mulher?
A jovem olhou para ele por um momento, depois cuspiu em seu peito. Ouviu-se mais
murmúrios da espantada multidão, que pareciam segurar a respiração para ver como o
General iria retaliar tal insolência.

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— Ora, ora,— disse o carcereiro. — Isso foi exatamente o que ela fez para mim,
exceto que ela cuspiu diretamente no meu olho. Agora, pode me culpar, General, por bater
nela?
O general acercou-se por trás da moça, tirou uma pequena faca e segurou-a em frente
ao rosto da mulher. As outras jovens escravas ofegaram de terror e encolheram-se umas
contra as outras. A mulher olhou para a faca, e seus próprios olhos se arregalaram com
algum medo. Mas ela não recuou, apenas respirou fundo.
Ele disse em voz baixa que só ela podia ouvir:
— Isso foi muito imprudente, mulher. Eu me interessei por você e se não fosse por
esta imprudência, teria deixado para exercer os meus direitos sobre você mais tarde, quando
tivéssemos mais privacidade. Agora, com o que fez, você me obrigou a dar um espetáculo
para os meus homens.
O general correu a lâmina da faca na túnica, cortando-a de cima abaixo, revelando
seus seios grandes que orgulhosamente empinavam-se para ele. A multidão urrou e observou
com uma mistura de repulsa e antecipação. O general olhou para ela, seus olhos escuros
examinando cada centímetro dos seios arredondados, os traços enrijecendo-se levemente
quando viu os mamilos de um tom rosa escuro que endureceram sob seu escrutínio.
— Coloquem as mãos atrás das costas,— ele ordenou.
Os carcereiros apressadamente prenderam os pulsos da jovem. O general se aproximou
dela.
— Agora, vou perguntar de novo o seu nome, mulher, e a aconselho a manter o seu
veneno dentro de sua boca, ou então, vai se encontrar sobre os meus joelhos e a plateia vai
assistir um açoitamento em regra. Qual é o seu nome, mulher?
A mulher levantou o queixo para ele.
— Laina. Meu nome é Laina Mooreland, filha de Sancer Mooreland.
O general olhou para o carcereiro, que disse rapidamente,
— Era o curandeiro do povoado. Sancer Mooreland era o curandeiro da aldeia.
— Onde ele está?

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— Meu pai foi preso por vocês, canalhas miseráveis, e está sendo levado para Roma
— Laina lançou um rugido contra o General.
— Onde está sua mãe, Laina Mooreland?
— Ela morreu quando eu era criança.
— Não tem família, além de você e seu pai?
— Não, agora estou por minha própria conta, já que meu pai provavelmente vai
morrer, seja como escravo na sua Roma ou em seus jogos horríveis. — Então ela disse com
desprezo:— Se você vai me estuprar, faça logo e acabe com isso, em vez de me torturar com
essas perguntas inúteis.
O general voltou-se para o público com um olhar frio. Ele se voltou para Laina.
— Você está perguntando se vai ser estuprada, Laina?
— O que mais posso esperar de homens que só valorizam suas espadas e arrebanhar as
mulheres como se nós fossemos gado?
O general inesperadamente estendeu suas mãos grandes e segurou os seios da moça,
pesando-os em suas palmas.
Laina sentiu o corpo estremecer. Ela não esperava que suas mãos fossem tão quentes,
o calor escaldante correu por sua pele, fazendo-a estremecer. O general tinha as mãos
calejadas por seus anos manuseando espadas e outras armas de batalha, e os dedos causaram
pequenas manchas em sua pele delicada. Quando ele apertou um de seus seios e depois o
acariciou suavemente, Laina ficou chocada com o desejo que correu rapidamente dentro
dela. Como poderia se sentir assim com aquele homem? Era seu inimigo. Ele tinha tirado seu
pai dela. Mas Laina queria se perder naquele toque, queria oferecer-se a ele e fazer qualquer
coisa que ordenasse.
Ela mal pôde reprimir um gemido.
Laina já tinha sido tocada por outros homens, mas nunca havia se sentido desta forma.
Suas mãos a faziam se sentir tão bem, mesmo quando ela estava com sua túnica rasgada, em
frente à multidão, em frente de seus homens, mesmo sabendo que este era o homem que

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causou tanto derramamento de sangue em sua aldeia e ordenou que seu pai fosse
transportado para Roma.
Como ela poderia capitular tão facilmente para os romanos, da mesma forma como sua
aldeia o fez?
Com o canto do olho, ela viu alguns dos aldeões sussurrando entre si. Sabia que
muitos deles se deleitavam em vê-la ser humilhada publicamente. Na maior parte de sua
vida, ela sempre foi considerada uma estranha para eles. Laina foi educada por seu pai, um
curandeiro, um raro privilégio em um vilarejo pobre de pessoas simples, em sua maioria
agricultores analfabetos. Viveu uma vida abundante devido à prática próspera de seu pai, e
cresceu independente e obstinada. E ela aborreceu ainda mais os moradores da pequena
aldeia, rejeitando algumas ofertas de casamento de jovens agricultores. Eles pensavam que
ela era arrogante e se considerava acima deles. Em seguida, ganhou a animosidade da
maioria quando ela, uma simples mulher, procurou homens para aquecer sua cama.
Mas os inúmeros olhares ávidos não causaram nenhuma reação em Laina. Ela estava
pensando em seu pai, viajando a pé, com muitos outros prisioneiros, rumo aos jogos de
sangue romanos. E ali estava ela, desejando o homem que foi responsável pela prisão de seu
pai. Laina sentiu uma enorme vergonha sabendo que seu desejo pelo conquistador romano a
estava fazendo trair seu pai.
O general apertou seus seios com as mãos grandes novamente, roçando os mamilos
tensos com seus polegares. O calor que percorreu seus seios foi demais para ela. Laina
endireitou os ombros o que apenas fez com que os seios empinassem para frente ainda mais,
em um esforço para preencher aquelas mãos, tanto quanto possível.
Enquanto colocava as mãos em seus seios, o general inclinou a cabeça. Em uma
obediência automática que ela nunca imaginou que fosse capaz, Laina inclinou a cabeça para
trás, e quando ele tocou seus lábios, Laina abriu os lábios para que ele pudesse penetrar na
caverna úmida, sua língua pronta para se enroscar em torno da dele. Ela gemeu, então, com o
desejo correndo por sua boceta , fez o general aprofundar o beijo.

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A multidão os observava com uma mistura de desaprovação e repulsa, uma extasiada
apreciação, repletos de vaias e admoestações. Laina ouviu alguns deles sussurrando para
outros:
— Veja, eu disse que ela tem jeito de uma mulher perdida, uma prostituta nata.
O general interrompeu o beijo. Gentilmente virou-a de modo que Laina ficasse de
frente para o público. Colocou as mãos em seus seios novamente e abertamente acariciou-os,
apertando-os e erguendo-os, acariciando os mamilos duros, provocando pequenos gemidos
em Laina. De vez em quando, ele inclinava a cabeça em direção a Laina, que ansiosamente
umedecia os lábios.
— Abra os olhos — ele ordenou-lhe suavemente.
Laina fez o que ele ordenou, embora, devido à necessidade que crescia dentro dela,
conseguiu apenas observá-lo por entre as pálpebras pesadas. Ela viu os carcereiros, as outras
escravas, e as pessoas na plateia observando-a. Enquanto a maioria das escravas estavam
achando aquela exibição sexual assustadoramente estranha, algumas vieram vê-la de perto
com uma mórbida curiosidade. A maioria nunca tinha conhecido o contato íntimo de um
homem.
E, enquanto eles observavam, Laina estava vagamente consciente de que estava
permitindo ao General tratá-la como faria com uma concubina, pois foi incapaz de esconder
a resposta sexual ao seu toque. Ela sabia que os moradores pensavam que era isso que Laina
merecia, que ela era uma prostituta e que finalmente estava sendo exibida abertamente ao
público. Ela podia ver a zombaria em seus rostos, sentir sua alegria ao assistir a orgulhosa
Laina Mooreland sendo reduzida a joguete sexual de um homem de maneira pública.
O general despiu sua túnica, e o suspiro da multidão foi quase inaudível, como o de
Laina ao ter o corpo despido e exposto a todos. As pessoas esticavam o pescoço para ver
suas curvas generosas.
— Coloque-a sobre a mesa — ordenou o general, dando um passo para trás.
Os carcereiros a levaram para a mesa, e a posicionaram na extremidade.
— Abram as pernas.

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Laina estremeceu, sabendo o que ia acontecer em seguida. Ele ia mostrar sua
intimidade para a multidão. A jovem viu o olhar de intensa concentração em seus olhos
escuros enquanto a observava, o calor que irradiava deles provocando uma necessidade
intensa no corpo de Laina. Ela já tinha visto aquele olhar de desejo em outros homens
quando olhavam para ela. Não era nenhuma novidade. O que a perturbou foi a incontrolável
paixão que aquele homem despertava em seu corpo.
Cada carcereiro pegou uma das pernas e puxou-as para o lado. Os olhos escuros do
general tornaram-se quentes e ávidos, enquanto observava os lábios
rosados levemente cobertos por pêlos escuros e revelavam a carne que brilhava, úmida, uma
condenadora evidência de sua natureza apaixonada. Os carcereiros separaram as
pernas de Laina até os lábios se separaram totalmente para expor sua vulva, e a pequena
abertura de sua boceta .
Deliberadamente, enquanto os dois homens seguravam suas pernas, o general estudou
cada centímetro de seu sexo: as dobras que mostravam seu canal quente e molhado, e o
clitóris que se projetava inchado. E conforme o homem a olhava, Laina pôde sentir sua
umidade escorrendo de sua boceta e sabia que ele também viu a flagrante evidência de sua
excitação. E ele cheirava, também. Laina percebeu pela maneira como as narinas dele
tremiam e os traços de seu rosto marcante enrijeceram-se. Saber que ele notava que estava
excitada só aumentou o calor dentro dela, e Laina teve que morder os lábios para impedir-se
de contorcer suas nádegas.
Pessoas na multidão empurravam e esticavam os pescoços para observar melhor a
carne de Laina. Embora eles estivessem muito longe para ver bem, Laina teve a certeza de
que percebiam sua agitação.
— Olhe para isso, ela não tem vergonha.
— Ela não é melhor do que uma prostituta.
— Com certeza, depois que fizer o que quiser com ela, vai deixá-la em um bordel.
Laina fechou os olhos contra a vergonha de ter sua excitação erótica sendo observada
por tantos olhos. Ela pensou em seu pai e, mais uma vez, a vergonha correu por sua espinha.

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Mas isso não impediu o calor entre suas coxas. Laina saltou quando o general tocou a carne
entre suas coxas e começou uma lenta exploração, deslizando os dedos sobre a boceta
escorregadia.
— Você é inexperiente, Laina Mooreland?— Sua pergunta era quase uma ordem. Ela
abriu os olhos e viu seu sorriso zombeteiro. Ele sabia que não era virgem.
— Não.
— Então já esteve com outros homens? Você abriu suas pernas para eles, não?
Laina ergueu o queixo para ele com desconfiança. O general estava deliberadamente
zombando dela publicamente por causa de sua natureza apaixonada, que a levou a buscar o
prazer físico quando não era casada. Mas Laina recusava-se a sentir vergonha por ter tido
amantes antes.
— Sim, eu já estive com homens antes.
O general pegou seu clitóris entre os dedos e começou a esfregar suavemente. Laina
arqueou-se e estremeceu de prazer, suas coxas tentando fechar-se para reprimir o prazer, mas
as mãos dos carcereiros as mantinham abertas.
O general observou como mais líquidos escorriam de sua pequena fenda.
— Sim, eu vejo que você conhece os prazeres da carne muito bem.
Risadinhas foram ouvidas vindas da multidão.
Ele deslizou um dedo longo em sua boceta e inseriu profundamente. Laina gritou com
prazer, seu corpo arqueando-se e se contorcendo enquanto ele acariciava seu canal apertado.
— E você já foi aliviada de sua virgindade há muito tempo, Laina Mooreland. Mas
tem uma boceta muito apertada — disse ele. Desta vez, as suas palavras foram ditas com
esforço e com a voz rouca e ofegante, traindo a excitação crescente do homem. Sua
expressão ficou sombria e tensa e seus olhos brilhavam com intenções sexuais.
O general colocou as mãos sobre as coxas, puxou-a para ele, e separou suas pernas
ainda mais.
Ele inclinou a cabeça em direção a sua carne e começou a lamber seu clitóris com a
língua, enquanto gentilmente acariciava o interior de sua vagina com o dedo. Laina gemeu,

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fechando os olhos quando o prazer caiu sobre ela, seus quadris se movendo de forma
alucinada. Mas então ele parou, muito cedo para Laina, privando-a de sua língua e seu dedo.
O general estava atrás dela de novo e novamente colocou as mãos entre suas coxas.
Ela estava agora totalmente de frente para a multidão, sua carne nua exposta para eles. Ele
acariciou seu clitóris inchado e reinseriu outro dedo dentro de sua boceta apertada.
— Vamos dar ao nosso público um espetáculo — ele grunhiu no ouvido de Laina.
No começo, Laina não soube o que ele queria dizer. Então, ela sentiu-o delicadamente
tocar novamente seu clitóris e aprofundar outro dedo em seu canal. Laina percebeu que ele ia
dar prazer a ela na frente de seus homens, das escravas, e das pessoas da aldeia. Laina sabia
que deveria lutar contra tal crueldade, pelo menos emitir algum protesto. Mas foi incapaz de
lutar ou dizer alguma coisa, só pôde suspirar quando sentiu o calor em seu interior se tornar
mais forte. Não podia acreditar que estava deixando este homem humilhá-la publicamente, e
com seu pleno consentimento, e não levantar um dedo para tentar se defender, deixando-o
transformá-la em seu próprio brinquedo sexual na frente de toda a aldeia.
Onde estava seu orgulho? Laina admoestou a si mesma. Como ela poderia tão
docilmente deixar este homem estuprá-la em público depois de ter enviado seu pai para os
horríveis jogos em Roma? Mas não seria estupro, ela sabia. Ela o queria, estava molhada e
quente para ele, aquele general romano que havia conquistado sua aldeia, e que agora a
conquistaria na frente dos aldeões.
Então ela percebeu que a razão pela qual era completamente incapaz de lutar contra o
que o homem estava fazendo com ela se devia ao fato de sentir que pertencia a ele. De
alguma forma, no instante em que pôs os olhos nela, Laina se tornou sua para ser tomada,
para ele fazer com ela o que quisesse, para usá-la, usar sua carne como desejasse. E ele
estava expondo seu cativeiro para a multidão, deixando-os ver como ela gostava de tudo o
que fazia, mesmo com tantas pessoas assistindo.Laina deste modo proclamava sua paixão
incontrolável, mostrando a todos que era totalmente dele.

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Enquanto o general continuava com os suaves toques em sua carne, Laina sentiu o
prazer crescer em seu corpo, a ponto de que ela sentiu sua boceta aquecer-se, muito apertada,
e notou, assombrada, a explosão final, que surgiu em instantes sacudindo seu corpo.
— Oh, Deusa!— Ela murmurou em voz baixa, a cabeça jogada para trás, seus olhos
fechados com o prazer.
Ela gritou de novo, com mais vigor, quando sentiu seu dedo longo esfregar dentro de
sua boceta , enquanto outro dedo acariciava seu clitóris, fazendo com que o calor em sua
carne aumentasse ainda mais.
Freneticamente, Laina mexeu os quadris, as mãos segurando seus braços repletos de
músculos duros, os dedos cravando-se em sua pele, em um esforço para se preparar para o
tormentoso aumento do prazer. Então ele riu suavemente quando ela começou a mover os
quadris em círculos. O homem continuou a dar prazer a ela por vários minutos, mantendo
seu toque leve e curto, até que a sentiu estremecer muito próxima do prazer final. Em algum
ponto, Laina sentiu um aperto rígido, que tornaram seus movimentos espasmódicos e
desesperados, sua respiração ofegante, e a tensão em sua coluna crescendo mais e mais, até
que, com um angustiado gemido, ela gozou, sua carne pulsando em torno do dedo inserido
em seu canal, que umedeceu com os líquidos de seu orgasmo.

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CAPÍTULO DOIS

Como o corpo de Laina lentamente relaxado após o orgasmo, o general rumou para o
outro lado da mesa, de frente para ela novamente. Ele tirou o manto vermelho e a toga curta.
Nu e de costas para o público, ele era alto, seu corpo magro e musculoso. Mas foi o seu
pau ereto que atraiu espantados suspiros. Era muito grande, grosso e muitos centímetros mais
longo do que o tamanho normal, e erguia-se rígido e vermelho do ninho de pêlos pubianos e
escuros.
Quando Laina viu o homem nu, o corpo musculoso na frente dela, a princípio
empalideceu com o seu tamanho.
— Oh, Deusa!
— Parece uma melancia — alguém da multidão exclamou.
— Por que você acha que ele é tão bem sucedido na batalha? Qualquer homem que
tem tal coragem e astúcia deve ser do tamanho de um cavalo — disse outro.
Alguém questionou:
— Eu me pergunto se ele pode foder toda a noite?
O general estendeu a mão e agarrou as coxas de Laina e puxou-a para ele. Embora não
houvesse mais nenhuma necessidade, os carcereiros ainda seguravam as pernas de Laina.
Eles tinham a intenção de observar de perto o espetáculo que a escrava e o general romano
estavam fornecendo, seus olhos arrebatados como os do resto das pessoas da aldeia,
esperando e antecipando.
O general inclinou-se sobre as coxas abertas de Laina, fechou o punho ao redor de seu
pau e colocou a ponta da qual saiam algumas gotas de esperma em sua abertura.
Algumas das escravas jovens recuaram com horror, virando o rosto, murmurando e
lamentando entre si.
— Eu não posso ver isso. Ele vai rasgá-la.
— Ele vai matá-la.

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— Certamente eles não são todos tão grandes,não é?
O general passou a ponta grossa de seu pau através da abertura de Laina. Ela
imediatamente sentiu esticada e completa. Laina fez um olhar beicinho, seus quadris se
contorcendo em um esforço para acomodá-lo.
— Você, seu bruto enorme, está acabando comigo.
Ele apertou os dentes, o suor começando a correr de seu cabelo escuro até sua testa. O
prazer de estar dentro de uma apertada boceta foi quase estonteante, e ele teve que buscar
todo o seu controle para impedir-se de mergulhar completamente dentro dela. Isso viria mais
tarde, ele prometeu, uma vez que Laina estivesse bem úmida novamente por ele. O homem
empurrou novamente e conseguiu entrar mais um centímetro, e lentamente continuou a
avançar seu pau dentro da boceta quente.
— Você é tão apertada — disse ele duramente, como se sentisse dor, o que não estava
muito longe da verdade. Ele sentiu como se estivesse sendo sugado. A garota era tão quente
e suave.
Polegada por polegada, o general conseguiu inserir seu pau cada vez mais fundo
dentro de Laina. Conforme avançava, sentia mais e mais a intensidade da união. Mas Laina
era petulante, e não tentou ajudar sua penetração, mesmo parecendo ansiosa por sentir seu
pau dentro dela. Seu corpo tremia cada vez que ele avançava mais um pouco. Quando já
havia inserido mais da metade, o general tomou seu clitóris entre os dedos e esfregou. Laina
estremeceu com o prazer que corria em seu centro, que pulsava novamente. O general
aproveitou o relaxar da carne que o envolvia e investiu fortemente seus quadris contra os
dela até se enterrar completamente.
As pessoas ouviram seus gemidos simultâneos.
O general continuou a brincar com ela, tocando seu clitóris e lubrificando ainda mais
sua carne.
Laina começou a girar os quadris e empurrou novamente, a boceta apertando-se em
torno de seu pênis. Ela jogou a cabeça para trás e gritou quando se rendeu a plena posse do
homem. O general agarrou seus quadris e começou a bombear duro e longamente dentro

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dela. O prazer que crescia dentro deles tornou-se mais forte, e não estavam muito longe de
seu clímax.
Os escravos observavam Laina enquanto ela gemia e se contorcia, olhavam como o
grande homem se lançava e investia entre suas coxas. Pela expressão do rosto da mulher e
pelos rítmicos movimentos de sua cabeça, a maioria deles pensou que ela estava sofrendo
uma dor excruciante. Mas logo alguns deles começaram a entender que Laina não estava
com uma dor intensa, pelo menos não do tipo que fosse prejudicial. Eles começaram a
compreender que o que Laina estava sentindo era aquilo que chamavam de prazer sexual.
O clímax de Laina veio de forma rápida e forte e pareceu estender-se por vários
minutos.
Ela jogou a cabeça para trás e gritou quando o prazer chegou duramente em seu corpo.
Um prazer quente escorreu como lava em sua carne, fazendo seus quadris se contorcerem
entre as mãos dele. O orgasmo do homem veio segundos depois do dela, e ele deu um rugido
tão animal que uma parte do público cobriu suas orelhas com as mãos. Ele mergulhou mais e
mais rápido e fundo em seu canal, então apertou os quadris contra os dela enquanto
derramava o líquido quente dentro do ventre de Laina. Ele deu outra estocada, então se
acalmou contra ela enquanto despejava mais de seu sêmen. Quando se esvaziou, ele saiu
dela, e todos puderam ver que o homem ainda estava rígido.
O general empurrou o corpo de Laina, úmido e mole, e posicionou-se atrás dela,
enquanto seu público assistia com assombro, antecipação e descrença.
— Certamente, ele não vai foder com a mulher logo depois da primeira vez.
— Agora, que é um homem é... Um homem de verdade.
— Vamos ver se ela aguenta.
— O general sabe tudo sobre mulheres. Ele sabe que todas as mulheres só querem uma
coisa, e que é um homem capaz de suprir suas necessidades.
O homem colocou as mãos grandes no ânus liso de Laina, acariciando-o. Depois
deslizou um dedo entre suas coxas e em sua boceta molhada. Ele sentiu sua carne
imediatamente apertar-se em torno de seu dedo. Laina engasgou, fechou os olhos e arqueou

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as costas, de modo que suas nádegas ergueram-se, expondo sua fenda inchada aos olhos do
homem. Então ele mergulhou novamente o pênis em sua vagina, apreciando sua boceta
apertada mais uma vez. Apesar de Laina ainda estar úmida pelo gozo anterior, o seu canal
estreito e seu pequeno tamanho tornou a entrada difícil. O general poderia ter feito sua
investida mais fácil dando atenção ao botão que ele sabia que ainda estava inchado com a
necessidade. Sabia que se acariciasse Laina naquele lugar, ela se abriria novamente e
permitiria que ele bombeasse ainda mais em suas profundezas úmidas. Mas queria que ela
sentisse totalmente seu tamanho e tivesse a certeza de que era sua posse.
Agora sabia o que não quis admitir quando pôs os olhos em Laina: que ela lhe
pertencia desde o instante em que ele olhou em seus olhos cor de avelã. Desde o primeiro
instante, Laina o desafiou lhe negando o seu direito, na frente de uma multidão, forçando-o a
reclamá-la publicamente quando teria preferido fazê-lo quando estivessem sozinhos. Ele
queria demonstrar para ela e para o mundo que não havia dúvidas sobre seu direito de posse.
Assim, ele abriu caminho dentro de Laina, e ela lutou para acomodar seu tamanho
contorcendo os quadris, gemendo cada vez que ele avançava mais.
— Oh, você é muito grande para mim, seu animal — ela choramingou, petulante.
O general rosnou em seu ouvido:
— Mas você está me ordenhando tão bem, garota.
Ela não podia negar suas palavras, porque a cada investida, sua boceta pulsava ainda
mais, produzindo líquidos, fazendo com que o pênis do general ficasse completamente
molhado com seus fluidos, que começaram a pingar em cima da mesa.
O homem deu uma estocada final e foi completamente engolido pela carne de Laina.
Ambos gemeram em voz alta, seus corpos aquietaram-se, o rosto dele brilhante de suor
pressionado contra o pescoço de Laina. Ofegantes, ambos saborearam a sensação de estarem
tão intimamente unidos, uma vez mais, a junção lançando um perverso prazer ao longo
de seus corpos.
Em seguida, o General começou a mover-se, lentamente, mergulhando longa e
profundamente dentro de Laina.

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Ela arqueou as costas enquanto sua boceta apertava-se ao longo do pau.
— Ohhhh — ela gemeu. — Isso é tão bom.
A multidão ouviu suas palavras. Muitas das mulheres balançaram a cabeça e
sussurraram em sua língua. Os homens irromperam em gargalhadas, altas e estridentes.
Ouvindo o riso debochado, Laina abriu levemente os olhos, e estremeceu ao perceber
que toda a aldeia a estava observando ser utilizada e possuída pelo romano e perceberam o
prazer sensual que produzia seu assédio sexual nela. Não foi suficiente para ela ser
humilhada por sua própria resposta ávida ao assalto sensual do general. Pior ainda, os sons
de seu sexo podiam ser ouvido por todos, molhado, sugando o pau do homem cada vez que
saia de sua carne e depois mergulhava de volta. Esse som a traiu mais do que qualquer outra
coisa perante todos da aldeia, traindo sua excitação, revelando como ela estava molhada para
o General.
— Eu não posso ajudá-lo — ela sussurrou para si mesma. — Sinto muito, papai, por
favor, perdoe-me, mas não posso ajudá-lo.
Então, Laina ficou ofegante quando o general acelerou o ritmo, suas mãos cravando-se
nos quadris dela.
Ele colocou as mãos sobre os seios fartos, apertando-os com força enquanto
mergulhava nela, em seguida, massagendo-os conforme o ritmo das investidas.
A viagem até seu segundo orgasmo foi longa e tortuosa, em parte porque o General
deliberadamente quis assim. Seu corpo nu esforçava-se para se conter, o que se via nos
músculos tensos de suas nádegas, das coxas grossas, barriga, braços e costas. Mas como um
homem ávido para se divertir com seu poder sexual sobre a mulher, o General, com uma
força de vontade de ferro, se controlou para ir devagar e profundamente dentro de Laina.
Ela mesma estava desesperada para chegar ao clímax, o calor correndo por seu corpo,
tornando a tensão dos músculos quase insuportável. Mas Laina estava sendo deliberadamente
controlada pelo romano, e não podia fazer nada sobre a maneira como ele lentamente
retirava seu pau de suas profundezas e então mergulhava novamente dentro dela, duro e
profundamente. Ela começou a soluçar com o tormento erótico, desesperadamente

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levantando as nádegas para ele e se contorcendo, pedindo-lhe para levá-la ao gozo,
percebendo vagamente em meio a nevoa de prazer que todos na aldeia eram testemunhas de
sua rendição erótica.
Foi só quando o general não podia mais se controlar, que ele bombeou mais rápido em
Laina, colocando as mãos nos quadris para segurá-la forte, enquanto mergulhava mais e mais
dentro dela. Foi Laina quem chegou primeiro ao orgasmo, tremendo e se contorcendo sob
ele, gemendo com seu prazer. Sentia sua boceta palpitar e ordenhá-lo dura e rapidamente, e o
general com um grito estrondoso deixou seu corpo buscar sua liberação, enchendo-a com seu
liquido quente.
Os dois corpos desabaram sobre a mesa, o macho muito maior sobre as costas da
pequena fêmea, respirando pesadamente, ambos lutando por ar. Eles ficaram assim por um
longo momento. Laina com a parte da frente do corpo pressionada contra a mesa pelo peso
do homem, o rosto virado para um lado contra a madeira, os olhos fechados, os delgados e
delicados pés pressionados pelas coxas enormes e ele empalado em seu interior.
Finalmente, o general foi capaz de recuperar um pouco de energia e se mover para
longe da mesa. Ele pegou as roupas e colocou-as rapidamente. Ergueu Laina e a colocou de
pés. O romano teve que passar o braço em volta da cintura da jovem para evitar que caísse
no chão, porque estava tão fraca que mal podia suportar seu próprio peso. Ele apontou para o
carcereiro, que veio às pressas.
— Isso deve bastar — o General disse. Ele ergueu uma mão para os seus soldados e
um deles avançou com uma bolsa de couro. O general entregou a bolsa para o carcereiro.
O carcereiro, com seus olhos negros brilhando avaramente, abriu a bolsa e observou
com uma expressão extasiada como ele derramava inúmeras moedas de ouro em sua mão.
Era muito mais dinheiro do que esperava obter com as mais belas virgens.
O carcereiro disse obsequiosamente:
— Ah, mas, general, está sendo muito generoso pagando tudo isso por esta mulher.
Como já deve ter percebido, ela perdeu a virgindade há muito tempo, e tem uma língua de

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víbora e um temperamento perverso. Venha, escolha duas ou três entre estas jovens virgens.
Sinto-me como se o estivesse traindo.
O general imperiosamente negou com a cabeça.
— Eu fiz a escolha para o meu harém — disse ele. — O resto é para os meus homens.
Dispensado, o carcereiro rapidamente afastou-se.
O general virou a cabeça e olhou para o rosto exausto de Laina, coberto por uma fina
camada de suor. Deslizou uma mão por suas arredondadas nádegas, pressionou o dedo médio
no vão entre elas e inseriu-o profundamente em seu cú. Laina arqueou-se com a sensação de
ter seu ânus cheio, e gritou. Ela mexeu os quadris para tentar desalojar o dedo, seus pequenos
punhos batendo no peito do general. O público caiu na gargalhada e aplaudiu.
O general mergulhou seu dedo ainda mais fundo dentro de seu ânus, e Laina acalmou-
se, tentando ficar de pé, docilmente, mas ressentida, na frente dele, seu traseiro voltado para
o público de modo que eles puderam ver claramente o dedo enterrado firmemente entre suas
nádegas. O general agarrou seu queixo para levantar o rosto de Laina para ele e beijou-a,
seus lábios ordenando-lhe que retribuísse e abrisse os lábios.
Sentindo o desejo agitar-se dentro dela novamente, Laina nada pôde fazer além de
obedecer este homem que era agora seu dono, não importando o que fizesse com ela ou onde
estavam. Laina retribuiu o beijo, deixando a cabeça cair sobre o pescoço para lhe permitir
acesso completo a sua boca, seu corpo nu arqueando contra o dele. Quando sentiu o prazer
correr por todo o seu corpo, o dedo longo do macho aprofundou-se em seu ânus. Laina não o
achava tão invasivo agora, mas curiosamente excitante. A dupla sensação que produzia o
beijo apaixonado enquanto penetrava nela com o dedo em seu ânus estava começando a fazê-
la ficar excitada novamente, fazendo-a apertar-se mais contra ele, empurrando as nádegas
para trás e apertando o pequeno buraco contra seu dedo. A multidão riu de novo, alguns
homens deram tapinhas uns nos ouros, apontando para a exibição gratuita daquela outrora
mulher orgulhosa.
— Você virá comigo, Laina,— o General disse.

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Ele virou-se e com o dedo ainda dentro dela, a guiou para descer pelas escadas da
plataforma. A multidão se afastou, abrindo caminho, todos os olhos postos sobre eles.
Enquanto passava pelos aldeões, Laina estava ciente do dedo do general acariciando o
interior de seu anus, desencadeando pequenas sensações de prazer cada vez que ela dava um
passo. E a carne entre suas coxas ficou novamente úmida e inchada. Mas ela disfarçou,
caminhando orgulhosamente até a carruagem, encarando os olhares do seu povo, sem se
preocupar em esconder seu corpo ou fingir modéstia, empinando os seios para frente, a
cabeça erguida. Ela agora era propriedade de um general romano.
Laina imaginou que a partir de agora aquela seria sua vida, e não iria demonstrar para
o mundo que estava com medo ou derrotada.
Em um ponto, o general parou, passou outro braço pela cintura de Laina para puxá-la
para ele, e beijou-a longa e duramente, o dedo dentro dela suavemente investindo em seu cú.
Ela gemeu e arqueou-se contra ele, suas nádegas apertando-se em torno de seu dedo. Quando
ele interrompeu o beijo, o público podia ver seu rosto corado, os lábios vermelhos e
inchados, e os olhos vidrados de paixão.
Um soldado abriu a porta da carruagem. Por um momento Laina parou diante dele,
então olhou para o general com uma pergunta nos olhos. Ele estava atrás dela e deu-lhe um
aperto possessivo em um dos seios. Laina subiu as escadas e desapareceu no interior da
carruagem.
O interior era largo,com cortinas vermelhas nas janelas e um colchão num dos cantos
coberto de seda vermelha. Através da pequena janela, as pessoas viam o romano acariciar a
bunda arredondada de sua escrava, amorosamente, em seguida, levantar seu rosto para outro
beijo profundo, antes que saísse da carruagem e chamasse um de seus oficiais.
— Descubra em qual caravana foi levado Sancer Mooreland, pegue alguns de seus
homens e traga-o para mim — , ele disse em voz baixa, para que só seu soldado pudesse
ouvir.
— Sim, General.— O homem fez um sinal para suas tropas.

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O general voltou para a carruagem e fechou a porta. Quatro soldados montados em
seus cavalos e esperavam por suas ordens.
Através das janelas, os moradores viram o romano colocar Laina de quatro sobre a
seda vermelha. Ele, então tirou a túnica e por trás dela, sua pélvis encostou-se nas nádegas da
mulher, suas próprias coxas musculosas e dois sacos enormes perfeitamente visíveis através
da janela da carruagem. Ele afastou a carne da bunda de Laina, separou suas coxas e
empurrou profundamente dentro dela. Os moradores ouviram o grito agudo de Laina e viram
seu corpo nu estremecer e quase saltar do colchão enquanto os seios pesados balançavam.
Enquanto empalava sua escrava, o general rugiu uma ordem. O condutor sacudiu as
rédeas dos cavalos e a carruagem saltou para frente.
Laina deu um grito mais nítido, mais alto, e tentou levantar-se. Mas o General
pressionou seu corpo com firmeza no colchão, mantendo-a imóvel. A última coisa que os
moradores e os outros soldados viram enquanto a carruagem se afastava foi Laina
estremecendo e seu corpo sacudido a cada solavanco.
Escoltando a carruagem estavam quatro soldados a cavalo. Como homens bem
treinados, eles prestaram pouca atenção aos ruídos que vinham de dentro da carruagem e
mantiveram os olhos na estrada à frente deles.
Laina nunca soube que o prazer poderia ser tão doloroso, ou que o fogo em sua boceta
poderia ser uma tortura tão grande que ela quase desejaria a morte. O general a mantinha
empalada, seu corpo muito mais pesado pressionando o dela, não deixando que fizesse
qualquer movimento, recusando a ela a capacidade de buscar a própria satisfação. Mas ele
também não a procurou, implacavelmente retendo sua própria necessidade de mergulhar
mais e mais em sua cálida profundidade. Ele a manteve imóvel, de modo que estava dentro
dela, deixando o balanço dos movimentos da carruagem aumentar a tensão em suas
entranhas enquanto a empalava.
Laina ficava cada vez mais frustrada e desesperada enquanto sentia o calor correr por
suas costas. Sentia a tensão feroz que crescia dentro dela e estava lentamente deixando-a fora
de controle. Ela tentou afastar suas nádegas e seduzir o homem, quebrar seu controle, mas

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tudo isso só fazia com que suas paredes internas esfregassem ainda mais contra seu pênis,
desencadeando espasmos, aumentando a necessidade tortuosa em ambos. Quando o fogo em
seu corpo foi demais para Laina, ela tentou fechar as coxas, a fim de aliviar a tensão. Mas as
poderosas pernas do General as separaram ainda mais.
— Por favor, por favor, General,— ela sussurrou em uma voz rouca e torturada, seu
corpo se movendo sinuosamente, exigindo, não como uma escrava do amor. — Minha
boceta , minha boceta , minha boceta....
Era tudo o que ela podia dizer. E, no entanto, o homem manteve-se cruelmente firme,
sem piedade, seu corpo pesado pressionando o dela ainda mais no colchão. Ele criou um
tormento para si mesmo, tanto com os movimentos da carruagem que deixavam seu pau em
chamas, quanto com as contorções frenéticas do traseiro da mulher.
Quando sentiu as contrações lascivas de seu corpo, colocou uma mão sobre o seio de
Laina e acariciou, puxando levemente o mamilo. Ele baixou a cabeça para enterrar o rosto
em seus cabelos escuros, afastando os cachos para encontrar seu pescoço. Então, abriu a
boca e afundou os dentes em sua maciez, chupando avidamente a carne.
Laina gritou e estremeceu violentamente, suas mãos arranhando a seda vermelha do
colchão, contorcendo-se sob seu peso enorme. O general deu-lhe um pouco de descanso e
afastou a boca de seu macio pescoço, que agora pulsava com a mordida. O romano passou
seus lábios suavemente ao longo dos ombros e costas da moça, murmurando palavras de
conforto.
O caminho para a moradia do general durou mais de trinta minutos. Ao longo de todo
o percurso, ele manteve-se profundamente enterrado na boceta apertada de Laina, deixando o
movimento da carruagem inflamar os sentidos de ambos. Mas continuou a retardar a
liberação, deixando-a contorcer-se debaixo dele. Laina gemeu e gritou, muitas vezes jogando
a cabeça para trás, os dentes trincando-se com a tortura.
No momento em que a carruagem parou em frente a uma grande casa de dois andares,
Laina estava exausta com o tormento e desabou sobre o colchão, seu corpo pequeno

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estremecendo. O general tirou o membro de seu canal estreito, e quando o fez, seu pau
pingava pré-semen. Ele pegou sua túnica, puxou-a sobre a cabeça, e saiu da carruagem.
Os dois condutores e os quatro soldados que os seguiam desmontaram e foram
encontrá-lo. Da casa saiu um servo idoso que rapidamente se aproximou deles. Outros o
seguiram.
Enquanto os homens estavam esperando, o General chegou à carruagem e tomou o
corpo nu de Laina em seus braços, não fazendo qualquer tentativa de cobri-la. A única
pessoa que demonstrou alguma reação foi o criado idoso, que olhou em choque para a
pequena fêmea nua nos braços de seu amo.
Laina estava vagamente consciente de estar nos braços do General, completamente
nua, e que não estavam sozinhos. Seus olhos estavam fechados e sua cabeça pendeu sobre o
ombro largo do romano.
Com as pernas estendidas sobre seus braços, ela podia sentir a carne inchada entre
suas coxas sendo exposta a todos. E eles podiam ver seus fluidos brilhando como pérolas
entre suas dobras, com algumas gotas pingando no chão. Mas Laina mal estava consciente de
sua exaustão, e não se importava de estar sendo levada para seu novo lar como uma escrava
depois de ser usada por seu amo para jogos sexuais.
O general levou-a para a casa e o criado idoso e os outros servos o seguiram. Enquanto
carregava Laina e subia as escadas até seu quarto, não viu a mulher alta de cabelos loiros de
pé na varanda do segundo andar. Com frios olhos azuis e uma expressão rígida em seu rosto,
ela o observou entrar em seus aposentos e fechar a porta atrás dele. Virou-se e voltou para o
seu quarto.

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CAPÍTULO TRÊS

Dentro de seus aposentos, o General depositou Laina na cama grande que estava
coberta com uma colcha de seda cor de creme. Ela se mexeu e gemeu, porque cada
movimento abalava seus nervos tensos. Laina puxou as pernas para cima apertando-as contra
seus seios, balançando o corpo na cama, em um esforço para aliviar a dor dentro dela. Seus
olhos cor de avelã abriram-se e viu o romano de pé na frente dela. Ele tinha tirado a túnica de
novo e estava nu, seu pau enorme, duro e inchado.
Quando os olhos de Laina se ergueram e encontraram aqueles olhos escuros, começou
a temer quando viu a fome feroz que brilhava neles. Seu corpo se apertou em resposta, se
preparando para mais uma maratona de sexo. Laina sentiu a necessidade de proteger-se,
apertando as coxas. Debilmente, tentou levantar-se para sentar na cama, mas seus membros
estavam fracos e seus músculos pesados e doloridos.
O general estendeu a mão, agarrou suas pernas e as separou. Laina gritou quando a dor
queimou em seus membros e começou a lutar com ele. Tentou chutá-lo e lançou os punhos
contra seu peito enorme.
— Não! Por favor, não! — Ela implorou, lutando para manter suas coxas fechadas.
Laina choramingou quando sentiu as mãos enormes do homem, inexoravelmente abrindo
suas coxas, estremecendo conforme ele separava os lábios inchados para revelar sua carne.
Na carruagem, o general usou seu pênis e o sacolejar da carruagem para produzir uma
ardente dor dentro dela, deixando-a frenética para que ele fodesse longa e duramente. E,
agora, com sua boceta em chamas, e o homem pronto para foder de novo, Laina estava
desesperada para que ele não mergulhasse seu pênis desenfreadamente dentro dela, quando
suas partes estavam tão suaves e sensíveis, sentindo-se como se estivesse a ponto de
estourar.
O general segurou suas pernas abertas e estendeu-as sobre suas coxas duras, as mãos
agarrando a parte de trás, mantendo-a no lugar enquanto ele posicionava a ponta do seu pênis

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na pequena abertura, o líquido que saia da ponta avermelhada umedecendo a carne de Laina.
Quando ele forçou sua vara grande dentro dela, esticou-a de tal modo que Laina sentiu os
nervos tensos, era mais do que ela poderia suportar.
Em seguida, ele investiu e sentiu a carne de Laina esticando-se conforme a enchia. Ela
soluçou com a dor novamente, lágrimas vertendo de seus olhos. Ele se afastou e depois
mergulhou novamente para que desta vez, entrasse completamente.
O estiramento de sua carne tornou-se insuportável e Laina contorceu os quadris em um
esforço para aliviar-se. O general gemeu quando seus movimentos fizeram a boceta da
escrava apertar-se em torno de seu pênis. Apoiando as mãos em suas coxas, ele lentamente
se afastou dela.
Quando o fez, sentiu a retirada de seu pênis sensibilizando ainda mais suas entranhas.
Ela engasgou quando sua carne apertou-se em torno da vara dura enquanto ele se afastava,
fazendo-o gemer e ranger os dentes. Então empurrou nela novamente, fazendo Laina se
contorcer debaixo ele, soluçando, as mãos segurando seus braços.
O general fodia lentamente, demorando-se ao retirar-se da vagina de Laina, fazendo-a
gritar com o tormento, e então mergulhar lentamente dentro dela, seu corpo tremendo e se
contorcendo embaixo dele, as pequenas mãos fechadas em punhos batendo no peito do
homem e arranhando seus musculosos braços.
Com a cabeça jogada para trás, os olhos fechados no limite do prazer, ela sussurrou
uma oração a Diana, a deusa que protegia as mulheres jovens.
— Por favor, Deusa, por favor, me ajude! Por favor, me ajude!
Mas nenhum deus ou deusa veio em seu auxílio e o general continuou com seu ritmo
lento e tortuoso. Não existia nenhuma intervenção divina que aliviasse a agonia dentro dela,
a tensão que crescia mais e mais. Laina tinha certeza de que quando atingisse seu prazer,
seria como se estivesse sendo aniquilada, arrasada.
O general manteve o ritmo lento de modo que seu pênis entrava e saia da boceta de
Laina ritmicamente, aumentando a pressão, controlando o seu corpo e seus impulsos para
não deixar a sua escrava gozar tão rápido. Ele gostava muito disso. Retardar para aumentar o

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seu prazer, fazendo com que seu pau inchasse ainda mais, duro como uma pedra. Ele sabia
que quando gozasse, seria violento e quase doloroso. Mas não podia ajudar a si mesmo. Não
com essa mulher. Por alguma razão, seu pequeno corpo com suas curvas voluptuosas, seu
rosto sensual de fada e os altivos olhos faziam com que quisesse possuir não apenas o corpo
para seu prazer, mas também sua alma, sua mente, de modo que ela estivesse ligada a ele,
sabendo que lhe pertencia e somente a ele. Queria muito ensinar aquela mulher como
aumentar seu prazer sexual.
Ele não parou o seu ritmo lento, insistente, nem mesmo para dar uma pausa para que
Laina pudesse recuperar o fôlego. Ela estava deitada debaixo dele, seu corpo coberto de suor,
contorcendo-se sobre a colcha de seda creme, ofegante, sua língua lambendo os lábios secos,
gemendo lastimosamente em seu tormento. Seu peito arfava com cada respiração que ela
dava, fazendo seus seios subirem e descerem, o que chamou a atenção do General, os olhos
brilhando quando viu os mamilos grandes e duros. Ele baixou a cabeça e envolveu um
mamilo com a boca e sugou-o avidamente, fazendo Laina estremecer.
Quando a tensão em seu corpo atingiu o insuportável, Laina jogou a cabeça para trás e
gritou sua dolorosa liberação, seus quadris agitando-se violentamente. Com um grunhido
animal, o general segurou suas nádegas para mantê-la imóvel. Ele sentiu a boceta apertar
cada vez mais seu pênis, ordenhando ardentemente, sentiu o gozo umedecer a carne de seu
pau e isso quase foi a sua ruína. Seus lábios se apertaram, os dentes cerrados, a cabeça
jogada para trás, as veias do seu pescoço destacando-se enquanto ele lutava para se controlar.
Ao mesmo tempo, continuou a bombear constantemente na boceta de sua escrava. Nunca
sentiu uma sensação tão deliciosa quanto à da sedosa carne de Laina. Algo estava errado,
porque se sentia muito bem e semelhante luxúria por uma escrava era destrutivo tanto para a
mente quanto para os sentidos.
Finalmente, o prazer foi demais para o General aguentar por mais tempo. Ele investiu
ferozmente seu pau na boceta pulsante de Laina, ofegante como ela quando alcançou o seu
clímax.

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Quando o fez, seu prazer foi tão intenso que ele pensou que fosse se partir ao meio, o
sêmen jorrando dentro do ventre da escrava, sua cabeça curvada sob o peso intenso de sua
liberação, duros gemidos saindo de sua garganta.
Laina sentiu o liquido quente de sua libertação em suas entranhas, sua boceta apertou-
se novamente, e gemeu quando sentiu que estava sendo preenchida por seu novo mestre, sua
posse marcando-a até os ossos.
Mas o orgasmo não foi suficiente para o romano. Suas bolas ainda estavam duras e
prontas para a explosão, seu pênis inchado e rígido. Ele voltou a retirar-se lentamente da
apertada boceta e depois mergulhou de volta na carne feminina.
Sentindo a tensão e a excitação retornando, Laina fez em um esforço para escapar,
choramingando:
— Oh, Deusa, não!— suas unhas o arranharam. Mas suas mãos grandes e fortes
apertaram forte, mantendo suas coxas separadas para que sua vagina ficasse exposta, e
montou-a novamente.
Quando Laina teve outro orgasmo, tão forte quanto o anterior, gritou novamente, seu
corpo contorcendo-se impotente sob o duro corpo masculino. Seu clímax, por sua vez
instigou o dele, fazendo-o se mover mais rápido entre as coxas, os dentes cerrados, o rosto
corado e coberto de suor.
Fora do quarto, os gritos e gemidos de ambos foram ouvidos por todos que estavam na
casa, incluindo a mulher do outro lado da varanda. Mas os servos ignoraram os sons, com
exceção de um ou dois que levantaram a cabeça, mas depois, rapidamente, voltaram às suas
funções.
Dentro da sala, a escrava do general estava deitada na cama ao seu lado, de costas para
ele, totalmente exausta da tortura erótica que ele a tinha obrigado a suportar. Laina foi longa
e duramente montada, e não sabia quantas vezes gozou, ou quantas vezes o general tinha
enchido seu ventre com sua semente quente. Ela estava deitada ao lado dele, tremendo com o
prazer intenso que ele a fez sentir, o sêmen do homem e seu próprio gozo escorrendo e
pingando em suas coxas.

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O general puxou-a firmemente contra seu duro corpo. Ele passou a mão sobre o corpo
nu de Laina, seu toque leve, pouco exigente. Mas Laina estremeceu mesmo assim. O instinto
feminino lhe disse que neste homem não havia piedade. E ela logo descobriu que não estava
enganada. Ele levantou a perna da jovem e empurrou-se dentro dela.Laina mal conseguiu
emitir um fraco gemido de protesto.
Empurrou novamente até que estava completamente dentro dela. Laina fechou olhos
contra o prazer indesejado que estava correndo por seu corpo, mais uma vez.
No entanto, o romano não iniciou nenhum movimento dentro dela.
Em vez disso, ele parecia satisfeito em simplesmente estar dentro de sua escrava, estar
fisicamente ligado a ela, enquanto sua mão continuava a passar por suas curvas,as pernas
enredadas com as delas, traçando com a boca seus lábios, pescoço e ombros.
Laina não sabia o que fazer com aquela demonstração de carinho. Ele segurou-a
firmemente, dando-lhe beijos leves, arrastando as mãos vagarosamente sobre seu corpo. Ela
sentiu-se mimada, protegida e até mesmo confortada. Mas, ao mesmo tempo, sentia-o
profundamente dentro de sua vagina, ainda duro, pulsando com impaciência.
Foi uma sensação muito erótica, e a fez se sentir impotente e fraca contra o domínio de
seu amo, uma escrava para o amor, a cama e a satisfação de sua fome animalesca.
Eventualmente, porém, o general quis tê-la novamente, seu pau duro em sua vulva
úmida queria mais. Ele começou a bombear dentro dela, com cuidado, superficialmente, não
com a fome feroz e selvagem de antes. Laina gemeu seu protesto novamente, mas não tentou
lutar com ele, apenas contorceu as nádegas quando o calor recomeçou em seu interior. O
general segurou seu rosto com uma mão e deu-lhe um leve aperto, se de afeto ou repreensão,
Laina não soube dizer. O homem manteve a mão no rosto pálido, acariciando-a lascivamente
enquanto bombeava em sua boceta , tocando seus lábios, seus ombros, ouvindo seus gemidos
fracos enquanto a pressionava contra o colchão.
Seguiram até o clímax, não em uma corrida alucinante como fizeram antes. Os
orgasmos haviam amenizado o apetite sexual por enquanto, e o romano acalmou sua
selvageria. Suas estocadas foram suaves e não tão profundas e exigentes quanto antes. Mas

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sua exigente e sexual natureza não desapareceu completamente. Quando sentiu que a vulva
da mulher estava começando a apertar-se sobre seu pau, sua mão escorregou das nádegas aos
seios de Laina, acariciando e apertando o grande mamilo, a ponta vermelha tornando-se tão
dura quanto uma pequena pedra.
Ela engasgou quando o prazer correu por seu abdômen, então empurrou as nádegas
contra ele, se contorcendo.
O general deu uma risada baixa, mas também com um tom do desejo feroz que já tinha
demonstrado anteriormente, o riso enviando um arrepio na espinha de Laina. Ela contorceu
as nádegas de novo, como que convidando seus golpes suaves. Ela logo gozou, e, felizmente,
foi uma sensação deliciosa e suave, e não dolorosamente intensa como antes. Laina ergueu a
cabeça, os olhos fechados, como se estivesse orando à deusa Diana, e gemeu sua liberação,
assim como o General atingiu o seu auge, derramando seu líquido quente no ventre da
mulher.
Depois, ambos permaneceram onde estavam sobre a cama, o romano ainda
profundamente enterrado na carne de Laina, seu grande corpo pressionado contra o dela
muito menor e delicado, com o braço em torno da cintura da escrava, suas pernas enroscadas
nas dela. Caíram no sono de pura exaustão.
Algumas horas mais tarde, quando o céu escuro já indicava o anoitecer, o homem
deixou sua escrava dormir em paz, e saiu de seus aposentos. Fechou a porta e desceu as
escadas.
O seu servo idoso encontrou-o no final dos degraus.
— Boa noite, General.
— Boa noite, Bantham.
— O jantar será servido em uma hora.
— Obrigado.
— Será que a moça se juntará ao meu amo?
O general virou a cabeça e olhou para a porta fechada.
— Não, Bantham, ela provavelmente não vai se juntar a mim esta noite.

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— Então eu vou mandar o cozinheiro preparar um prato para ela caso...— Bantham
silenciou-se e, pela primeira vez, demonstrou desconforto com a estranha e nova escrava de
seu mestre. — Eu vou pedir a um serve que leve alguma coisa ao andar de cima.
— Isso é bom. Ciran, Dalem e outros oficiais vão se juntar a mim no jantar.
Theroclide virou-se e estava prestes a ir embora quando Bantham o deteve.
— General, a filha do imperador está aqui.
Ele virou-se para trás.
— Rhasa? Quando?
— Ela chegou esta manhã. Eu coloquei a senhora e sua corte nas câmaras da parte
leste. Ela diz que deseja ter uma conversa com meu amo assim que estiver disponível.
— Faça com que ela se junte a nós para o jantar, então.
— Isso não será necessário, Theroclide,— a voz de uma mulher foi ouvida logo acima
deles. — Minhas damas e eu vamos jantar em nossas câmaras mais tarde.
Theroclide se virou e viu a loira alta descer as escadas. Ela tinha uma rara beleza, a
mesma da última vez em que a viu. Isso tinha sido há quatro anos, na terceira vez em que
eles se encontraram por manobras de seu pai, o imperador de Roma. Ela tinha olhos grandes
e tão azuis quanto o céu de verão, a pele pálida, impecável, elegante . Seu cabelo loiro estava
preso em um penteado complicado,que descia pela cabeça em cachos e estava enfeitado com
joias e fitas. Usava um vestido da mais fina seda vinda do Oriente, pintado a mão com
imagens de pássaros coloridos.
Theroclide esperou enquanto ela graciosamente descia as escadas, mantendo a cabeça
erguida como uma futura Imperatriz deveria fazer, revelando sua linhagem real.
Quando chegou ao final das escadas, Rhasa disse,
— Você não parece muito feliz em me ver, Theroclide.Deveria, afinal sou sua noiva.
— Eu peço desculpas, Rhasa, se não estava aqui para lhe dar as boas-vindas como
deveria fazer. É que estou bastante surpreso por você ter vindo de Roma. Pergunto-me qual o
motivo desta súbita visita.

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Ela olhou para o homem por um momento. Por um segundo, Rhasa desprezou a frieza
educada com que seu futuro marido sempre a tratou. Em seguida, rejeitou estes sentimentos.
Realmente não se importava com o que o general sentia por ela. Ele cumpriria com seu
dever, assim como ela. Isso era tudo o que importava. Eles iriam se casar e, juntos, governar
Roma, como era o seu destino.
Rhasa olhou ao redor do grande salão. Servos iam e vinham em meio a suas tarefas.
— Podemos ir a algum lugar onde possamos conversar em particular?
— É claro. Venha. — Theroclide virou-se e levou-a para uma câmara no hall e fechou
a porta. — Estou surpreso que seu pai deixe você viajar ate aqui. Eu e meus homens recém
asseguramos esta região para Roma. Se você tivesse vindo apenas alguns dias antes, teria nos
encontrado no meio de uma batalha.
Permaneceram de pé. Theroclide não quis se sentar, porque sentia que a conversa não
seria confortável. Rhasa não quis se sentar porque se sentia da mesma forma, sabendo que
aquele homem faria parte de seu futuro tanto quanto ela faria parte do dele.
Rhasa ergueu a mão com desprezo.
— Meu pai tinha certeza de que você subjugaria esses selvagens rapidamente. Ele
sabia que não havia perigo para mim.
— O seu pai a enviou aqui?
Ela hesitou.
— Foi uma decisão mútua, tanto dele quanto minha.
— Era realmente necessário vir até aqui,viajar mais de mil milhas desde Roma?
Ela se virou e olhou para ele.
— Faz muito tempo desde que esteve em Roma, Theroclide. Eu acho que faz em torno
de três... Não, quatro anos. As coisas mudam em quatro anos. Mudanças que não são boas
para meu pai e para o povo de Roma. — Ela parou e esperou por sua resposta.
Ele não disse nada, mas esperou pacientemente para que Rhasa continuasse, mantendo
seu rosto marcante inexpressivo. Aquele instinto era uma das coisas que Rhasa não gostava
em seu futuro marido. Ele era muito imprevisível. Mas Rhasa confiava que uma vez que

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estivessem casados, seria capaz de controlá-lo, descobrir seus pontos fracos, e desvendar
seus pensamentos.
Ela continuou:
— Os inimigos de meu pai estão juntando forças, dentro e fora de Roma. Você sabe
que o Senado sempre foi contra o Imperador. Eles estão começando a fazer alianças em seu
próprio benefício com outras regiões.Meu pai acha que não, mas estou começando a me
perguntar se seus inimigos poderiam ou não ter forças suficientes para ameaçá-lo.
Theroclide deu um sorriso irônico e mal humorado, que não foi muito agradável.
— Seu pai não pode fazer tantos inimigos se quer angariar recursos para reconstruir as
terras que seus soldados conquistaram para ele. Ele deve criar laços diplomáticos e
comerciais com os povos das novas regiões conquistadas, em vez de tributar seus novos
súditos para pagar suas próximas campanhas. É considerado insubordinação e traição um
soldado criticar o imperador a quem serve. Mas isso é uma discussão antiga entre o
imperador, o Senado e o povo.
— Sim, talvez você esteja certo— disse Rhasa.
A crítica de sua futura esposa a seu pai o surpreendeu. Rhasa era ferozmente leal ao
imperador tanto como filha quanto como súdita. Aquela longa viagem somente revelou a
Theroclide como ela estava desesperada.
— Você precisa voltar a Roma, Theroclide— declarou ela.
— E me casar com você.
— Sim. Quanto mais cedo, melhor.
Theroclide não respondeu. Virou-se, foi até a janela e olhou para o campo.
Então,virou-se e enfrentou Rhasa novamente.
— Rhasa, você sabe que eu nunca quis governar, especialmente um império vasto
como Roma. Eu sou um soldado em primeiro lugar, e depois um fazendeiro. Quando cumprir
meu dever e Roma já não precisar de mim para lutar por ela, tinha planejado voltar para
minha fazenda.

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A fazenda, há algumas centenas de quilômetros ao norte de Roma e situada próximo
da costa, foi onde Theroclide nasceu e se criou, uma fazenda grande, próspera que foi de seu
bisavô.
— Por que alguém com o seu talento iria querer se enfurnar numa fazenda?— Rhasa
cuspiu.— Isso seria uma sentença de morte para um homem como você.
— Seria vida. Uma boa vida — , ele respondeu calmamente. Alguém como a filha de
um imperador, especialmente uma mulher tão ambiciosa quanto Rhasa, jamais entenderia o
desejo de viver uma vida calma e pacífica.
Não compreendendo a vontade de seu futuro marido em voltar para sua terra natal, ela
mudou de assunto.
— Juntos nós dois poderíamos governar Roma, quando meu pai morrer. O Imperador,
assim como eu, está ansioso para nos ver casados em breve, para que possa ter a certeza de
que Roma vai estar nas minhas ... Em suas mãos.
Theroclide arqueou as sobrancelhas, percebendo a breve pausa em sua frase e o
sentido desta.
— Você deveria ter nascido homem, Rhasa.
Ela ergueu o queixo, orgulhosa.
— Sim, eu deveria. Mas nasci no corpo de uma mulher. Eu tenho o coração e a
inteligência para ser um verdadeiro líder em Roma. Mas eu sou amaldiçoada por ser uma
mulher.
— Ser mulher não tem que ser uma maldição.
Os olhos azuis de Rhasa brilharam, e ela foi magnífica em sua fúria, como uma deusa
pronta para fazer descer dos céus a sua vingança.
— Você não sabe nada sobre ser mulher. Você não sabe como é ser mantida longe do
poder real, o que é ser julgada enquanto vocês, homens, resolvem coisas que vão determinar
o destino de milhares de vidas, ou ter que ficar em casa enquanto vocês saem, lutam ou são
líderes de uma nação. — Ela virou-se para que ele não visse as lágrimas de frustração e

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ressentimento que ameaçavam cobrir seus olhos. Era a única coisa que a fazia chorar: sua
fúria com sua incapacidade de ser tão poderosa quanto um homem, tudo por ser uma mulher.
Theroclide, com o rosto impassível observou-a recuperar o autocontrole.
— Eu nunca concordei com este casamento, Rhasa.
Ela virou-se para ele.
— Você seria um tolo em não aproveitar a chance. Que homem recusaria tudo o que
pode ganhar ao se casar comigo? Teria o mundo entregue em uma bandeja. — Ela estreitou
os olhos. — Você pode ter todas as mulheres que desejar, incluindo a puta que levou para o
seu quarto. Não se preocupe, Theroclide. Eu não vou ser uma daquelas esposas que briga por
ciúmes de suas muitas mulheres. E não vou ficar no seu caminho se você quiser ir para a
cama com todas as mulheres que conseguir. Tudo que eu peço é a sua fidelidade ao meu pai,
sua lealdade, e casar-se comigo para governarmos Roma.
— Eu não sei se posso aceitar esta aliança, Rhasa— , disse ele calmamente.
Seus olhos azuis arregalaram-se em choque. Ela abriu a boca, mas depois se calou,
pensando melhor no que estava prestes a dizer.
— Eu vou ficar aqui por algumas semanas. Eu espero que você mude de ideia até lá.
— Ela virou-se e saiu.

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CAPÍTULO QUATRO

Mais tarde naquela noite, depois do jantar e discussões sobre a política e campanhas
militares, com seus oficiais, Theroclide subiu para seus aposentos. Ele encontrou sua escrava
descansando em sua cama, ainda completamente nua, inclinada sobre uma travessa de
comida que um dos servos tinha trazido. Era uma travessa enorme, cheia de cordeiro assado,
frutas, queijo, legumes cozidos e azeitonas. Aparentemente, o cozinheiro acreditava que a
pequena mulher tinha o apetite de seu exército.
Quando ele entrou no quarto, ela ergueu os olhos para ele, e depois voltou para sua
comida. Laina continuou a ignorá-lo quando ele fechou a porta e se aproximou dela. Mas
Theroclide detectou o ligeiro estremecimento de seu corpo, e achou extremamente feminino
o modo como puxou suas pernas, junto ao corpo, num gesto de autoproteção. Seus olhos
escuros se estreitaram e brilharam quando se centrou nos pêlos escuros entre as coxas e o
balanço de seus seios pesados conforme Laina se movimentava.
Quando estava na frente dela, Laina ergueu novamente os olhos e abertamente
examinou o rosto de seu dono. Conforme o observava, ela mais uma vez ficou abismada com
sua beleza marcante, assim como as escravas haviam ficado. Mas ela era experiente o
suficiente para esconder sua reação, pelo menos, o suficiente para não ficar de boca aberta
como as mulheres mais jovens fizeram na praça.
— Qual é seu nome mesmo?— , Perguntou como se fosse ela quem tivesse comprado
e pago por ele para seus caprichos.
O general olhou para Laina por um momento, observando que o tom arrogante da
mulher não se parecia nem um pouco com o de um escravo.
— Theroclide. Theroclide Demonsthenes .
— Como devo chamá-lo?
— Theroclide está bem.
— E o que você vai fazer comigo?

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Ele baixou os cílios sobre os olhos escuros e deu um sorriso frio.
— Mantê-la como minha escrava.
Laina teve de reprimir o arrepio que ameaçou correr por sua coluna vertebral.
— Você tem muitos outros escravos?
— Não. Você é a primeira escrava que comprei.
A expressão em seu pequeno rosto se tornou zombeteira.
— De alguma forma, isso não me tranquiliza.Sendo uma escrava, você pode fazer
qualquer coisa comigo, até me matar, ou me vender para outro homem. Mas eu acho que não
importa, agora, — acrescentou amargamente. — Você levou o meu pai para longe,ele era a
minha única família.
— Eu já enviei alguns de meus homens para rastrear a caravana e trazê-lo de volta.
A principio, Laina não acreditou nele. Ela sabia que os homens mentiam,
especialmente homens com uma vara dura entre suas coxas. Mas os olhos do general
continuaram firmes enquanto ela o encarava.
— Você acha que seus homens serão capazes de encontrá-lo antes de...— Ela deixou a
frase incompleta porque era muito doloroso pensar que seu pai já deveria ter sido enviado a
Roma, onde, com certeza, estaria perdido para ela.
— Se meus homens chegarem muito tarde para interceptar os navios, irão para Roma.
Conseguirão encontrá-lo lá.
— Mas, como serão capazes de tirá-lo de lá?
Ele esboçou um sorriso.
— Eu tenho muito dinheiro. Além disso, lembre-se, eu sou importante para o Império.
Isso significa que tenho algum poder em Roma.
Laina arregalou os olhos.
— E você está disposto a fazer isso por mim. Por quê?
— Como eu disse, você é a primeira escrava que comprei. Eu quero ser um verdadeiro
amo desde o início e me certificar de que a minha escrava está feliz e contente .
Laina olhou em volta, observando o tamanho do quarto e sua decoração suntuosa.

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— Quem você matou para ter conseguir esta casa?
Theroclide lançou-lhe um olhar suave.
— Ninguém. Esta é a casa de Ramus. Ele me deixou ficar hospedado aqui. Foi
nomeado pelo Imperador para servir no Senado.
— Por que não está no palácio da cidade? Geralmente é onde ficam os heróis e
conquistadores.
Ele ignorou seu tom sarcástico.
— Eu vou deixar o governador ficar com o palácio quando ele chegar. Prefiro ter uma
casa longe da cidade.
Ela correu seus estranhos olhos cor de avelã pelo rosto do romano.
— O que você vai fazer quando se cansar de mim?
— Isso depende do quanto me agradar e ser capaz de manter a boca fechada — , ele
murmurou.
Laina não teve oportunidade de responder por que Theroclide afundou na cama,
puxou-a para seus braços e começou a beijá-la avidamente. Ela afastou a boca da dele,
jogando a cabeça para trás.
— Eu quero um banho— declarou ela.
Ele mordiscou seus lábios.
— Hmmmm. Mais tarde.
— Não. Agora, — ela disse, petulante como uma escrava mimada.
Sua resposta foi a de cobrir a boca de Laina com a sua em um beijo exigente. Ele usou
suas pernas para afastar as coxas da mulher, e enfiou o pênis grande dentro dela. Laina
envergounhou-se por seu corpo responder imediatamente, sua boceta já molhada e quente
para a invasão. Tremendo, ela bateu no peito do romano com o punho, e apenas feriu a si
mesma com isso pois era muito duro.
— Oh, você, bruto, você é um animal insaciável— , queixou-se petulante.
Ela viu o brilho de seus dentes quando riu para ela como um lobo antes que ele
inclinasse a cabeça para mordiscar sua orelha. Ela gemeu e contorceu-se contra ele, e então

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gemeu mais forte quando o homem deu outro impulso e estava completamente dentro dela.
Ele tomou-lhe as pernas e colocou-as sobre seus braços para que suas mãos segurassem as
nádegas de Laia enquanto empurrava para trás e para frente dentro dela. As mãos de Laina
agarraram-se a seus braços, e se preparou para a espiral de prazer em que sabia que seria
conduzida através do resto da noite.
Laina teve seu banho na manhã seguinte. No final daquela manhã, é verdade, porque o
general não podia ir sem beijos matinais ou sem seu prazer da manhã. Então, ele chamou
seus servos para ordenar um banho para ambos. E enquanto os servos arrastavam uma
grande banheira para a sala ao lado e levavam baldes e baldes de água quente para enchê-la,
Theroclide colocou sua escrava sobre uma pequena mesa que havia contra uma parede de sua
câmara.
— O que você está fazendo?— , Ela perguntou, quando viu um jarro de cerâmica na
mão do romano. Ela não tinha medo, só curiosidade.
— Eu cavalguei muito duro em você. Está ferida. Isto deve acalmar um pouco da dor
— Ele molhou o dedo no frasco, pegou um pouco da pasta e começou a espalhá-la sobre a
junção de suas coxas. Parecia calmo e quente, tinha um cheiro de menta, e já podia sentir um
pouco de alivio.
Claro, ela não poderia saber se o general estava agindo em proveito próprio,com
aquela terapia, com boas intenções ou não,ou se era movido apenas pelo interesse em seu
corpo. No começo, ele fez massagem com a pasta em seus ombros, costas, braços, as
pernas,até mesmo em suas nádegas. Conforme a pasta derretia em sua pele, Laina podia
sentir seus músculos mais relaxados, aliviando um pouco da tensão. Suas mãos, porém,
muitas vezes demoravam em suas curvas. Conforme ele espalhava a pasta em seu estômago,
curvava a cabeça para rastrear seus lábios sobre ele. Quando sua boca desceu através do
umbigo, ele inseriu a língua profundamente, enviando ondas de prazer a Laina. Ela ofegou e
arqueou-se contra sua boca quando sentiu a ponta da língua enterrando-se em sua cavidade.
Laina gemeu em desespero quando sentiu o calor aquecendo seu corpo, e a tensão que ele
havia aliviado com sua massagem voltar.

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Era assim que um amo tratava sua escrava do amor? Ela se perguntava, febrilmente.
Será que todo o dono, uma vez que comprava uma mulher para seu prazer, se certificava de
que era bem cuidada, para que ela não se tornasse incapaz de dar-lhe prazer pelo uso
excessivo? Ele cuidaria de seu corpo, dando-lhe tratamentos para aliviar suas dores, como
uma forma de garantir que a escrava continuasse sadia e feliz para que pudesse atendê-lo e
dar-lhe o máximo prazer?
Afinal, pensou cinicamente, quanto mais bem cuidada uma escrava do amor, mais
vezes ele poderia devastá-la,não?
O general pegou mais da pasta e começou a espalhar pelos seios de Laina. Logo, suas
mãos estavam massageando-os, muito mais do que o necessário, acariciando e apertando.
Laina ofegou, a contragosto, quando sentiu o sangue correr para os mamilos, tornando-os
dolorosamente duros.
Quando ela gemeu, traindo o efeito que a terapia estava tendo sobre ela, ele riu
baixinho:
— Shhhh. Eu vou fazê-la sentir-se melhor. — Ele baixou a cabeça e fechou a boca
sobre um mamilo, sugando ferozmente.
Laina ofegou e arqueou o corpo, as mãos agarrando-se em seus cabelos espessos,
tremendo de desejo mais uma vez. Seria sempre assim? Pensou com certo alarme. Cada vez
que ele colocasse as mãos sobre ela, seu corpo seria instantaneamente inflamado, não
importando o quanto já a tivesse possuído? Como se não tivesse vontade própria, ela era sua
por completo, não importando seu orgulho. Quando ele a tocava, em qualquer lugar, Laina
sempre era assaltada pelo prazer e sentia-se fraca por causa disso. Por que ela nunca
conseguia negar-lhe nada?
Theroclide puxou as pernas de Laina para cima e as abriu totalmente, de modo que a
carne da boceta estivesse totalmente exposta a ele, as pernas tão afastadas que seus lábios se
abriram, revelando o interior das dobras. Ele tocou-as suavemente, sentindo-as ainda
inchadas, traçando o seu contorno.

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Laina estremeceu com seu leve toque, antecipando a exploração mais lasciva que ela
sabia estava por vir. Não teve que esperar muito. Ele pegou mais da pasta do frasco e
começou a colocá-la em sua boceta . Seus dedos eram muito longos, fazendo com que cada
centímetro ficasse coberto. Ela gemeu um pouco com a sensação de calor que a pasta
provocava em sua pele delicada e sensível. A sensação não era desagradável,muito pelo
contrário. Era reconfortante.
Em seguida, Laina ficou tensa quando sentiu o dedo entrar em sua vagina e esfregar a
pasta dentro dela. Imediatamente sentiu uma ardência, e não era mais suave. A propagação
do calor tomou seu corpo, desencadeando uma leve dor. Laina contorcia-se com a sensação
de fogo e a dor dentro dela. Tentou fechar as coxas para reter esta nova sensação, mas as
mãos do general as mantiveram firmemente separadas. Ele mergulhou os dedos dentro do
frasco e tirou uma porção generosa, que enfiou em sua boceta e depois a espalhou
completamente em seu interior. Ela podia senti-la derreter-se em seu canal.
Laina não queria admitir, mas se sentia bem. Sabia que aquele era realmente um
tratamento para aliviar sua dor. Mas sabia também que seu amo estava preparando-a para
outra posse, que seria um tormento assim como um prazer para ela. Um tratamento que
combinava terapia com o prazer sexual dele.
Ele pegou mais pasta e Laina tentou se afastar quando sentiu os dedos se moverem
para a abertura entre suas nádegas e esfregarem o gel ao longo delas e em seu ânus. Quis
impedir esta invasão flagrante, e tentou endurecendo seu corpo, negar qualquer resposta que
ele pudesse obter com aquela carícia. Mas era muito consciente de seus dedos, a maneira
como eles riscavam entre suas nádegas repetidamente. Ela não podia conter os arrepios que
corriam por seu corpo ou o calor que se concentrava em suas dobras. Laina apertou os lábios
porque não queria dar-lhe a satisfação de ouvir a indefesa negação. Suspirou quando sentiu a
entrada de um dedo em seu ânus, e então estremeceu, violentamente. Seus assustados olhos
se encontraram com os dele, famintos com um brilho duro e feroz. Ela virou a cabeça para o
lado para tentar evitar aquele olhar atento que parecia atento ao erótico prazer que se
espalhava pelo rosto da escrava. E Laina não queria admitir nem para si mesma que a pasta

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produziu uma deliciosa sensação. A pressão do dedo dele combinada com o calor criava um
novo tipo de sensação a qual Laina não queria se entregar.
Theroclide puxou o dedo do seu ânus, mergulhou-o no frasco novamente e reinseriu
no orifício apertado. Ele fez isso algumas vezes mais, até que ela estava totalmente
lubrificada. Theroclide inseria o dedo dentro e fora do orifício, como se medisse sua
profundidade.
Laina gemia e se contorcia sobre a mesa. Podia sentir o prazer zumbindo em seu ânus
e se espalhando para sua boceta, fazendo correr o calor dentro dela, e impotente sentiu os
líquidos escorrerem para fora da vagina.
Enquanto o general continuava a foder seu ânus, arrastou os dedos da outra mão
através das dobras de sua vagina até chegar ao clitóris. Afastou as dobras e expôs o pequeno
botão duro. Tomou-o com o polegar e o indicador e puxou-o suavemente, fazendo a mulher
arquear-se e gritar. Em seguida, esfregou o clitóris suavemente, enquanto seu outro dedo
continuava a bombear seu ânus.
Laina fechou os olhos com força, com a tensão em seu corpo espalhando-se por seu
ventre,se contorcendo com a invasão. Vagamente ocorreu-lhe que nenhuma mulher
respeitável deixaria um homem dar prazer a ela dessa maneira vergonhosa, abrindo suas
pernas daquele jeito, lubrificando-a, e depois fodendo tão grosseiramente com o dedo no
fundo do seu cú, enquanto a atormentava, acariciando seu botão. Nenhum homem com
poder, posição e prestígio como um general romano trataria uma mulher bem-nascida como
se fosse uma prostituta.
— General, o banho está pronto...— um servo anunciou da porta. O servo parou e
olhou em choque quando viu seu amo entre as pernas abertas da escrava, seus dedos
empurrando para trás e para frente em seu ânus e outro dedo brincando com sua carne.
Theroclide mal olhou para o servo e continuou a concentrar-se em dar prazer a sua
escrava.
— Obrigado.

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O servo inclinou-se com incerteza. Seus olhos encontraram brevemente os olhos claros
da escrava que estavam nublados de desejo, seu rosto pequeno e corado. Então, saiu da sala.
Theroclide tomou-a nos braços e levou-a até um canto onde uma banheira grande de metal
estava cheia com água quente. Com a mulher em seus braços, entrou na banheira.
Laina suspirou de alívio quando sentiu a água quente em seu corpo. Mas relaxar era a
última coisa que passava pela mente do general. O homem apoiou as costas em uma
extremidade da banheira, e posicionou-a de modo que ela ficasse em cima dele. Ele abriu as
pernas dela e puxou-a para baixo contra seu pênis duro.
Laina engasgou quando o sentiu enchê-la mais uma vez, o calor da pasta aumentando
a tensão criada pelo ajuste apertado. Theroclide também sentiu o aquecimento em seu pênis e
suas bolas endureceram violentamente. Enfiou a mão pelos cabelos escuros da mulher e
puxou sua cabeça para baixo, cobrindo a boca com a dele em um beijo duro.
Theroclide interrompeu o beijo. Enquanto estava empalado em sua boceta, enfiou
novamente o dedo no ânus da mulher. Laina arqueou-se com uma sensação de plenitude
incrível,o que fez com que se empurrasse ainda mais contra o pênis. Preguiçosamente, ele
segurou-a um pouco acima dela, na banheira, sem pressa para consumar sua posse, satisfeito,
apenas em sentir os arrepios minúsculos que corriam por seu corpo e ouvir os suspiros
suaves que escapavam dos lábios da escrava.
Foi assim que outro servo os encontrou quando entrou para trazer alguns panos
limpos. O romano de costas contra uma extremidade da banheira, sua escrava sobre ele, com
as pernas abertas e seu pênis dentro dela. O corpo da escrava estava arqueado sobre o seu
amo e suas nádegas erguidas acima da água, revelando claramente que um dedo estava
firmemente enterrado entre suas nádegas. Os seios grandes da mulher apareciam na
superfície da água, um deles preguiçosamente acariciado pelas mãos do romano.
No início, o servo não sabia o que fazer e hesitou. Então viu que nem o General nem a
escrava notavam sua presença. Os olhos duros e brilhantes de Theroclide estavam fixos na
mulher, saboreando o prazer que lhe dava. A escrava tinha os olhos fechados, gemendo com
prazer, seu corpo se contorcendo na água.

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O servo apressadamente colocou a pilha de panos num banco a esquerda, os sons
eróticos vindos da banheira ecoando em seus ouvidos.
O romano trancou Laina em seus aposentos pelos próximos três dias, como um paxá
completamente apaixonado por seu novo brinquedo. Embora os servos nunca tivessem visto
seu amo prender uma mulher em seus aposentos durante dias a fio, estavam com o general há
tempo suficiente para saber que ele e sua escrava não deviam ser perturbados, a menos que
houvesse uma crise em que fosse necessária uma ação militar. Durante aqueles dias, era
comum ouvir um grito, seguido por grunhidos masculinos ou gemidos. Ou então,receberem
ordens para que alimentos fossem levados para cima ou um banho providenciado.
A inacessibilidade do general para qualquer pessoa que não fosse a sua amante forçou
a filha do imperador a resignar-se. Pacientemente, ela esperou até que seu noivo se cansasse
de seu brinquedo e saísse de seus aposentos. Estava acostumada a isso, tendo crescido com
um pai que tinha inúmeras amantes. Com ele, Rhasa nunca tinha se preocupado. Era o
imperador. Mas Theroclide era apenas um general. Sim, ele era um dos generais mais
poderosos, mas ainda assim, apenas um general.
E ela era a filha do imperador, a futura imperatriz. Quem aquele homem pensava que
era para fazer Rhasa esperar enquanto brincava com sua nova companheira? Como ele
ousava deixá-la em segundo plano e preferir a companhia de uma escrava?
No andar de cima, em seu cativeiro dourado, Laina estava experimentando
sentimentos confusos sobre sua nova vida. Agora que ela era propriedade de um importante
general romano, havia pouco que pudesse fazer a respeito de sua prisão sensual.
Por sua natureza independente Laina se irritava por ser uma escrava, mas não achava difícil
corresponder aos apelos sexuais do romano. Ele não era um bruto, embora ela tentasse
afastá-lo várias vezes, principalmente quando estava dolorida. Sexualmente, ele não era frio
e insensível. Muito pelo contrário. O homem parecia nunca ter o suficiente dela. Dava a
impressão de querer conhecer tudo sobre ela, seu rosto, os olhos, o cabelo, a boca, seu corpo,
seus seios, pernas, nádegas. Tocava-a constantemente. Quando Laina não estava sujeita às
exigências sensuais do General, era bem alimentada, dormia em uma cama confortável, e

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sempre estava aquecida. Mas, sempre, sempre, as mãos dele estavam em seu corpo, tocando,
acariciando.
Quando o general finalmente saiu de seus aposentos, sua atenção foi: novamente
desviada de sua convidada real e inesperada. Seus oficiais lhe informaram que havia
inquietação crescente em uma província há vinte milhas ao sul da vila que exigia rápida
resposta militar. Ele levou a metade de suas tropas para a região, deixando a outra metade
para trás para tomar conta da aldeia.
A partida repentina de Theroclide forçou Rhasa a esperar para falar com ele,
retardando sua volta a Roma. Não poderia fazer nada até que garantisse seu contrato de
casamento.
No inicio, quando o general partiu, Laina ficou sem saber como agir, como conduzir-
se em seu novo lar sem ele. Será que o romano esperava que trabalhasse como faziam os
outros servos? Ele não tinha emitido quaisquer ordens específicas antes de partir. Um dia
depois de sua partida, ela colocou uma túnica, desceu e procurou Bantham. Quando
perguntou ao criado que tarefas deveria realizar na casa, ele olhou-a sem entender.
— Sinto muito, jovem. O que exatamente quer saber? — ele perguntou educadamente.
— Eu estou sob a proteção do general. Em sua ausência, eu não deveria estar fazendo
alguma coisa?
— Não há necessidade disso. Está tudo em ordem. Mas agradeço a oferta.
— Então o que eu devo fazer?
— Como disse?
— Agora que o general se foi, como vou me comportar?
Bantham parecia desconfortável. Ele nunca teve que orientar uma escrava, cujo papel
era especificamente dar prazer ao seu amo. Olhou para ela em sua túnica curta presa por um
cinto, braços e pernas delicados e femininos.
Ela não tinha a aparência de alguém acostumado ao trabalho duro e árduo.
— O general não forneceu detalhes específicos de suas ... Tarefas — , disse ele com
cuidado. — Eu imagino que você pode fazer o que quiser até que ele volte. — Então ele teve

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uma ideia. — Há uma grande biblioteca, jovem, se lhe interessa. Está do outro lado do
grande salão.
Vendo que não havia nada para fazer, Laina foi em busca da biblioteca. Era muito
grande, as paredes completamente cobertas com fileiras e fileiras de pergaminhos. Em torno
da grande sala haviam vários tapetes e almofadas cobertas de seda. Seu pai tinha uma
biblioteca, que ela havia usado algumas vezes, mas não era tão grande como esta, e nem tão
luxuosa. Pronta para se divertir, ela começou a olhar os pergaminhos.
Enquanto Laina estava na biblioteca, sentada de encontro a uma pilha de almofadas de
seda, lendo, a porta se abriu, e uma mulher alta, loira e muito bonita entrou. Vestia uma
longa túnica colorida e joias,
Laina adivinhou que era a filha do imperador.
Rhasa examinou Laina, observando a túnica que usava, que praticamente expunha a
carne de suas coxas, feita de uma seda cor de creme e transparente que mal cobria seu corpo.
O decote era muito baixo e largo e mal continha seus seios fartos. Ela tinha toda a aparência
de uma escrava de amor muito mimada, o que Rhasa sabia que não estava longe da verdade.
— Você não é bonita— , declarou Rhasa.
Laina ergueu as sobrancelhas e permaneceu onde estava, deitada sobre as almofadas.
Rhasa não se importou com a insolência da outra mulher. A maioria das pessoas a teria
reconhecido imediatamente e se prostrado a seus pés. E ela não gostava do fato da outra
mulher deliberadamente colocar-se em pé de igualdade, ficando em silêncio enquanto Rhasa
falava com ela.
Rhasa levantou a cabeça e olhou para ela imperiosamente.
— Você sabe quem eu sou?
— Sim, sei.
— Então você sabe que eu serei sua esposa.
— Esposa de quem?— Laina perguntou, a voz branda.
Diante da insolência, Rhasa esbravejou silenciosamente.
— Do general.

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— Sim, estou ciente disso.
— Você também deve saber que eu sou a futura imperatriz de Roma.
A mimada escrava ainda se recusava a ficar impressionada, fitando Rhasa com seus
estranhos olhos cor de avelã.
— Então, Theroclide lhe falou sobre mim— , disse Rhasa.
Laina continuou a manter silêncio, sua expressão neutra. O general não havia dito uma
palavra para ela sobre sua futura esposa. Mas as duas servas que foram designadas para
cuidar de Laina comentaram sobre a filha do imperador. Elas haviam discutido longamente
sobre os numerosos baús cheios das mais finas peças que Rhasa trouxe com ela, assim como
sua comitiva de vinte mulheres, dez eunucos, dois criados pessoais, quatro condutores, e
perto de trinta soldados de sua guarda pessoal. Tiveram de ser alojados de modo que lotaram
todos os cômodos da mansão e uma parte dos quartos dos criados. Além de seus próprios
serviçais, Rhasa precisava de seis assistentes, quatro lavadeiras, e três mulheres para auxiliar
seu banho. Os servos reclamaram amargamente porque a filha do imperador foi tão exigente
que eles acabaram trabalhando para ela, tendo pouco tempo para suas próprias tarefas
rotineiras.
Os servos também discutiram longamente sobre a constante chegada e partida de
mensageiros que a filha do imperador enviava. Rhasa tinha enviado mensagens a Roma pelo
menos três vezes por dia. Muitas vezes, os mensageiros esperavam enquanto ela ditava a
resposta para ser levada a Roma. Houve muitas especulações sobre o que essas mensagens
continham.
Algumas das mulheres acreditavam que eram mensagens para um amante secreto.
Outras acreditavam que se tratava de intrigas políticas e não assuntos pessoais.
Rhasa virou-se e foi até a janela. Sua expressão ostentava uma leve carranca quanto
olhou para o campo onde os trabalhadores estavam colhendo frutas. A cena não a agradava.
Ela se sentia completamente fora de lugar nesta pequena aldeia, habitada principalmente por
agricultores.

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Preferia a sofisticação da cidade grande. Aqui, as pessoas eram provincianas e
simples.
Ela voltou-se para Laina, que ainda estava descansando sobre as almofadas, olhando
para ela. Disse autoritária:
— Você percebe que as coisas vão mudar quando Theroclide se casar comigo.— A
raiva a percorreu quando Laina permaneceu em silêncio. — Por que você não diz alguma
coisa? Você é a idiota da aldeia? É muda?
Laina encolheu os ombros.
— O que quer que eu diga? Agora sou propriedade do general Theroclide
Demonsthenes.
Rhasa atirou a cabeça para trás para evidenciar sua estatura elevada:
— E uma vez que ele se casar comigo, você vai ser minha propriedade, também.
Laina levantou as sobrancelhas.
— Você precisa de uma escrava em sua cama também?
O rosto da futura imperatriz ficou branco de raiva.
— Não fique muito confortável com este arranjo, escrava. Uma vez que eu for à
mulher dele, haverá mudanças. — Ela virou-se e saiu da sala.
Os soldados voltaram duas semanas depois. Bantham saiu para o pátio enquanto o
general e seus homens desmontavam de seus cavalos. Rhasa também foi receber Theroclide,
mas ficou para trás na entrada da mansão.
— Espero que sua campanha tenha sido bem sucedida, general,— Bantham disse
quando pegou a capa pesada que Theroclide lhe entregou. Discretamente, olhou e para seu
alívio notou que não havia ferimentos no romano. Os outros soldados tampouco pareciam
feridos.
— Foi tudo bem— , disse Theroclide. — Onde está a escrava?
— Eu acredito que está em seu quarto, senhor. Gostaria que preparasse uma refeição?
— Não, mas meus homens vão querer comer. Peça na cozinha para preparar um jantar
para eles. — Ele rumou para dentro da mansão e se dirigiu as escadas. Então disse:

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— Pensando bem, Bantham, peça que tragam travessas de comida aos meus
aposentos.
— Muito bem, senhor.
Rhasa estava na porta da frente, observando o general desaparecer em sua câmara com
os olhos frios. Não era um bom sinal que o primeiro pensamento de seu futuro marido, ao
voltar depois de algumas semanas de ausência, fosse sua escrava. Era óbvio para ela que o
homem tinha esquecido completamente dela,a filha do imperador que esperava seu retorno.
Ela sabia que a urgência de Theroclide em ver sua escrava não era por estar excitado depois
de algumas semanas de campanha. Rhasa o conhecia o suficiente para saber que ele não
deixaria um instinto básico sobrepujar seu bom senso e fazê-lo esquecer de sua posição como
um líder militar de Roma. Mas havia algo em sua urgência de procurar a escrava que era
intenso, mais uma necessidade emocional, um sentimento que era desconhecido para Rhasa.
A necessidade sexual de Theroclide por sua escrava só intensificava essa misteriosa emoção.
Parecia que ninguém notava que esta garota estava fazendo Theroclide comportar-se de uma
maneira que não condizia com sua importância. E Rhasa via isso como um sinal muito
perigoso para ela e para Roma.
Ela se virou para Bantham, e ordenou com um toque de sarcasmo em seu tom
arrogante:
— Quando o General estiver disponível, por favor,peça que ele venha aos meus
aposentos. — Bantham fez uma reverência cortês, com o rosto completamente pálido. —
Sim, Alteza.

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CAPÍTULO CINCO

Alguns dias mais tarde, Laina estava descansando nos aposentos do General, quando o
viu entrar seguido por dois estranhos, um homem e uma mulher, de pele escura e usando
vestimentas de mouros.
— Quem são vocês?— Laina perguntou desconfiada.
— Isso não é uma pergunta apropriada para uma escrava,— o homem forte advertiu.
— Estamos aqui para nos certificarmos de que está devidamente adornada para o seu posto.
Você é propriedade de um homem ilustre, e é justo que seu corpo esteja decorado de acordo.
Pode, por favor, expor seu estômago?
Laina voltou os olhos para Theroclide mas fez o que lhe foi dito.
O homem e a mulher colocaram-se de joelhos no chão, ao lado dela. A mulher pegou
uma longa agulha. Laina sentiu seu corpo ficar tenso automaticamente.
— Tente relaxar— a mulher disse a ela. — Não vai ser tão doloroso.
A mulher pegou a carne acima do umbigo de Laina e apertou forte entre os dedos,
começando a passar a agulha através da pele pela parte de dentro. Enfiou a agulha muito
lentamente, deixando o corpo de Laina ajustar-se à dor antes de empurrar mais, enxugando
as gotas de sangue ao longo do caminho. Quando a agulha estava completamente atravessada
na carne, a mulher empurrou uma pequena argola com duas correntes de ouro que a
acompanhavam, uma longa e uma segunda muito mais curta e mais fina. Ela prendeu a
argola, uma vez que foi puxada através da pele. Em seguida, colocou as correntes em volta
da cintura de Laina e dando a volta, prendeu-as através da argola.
Quando a mulher se afastou, Laina olhou para o adorno, e viu outro adorno de ouro
pendurado no final da corrente, que ficou pendurada na argola. Laina observou melhor e viu
que era uma espécie de brasão. Ela soube imediatamente que era o emblema da família do
General.

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Agora era propriedade pessoal de Theroclide, para sempre, ou, durante o tempo que
ele desejasse. As joias em seu ventre estavam firmemente presas e não poderiam ser
retiradas.Aquele brasão adornando seu corpo,era um aviso para ela e para qualquer homem
que se atrevesse a sondar seus encantos que ela pertencia a um só homem e somente ele tinha
direito aos prazeres da sua carne.
O mouro tirou dois aros de ouro, cada um com uma série de sinos minúsculos que
tocavam delicadamente. Pegou um pé de Laina e deslizou um aro em torno de um tornozelo,
prendeu-o e, em seguida, colocou o segundo aro em torno do outro.
Quando o general deixou o quarto com os mouros, Laina levantou uma bandeja de
prata grande e olhou para o seu reflexo. Ela queria se ressentir de seu novo adorno e dos
símbolos de sua escravidão.
Mas teve de admitir que a faziam parecer sensual, e a agradavam.
Ela virou-se quando Theroclide voltou para o quarto.
— Isso é realmente necessário?— Ela perguntou, sem se preocupar em esconder seu
ressentimento.
Mas a imagem sedutora que ela ostentava com seu ventre perfurado e as tornozeleiras
de ouro chamou a atenção do romano.
— Talvez.
Viu seus olhos escurecerem excitados, e de repente percebeu que Theroclide não
chamou os mouros para colocar o adorno de joias nela como um lembrete de sua escravidão,
mas porque gostava de vê-la assim. De repente, ela descobriu que não se importava com os
enfeites, e na verdade, sentia-se muito feminina, sensual e erótica.
Ele pegou sua mão, levou-a até as almofadas e começou a tirar suas roupas, seus olhos
grudados avidamente nela. O romano se ajoelhou entre as pernas dela e Laina, com um
persistente sentimento de vergonha, mas também de desejo, sorriu. Ele tomou-lhe os
tornozelos, ergueu-os, os pequenos sinos tocaram, e Laina percebeu outra razão por que ele
tinha ordenado que os colocassem: gostava dos sons que eles faziam enquanto buscava seu
prazer, sons de uma escrava do amor sendo apreciada por seu mestre.

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No terceiro dia de seu retorno da campanha militar, Theroclide concedeu a Rhasa sua
atenção. Quando ela sentou-se em seu gabinete estava fervendo de raiva por ele ter feito com
que esperasse todo este tempo, enquanto fodia com sua puta. Mas manteve a indignação
controlada, sabendo que não seria prudente demonstrá-la. Rhasa conhecia o suficiente dele
para intuir que se vomitasse sua fúria como uma megera, ganharia apenas o seu desprezo.
Theroclide sentou-se, esperando por ela, seus olhos frios, o rosto inexpressivo.
— Você já se decidiu?— Ela finalmente perguntou-lhe depois de um silêncio
interminável.
Ele não fingir não saber o que ela estava perguntando.
— Sim.
— E qual foi a sua decisão?
— Decidi ir em frente com o casamento.
Rhasa foi a primeira a ficar surpresa, porque quando falou com ele sobre o assunto,
Theroclide deu a clara indicação de que não ia se casar com ela. Então, ao ouvir suas
palavras, seu alívio era tão grande que ela teve que segurar-se na cadeira para não cair no
chão.
Ela assentiu.
— Obrigado, Theroclide. Estou muito feliz por ouvir isso. Eu sei que você não vai
arrepender de sua decisão. — estava prestes a perguntar o que o fez decidir se casar com ela
mas em seguida, rapidamente desistiu. Não queria dar a menor chance para ele mudar de
ideia. — Então você vai voltar a Roma comigo? Eu pretendo partir dentro de um mês.
— Eu não tenho certeza se posso fazer isso. Estou esperando os guardas da patrulha
chegarem de Roma para fazerem a vigilância da área em algumas semanas. Meus homens e
eu precisamos ajudá-los a estabelecerem-se aqui antes de partir. — Ele se levantou de sua
cadeira.
Rhasa levantou-se, também, entendendo que a reunião havia terminado.
— Quando eu voltar para Roma, vou contar a meu pai. Ele vai ficar muito feliz em
saber que você vai se tornar seu filho em breve.

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Ela caminhou até a porta, mas depois se voltou.
— O que você vai fazer com a menina?
Theroclide não respondeu por alguns segundos, mas continuou a olhar para ela, seus
olhos ainda mais inexpressivos.
— O que há para fazer? Eu pretendo deixá-la partir.
Rhasa franziu a testa.
— Eu não entendo. Como você pode deixar um escravo ir embora?
Ele sorriu cinicamente.
— Um escravo é um ser humano, assim como você e eu. Ele só teve a infelicidade de
viver em uma aldeia que foi invadida por um exército maior e mais poderoso.
— Um escravo é sempre um escravo.
O general fez uma pausa.
— Isso realmente não tem nada a ver com você, não é?
Rhasa se encolheu com sua repreensão suave.
— Sim, você está certo. Naturalmente, a escrava é sua para fazer o que quiser. — Ela
virou-se e saiu da sala.
O homem e a mulher moura voltaram uma semana depois. Nos aposentos do general,
o homem tirou de sua bolsa um objeto preto, longo e delgado, com um emblema de ouro na
ponta que tinha a mesma insígnia que o fecho que prendia as joias no ventre de Laina. Do
emblema saiam duas finas correntes de ouro. Ele sinalizou para Theroclide.
— O senhor primeiro, por favor, General.
Theroclide caminhou até Laina, puxou-a para si, sentou-se em uma cadeira, deitou-a
de bruços sobre seu colo, e puxou sua túnica até a cintura para revelar suas nádegas nuas.
— O que você está fazendo?— Laina exigiu, lutando para escapar de seu controle.
Como repreensão, ele deu uma palmada em sua bunda. Pegou-a com as mãos e
afastou-as, de modo que o buraco do pequeno ânus fosse revelado para os outros dois.
— Não!— Laina gritou, lutando com mais força.
— Gostaria de testar primeiro, General?— O homem mouro perguntou educadamente.

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Laina não tinha ideia do que ele queria dizer. Então, sentiu o romano afastar ainda
mais suas nádegas e inserir um longo dedo em seu ânus.
— Ahhhhh— , ela gritou e estremeceu quando sentiu seu dedo profundamente dentro
dela. Foi muito desconfortável no começo, e ela contorceu suas nádegas para aliviar a
sensação de ardência em seu reto.
O general simplesmente segurou-a assim, curvada sobre seu colo, de modo que suas
nádegas ficaram expostas, o dedo longo empalado em seu ânus. Quando ela moveu suas
nádegas, relutantemente sentiu o pulsar no reto, fazendo sua boceta começar a latejar com a
necessidade e fechou os olhos com força, tentando reprimir o prazer que estava se
espalhando pela parte inferior do corpo. Não queria ser assim, tão facilmente suscetível às
sensações eróticas sempre que Theroclide colocava as mãos sobre ela. Sabia que não estava
certo expor sua suscetibilidade sexual ao homem quando não estavam sozinhos. Theroclide
nunca parecia não se importar onde estavam ou quantas pessoas havia ao redor deles e ela
tinha que admitir, relutante, que também não se importava. Era um prazer estranho que
nunca soube que era capaz de sentir e suas implicações lhe davam muito medo.
O homem árabe se aproximou.
— Ela parece estar pronta, General.
— Eu não tenho certeza— disse Theroclide, sua voz soando divertida, e rouca com
uma mistura de prazer sensual e sádico. — Eu quero mais uma prova de que essa moça está
suficientemente preparada.
O homem curvou-se e deu um passo atrás.
— É claro, General.
Mantendo o dedo firmemente alojado nas nádegas de Laina, Theroclide conduziu a
outra mão para frente. Seus dedos se aprofundaram em sua carne, provocando contrações no
cú de Laina. Ele encontrou sua boceta molhada, como sabia que estaria, e enterrou os dedos
nela, pressionando e explorando suas dobras. Seu toque espalhou o cheiro almiscarado de
sexo. Ele inalou profundamente, sentindo seu pênis endurecer.

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Laina engasgou e empinou as nádegas ainda mais, não percebendo que estava expondo
ainda mais a carne entre suas coxas para o homem e a mulher moura.
Quando o general retirou seus dedos molhados, o homem acenou com a cabeça
sagazmente.
— Ah, sim, ela é, evidentemente, uma moça muito vigorosa. Tem bom gosto com suas
escravas, senhor.
Os dois assistiram o General tocar a jovem intimamente, com um intenso interesse que
só poderia ser descrito como clínico, como se fossem cientistas observando o resultado de
uma experiência.
Theroclide colocou novamente a mão na boceta de Laina e tocou os pêlos sobre sua
vagina.
Ela contraiu as nádegas para ele e disse desesperadamente:
— Não ... Você não ousaria, Theroclide .
Ele ignorou a repreensão, que na verdade foi mais um pedido e meteu o dedo
profundamente em sua boceta . Estendida sobre seu colo, Laina estremeceu e ele sentiu mais
líquidos escaparem de sua vagina, banhando seus dedos enquanto a bombeava gentil mas
profundamente, seu outro dedo ainda enfiado no ânus da jovem.
Laina arqueou-se quando sentiu a boceta apertar-se em torno do dedo de Theroclide, o
calor e a tensão correndo por seu corpo, fazendo-a contorcer as nádegas freneticamente. Não
podia acreditar que ele a faria gozar daquela forma, inclinada sobre seu colo, e bem na frente
dos mouros, um dedo empalado em seu reto. Queria pedir para não fazê-la alcançar o clímax
naquela posição, mas ficou calada, mordendo os lábios para engolir as palavras pois sabia
que sua súplica só iria aumentar o prazer de Theroclide.
Mas quando sentiu sua boceta latejar insuportavelmente em um sinal de seu clímax
iminente, nada podia fazer e não se conteve, contorcendo-se freneticamente.
— Não, Theroclide! Eu não quero!

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Seus apelos não foram atendidos. Theroclide continuou a dar prazer a sua escrava, seu
dedo delicadamente bombeamento dentro dela, sentindo sua vagina apertar-se cada vez mais
forte. Laina deu um último gemido, arqueando as costas, então gozou.
— Ela já está pronta— , Theroclide disse ao homem, segurando sua escrava trêmula
no colo.
Ele afastou as nádegas de Laina com as duas mãos novamente, para que o pequeno
buraco rosado fosse exposto aos mouros. O árabe se aproximou com o estranho e longo
objeto e colocou na abertura rosada, ignorando o líquido que escorria da boceta da escrava.
Lentamente, ele empurrou o objeto longo dentro do reto de Laina.
Ela estremeceu, seu corpo ainda preso no prazer do orgasmo, a estranha sensação do
objeto delgado sendo empurrado mais e mais em sua nádegas e gemeu, impotente, seu
pequeno corpo amoleceu sobre as coxas poderosas do General, desejando que pelo menos
sentisse alguma repulsa para combater a rendição sensual.
Theroclide, com seus olhos escuros observando atentamente o objeto preto
desaparecer lentamente dentro do cú da escrava, não se conteve. Seu dedo voltou novamente
para a fenda de Laina e suavemente acariciou, encontrando-a muito molhada.
— É muito profundo— Laina choramingou quando sentiu as câimbras começarem.
— Só mais um pouco, moça,— o homem mouro disse gentilmente.
Com a expressão diabólica, Theroclide tinha certeza de que o objeto poderia ser
inserido completamente se abrisse ainda mais a bunda de Laina, mantendo-a assim à medida
que o mouro inseria mais profundamente. Finalmente, foi capaz de empurrá-lo até que o
emblema de ouro fosse a única coisa visível entre as nádegas da escrava.
— Entrou completamente— , o homem anunciou e se afastou.
O mouro puxou as duas finas correntes que foram unidas as outras em sua cintura.
Os adornos em Laina fizeram os olhos de Theroclide brilharem com lascívia. Quando
ela tentou se levantar, gemeu e dobrou-se um pouco, sentindo o objeto estranho dentro dela a
cada movimento. Theroclide puxou-a para seus braços, enchendo as mãos com suas nádegas,

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acariciando-as. Ela gemia e estremecia toda vez que ele apertava sua bunda, a carícia
fazendo com que o objeto entrasse ainda mais em seu ânus.
Foi vergonhosa a forma como o objeto a fez sentir-se, deixando-a plenamente
consciente de que o General era o seu único dono, e que cada centímetro dela pertencia a ele.
O que a perturbava era que a vergonha só aumentava o erotismo de ser tão sensualmente
adornada, tornando-a muito consciente de sua escravidão sexual.
Theroclide colocou os dedos sob o queixo dela e ergueu-lhe a cabeça, cobrindo os
lábios dela com os seus e beijou-a duro e completamente, demonstrando que lhe pertencia.
Desamparada, Laina retribuiu, afastando os lábios e enroscando a língua com a dele.
Quando ela voltou os olhos para os mouros, a mulher segurava o que parecia ser uma
camisa curta e uma saia.
— Isto é o que as escravas devem vestir. Por favor, coloque.
Laina sabia que tinha pouca escolha, então tirou sua túnica e colocou a roupa que a
mulher lhe estendia. A estranha camisa era bastante curta, mal cobrindo os seios abundantes
e a saia era curta, feita de seda que e também quase expunha suas partes íntimas.
O homem olhou para ela e balançou a cabeça com satisfação. Em seguida, ele e a
mulher pegaram suas coisas e se levantaram.
— Onde estão as outras?— O homem perguntou a Theroclide.
— As outras?
— As outras mulheres de seu harém. Não devem ser adornadas como esta?
— Não há outras mulheres.
O homem olhou-o chocado.
— O senhor está dizendo que há apenas uma mulher em seu harém? Mas, como pode
ser? Um bom harém tem no mínimo dez mulheres. Nenhum homem de sua posição e
prestígio pode ficar satisfeito tendo tão poucas mulheres para escolher.
O general não disse nada, ficou parado, sua face imóvel e inexpressiva.
O homem franziu a testa e, em seguida, sinalizou para a mulher recolher seus
materiais. Ele disse a Theroclide:

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— Espero que tenha achado nosso trabalho satisfatório, senhor.
Theroclide lhe entregou diversas moedas de ouro, que fizeram brilhar os olhos do
mouro com satisfação e ganância.
— É muito generoso, General.
Laina esperava que o General quisesse deitar-se com ela depois da saída dos árabes.
Em vez disso, ele lhe deu um olhar superficial e saiu do quarto. Um pouco decepcionada,
mas aliviada, ela tentou olhar para trás para tentar ver o emblema. Em seguida, saiu da
câmara, trincando os dentes, enquanto sentia a haste delgada pressionando contra seu ânus a
cada passo. Ia levar algum tempo para se acostumar com isso, ela percebeu.
Laina estava perfeitamente consciente de seu vestuário escasso, embora a túnica que
usava antes fosse também mínima e reveladora. No entanto, os outros a tratavam
normalmente, como se não vissem nada demais em suas vestes curtas, assim como não
pareciam ver nada de especial no fato de que o general muitas vezes tomava seu corpo nos
lugares mais disparatados e seus gritos de paixão podiam ser ouvidos por toda a mansão.
Mesmo os soldados de Theroclide a tratavam com deferência e respeito, não deixando que
seus olhos vagassem muito tempo em suas curvas voluptuosas.
Ao anoitecer, rumou para a biblioteca, retomando a leitura de um pergaminho que
tinha encontrado. Ela começou a catalogá-los, pois encontrou a biblioteca completamente em
desordem e incompleta e iniciou uma lista dos volumes que faltavam. Planejava pedir a
Theroclide para levá-la ao mercado, qualquer dia, para ver se haviam mercadores na cidade
que pudessem lhe vender os livros que não encontrou.

Theroclide mal tinha entrado na mansão, a caminho do salão, onde jantaria com seus
oficiais e Rhasa, quando viu sua escrava. Laina sorriu hesitante, não sabendo a quantas
andava o humor do romano. Às vezes, ele estava tão preocupado com a sua missão que
parecia mal perceber que ela existia. Desta vez, Theroclide colou seus olhos nela, como se

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esta fosse a primeira vez que a via com suas novas roupas. Laina viu seus olhos escurecerem
e seu rosto ficar subitamente vermelho.
Baixando os olhos, um pequeno sorriso sedutor formando-se na curva de seus lábios,
ela deu as costas para ele, caminhando em direção à biblioteca. Quando o fez, Theroclide viu
suas nádegas ondularem debaixo da saia curta.
Ele rapidamente caminhou até ela e parou-a antes que Laina chegasse à biblioteca,
colocando a mão no seu braço.
— O que você tem aí?— Perguntou ele, agradavelmente surpreso.
— São alguns dos escritos de Cícero. É o discurso que ele deu no Senado, quando
defendeu um agricultor que foi falsamente acusado de assassinar o filho de um senador.
Mas o general mal ouviu o que ela dizia. Em vez disso, seus olhos estavam ocupados
varrendo seu corpo de cima abaixo, demorando-se em seus olhos cor de avelã, seus lábios
cheios, os seios abundantes que pareciam querer pular para fora do decote da pequena blusa,
suas pernas esguias. Enquanto seus olhos a percorriam, Theroclide levou uma mão até os
seios para apertá-los e acariciá-los, a outra mão deslizando até o pescoço, roçando o polegar
sobre a veia que pulsava cada vez mais rápido e em seguida, curvou-se para lambê-la.
— Então ... Você já leu um pouco do que está na biblioteca?— Laina perguntou, mas
sua atenção foi desviada para as mãos que exploravam seu corpo.
— Sim, li. Muitos dos que estão aqui eu já tinha lido — , Theroclide murmurou. — Eu
gosto especialmente das peças gregas .
— Eu posso imaginar por que. Você é bastante crítico em relação às outras pessoas e
realmente não gosta de tolos ... ahhhh — , ela ofegou quando sentiu a mão de Theroclide
deslizar para baixo de suas nádegas, tocando a longa haste, fazendo-a ofegar.
Ele tomou o livro de suas mãos e colocou-o sobre uma cadeira próxima, e em seguida
colocando as duas mãos sobre a bunda de Laina, acariciando e apertando suas nádegas. Ela
engasgou novamente, e ergueu-se na ponta dos pés quando sentiu a haste delgada mover-se
dentro dela. O general apertou mais uma vez, puxando suas nádegas para cima e depois
girando-as.

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Quando Laina sentiu seu ânus apertar-se em torno do estranho objeto, um calor
escaldante varreu seu corpo, fazendo-a arquear-se e cair contra o peito do general.
Theroclide continuou a acariciar suas nádegas, apertando e girando, separando-as, e em
seguida apertando-as novamente e Laina se contorceu contra ele choramingando.Com a mão
em suas nádegas, ele guiou-a para a biblioteca e fechou a porta atrás deles.
No escuro, logo abaixo das escadas, Rhasa viu a porta se fechar com olhos frios. Ela
estava a caminho da sala de jantar, e tinha parado quando viu as brincadeiras do General com
sua escrava, incapaz de desviar os olhos quando notou seu futuro marido acariciar e tocar a
mulher com lascívia. Seu rosto, normalmente bonito, ficou distorcido.
Ela tinha de se lembrar que há pouco mais de uma semana, Theroclide assegurou-lhe
que se casaria com ela. Rhasa sabia que ele não era homem de quebrar uma promessa, uma
vez que a fez. Por isso os seus soldados eram ferozmente leais e dedicados a ele.
Mas vendo-o se comportar como um garoto tomado pela luxúria, Rhasa não pôde
afastar um estranho pressentimento. Ela tentou se livrar dele, dizendo a si mesma que
Theroclide não era o tipo de homem que deixasse qualquer pessoa, especialmente uma
mulher, se interpor entre ele e seu dever ou suas ambições. Sabia que não era um tolo,
comandado pelas amantes, como a maioria dos homens que conhecia, incluindo seu pai. Mas
lembrou-se de sua tia, que certa vez lhe disse ironicamente que, para cada homem sempre
existe uma mulher que poderia transformá-lo num idiota.
Quando a porta da biblioteca se fechou atrás dos dois amantes, Rhasa foi para a sala de
jantar. Os seis oficiais que estavam esperando na mesa levantaram-se com sua entrada.
Aproximando-se, Rhasa foi até a ponta da mesa e sentou-se na cadeira de Theroclide. Os seis
homens olharam uns para os outros e depois para ela.
— O General, Sua Alteza ...
Rhasa sinalizou para um servo começar a trazer os alimentos.
— O general está muito ocupado no momento. Vamos começar sem ele. — Ela viu os
oficiais olharem para ela. — Ah, estão se perguntando por que eu estou sentada em sua
cadeira. No momento, já que ele está indisposto, eu vou tomar o seu lugar.Acho que devem

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saber que uma vez que voltarmos a Roma iremos nos casar. Cimentamos nosso acordo há
uma semana atrás. Assim, como a noiva de nosso futuro imperador, tomarei o seu lugar.
Podem se reportar a mim esta noite. Coronel Krasmus, eu entendo que meu pai quer que
você e seus homens marchem para o norte, uma vez que esta região já está assegurada.
Por um momento estranho, o coronel Krasmus não disse nada, mas olhou para Rhasa.
Em seguida, ele assentiu.
— Sim, essas são as minhas ordens.
— Você já enviou patrulhas para reconhecerem a região?
— Sim, Alteza. Enviei dois homens ao norte, e informaram-me que o povo está
começando a revolta contra nós e falando de alianças com outras regiões.
— Então precisamos concentrar nossas tropas lá o mais rápido possível antes que
essas alianças possam se solidificar. Oficial Pyramo, meu pai acha que precisamos reforçar
as fronteiras orientais do império. O povo está preparando um levante. O general acha que
pode poupar você e suas tropas, bem como o Oficial Hipposten?
— Eu acredito que o general comentou isso ...
Ele parou quando o som abafado de um grito de mulher veio da biblioteca.
— Por favor, continue, Pyramo,— Rhasa ordenou bruscamente quando ele estacou,
desconfortável.
Na biblioteca, Theroclide estava ajoelhado atrás de Laina, posicionada de quatro em
uma pilha de almofadas, com as pernas afastadas, o tecido transparente de sua saia levantado
até a cintura. Ambos gemiam alto, seus corpos suados. O general tinha a ponta de seu pênis
dentro da vagina, o rosto vermelho, a respiração dura conforme empurrava ainda mais em
sua escrava. Se normalmente entrar dentro dela já era um esforço, devido ao seu pequeno
tamanho, foi dez vezes mais difícil com a haste longa e profunda enterrada em seu ânus. Ele
podia sentir sua boceta apertando ainda mais a ponta do pênis, a entrada tão justa que
Theroclide sentiu como se estivesse sendo sugado, enquanto com a mão acariciava seu
clitóris.

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Laina choramingava, sacudindo a cabeça, seu corpo torturado com a sensação de estar
completamente cheia, em ambas as extremidades do corpo. E Theroclide mal tinha
começado. Um dedo longo procurou o ponto que pulsava sob seu clitóris e pressionou o
feixe de nervos. Ela gritou quando sentiu o latejar mais forte dentro de sua carne, fazendo-a
sacudir as nádegas contra ele, aproximado mais sua boceta para que ele pudesse empurrar
mais alguns centímetros dentro dela.
Laina sentia como se fosse estourar e automaticamente, empurrou-se contra ele
tentando forçar os dois objetos invasivos.
— Theroclide, eu ... eu não tenho certeza se isso vai funcionar— , ela engasgou.
Ele não respondeu, mas suavemente esfregou ritmicamente o feixe de nervos fazendo
Laina arquear-se novamente, erguendo ainda mais a bunda, e facilitando o acesso dele.
Continuou a lhe dar prazer, dolorosamente, lentamente, ganhando mais e mais de sua vagina,
sem se importar com suas contorções frenéticas.
Finalmente, entrou completamente dentro dela e cessou os movimentos, saboreando a
incrível sensação de estar enterrado totalmente em sua boceta úmida. Atrás dela, ele
sussurrou suavemente um elogio, sua mão acariciando a face pálida, e então, ele agarrou a
ponta da haste e começou a puxá-la para fora.
A retirada do objeto esticou os músculos de Laina já tensos, provocando um grito da
escrava, por ser preenchida com o pau enorme do romano e o alívio simultâneo de vazio em
seu reto.A retirada lenta da delgada haste tornou-a bem consciente do vazio em sua bunda,
duplicando a sensação erótica de sensual alívio e seu corpo estremeceu com prazer intenso
quando ergueu mais a bunda, o que deixou-a bem a vista de seu amo.
O esvaziamento na bunda da mulher, também produziu efeitos no pau de Theroclide.
Ele poderia sentir a boceta de Laina abrir-se mais e pulsar com alívio, quando ele retirou
completamente o objeto, puxando seu pênis até a metade e, em seguida, empurrando de
volta, gemendo asperamente com a facilidade como deslizava em seu canal. Ele agarrou seus
quadris fortemente e começou a empurrar em Laina, gemendo duramente enquanto sentia

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suas bolas endurecerem preparando-se para o orgasmo. Estava tão duro como uma pedra e
sabia que a sua liberação seria devastadora.
Laina sentiu a tensão erótica dentro dela de forma quase dolorosa, o corpo preparando-
se para sua própria liberação. Contorcia suas nádegas contra ele, a fim de facilitar as
investidas e retiradas, mas Theroclide a imobilizou, segurando sua bunda e Laina só
conseguia gemer alto e deixar as lágrimas rolarem pelo rosto.
— Oh, deusa!— Ela gritou em um apelo desesperado quando seu prazer chegou e seu
corpo estremeceu em espasmos.
O general sentiu a carne dela ordenhá-lo rápida e duramente, e mergulhou mais forte,
até que, com o seu próprio grito de liberação, apertou-se firmemente contra sua vagina
enquanto derramava o sêmen profundamente em seu ventre.

Na sala de jantar, os gritos, embora abafados, podiam ser claramente ouvidos. No


começo, Rhasa ignorou os gemidos sensuais de seu futuro marido e da escrava, e fingiu não
ouvir nada, continuando a conversa com os seis oficiais sobre movimentos de tropas. A
princípio os oficiais fizeram esforços para se concentrar na discussão, já que Rhasa seria sua
futura imperatriz e um dia governaria Roma, juntamente com seu general. Mas, conforme os
gritos da biblioteca se intensificavam e tornavam-se uma longa sequencia de soluços e
gemidos, eles não conseguiram evitar deixarem os olhos vaguear na direção dos sons.
Depois de algum tempo, Rhasa já não podia manter-se calma e altiva. Com os lábios
comprimidos em uma linha apertada, ela baixou os olhos com determinação enquanto
tomava um gole de sopa. Quando a sequência de gemidos tornou-se nítida e longa, ela
explodiu. De repente, levantou-se violentamente de sua cadeira, jogou o pano em cima da
mesa, e com o rosto vermelho de raiva, virou-se e saiu da sala.
Os seis homens olharam uns para os outros, como se questionando. Os sons vindos da
biblioteca escassearam e eles deram de ombros e voltaram a comer.

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CAPÍTULO SEIS

Um dia, Theroclide entrou na biblioteca e disse que precisava de Laina lá fora.


Quando ela saiu, um homem idoso desceu de uma carreta.
— Pai!— Laina engasgou. — Oh, meu Deus! Pai!
Ela correu para ele e jogou os braços ao redor de seu pescoço. Laina ficou assustada
quando notou como seu pai estava magro e frágil.
Com as poucas forças que lhe restavam, Sancer abraçou sua filha, beijando-a
repetidamente no rosto e cabelos.
— Lainy, minha querida. Minha querida, querida Lainy. Eu pensei que nunca iria vê-
la novamente. — As lágrimas começaram a rolar pelo seu rosto enquanto segurava Laina
contra ele.Sua amada filha era tudo para Sancer.
Laina afastou Sancer e jogou os braços ao redor do pescoço de Theroclide .
— Obrigado, Theroclide. Obrigado por meu pai.
Quando pai e filha entraram na casa, abraçados, o general observou-os, perguntando
para o soldado ao lado:
— Onde você o encontrou?
— Ele recém tinha sido embarcado no navio para Roma quando chegamos.— O
soldado hesitou. — Eu devo dizer que tivemos que gastar uma boa quantia para convencer o
capitão do navio a libertá-lo — , disse ele com algum desgosto.
Theroclide estendeu uma grande bolsa de couro que estava cheia de moedas de ouro.
— Isso deve chegar para compensar o resgate que pagou, e o resto divida com seus
homens.
O soldado franziu a testa olhando para a bolsa.
— Senhor, eu não esperava ...
— É claro que não — , disse ironicamente Theroclide. — Mas eu sempre pago minhas
dívidas, especialmente quando outros agem em meu nome.

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O major tomou a bolsa e segurou-a enquanto observava Theroclide caminhar em
direção a casa. Sim, pensou, sempre soube que o general pagava suas dívidas, fossem em
questões pessoais ou em combate. Por isso que os milhares de soldados sob o comando de
Theroclide eram tão ferozmente leais a ele.

Um dos oficiais foi encontrar-se com Theroclide. O general estava esperando notícias
do império.
— O imperador está querendo que o exército avance mais ao norte— , disse o oficial
enquanto aceitava um copo de vinho de Theroclide.
Theroclide sentou-se atrás de uma mesa.
— O que o Senado diz sobre isso?
O homem fez uma pausa.
— Muitas vozes no Senado dizem que o Império não pode se permitir outra incursão,
e seria mais sensato estabelecer postos nas terras que já conquistadas. Mas, estou com receio,
o Imperador não ouve ninguém.
— Quando ele ouviu o Senado?— Theroclide murmurou.
— Teme-se que o Senado esteja perdendo mais e mais de seu poder .
— Não é de se surpreender, já que o imperador foi colocando mais e mais homens de
sua escolha nele ao longo dos anos.
— O Império também está perdendo poder sobre outras regiões sobre as quais tinha o
controle. Houve revoltas no leste e no norte. E há mais e mais incursões na Ásia Menor. —
O oficial hesitou. — Eu entendo por que a filha do imperador está aqui. Me tranquiliza saber
que vão se casar. Muitos no exército o veem como a única forma de estabilizar Roma. —
Quando o general não nada disse, continuou. — Muitos de nós pensam, porém, que pode ser
tarde demais para salvar Roma, mesmo para um grande líder como você.
Theroclide arqueou as sobrancelhas surpreso.

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— Houve muitos assassinatos na capital— o soldado explicou. — Isso tem, como
você pode imaginar, espalhado medo por toda a Roma, consolidando ainda mais a
desconfiança no imperador. E é cada vez mais difícil para os militares policiarem as ruas.
Existem muitos assassinatos todos os dias.
— Então muitos acham que o Império está perdido?
— É realmente difícil dizer o que as pessoas estão pensando. A inquietação e o caos
estão se espalhando, a ponto de vizinhos suspeitarem de vizinhos.
— Obrigado pelo relatório, oficial.
— Sim, senhor.— O oficial levantou-se para sair quando disse: — Mas há uma coisa
que deve saber, General.Especula-se em Roma que Rhasa tem o apoio do General Reylon, e
ele o apoio dela.
— Reylon. É um aliado poderoso. Ele tem sob seu comando todas as tropas na Ásia
Menor e abaixo do Nilo. Não me surpreende ela trabalhar para ganhar todo o apoio que
conseguir.
— E com você supervisionando a maior parte do exército a oeste de Roma, ela teria
uma excelente vantagem sobre qualquer outro quando o imperador falecer.
O general sabia.
— Obrigado, oficial, para trazer o homem de volta. Fez sua filha muito feliz. Se você e
seus homens estão com fome, chamarei Bantham .
O oficial saudou-o e saiu.
Mais tarde naquela noite, quando Theroclide entrou em seus aposentos, encontrou-os
vazios. Ele supôs que Laina ainda estava com seu pai.
Poucos minutos depois, ela entrou, foi até onde Theroclide estava sentado na cama e
ajoelhou-se em frente a ele, tomando ambas as mãos e beijando-as.
— Obrigado, Theroclide, por meu pai. Eu tinha tão poucas esperanças de que você o
traria de volta para mim, mesmo quando me disse que mandou homens à procura dele.
O General enrijeceu-se um pouco.Achou sua demonstração de gratidão
desconfortável.

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— Como ele está?
— Fraco e cansado. Mas, depois de um pouco de comida e descanso, ele vai ficar bem.
— Ela olhou para ele. — Quanto pagou por meu pai?
Theroclide não conseguiu esconder sua surpresa. Mesmo apreciando a inteligência
brilhante e as observações inteligentes de Laina, às vezes, se tornava um pouco
inconveniente ter uma escrava tão perspicaz.
— Não foi tanto. Meus homens tiveram de subornar o capitão do navio que levaria seu
pai a Roma.
— Você tem que voltar para Roma?
— O que a faz pensar que eu vou voltar?
— Você teve uma longa reunião com o oficial.
— Nós não podemos voltar a Roma até as tropas chegarem para proteger a região.
— E quando você for para Roma, vai se casar com Rhasa.
— Onde ouviu isso?
— Você deve saber, Theroclide, servos conversam, assim como soldados.— Ela
baixou os olhos. — O que você vai fazer comigo quando se casar com ela?
Theroclide não respondeu por alguns segundos. Enfiou a mão em seus cabelos
espessos, longos e escuros e segurou-a assim, acariciando a cabeça.
— O que posso fazer com uma mulher como você? Devo libertá-la. Quando os meus
soldados e eu partirmos, vou levar você e seu pai comigo.
Laina recuou. Ela tinha ouvido falar que Roma podia ser um lugar selvagem para uma
mulher sozinha, especialmente agora, com toda a agitação nas províncias. Ela podia imaginar
que seria ainda mais mortal para ela se as pessoas descobrissem que ela havia sido escrava de
cama do general Demonsthenes. E em Roma, Laina temia que poderiam levar seu pai de
volta para a prisão.
— Você irá levar eu e meu pai para Roma?
— Não, não para Roma.Para minha terra natal, que fica algumas centenas de
quilômetros ao norte de Roma. Eu tenho uma grande fazenda lá. É um lugar calmo, e eu acho

68
que você e seu pai vão encontrar a paz ali. — Ele estendeu a mão e passou o dedo levemente
nos lábios cheios de Laina. — Gostaria disso, escrava? Ser livre novamente?
Laina não respondeu,e baixou os olhos. Ela sabia que deveria dizer que estava em
êxtase com a ideia de ser uma mulher livre novamente. De alguma forma, ela não conseguia
encontrar as palavras, porque sentiu um grande peso em seu coração ao pensar em ter sua
liberdade e uma vida sem Theroclide. Sabia que se outro homem a tivesse escravizado, ela
lutaria ferozmente por sua liberdade pois sua natureza independente teria exigido que agisse
assim. Mas com Theroclide, desde a primeira vez em que ele a forçou a fazer sexo na frente
de toda a aldeia na plataforma de leilões, não protestou contra sua escravidão. Mesmo
quando ficou claro que era como um brinquedo sexual para o General, na verdade, ela
gostou, saboreou sua escravidão sexual, e se comportou como uma escrava mimada que
sabia estar sob a proteção de um homem poderoso.
Laina deu a resposta apropriada de uma forma bastante obediente.
— Nenhuma mulher quer ser escrava de um homem. — Ela queria perguntar-lhe se
ele se lembraria dela depois que a libertasse, mas sabia que era uma pergunta muito perigosa
para fazer, e que provavelmente iria incomodar Theroclide. Intuía que os homens não tinham
elos emocionais com suas amantes, não da forma como elas se sentiam ligadas a eles.
Especialmente um homem com o prestígio de Theroclide. Ele tinha ambições muito maiores
do que ser o amante de sua escrava, uma simples mulher de uma aldeia conquistada e Laina
sabia que não havia como ficarem juntos.
Não tinha ideia de quanto tempo o general iria mantê-la. Poderia ser apenas uma
questão de semanas antes de deixá-la partir. Teria que falar com seu pai para discutir os
planos para a sua nova vida. Antes dos romanos chegarem, Sancer atuava como curandeiro e
ela tinha criado um comércio de ervas medicinais que vendia entre seu povo.
— Está perdida em pensamentos, Laina,— o General disse, trazendo sua atenção de
volta para ele. — O que está passando por sua cabeça?
Sentada em frente a ele, Laina manteve os olhos baixos. Então, falou o que havia dito
a si mesma para não dizer:

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— Eu estava pensando no quanto vou sentir sua falta quando me deixar.
Houve um pequeno silêncio chocado. Quando o romano não respondeu, ela olhou para
ele, e viu que seu rosto estava duro, seus olhos frios. Ele levantou-se e caminhou alguns
passos afastando-se da cama. Então se virou para ela e havia uma frieza em seu rosto, que
enviou um calafrio as costas dela.
— Eu espero que você não tenha a ilusão de que vou me casar com você. Você não é
nada, apenas uma escrava. Se a manter ou não, sempre será uma escrava para mim.
— Eu não espero um pedido de casamento — , Laina disse calmamente. Sabia que não
deveria ter revelado como se sentia sobre o afastamento daquele homem de sua vida, mas
não se conteve e agora que tinha falado, não poderia se arrepender de suas palavras.
— Bem, porque isso seria impossível. Um general romano nunca poderia se casar com
uma escrava.
— Eu não fiz nada mais além de responder com sinceridade a sua pergunta. Você é
um general, e meu amo, portanto, pode ignorar o que eu disser a você.
Theroclide olhou para ela por um momento e um sorriso frio dividiu seus lábios,
revelando os dentes brancos.
— Muito inteligente, escrava. Às vezes me pergunto por que escolhi você.
— Eu também, General.
— Eu espero que não seja pelas ideias que passam por sua cabeça.
— O que eu tenho na cabeça o incomoda?
Theroclide estreitou os olhos.
— Incomoda-me que uma mulher em sua posição ouse dizer tal coisa a seu amo. —
Ele tirou a túnica e ficou nu na frente dela. — Venha dar prazer a seu amo, escrava.
Laina olhou para o pau de Theroclide que estava duro e inchado. Toda vez que olhava
para o romano perguntava-se como era possível que acomodasse seu membro enorme dentro
dela.
Ergueu os olhos para ele.
— Você quer ter prazer,meu amo?

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Seu tom subserviente não o enganou, sabia que Laina estava zombando dele, mas
deixá-lo irritado só tornava tudo mais difícil para ela. Por alguma razão, Theroclide escolheu
uma escrava que tinha escrúpulos e jogava sua escravidão no rosto dele quando queria
revidar.
— Venha aqui, escrava— , ele ordenou suavemente, e seus lábios se curvaram em um
pequeno sorriso desagradável quando a viu estremecer um pouco. Era um contraste que
demonstrasse tal espírito combativo e no entanto, quando ordenava sua submissão sexual, a
mulher se excitava e não conseguia reunir forças para desobedecê-lo. Seu pequeno corpo tão
feminino o excitava muito e ele ordenou novamente, sua voz suave, mas ameaçadora:
— Disse para vir aqui.
Bruscamente, Laina foi até ele e postou-se a sua frente, o rosto rebelde.
— Agora, meu prazer, escravo— , Theroclide ordenou.
Ela caiu de joelhos e observou seu pênis. Quando colocou a mão em torno dele, foi
incapaz de rodeá-lo completamente e sentiu o membro pulsar em sua mão. Ela o tinha levado
a boca algumas vezes antes, por vontade própria e não se importava de lhe dar prazer dessa
maneira.
Na verdade, achava tão excitante tomá-lo em sua boca quanto tê-lo dentro da boceta,
mas o homem sempre a interrompia antes de gozar e, em vez disso, mergulhava seu pênis
profundamente entre suas coxas.
Mas, agora, pela primeira vez, ia tomá-lo na boca por sua ordem, como um amo
comandaria uma escrava sexual, a fim de subjugá-la, fazê-la sentir que era sua para ser
possuída, da forma como ele desejasse.
Laina começou a esfregar seu pênis com o polegar e ouviu um gemido sair dos lábios
masculinos.Segurou seus testículos com a mão e apertou-os suavemente, provocando mais
um gemido suave, sua própria carne entre as coxas começou a esquentar e ela apertou as
pernas. Podia sentir o calor vibrando através do corpo do romano e, em seguida, concentrar-
se em seu pau. Foi com essa sensação de poder que o tomou na boca.

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Theroclide tinha razões para impedi-la de fazê-lo gozar em sua boca, pois quando um
homem gozava na boca de uma mulher, estava mais vulnerável, tomado de forma brutal pelo
prazer, com a parte mais sensível do corpo escravizada.
Laina abriu a boca e fechou-a sobre a ponta do pênis e ele empurrou e soltou um
suspiro áspero. Ela interrompeu-se por um momento até que sua boca ajustasse para tomar o
enorme pau, e então forçou ainda mais a mandíbula para tomar toda a vara. O corpo de
Theroclide estremeceu e outro gemido escapou de sua garganta.
Olhando para baixo, observou a cabeça de Laina movendo-se para frente e para trás
enquanto lhe dava prazer com a boca, seus longos cabelos escuros cobrindo completamente
suas costas e chegando até o início das nádegas, escondendo as curvas esbeltas de sua
cintura. Mais abaixo da cabeleira encaracolada, suas nádegas estavam empinadas.
Era a imagem mais erótica que ele já tinha visto, aumentando o prazer que sua boca
estava lhe dando. Theroclide enfiou ambas as mãos nos cabelos de Laina, enrolando os
punhos em torno da seda grossa de fios e puxou ainda mais a cabeça dela para que
continuasse a chupá-lo. A escrava continuou a doce tortura com a boca, sentindo-o crescer
mais e mais, uma mão suavemente apertando e puxando o saco, sentindo-o endurecer
conforme se aproximava do clímax.
Quando Theroclide sentiu seu corpo ficar cada vez mais perto desse ponto, resolveu
retirar-se da mágica boca antes que ela o fizesse acabar, mas começou a prometer a si mesmo
que se afastaria na próxima carícia. De súbito, estremeceu quando sua escrava desceu a boca
ainda mais sobre seu pau até sentir a garganta apertar a ponta do membro, e sua
determinação desvaneceu-se.
Antes que reunisse forças suficientes para parar Laina, seu clímax chegou e ele
arqueou-se e jogou a cabeça para trás. Em seguida, deu um grito sufocado quando sentiu
duas mãos tocarem suas bolas e dar-lhes um aperto firme, como se estivesse forçando-o a
esvaziar todo o seu sêmen. Explodiu em sua boca, suas mãos apertando a cabeça dela,
enquanto sentia o pulsar do pau que jorrava na boca da escrava. Laina sentiu o sêmen encher
sua boca, e engoliu rápido, mas não conseguia tomar tudo, e o líquido escorreu para fora de

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sua boca pelo queixo e pescoço. Não parecia haver fim para liberação e ele continuou
enchendo a boca de Laina, o líquido escapando de seus lábios e pingando do queixo,
escorrendo para os seios, gemidos animais escapando da garganta do homem.
Finalmente, ele esvaziou a última gota na boca da mulher, seu corpo ficou fraco, os
membros relaxados pelo clímax violento,e ele caiu, conseguindo arrastar-se na cama e
sentar-se com as costas apoiadas na cabeceira. Sua mão ainda estava enredada nos cabelos de
Laina, e ele usou-a para puxá-la para seus braços, fazendo com que a escrava montasse em
suas pernas.
Ela olhou para o pênis, viu que ainda estava duro e ereto e posicionou-o entre as
coxas, descendo sobre ele, gemendo enquanto a vara enchia sua pequena boceta . Theroclide
gemeu e enrijeceu-se, mas deixou-a comandar a entrada, inclinando a cabeça para trás contra
a cama, de olhos fechados, o peito arfante. Laina recostou a cabeça contra o peito dele e
suspirou, feliz, sentindo um braço envolvê-la pela cintura para apertá-la contra seu corpo,
enquanto acariciava seus cabelos.
Os dois esqueceram-se de tudo pelo resto da noite.

Quando Sancer Mooreland começou a recuperar suas forças, começou a trabalhar num
jardim, abandonado por um longo tempo, situado atrás da mansão. Ele eliminou as plantas
mortas e começou, juntamente com Laina a plantar várias ervas medicinais. Construiu uma
pequena cabana com a intenção de reiniciar suas práticas medicinais novamente.
Laina estava na cabana ao lado dele catalogando as ervas e colocando rótulos nos
frascos. Ela observou-o moer, por alguns segundos, algumas ervas para um cataplasma que
fez para um dos soldados que teve uma infecção ao pisar num pedaço de metal enferrujado.
Os comentários sobre suas práticas medicinais estavam se espalhando, e os moradores
começavam a procurá-lo em busca de tratamento para as mais variadas doenças. Enquanto
Laina o observava, sentiu seu coração encher-se de amor e gratidão pelo fato do destino
intervir, pelo menos na escolha do general que liderou o romano exército que invadiu sua

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aldeia. Ela sabia que qualquer outro romano teria deixado seu pai ser preso e levado para os
jogos do coliseu.
Sancer ainda estava muito magro e pálido por causa da prisão e da longa viagem, mas
agora parecia mais com o pai que Laina conhecia e amava, o homem que era intensamente
dedicado a sua medicina.
A mãe de Laina morreu quando tinha cinco anos, e por isso Sancer sempre foi à única
pessoa constante em sua vida, sua âncora, seu mentor, seu professor, seu defensor.
Ela jogou os braços ao redor de seu pescoço.
— Eu sou tão grata por você estar aqui, papai— , disse ela, abraçando-o com força.
Sancer riu, acariciando seu braço.
— Você pode agradecer ao seu general por isso.— Ele se virou, olhou para Laina e
estremeceu ao observar as escassas roupas da filha. Sancer hesitava em abordar a escravidão
dela, pois sabia que nunca iria descansar sabendo que sua filha era a posse de um homem, e
não imaginava quais os sentimentos dela sobre esta situação. Mas percebeu, em algumas
ocasiões, a jovem olhando para Theroclide sob os cílios, e isso o deixou muito preocupado
que, enquanto o General poderia conceder-lhe a liberdade em questão de meses, talvez fosse
o coração dela que tivesse sido realmente capturado e nunca poderia ser libertado.
Sancer achava aquele tipo de escravidão muito estranha. Sua filha nunca foi maltratada
pelo amo, e Theroclide era gentil com ela. A respeitava na frente dos outros, fossem eles
servos, seus soldados, ele próprio, ou a beleza loira que estava prestes a se tornar sua esposa.
Mas o general não se preocupava em esconder de ninguém que a usava, principalmente para
o sexo, e a vestia de tal modo que ninguém poderia ter dúvidas quanto às tarefas de Laina na
casa.
E muitas vezes ele a tratava como igual na frente de outras pessoas. Sancer nunca viu
o romano gritar com ela ou ignorá-la quando não estava interessado em sexo. Ele pedia sua
opinião e a ouvia, considerando seus argumentos como fazia com seus oficiais. Muitas vezes,
Sancer passava pela biblioteca e os ouvia discutindo sobre os livros, numa conversa animada
e amigável.

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Em contrapartida, notou que a relação do general com sua futura esposa, a filha do
imperador, era muito mais contida e formal, como se fossem estranhos. Muitas vezes ele
achava que o casal nem gostava um do outro.
Sancer voltou para sua moagem.
— Vai ser bom quando o general nos levar para longe daqui para começarmos uma
nova vida em outro país.
Laina estudou seu pai.
— Eu não tenho vergonha do que sou, papai.
Ele virou-se para ela, seus olhos atentos.
— E nem deve ter, Lainy. Você não fez nada de errado... — Ele voltou à atenção para
o cataplasma.
— Mas o que, papai?
Sancer suspirou.
— Às vezes, queria que você não tivesse nascido com essa inteligência. Eu me culpo
por empurrar todos aqueles livros para que você lesse quando ainda era uma criança. —
Laina recostou a cabeça em seu ombro.
— Quer dizer que gostaria que eu fosse uma moça simples, capaz de chamar a atenção
de um dos jovens fazendeiros e me adaptar à uma vida com marido e filhos.
— Talvez tivesse sido mais fácil para nosso povo aceitá-la, e não teriam sentido que
você se achava superior a eles.
— Eu sou e você sabe— ela brincou.
Ele balançou a cabeça.
— Oh, você é uma atrevida, não é? Não ajudou em nada o fato de muitas vezes você
lançar esta língua afiada sobre eles, e jogar em seus rostos todas as suas mesquinharias. É por
isso que você afastou todos os homens de nossa porta, de modo que aqui está você, há muito
passando da idade de se casar, e ainda sem um marido.

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— Theroclide não parece se importar quando afio minha língua sobre ele, não me
parece ser um homem que se assuste com as palavras de uma mulher. — Sancer lançou-lhe
um olhar penetrante.
— Olhe aqui, mocinha, eu sei que você pensa que há uma pequena chance do general
levá-la com ele para Roma, e mantê-la como escrava, mesmo depois de casado com a filha
do imperador.
Laina desviou os olhos.
— Eu não sei o que quer dizer, papai.
— Oh, sim, você sabe, Lainy, já lhe entregou seu coração e suspeito que está
imaginando certas coisas,o que é um disparate e somente poderá lhe trazer mais desgosto.
— Eu não estou me iludindo sobre o General, papai, sei muito bem que não tenho um
futuro com ele, meus olhos estão bem abertos.
— Continue assim até que ele nos leve para a nova terra— Sancer disse.

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CAPÍTULO SETE

Theroclide disse a um dos muitos servos de Rhasa que queria vê-la.


A mulher olhou para ele calmamente, de pé em frente à porta fechada.
— Sua alteza está dormindo no momento. Vou informá-la de seu pedido assim que
acordar.
— Acorde-a agora e diga a ela que a espero no salão em cinco minutos, ou vou buscá-
la eu mesmo.
A serva franziu o cenho.
— General, lembre-se de quem ela é. A senhora Rhasa é a filha do imperador e como
tal ...
Theroclide investiu para passar por ela quando dois soldados pararam a sua frente. Ele
tomou a espada de um deles e atirou-a e depois lançou o soldado com força contra a parede
até que este caiu no chão, atordoado. A serva gritou. O general empurrou o outro guarda
contra a parede, seus braços pressionando a garganta do homem, cortando sua respiração.
A porta da câmara se abriu e Rhasa apareceu, altiva.
— O que está acontecendo?Por que você está atacando meus guardas, Theroclide?
O general jogou o segundo guarda no chão, como se espantasse uma mosca.
— Eu quero falar com você, Rhasa. Agora.
— Era realmente necessário você atacar meus guardas a fim de fazê-lo?
— Diga a todos os seus servos e soldados para sair.
— Vou encontrá-lo no salão ...
Theroclide virou-se para ela e inclinou o rosto contra o dela.
— Agora— ele gritou.
Os olhos de Rhasa cintilaram, as narinas elegantes tremeram, e seu rosto empalideceu
depois avermelhou-se de indignação. Theroclide sabia que ela estava prestes a explodir, e o

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faria se estivesse no próprio palácio em Roma. Rhasa virou-se e fez um sinal para os seus
servos e guardas deixarem o quarto.
— Sua Alteza, eu vou ficar— , uma das servas insistiu. — É melhor ter alguém aqui
quando o general está em semelhante estado de espírito.
Rhasa virou-se e cuspiu nela.
— Saia, sua idiota! Não há nada que ele possa fazer contra mim.
A serva se encolheu, inclinou-se e saiu correndo. Rhasa levou o general ao seu quarto.
Era a primeira vez que Theroclide entrava em seus aposentos. Eram extravagantemente
suntuosos, muito mais do que o resto da mansão, incluindo os seus próprios aposentos.
Rhasa trouxe seus próprios móveis, travesseiros, tapetes, cortinas, cadeiras, sofás, colchas,
todos feitos dos melhores tecidos, sedas coloridas e enfeites de brocado. Ela ainda trouxe sua
própria cama, peles, capas e almofadas, sua própria banheira, e jarros de prata.
— Você, de todos os homens, seria o último que esperava que entrasse nos aposentos
de uma mulher como um bárbaro — , Rhasa disse friamente.
— Acabei de receber a notícia de que Pyramo e seus homens estão marchando para o
leste.
— Sim, é isso mesmo. Papai enviou as ordens. O que isso tem a ver comigo? Por que
se incomodou tanto a ponto de vir aqui desta forma?
— Eu entenderia se fosse seu pai que desse estas ordens a Pyramo. Quem diabos é
você para comandar meus homens pelas minhas costas?
Rhasa estremeceu e odiou o fato, pois sabia que era um sinal de fraqueza porque traia
suas emoções.
— Eu não pedi a seus homens ...
— Foda-se o que você fez.
— Por favor, lembre-se de com quem você está falando, general— , disse ela
friamente.

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— Eu acho que é você quem está se esquecendo de seu lugar, Alteza. Você não é o
imperador, e não é um comandante.Mesmo uma mulher inteligente e ambiciosa como você,
tem pouco conhecimento da estratégia militar e de campo.
— Meu pai já estava pensando em enviar Pyramo para o leste. Ele precisa de homens
lá, por causa das ameaças de levante.
— Nós também precisamos garantir essa região. Lembre-se, nós ganhamos a batalha
há pouco tempo atrás. Seu pai tem outros generais e outros soldados em Roma e em outras
áreas para enviar.
— Mas nenhum é tão bem treinado e eficaz como os seus soldados, Theroclide. Você
os treinou bem. Seus homens são os soldados mais eficientes no campo de batalha. — Ela
virou-se para enfrentá-lo retorcendo com as mãos. Quando Rhasa se virou de costas para ele,
seu rosto ainda estava altivo, mas havia um traço de desespero em suas feições. — Eu lhe
disse quando cheguei aqui que as coisas não estão indo bem em Roma. O Pai e meus outros
contatos na cidade estão enviando mensagens dizendo que está piorando a cada dia. Há
tumulto nas ruas, quase que diariamente. Senadores estão sendo assassinados um a um. As
pessoas pararam de fazer negócios na cidade por causa dos motins e saques. — Ela
caminhou até Theroclide e agarrou seu braço. — Theroclide, temo que papai perdeu o
comando do exército em Roma.
Theroclide empurrou-a, chocado.
— Isso é impossível. Nenhum soldado se voltaria contra o Imperador.
— Mas estão fazendo. Eles não foram pagos nos últimos meses.
— Então, pague-os, pelos deuses.
— Não há ouro.
— Eu não posso acreditar nisso. O império mais rico do mundo sem ouro. Para onde
foi tanta riqueza?
Rhasa não respondeu. Theroclide olhou ao redor de seus aposentos. Havia uma arca
alta e larga contra uma parede, e derramando-se dela inúmeras joias. A maioria das peças era
feita de pedras caríssimas e enormes. Contra outra parede havia três arcas ainda maiores e ele

79
sabia que estavam cheias de roupas feitas de sedas suntuosas e linho. Rhasa e seu pai eram
famosos por usar o ouro de Roma para seu conforto,adquirindo roupas, joias, promovendo
festas e dando presentes a seus amigos e aliados. E no caso do imperador, ele ainda usava os
cofres do império para financiar uma invasão militar atrás da outra.
— Ele finalmente ficou sem ouro, não foi?— Theroclide comentou.
Ela não respondeu a sua pergunta, mas, em vez disso, disse:
— Papai enviou uma mensagem para que eu ficasse longe de Roma. Ele diz que teme
por sua vida. É por isso que ainda estou aqui, ele sabe que estarei segura com você.
— Se ele teme por sua vida, eu deveria estar com ele.
Os olhos de Rhasa brilharam. Ela correu para Theroclide e tocou seus ombros.
— Sim, é exatamente isso que eu acho, Theroclide. E vou com você.Vamos voltar a
Roma.
— Não, você deve ficar aqui, meus homens irão protegê-la. Esta casa está à sua
disposição.
— Não, isso não está certo. Assim como você, eu também deveria estar com meu pai,
ficar ao seu lado enquanto ele luta contra seus inimigos.
Theroclide não poderia deixar de se perguntar, cinicamente, se a filha do imperador
não planejava estar presente em Roma somente para se aliar ao vencedor, caso seu pai fosse
deposto ou assassinado.
— Eu soube que já tem um forte aliado, Rhasa.
— O que quer dizer?
— O general Reylon. Dizem que é seu aliado.
O rosto de Rhasa enrijeceu-se novamente.
— É apenas uma estratégia para unir forças, especialmente nestes tempos difíceis.
— Eu não estou criticando-a por isso, Rhasa, só espero que possamos confiar nele,
quando for necessário.
— Não há nenhum homem, além de meu pai, no qual eu confie mais do que em você,
Theroclide.

80
Theroclide sabia que não poderia dizer o mesmo de Rhasa, ou de seu pai.
— Se acha que é necessário, pode retornar a Roma comigo.
Ela assentiu, altiva.
— Meu maior desejo era persuadi-lo a voltar comigo para Roma. Obrigado. Eu
gostaria de partir dentro de uma semana, sinto que quanto mais rápido voltarmos, mais
possibilidades existem de manter o controle sobre o império.
O general não disse nada.
— Você está hesitando em deixar os seus homens para trás?
— Não. Tenho toda a confiança nos meus oficiais e soldados.Eles podem cuidar de
tudo sem mim.
— Então por que hesita? O que o detém? — Então, seu rosto endureceu. — Está
preocupado com sua pequena escrava, não é?
— Eu já tinha planejado levar a ela e o pai para minha terra natal, quando voltasse
para Roma—, ele disse evasivamente.
— Para um amo, você se preocupa demais com seus escravos. Sabe que não é
necessário, afinal sempre se pode substituir um escravo caso morra ou fique doente e se você
se cansar de um, pode enviá-lo para os mercados. É verdade que eles não pagam muito, mas
podem trocá-lo por outro, até mesmo um melhor.
— Você fala como se os escravos não fossem de carne e osso como eu e você, como
se fossem gado para ser comercializado e leiloado quando não tem mais nenhuma utilidade.
— E o modo como você enfeita sua escrava não é igual a forma como algumas
mulheres enfeitam seus animais de estimação?— Rhasa zombou.

Theroclide inclinou a cabeça com um leve sorriso sem graça.


— Venceu.
— Se você quer ser gentil, então por que não leva a escrava para o palácio de meu pai?
Quem sabe o fascínio que esta menina exerce sobre você não atinja meu pai, apesar dela ser
muito usada para o seu gosto?

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Suas palavras enviaram um arrepio gelado pelo corpo de Theroclide. O palácio do
imperador era conhecido pela maneira cruel como as mulheres eram tratadas, especialmente
se chamavam a atenção do lascivo imperador. Depois que se cansava delas, as entregava a
outros homens, e se não agradassem seus aliados, simplesmente as jogava aos traficantes de
escravos, o que significava uma vida de miséria e crueldade.
Rhasa disse:
— Eu devo admitir que notei que você tem um interesse especial nesta moça, mais do
que seria apropriado a uma simples escrava.
— Eu espero que não esteja insinuando que há um interesse pessoal de minha parte,
somente porque cuido do bem-estar de minha escrava.
— Por que isso o surpreende? Eu não sou a única que observou que você está
particularmente apegado a ela. Você está sempre se certificando de que ela está confortável,
sempre perguntando por seu paradeiro, ela é servida por seus servos. Se eu fosse uma
estranha aqui, quase poderia acreditar que ela é a filha de um imperador e não eu.
— Só porque ela é minha escrava não significa que tenho que submetê-la a
tratamentos desumanos.
— Assim como não há necessidade de você fazê-la pensar que o mundo é dela. E o
que você fez com o pai da moça?
— Como assim?
— Você o trouxe de volta, porque sabia que ia fazê-la feliz.
Theroclide arqueou uma sobrancelha.
— Devo, então, supor que este grande interesse pela forma como trato meus escravos
é um prelúdio do que posso esperar de nosso casamento?
Rhasa corou. Ela teve que fazer um grande esforço para não gritar a raiva que gostaria
de atirar sobre ele. Odiava o fato de Theroclide estar colocando-a em seu lugar. Ela o
conhecia muito bem para saber que o general sabia ser condescendente quando a situação
exigia, e que só fez isso porque ela foi longe demais.

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— Peço desculpas se ultrapassei os limites— , disse ela rigidamente. — Estou ansiosa
para partir para Roma, logo que possível. Mas, claro, me curvo a sua vontade.
— Eu tenho que falar com meus homens, assim como avisar meus servos para se
prepararem para a viagem. Imagino que não deve levar mais do que algumas semanas para
estarmos prontos.
— Também vou começar os preparativos.— Rhasa virou-se e saiu do quarto.
O general não informou a Laina que partiriam nas próximas semanas. Mas,
curiosamente, informou a Sancer que ele precisava se preparar para a longa viagem rumo a
sua nova casa. Laina não precisou ser avisada da partida iminente, não quando podia ver
claramente os servos dentro da mansão enchendo as arcas constantemente. E como o general
não falou com ela sobre a viagem, também não tocou no assunto com ele.
De fato, durante quase uma semana, ela mal viu Theroclide, porque ele se reunia com
seus oficiais e as tropas, conversando sobre manobras militares e se preparando para a
chegada das outras tropas. Ele se levantava antes dela acordar pela manhã e não retornava até
tarde da noite. Mas quando estava ao seu lado na cama, ele a tomava e possuía tão feroz e
avidamente quanto antes. No entanto, podia sentir que ele estava distante, mesmo durante o
sexo, como se sua mente estivesse sobrecarregada com mais questões do que podia lidar.
Ela não tentou chamar sua atenção, o deixou sozinho com seus pensamentos, via o
afastamento dele como um sinal do fim de seu relacionamento. Durante o dia, Laina se
mantinha ocupada, ajudando seu pai a preparar-se para a longa viagem para sua nova casa,
cuidadosamente arrumando suas plantas e equipamentos.
Uma noite Laina acordou no meio da madrugada e encontrou Theroclide apoiado em
seu cotovelo, olhando para ela, pensativo. Piscou rapidamente para afastar o nevoeiro do
sono.
— Há algo errado?— , ela perguntou.
Distraidamente, Theroclide traçou um padrão com o dedo em sua barriga.
— Não.
— Por que você está acordado?

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Theroclide não respondeu, e continuou a olhar para ela. Então, baixou a cabeça e
beijou-a. Ao sentir o toque de seus lábios, Laina abriu a boca e sugou sua língua avidamente.
Em seu beijo, percebeu uma fome que não sentia há muito tempo, uma fome selvagem,
exigente, sem fim. Assustou-se um pouco, e se afastou.
Foi um erro fazer isso com um homem como Theroclide, cuja natureza era tão
animalesca e autoritária, e cujo instinto era capturar e dominar a mulher. Ele enfiou a mão
através de seus cabelos e puxou a cabeça de Laina para trás.
Inclinou a cabeça e beijou-a dura e longamente. Imediatamente, ela sentiu sua paixão,
o calor correndo em seu ventre. Quando ele ergueu a cabeça, os olhos de Laina estavam
vidrados, as faces coradas, e os lábios inchados e o observou, ofegante, à espera de um sinal,
um brilho cauteloso cintilando em seus olhos cor de avelã.
Theroclide deslizou uma mão para baixo de sua garganta até o seio e segurou-o, em
seguida, massageou o mamilo, seu polegar roçando-o, tornando-o duro como uma pedra.
Laina contorcia-se sob ele conforme o desejo tomava conta de seu corpo. Ele baixou a
cabeça e colou a boca sobre o bico do outro seio, sugando profundamente, avidamente, como
um recém-nascido que passou muito tempo sem sua refeição. Quando parou de chupar o
mamilo, voltou sua atenção para o outro bico, que antes estava acariciando com a mão, com
sua língua, ele contornou-o antes de tomá-lo profundamente em sua boca para chupar
vorazmente. Então, arrastou os lábios por suas curvas, as grandes mãos acariciando o corpo
de Laina.
Contra sua perna, ela podia sentir seu pau enorme e inchado, duro como uma pedra.
Ela enfiou os dedos através do cabelo negro, deleitando-se com sua suavidade, corendo as
mãos por seus ombros e costas. Podia sentir a ondulação dos fortes músculos sob suas mãos,
e apenas a sensação da dureza e da amplitude de suas costas a deixou consciente do quanto
ele era forte, muito maior do que ela. Theroclide podia maltratá-la um pouco, e ele o fazia,
muitas vezes, especialmente na cama. Ele a tornou consciente, mais de uma vez, de sua
própria incapacidade para se defender quando usava sua força contra ela, o que fazia quando
estava montando-a e controlando sua liberação. Estava completamente vulnerável a ele, tanto

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física quanto sexualmente. Ele era o macho dominador em sua mente, mais do que Laina era
sua escrava e ele o amo e o temia pelas sensações que despertava em seu corpo. Mas também
sabia que o medo aumentava o seu prazer.
A boca de Theroclide mordiscou seu estômago, provocando arrepios na pela sensível.
Em seguida, ele encontrou o aro de ouro que continha seu brasão, e proclamava seu domínio
sobre Laina. A escrava ofegou quando sentiu sua língua no aro, puxando seu umbigo. A
sensação causada pela dor aguda que correu por seu estômago, fez suas coxas estremecerem.
Theroclide fez de novo, e a dor atravessou o corpo de Laina. Ele enterrou a ponta da sua
língua no pequeno orifício, e ela gemeu sentindo o toque quente e úmido. Em seguida, o
General fechou os lábios sobre a argola de ouro e sugou várias vezes.
Laina arqueou-se, sentindo a carne entre suas coxas inchar, as mãos da garota abrindo
e fechando em seu cabelo negro. Ela podia sentir a umidade em sua carne, e segundos
depois, sua excitação escorria de sua vagina. Laina fechou as coxas, como se pudesse
interromper o fluxo, mas estava cada vez mais molhada a cada puxão da boca dele sobre a
argola de ouro em sua barriga.
Theroclide afastou a boca do aro e deslizou seus lábios mais abaixo em seu estômago,
fazendo-a estremecer com medo e antecipação. Quando encontrou o triângulo de pêlos
escuros entre suas coxas, notou que Laina estava com as pernas firmemente fechadas por
temer as intenções de seu amo. Firmemente, ele separou-as, e abriu-as ainda mais fazendo-a
sentir seus lábios separando-se e revelando as dobras. Com as duas mãos, ele as manteve
afastadas, e examinou. Laina sabia que ele observava o liquido que escapava de sua boceta e
as dobras brilhando por ele, fazendo-o saber que seu corpo estava se preparando para a
posse. Laina saltou quando sentiu-o passar dois dedos em seus lábios, abri-los e expor ainda
mais a carne escondida. Ela se contorcia, rebelando-se contra seu cativeiro, embora os dois
dedos mal a seguravam.
Theroclide tocou com a ponta da língua as dobras de sua boceta e enterrou-a
profundamente em sua fenda,ela ofegou, seu corpo arqueando-se, um prazer cintilante
correndo através de suas veias. A língua do romano lambia vagarosa e completamente suas

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dobras, de forma quase gentil. Parecia até que ele a estava limpando, preparando-a para uma
massagem suave. Mas ela sabia bem, sabia que a tortura viria logo a seguir e seus temores se
confirmaram. Mal Theroclide terminou de limpá-la, a boceta de Laina brilhava novamente
com a umidade, e ele riu baixinho, um som suave e ameaçador, fazendo-a estremecer.
Lambeu novamente, com paciência infinita, tentando secar toda a umidade que pudesse
restar.
Depois, ergueu a cabeça e passou o dedo na carne que brilhava no centro de sua
pequena boceta, desde a entrada da vagina até o clitóris e roçou-o dedo sobre os nervos
tensos. Laina gritou com aquele pequeno toque, suas pernas erguendo-se até os seios. Quem
diria que um pedaço de carne pudesse ser tão sensível ao toque de um macho, tão
completamente suscetível a manipulação diabólica de um homem. Theroclide puxou as
pernas dela para baixo e manteve-as no lugar, tocando ali varias vezes.
Refém de sua força muito superior e suas intenções cruéis, ela se contorcia sob ele,
sentindo sua umidade escorrer por suas nádegas. Seus dentes estavam trincados pelo prazer
que Theroclide estava criando dentro dela, a boceta expelindo mais líquidos, enquanto ele
tocava seu clitóris, e ela o sentiu cada vez mais duro projetando-se para fora de seu
esconderijo entre as dobras. O toque de seu amante fazia a vulva pulsar, embora a entrada de
sua vagina ainda não houvesse sido provocada por seu toque. Ele baixou a cabeça e tocou
com a língua a carne exposta, lambendo-a.
Uma sensação quase dolorosa correu pela boceta de Laina. Ela gritou e tentou afastar-
se dele, puxando as pernas para cima, como se quisesse se proteger e também cruzou os
braços sobre os seios fartos em uma tentativa inútil de esconder a sua nudez adorável do
olhar dele.
Os olhos escuros de Theroclide se estreitaram e brilharam com desagrado,
desaprovando o fato de que sua escrava do amor se afastasse de seu toque, seu rosto
impressionantemente bonito se transformando numa máscara cruel quando a observou. Seus
instintos despertaram quando ela instintivamente tentou se proteger de sua lascívia sexual.
Aquela atitude da jovem o fez perder o controle, deixando-o louco de desejo e de

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necessidade de conquistar sua pequena presa que se atreveu a negar-se a ele. O brilho de
temor em seus olhos o enfureceu. Ele não queria ser tentado por sua fome de possuí-la ainda,
queria brincar com Laina, dar prazer a ela, levá-la à tal voragem que ela gritasse de desejo e
se contorcesse em agonia em suas mãos. Agora, com aquela tentativa de fuga de seu
tormento sensual, ela havia criado uma necessidade selvagem em Theroclide de dominá-la,
reduzi-la a submissão mais uma vez.
Ele estendeu a mão, enganchou-a pela cintura com o braço e arrastou-a para debaixo
dele, colocando-a de quatro sob a cama. Separou suas coxas e empurrou-se fortemente
dentro dela. Laina arqueou-se quando sentiu-se esticar de forma quase dolorosa pelo
tamanho do membro. Ela gritou e contorceu suas nádegas. Theroclide afastou as coxas ainda
mais e empurrou com força de novo, enterrando-se mais fundo em sua carne. Ela deu um
gemido baixo, seu corpo todo tremendo, em um esforço para acomodar sua vara enorme. Ele
deu mais um empurrão e estava completamente dentro dela.
Quando a abraçou, não deu tempo a Laina , como sempre fazia, para se adaptar ao seu
membro e investiu nela com golpes rápidos e profundos. Laina sentia a boceta em fogo, seu
corpo se dirigindo rapidamente para o clímax e jogou a cabeça para trás, soluçando, seus
quadris se contorcendo em um esforço para escapar da tensão insuportável que rapidamente
atingia seu ápice.O clímax veio repentinamente e seu soluço ficou preso em sua garganta, o
corpo estremecendo em violentos espasmos.
O general sentiu a boceta da escrava apertar mais e mais seu pênis, indicando seu
orgasmo, e investiu mais forte em busca do seu próprio gozo. Seu corpo endureceu acima
dela, um gemido áspero escapou de sua garganta enquanto a mantinha firmemente presa
pelas nádegas e derramava seu sêmen nas profundezas quentes da mulher. Laina sentiu o
jorro quente do seu esperma encher seu ventre e estremeceu novamente, mexendo os quadris
contra ele de novo, porque seu corpo ardia novamente ao sentir o esperma verter em seu
interior. Como se seu corpo percebesse que ela precisava de outro orgasmo, Theroclide
retomou suas profundas investidas, desencadeando outro clímax para ambos.

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CAPÍTULO OITO

Quando seus corpos relaxaram, Laina caiu na cama, ofegando asperamente, com as
pernas dobradas e espalhadas sobre a colcha de seda enquanto seu gozo combinado com o
dele, se derramava pelas coxas. A jovem aconchegou-se no peito de Theroclide, que também
respirava com dificuldade.
Quando recuperou o fôlego e as forças, ele a virou de costas e separou suas pernas
observando a pequena vagina. Laina gemeu quando afastou suas coxas ainda mais, sentindo
os lábios da boceta abrirem-se para ele mais uma vez. Theroclide viu que as dobras
brilhavam com o gozo de Laina e seu próprio sêmen, ainda pulsando pelo clímax anterior.
Ela estava bastante inchada e vermelha por seu uso recente e para testá-la, ele pressionou um
dedo levemente na carne lisa e sentiu o tremor, o que indicava que ainda estava excitada.
Segurando-a com as pernas abertas, limpou a vagina da mulher e depois tocou com a língua
a carne sob o clitóris. A escrava gemeu mas não tentou se afastar desta vez e ele lambeu a
área sensível mais e mais, fazendo com que os nervos da jovem ficassem cada vez mais
tensos.
Ela podia sentir a tensão em sua vagina, crescendo mais e mais, e pensou que iria
gritar com a dor que percorreu seu corpo, queria se afastar, escapar do tormento, mas tinha
aprendido a lição da última vez que fez isso, então suportou as brincadeiras de seu amo,com
os dentes cerrados, as coxas trêmulas, e sua boceta umedecendo cada vez mais. Quando
achou que ia enlouquecer com o fogo que corria por seu ventre, ele afastou a língua da carne
sensível, mas apenas para fechar a boca sobre seu clitóris. Um fogo liquido disparou no
ventre de Laina e ela gritou, tentando afastar a cabeça do homem de sua boceta .
O general enfiou as mãos sob os joelhos e empurrou as pernas de Laina para cima, de
modo que seus joelhos estavam quase em sua cintura. Laina podia sentir as dobras abertas e
totalmente expostas.

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Com os dedos, ele expos o clitóris, deixando-o vulnerável ao seu ataque. Tomando-o
entre os dedos, lambeu-o e acariciou. Com o toque quente e úmido de sua língua, Laina
sentiu o sangue pulsar em seu canal. Depois de provar a saliência dura, ele inseriu dois dedos
em sua vagina e acariciou-a por dentro, fechando a boca sobre o clitóris da escrava
novamente e chupando, profundamente, tão forte quanto sugava seus seios. Laina jogou a
cabeça para trás e choramingou, com os dentes cerrados, seu corpo arqueando-se na cama, a
dor tornando-se deliciosamente excitante.
Theroclide continuou tocando-a assim por alguns minutos, ignorando o frenético
bambolear dos quadris de Laina e suas súplicas torturadas. Também ignorou o
endurecimento de seu pênis, continuando a provar sua escrava e fodê-la com os dedos
mesmo quando seu pau se tornou intensamente desconfortável, fazendo com que se
esforçasse para manter o controle. Assim como fazia com tudo em sua vida, em sua carreira
como um líder militar, só procuraria satisfação quando sentisse a total rendição de Laina,
mesmo que isso significasse uma agonia quase insuportável.
Finalmente, ele montou em Laina, seu pau entrando com dificuldade, e conforme a
penetrava, rangia os dentes, porque cada movimento ao empurrar sua vara provocava dores.
Vendo a intenção cruel nos olhos brilhantes do homem, Laina contorceu-se para escapar e
tentou escorregar para a beira da cama. Foi como que na primeira vez em que o romano a
tinha trazido do leilão, e fodeu sua boceta durante todo o caminho até a mansão. Como
daquela vez, Laina queimava em agonia, desesperada para que ele não mergulhasse seu pênis
dentro dela, sabendo que, se o fizesse, seu prazer seria tal que ela temia enlouquecer.
Theroclide agarrou seus tornozelos e enganchou suas pernas sobre seus braços,
segurou-a aberta para ele e deu um impulso profundo. Laina sentia o homem investir contra
ela tentando penetrar cada vez mais fundo e gritou quando o desejo correu através dela. Ele
tirou seu pênis para fora dela, lentamente, sentindo a pequena boceta tentar reter o pau
conforme se retirava. Ela balançou a cabeça quando sentiu o calor varrer sua carne, e tentou
fechar as coxas em autodefesa, mas ele as manteve firmemente separadas com as mãos. O

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General em seguida, empurrou de volta, não superficialmente, mas, em um impulso, muito
profundo, entrando nela novamente, fazendo a mulher soltar um gemido forte.
Ele fodeu Laina implacavelmente, evitando gozar como na primeira vez, mas
deixando que a necessidade de possuir e dominar tomassem conta dele. Theroclide não tinha
considerações deste tipo com sua escrava, não se importava se estava causando tal tortura em
sua prisioneira. Na verdade,quanto mais ela sofria de desejo, mais aumentava o prazer do
romano. Ele só observava como Laina sacudia a cabeça cada vez que ele entrava fundo
dentro dela, e quando se retirava, sua respiração tornava-se mais ofegante e ela soluçava
enquanto sentia o aperto de sua boceta no pênis do homem.
Em seguida, ele se moveu mais rápido quando sentiu seu pau prestes a explodir, e não
pôde mais segurar seu prazer. Puxou as nádegas da escrava para ele e segurou-a de modo que
ficasse suspensa alguns centímetros fora da cama, enchendo as mãos com suas curvas
voluptuosas, mergulhando repetida e profundamente dentro dela.
Laina podia sentir sua vagina apertar-se de tensão. Isto, mais do que qualquer coisa
que o general fez com ela, a levou a ter uma verdadeira consciência de sua escravidão sexual,
esta tortuosa e prazerosa dor em sua carne, o ajuste apertado em torno do pênis do homem.
Os sons do atrito de seus sexos enfatizaram ainda mais os profundos gemidos de Theroclide,
sua frenética e ofegante cavalgada, e o som, molhado da vara entrando e saindo dela. Laina
sabia que deveria se envergonhar disso, mas na vergonha não havia excitação, e somente
conseguia pensar em si mesma como uma escrava indefesa diante da luxúria de seu amo e
isso era terrivelmente excitante.
O clímax para ambos veio rápido e simultaneamente, fazendo-os esticar-se um contra
o outro, seus gritos ecoando na câmara, o general derramando seu sêmen dentro do ventre de
sua escrava, e a escrava sendo cheia por seu amo, mais uma vez.
Depois ela caiu de costas na cama, e não sabia quanto tempo ficou assim, só sabia que,
quando abriu os olhos, o general estava apoiado sobre ela, respirando com mais calma, mais
profundamente,e observando-a.Olhou para ele, tentando adivinhar seu próximo passo e ficou
aliviada quando ele se ajeitou para deitar-se a seu lado. Mas ele não queria dormir. Em vez

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disso, Theroclide se apoiou em um cotovelo e continuou observado-a, uma mão levemente
deslizando sobre seu corpo coberto de suor.
Theroclide continuou assim por um longo tempo, sem dizer nada, os olhos apreciando
o corpo nu de Laina, deixando as mãos vagarem acariciando a pele macia. Depois de algum
tempo, a exaustão tomou conta de Laina, e seus olhos se fecharam.
— Partiremos em quatro semanas— , ele disse de repente.
Ela se esforçou para abrir os olhos.
— Sim, eu sei disso.
— O que você vai fazer quando você e seu pai estiverem na nova terra?— Theroclide
perguntou.
Seus olhos se arregalaram, chocados com a pergunta inesperada.
— O que fizemos antes. Ele vai praticar sua medicina, e eu vou ajudá-lo com as ervas
e com os doentes.
O silêncio caiu sobre eles novamente. Então perguntou:
— Você acha que vai se apaixonar por algum bom jovem, casar e ter filhos?
Laina olhou para ele, porque a segunda pergunta a perturbou ainda mais do que a
primeira.
— Eu ... não sei. Eu quero ter uma família e criar meus próprios filhos.
— Você já deveria estar casada, limpando o nariz escorrendo de dois filhos, pelo
menos,— ele disse em voz baixa, suas mãos alisando seus cabelos. — Por que não casou?
— Os homens só me querem para suas camas e não como sua esposa— , disse ela
amargamente.
— Você é mais esperta do que a maioria dos homens. Maridos não querem uma
mulher que possa facilmente enganá-los ou diminuí-los com sua língua afiada.
— Eu não posso esconder quem sou.
— Você fala como se você já houvesse desistido disso, como se achasse que nunca
poderá ter uma família. Será feliz assim, Laina?
— Como você me chamou?— , Ela o interrompeu.

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— O que?
— Você me chamou de Laina. Acho que é a primeira vez que me chama assim. Achei
que você nem sabia meu nome.
— Por que não saberia o seu nome?
— Eu sou sua escrava. Você não precisa saber o nome de um escravo — , disse ela
com um tom de diversão. Depois de outra pausa, disse: — E você, vai ser feliz com sua nova
vida em Roma?
— Essa é uma pergunta estranha para se fazer. Eu nasci e fui criado para servir meu
país e meu povo. É tudo que conheço.
— Você nasceu nobre e foi treinado para ser um guerreiro. Mas os nobres e guerreiros
também esperam a felicidade na vida, assim como qualquer outra pessoa. Só porque nasceu
com dinheiro e posição não é imune as provações que sofrem as pessoas comuns.
— Isso pode ser, mas o meu futuro foi definido a partir do momento em que nasci.
— Então, a felicidade é um luxo que um homem de sua riqueza e poder não pode
almejar, porque o preço seria muito alto, e apenas os plebeus poderiam pagar.
Theroclide deu um pequeno sorriso, seco, um sorriso que o tornou ainda mais
devastador para uma mulher, os olhos pesados de satisfação sexual e o espesso cabelo negro
caindo sobre a fronte.
— Se os plebeus são tão felizes, por que tantos de vocês lutam tão ferozmente por
dinheiro e poder?
— Eu suponho que a vista é muito mais atraente do topo.— Então ela perguntou, —
Você vai lembrar-se de mim depois que nos separarmos?.— Ela lembrou-se que fez a mesma
pergunta há algumas semanas, no dia em que seus soldados haviam trazido seu pai de volta.
Mas nesta noite, Laina sentia que o tom da conversa era muito diferente.
Ele abaixou as pálpebras, e a expressão melancólica voltou ao seu rosto.
— Eu acho que nunca vou me esquecer de você, não importa o quanto tente.
Sua resposta a surpreendeu, de modo que olhou para ele por um longo tempo. Então,
sentindo-se estranha e sem saber o que dizer, voltou a seu tom de provocação.

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— Você vai ter outra escrava em sua cama, uma muito mais jovem, muito mais bonita.
— Eu não vou ter outra escrava. Você será a primeira e a última.
— Por quê? A maioria dos nobres têm legiões de escravos.
— Eu nunca tive um escravo em minha vida. Somente você. De qualquer forma,
nunca gostei da ideia de escravidão. Meu pai e meu avô antes dele prosperaram sem o uso de
trabalho humano tão abominável.
Agora foi a vez de Laina baixar os olhos para esconder seu espanto.
— Você não teve tantos escrúpulos quando me colocou em sua cama.
Theroclide não respondeu por um momento.
— Eu tinha que ter você, Laina. Desejei-a desde o momento em que a vi naquele leilão
— , disse ele simplesmente.
— Você nunca teve a intenção de ficar comigo, não é?
— Não, nunca.
— Então, em algumas semanas, provavelmente, nunca mais iremos nos ver. Você
deve se casar com a filha do imperador e com o tempo, provavelmente, tornar-se o
Imperador de Roma, com ela ao seu lado. E, eu vou praticar a medicina com meu pai,
encontrar um bom homem para casar e ter filhos, se as deusas forem gentis comigo. Que
assim seja. Mas há uma coisa que preciso dizer para você. Eu tenho que agradecer por trazer
meu pai de volta.
O rosto do general ficou tenso, assim como seus olhos escuros.
— Você já fez isso. Além disso, não quero sua gratidão.
— Tudo bem, vou guardá-la para mim mesma.— Ela bocejou, seus olhos fechando-se,
a exaustão tomando seu corpo. Laina afastou-se dele e fechou os olhos. Então voltou-se para
ele novamente. — Se as circunstâncias fossem diferentes, você me manteria como sua
escrava?
Sua expressão era séria e direta quando ele respondeu:
— Sim, eu manteria.
Mais uma vez, ele a surpreendeu com sua resposta.

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— Por quanto tempo?
— Por quanto tempo eu pudesse.
— Como sua escrava?
— Sim, como minha escrava. Somente minha.
— Mas você acabou de dizer que não acredita na escravidão?
— Eu não sei mais em que acreditar.
Theroclide posicionou-se contra as costas de Laina, e ela sentiu seu pênis contra suas
nádegas, tornando-se duro novamente.
— Mas, isso não faz sentido— disse ela, tentando ignorar a crescente tensão do corpo
forte, indicando que seu amo havia se recuperado o suficiente para ficar excitado novamente.
— Como você pôde me manter como escrava, quando não acredita na escravidão?
— Eu disse que não queria os outros como escravos. Eu não disse que não queria você
como minha escrava.
— Isso não faz sentido— disse ela novamente
Ele circulou a fina cintura da garota com o braço musculoso e puxou-a contra ele.
Theroclide baixou a cabeça e começou a acariciar seu pescoço.
— Faz todo o sentido.
O general ergueu a perna de Laina e empurrou seu pênis fortemente dentro dela. Ela
gemeu,oscilando entre o desejo e a negação, qualquer conversa esquecida enquanto fodia a
boceta da escrava. Desta vez, ele não foi tão selvagem e cruel como nas duas primeiras
vezes, na verdade, não se moveu por um longo tempo. Parecia satisfeito em simplesmente
manter o pênis dentro dela e o corpo delicado em seus braços, uma perna preguiçosamente
esfregando-se contra a dela, e sua mão suavemente acariciando seus seios.
Ele então alterou o ritmo, investindo desta vez com a necessidade de possuí-la
totalmente. Theroclide estava satisfeito sentindo a boceta apertando calorosamente seu pau,
saboreando sua umidade apertada.
Laina não sabia dizer quanto tempo ficou assim, com Theroclide dentro dela e às
vezes movendo seu pênis na vagina úmida, nem sabia se algum dos dois chegou ao clímax.

94
Finalmente caiu no sono em seus braços, ainda empalada, as mãos dele ainda correndo por
seu corpo.

Os preparativos para a viagem a Roma continuaram. Theroclide enviou à frente alguns


de seus servos e posses para sua terra natal, ao norte de Roma. Depois de uma batalha
amarga com Theroclide, Rhasa começou a enviar os seus servos e algumas de suas posses à a
Roma, também. Ela queria que eles voltassem com ela, quando partissem, afinal uma
imperatriz deveria viajar acompanhada por uma grande comitiva. Mas o general ordenou que
ela começasse a enviá-los na frente, dizendo que, embora ele tolerasse a utilização de um
grande número de seus próprios servos para servirem Rhasa na mansão, não iria fazê-lo uma
vez que estivessem viajando. Quando partissem, eles precisavam serem capazes de mover-se
rapidamente na estrada, e não sobrecarregarem-se com um enorme contingente de criados.
Quase três semanas depois, um cavalo com um soldado entrou no pátio da mansão.
Assim que freou o cavalo, o cavaleiro caiu no chão. As pessoas correram para ele ao verem
que suas roupas estavam encharcadas de sangue
— Oh, Deus do trovão, é Macon— , uma das servas de Rhasa se engasgou. — Ele era
um dos guardas que a senhora tinha enviado para Roma. Ela enviou quatro mensageiros.
Onde estão os outros três?
— Chamem o general— , disse alguém.
— Tragam um curandeiro , também— , disse outro.
Theroclide apareceu com Sancer atrás dele. A serva contou ao general o que tinha
acontecido enquanto Sancer examinava Macon.
— Ele ainda está vivo— , disse Sancer. — Rápido, devemos levá-lo para dentro e
limpar a ferida.
Os homens carregaram o ferido para dentro da mansão e levaram-np para os quartos
onde estavam alojados os outros soldados.

95
— Tragam roupas, um pouco de água e lençóis limpos— Sancer ordenou. Ele tirou as
roupas encharcadas de sangue do corpo do homem. Havia um grande ferimento no lado
esquerdo, próximo a cintura. — Parece que uma espada passou por aqui.
Os outros despiram o homem e o cobriram da cintura para baixo com um lençol limpo.
Sancer começou a limpar a ferida. O soldado começou a se mexer, gemendo pela dor aguda e
murmurar palavras incompreensíveis, balançando a cabeça. Então ele abriu os olhos e fixou-
se nos rostos que o rodeavam.
— O imperador— , disse ele com voz rouca, sua respiração fraca. — Logo tudo estará
perdido para o imperador. Não é seguro para a imperatriz voltar. Ele perdeu Roma. Roma
está perdida.
Os outros olharam-se entre si.
— O que ele está dizendo?
— O que ele está resmungando?
— Por que não é seguro para a filha do imperador voltar?
Theroclide abriu caminho entre os outros e se ajoelhou ao lado da cama. Os olhos do
homem focaram-se no general.
— Diga-me o que aconteceu— , perguntou Theroclide.
O soldado engoliu em seco e suspirou,
— Começamos a encontrar o povo quando estávamos há algumas centenas de
quilômetros de Roma. Eles estavam fugindo. Não fazia sentido. Mas eles disseram que não
era mais seguro na cidade. Nós estávamos longe de Roma, quando fomos emboscados. Os
outros foram mortos. Eles pensaram que eu estava morto. Eram soldados romanos, também,
reconheci um deles como o capitão da guarda do palácio.
— Mas por que um guarda do palácio atacaria a guarda da filha do imperador? Isso
não faz sentido! — alguém expressou.
— O imperador ...— O guarda tossiu e, em seguida, fez um som gorgolejante, antes de
cuspir sangue. — O imperador ... eles disseram algo sobre o imperador.— Ele tossiu

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novamente cuspindo mais sangue. — O capitão disse que não havia mais um imperador em
Roma. Eu ... eu não entendi o que ele queria dizer.
O guarda tossiu, engasgando-se com o seu sangue, deu um suspiro e morreu.
Sancer tocou a ferida com o dedo e apertou a pele branca.
— Se ele procurasse ajuda quando foi ferido, poderia ter sobrevivido. — Ele abaixou a
cabeça e levou seu grande nariz para perto do corpo. — Eu diria que ele está sangrando por
vários dias.
— Temos que partir hoje à noite para Roma— , Rhasa exigiu quando Theroclide disse
a ela o que o guarda contou.
— Você não ouviu o que eu disse?— , Disse ele, impaciente. — Não é seguro para
você ir a Roma.
— Eu,a filha de um imperador, de repente,devo ouvir o que um guarda me sugere?—
Disse ela desdenhosamente.
— Não era uma sugestão, ele disse que seu pai perdeu o controle da cidade. Ele pode
estar em perigo.
— Por isso é importante que eu chegue a Roma o mais rápido possível. Papai precisa
de mim ao seu lado.
— Não, Rhasa, não irá a Roma até determinarmos se é seguro para você— , disse
Theroclide acentuadamente.
Rhasa virou-se para ele.
— Você se atreve a dar ordens a filha do imperador?
— Não seja estúpida, Rhasa. Como um soldado a serviço de Roma, peço que você
fique longe da cidade. Vou mandar Pyramo e seus homens a Roma para descobrir a verdade.
Eles não irão como soldados, mas como pessoas comuns.
Rhasa olhou para ele, seu rosto duro, com frustração e obstinação. Ela queria mais do
que qualquer coisa ser capaz de ir contra a palavra de um homem. Mas, mesmo odiando esta
situação, e apesar de sua posição como a esposa do futuro governante de Roma, Rhasa tinha

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sido criada para obedecer os homens, como todas as mulheres de seu povo. Ela deu um
pequeno aceno com a cabeça, em seguida, saiu.
— Eu acho que as notícias sobre Roma estão se espalhando — Pyramo disse quando o
general estava lhe dando as ordens finais antes de partir com seus homens. — Parece haver
muita inquietação.
— Eu mandei uma mensagem a Reylon há alguns semanas atrás, mas não tive uma
resposta— , Theroclide disse. — Espero que você tenha melhor sorte, Pyramo.
— Eu não o desapontarei, Geral.
Os dois homens saudaram um ao outro. Pyramo voltou-se quando chegou à porta.
— General, não acha que seria prudente partir agora, em vez de esperar por notícias de
Roma?
— Sim, eu já pensei nisso.
— Estou surpreso que o general Reylon não pediu o retorno das tropas a Roma se
existe tanta desordem.
— Eu pensei a mesma coisa.— as sobrancelhas de Theroclide arquearam-se ao pensar
nisso, enquanto se voltava para a janela. — Se há revoltas em Roma, então logo se espalhará
por todo o império. Eu acho que é melhor começar a reunir as tropas aqui. Se vai haver
tumulto, é melhor que eles não fiquem espalhados por toda a região.
— Concordo, General. Mandarei notícias durante a viagem. — Pyramo assegurou.
Vários dias mais tarde, descobriu-se que as palavras do general foram proféticas. Um
soldado entrou na mansão, gritando.
— General! General! Venha rápido!
O general saiu de seu gabinete, enquanto outras pessoas vinham dos outros quartos.
— Os aldeões estão vindo até aqui para invadir a mansão. Eles têm armas.
— Pelos deuses, por que?
— Eles estão dizendo que não há mais Império. Eles alegam que Roma caiu, e querem
nos tirar de sua aldeia.

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— Não!— Rhasa gritou por trás de Theroclide. Ela cambaleou para frente, com o rosto
branco como um lençol.
— É impossível! Isso é uma mentira!
— Rhasa, leve seus servos para um dos quartos. Mantenha-os lá, e diga-lhes para
ficarem longe das janelas — , Theroclide ordenou. — Faça o que eu digo, Rhasa— , ele
rugiu asperamente quando ela não fez menção de se mover.
Depois de travar uma verdadeira luta interna, a filha do imperador virou-se e voltou
para seus aposentos.
— Quantos?— O General inquiriu.
— Uma centena mais ou menos
Theroclide deu ordens rapidamente.
— Diga a todos os servos para entrarem. Reúna as tropas e mande cercar a casa. Em
seguida, formem um segundo e um terceiro flanco de defesa. O resto das tropas devem ir
para o campo e esperar até que os moradores cheguem. Posicione os arqueiros em cada
janela do primeiro e segundo andar da casa.
— Sim, General. Hipposten e seus homens estão vindo para cá, também.
— Ótimo. Envie um homem até ele e diga-lhe para circundar os campos também.
— Sim, General.— O soldado correu para fora da casa.
Theroclide foi em busca de Laina e encontrou-a com Sancer em sua pequena cabana.
Contou-lhes que os aldeões estavam prestes a invadir a propriedade.
— Rápido, entre na casa e fiquem em meus aposentos.
— Eu gostaria de lutar— , disse Sancer.
O rosto de Laina ficou branco e agarrou a mão de seu pai:
— Não, pai!
— Não, doutor. Esta não é a sua luta, — o General disse.
— É sua?— Sancer perguntou.
— Não é minha, também.

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— Mais uma razão por que eu deveria defender a propriedade com você e seus
homens— , disse Sancer ferozmente.
— Perdoe-me, doutor, mas você não é um soldado, não foi treinado para ser um. Você
é um curandeiro e suas habilidades nesta área serão necessárias em breve. Precisa ficar com a
sua filha. Vá, rápido, e leve Laina com você!

100
CAPÍTULO NOVE

Levou menos de vinte minutos antes que pudessem ver os moradores chegando ao
longo do horizonte. Como qualquer grupo de agitadores, carregavam várias armas
rudimentares, como paus, ancinhos, pás e enxadas. Alguns deles tinham arcos e flechas,
outros levavam escudos e pararam há alguns metros da mansão, quando viram os inúmeros
soldados romanos que rodeavam completamente a casa. Começaram a atirar terra nos
soldados e contra a mansão.
— Vão para casa, romanos imundos!
— Vocês foram derrotados!
— Roma não existe mais! Voltem para suas pocilgas, malditos, e deixem nossa aldeia!
— Vocês não podem mais nos governar!
— Estamos tomando de volta a nossa terra!
Muitos dos homens começaram a atirar pedras. Os soldados se aproximaram deles,
suas lanças erguidas e os moradores recuaram.
Theroclide saiu detrás da terceira filha de soldados.
— Por favor, vão para casa. Não queremos derramar sangue. Não há necessidade
disso.
— Não, é você que precisa ir para casa!
— Nós já não temos de aguentar a sua tirania. Roma já não é tão poderosa e não
conseguirá manter os povos conquistados!
O general viu os moradores começarem a espalhar-se, aproximando-se por vários
flancos da mansão.
— Eu os aconselho a recuarem e voltar para suas esposas e familiares. A última coisa
que quero fazer é matar qualquer um de vocês, quando não há razão para isso. E não faria
isso se fosse você — , alertou bruscamente quando viu alguns dos aldeões começarem a
empunharem seus arcos — Arqueiros!

101
Das janelas da mansão os arqueiros apareceram, seus arcos e flechas apontados para os
aldeões.
— Uma palavra minha e eles vão deixar voar suas flechas,— o General disse. — Não
se enganem, meus arqueiros são bem treinados, e eles vão acertar os alvos. Olhem atrás de
vocês.
Os aldeões se voltaram e viram mais soldados surgindo dos campos de trigo e milho,
munidos de espadas e escudos. Perceberam que estavam em menor número, cercados e
baixaram as armas.
— Queremos que vão embora!— Os moradores gritaram para eles.
— Vocês não podem nos governar por muito tempo!
— Nós pretendemos sair— , Theroclide anunciou.
— Quando?
— Partam neste instante!
— Estamos à espera de notícias de Roma,— o General disse.
— Não há ninguém em Roma, para enviar mensagens. A cidade entrou em colapso!
Você não ouviu?
O general franziu a testa para eles.
— Nós recebemos notícias de Roma também.
— Então deve saber que a cidade está imersa no caos.
— Se for assim, seu povo terá sua aldeia de volta. De qualquer forma, estaremos
partindo em algumas semanas.
— E queremos a filha do imperador. Sabemos que ela está na casa.
— Qual a utilidade dela para vocês?— Theroclide perguntou.
— Ela é a filha do imperador e foi ele quem mandou invadir a nossa aldeia. Ficar com
ela é nosso direito.
— Assim ela poderá ser julgada pelos crimes de seu pai.
— Pelo menos, queremos mantê-la como refém!
— Nós queremos justiça!

102
— Pode esquecer a filha do imperador,— o General disse. — Eu não vou entregá-la a
vocês. Agora, para casa. Estaremos deixando sua aldeia em breve.
— E leve seus soldados com você!
— Eles não serão mais necessários aqui e irão conosco. Por isso não há necessidade de
derramamento de sangue. Vocês, em breve, terão sua aldeia de volta. Por favor, vão.
O general virou-se e estava prestes a voltar para a casa, quando um dos homens da
aldeia gritou:
— Nós queremos a prostituta!
Theroclide voltou-se.
— O que você disse?
— Queremos a prostituta. A prostituta da vila.
— De que prostituta você está falando?
— A mulher que você tomou como sua escrava, General.
Os olhos de Theroclide ficaram duros e frios.
— Qual é o propósito de levá-la?
— Ela fodeu com os inimigos!
— Assim como muitas das outras mulheres.
— Mas ela queria. Ela queria ter relações sexuais com os inimigos.
— Nós vimos bem quando você a comprou.
— Nós todos vimos. Ela gosta de ser fodida pelos romanos.
— Ela nos traiu, traiu o seu povo.
— E o que vai fazer com ela se eu entregá-la a você?— Theroclide perguntou
friamente.
Um dos aldeões se aproximou do General, a lascívia brilhando em seus olhos.
— Nada além do que ela merece. Todos terão sua vez com ela. Por que a puta iria nos
recusar, quando estava tão ansiosa para abrir as pernas para um soldado romano?
Theroclide se aproximou ainda mais do homem, olhou para ele, e depois deu-lhe um
violento soco que o fez ir ao chão. A princípio, os moradores olharam para o homem e

103
depois para o General em estado de choque, mas logo começaram a avançar. Mas os
soldados ergueram as armas, ameaçadoramente para eles, e eles rapidamente recuaram.
— Você não vai ter Laina, nem nada do que é meu— , declarou Theroclide.
— O que a prostituta significa para você, General?— O homem provocou, limpando o
sangue do rosto. — Logo se cansará dela, como todos os homens enjoam das putas. Ela não
é diferente de qualquer outra mulher que abre as pernas tão facilmente.
Theroclide disse friamente,
— Esta puta em especial é minha mulher.
— Por quanto tempo?
Ele não respondeu por um momento. Então disse enigmaticamente:
— Por quanto tempo eu quiser. Vá para casa. Todos vocês. Nós iremos embora em
breve. — Ele virou-se e entrou na casa. Theroclide esperou mais três semanas por notícias de
Pyramo. Na primeira semana, o oficial tinha enviado mensagens sobre o andamento de sua
viagem a Roma, mas depois da última mensagem que dizia que estava a menos de cem
quilômetros da cidade, as noticias pararam de chegar.
Notícias de Roma chegaram até eles, porém não de seu oficial ou soldados. Vieram de
pessoas que ou tinham passado pela cidade ou estavam fugindo dela. Havia histórias sobre
tumultos, caos, assassinatos em massa, senadores que fugiam aterrorizados disfarçados de
plebeus. Mais e mais, as pessoas que viram a devastação diziam que não havia mais governo,
que ninguém conseguia governar por muito tempo o império, porque um líder queria
derrubar o anterior, apenas para ser morto ou deposto por outro golpe.
— Você não acha que seria melhor começamos nossa jornada em breve?— o oficial
Hipposten perguntou a Theroclide. Hipposten olhou para o céu, e depois para as montanhas à
distância. Em poucos meses haveria neve no topo dos montes.
— Seria muito mais fácil viajar através das montanhas com este clima quente do que
no inverno.
Theroclide também olhou para as montanhas distantes e sabia que era verdade. Ele não
podia esperar mais. Não era apenas o fato do inverno estar chegando e tornar as estradas

104
montanhosas intransitáveis se eles esperassem muito para viajar. Os moradores se tornavam
mais e mais corajosos a cada recém-chegado que contava histórias de caos e colapso em
Roma.
Eles estavam provocando pequenos tumultos quase todos os dias, desafiando os
soldados que patrulhavam a vila e sua autoridade para manter a lei e a ordem. Alguns dos
aldeões chegaram a assassinar dois de seus soldados. Theroclide sabia que poderia
facilmente ter suprimido a rebelião, mas seria um desperdício de vidas em ambos os lados.
Além disso, por tudo que ouvia vindo de Roma, ele não tinha mais um império pelo qual
lutar.
Era hora de deixar a aldeia e começar sua jornada para Roma.
Queria o mínimo de problemas possíveis com os aldeões e organizou sua partida para
o começo da noite. Fizeram uma grande caravana. O general colocou sua tropas ao longo da
caravana, fortalecendo a linha de defesa com um grande número deles na parte dianteira, na
parte traseira e no meio. Ele manteve Laina e Sancer com ele a frente da caravana. Rhasa e o
que restou de seus servos e posses ficaram mais ao final do comboio.
Antes de começarem a jornada, Theroclide e Rhasa envolveram-se em outra grande
polêmica sobre a ordem do general para que a filha do imperador se vestisse da forma mais
simples possível e tirasse todas as joias. Theroclide disse a ela que isso iria chamar muito a
atenção, tanto dos aldeões quanto de possíveis ladrões.
— Como você ousa sugerir que eu me vista como a esposa de um reles aldeão— , ela
cuspiu nele. — Eu sou filha do imperador de Roma e, como tal, tenho que me vestir de
acordo com minha posição. Seria uma suprema humilhação se alguém olhasse para mim e
pensasse que sou uma simples camponesa.
— Eu não permitirei que se coloque em perigo ao anunciar quem é e ostentar o luxo
que insiste em levar para onde quer que vá — , Theroclide ameaçou friamente. — Não quero
que sua aparência anuncie quem é.Me obedeça ou vou deixar suas joias e sedas para os
aldeões.

105
Rhasa sabia que o general cumpriria a ameaça. Ele era um militar e foi treinado para
comandar. E, assim, Rhasa escondeu suas joias e roupas e pediu uma túnica para uma das
servas de Theroclide.
Ele usou seu treinamento como soldado e como líder militar para manter a caravana
em um ritmo constante. Tinham um longo caminho pela frente e deveriam percorrê-lo
durante o dia. Fizeram um bom progresso, mas Theroclide foi misericordioso o suficiente
para deixá-los descansar, de modo que não se sentissem exaustos pela marcha e incapazes de
seguir jornada mais a frente. Pediu-lhes que montassem acampamento sempre ao anoitecer
para que pudessem descansar o suficiente, e os acordava no inicio da manhã para retomar a
sua viagem.
Se Theroclide temia problemas em sua jornada, teve uma grata surpresa: tudo foi paz e
tranquilidade nos primeiros dias. Mas duvidava que houvessem homens que se atreveriam a
causar qualquer problema com uma caravana daquele porte e com tantas tropas a
acompanhá-la.
De vez em quando, eles se deparavam com um viajante que convidavam para se juntar
a eles para uma refeição. Ao redor do fogo, o viajante repetia histórias do caos em Roma.
Laina ficou surpresa quando o general insistiu que ela partilhasse sua carreta com ele
todas as noites. Laina achou que assim que estivessem a caminho de Roma, ele iria
distanciar-se dela, especialmente quando parte do grupo incluía sua futura esposa.
Quando Theroclide se deitou com ela naquelas noites, não foi o amante exigente que
costumava ser. Muitas vezes, ele não mantinha relações sexuais com ela. Simplesmente a
tomava em seus braços e a apertava firmemente contra ele, ficando assim durante toda a
noite. Laina sabia que, em muitas noites, Theroclide somente dormia na madrugada. Mas não
parecia inquieto por ficar sem dormir. Parecia contente de estar acordado, abraçando-a.
— Eu acho que o general não trocou uma palavra com a filha do imperador desde que
saímos da aldeia — , Laina comentou com o pai enquanto cavalgavam lado a lado.
— O que ele teria para dizer a ela, ou ela a ele?— Sancer questionou, simplesmente.
— Eles estão prestes a tornarem-se marido e mulher.

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— Isso é apenas uma questão política. E, talvez, se o que dizem sobre Roma for
verdade, e parece que é, eles podem ter menos ainda para falar.
— O que quer dizer, pai?
— Se não há Roma e nenhum imperador, então não há filha de um imperador. E, se
não houver a filha do imperador, então não haverá um casamento entre a filha do imperador
e um general de Roma. O que haveria para falar?
Laina não respondeu por um momento.
Então disse:
— Pelo menos, ele deveria dar bom dia a ela todos os dias.
Sancer lançou-lhe um olhar sinistro, e Laina piscou. Balançando a cabeça, com afeto e
um pouco de exasperação, ele voltou a observar a paisagem pela qual passavam, buscando
qualquer planta que pudesse incluir em seus remédios.
A caravana continuou a viajar pelas próximas semanas, passando por aldeias e
fazendas, uma após a outra, pacificamente. Somente quando estavam há menos de
quinhentas milhas de Roma, Theroclide finalmente encontrou-se com Pyramo e seus
homens.
Theroclide observou-os e não notou sinais de que haviam lutado, apenas detectou
fadiga por uma viagem longa e com pouco descanso.
— Nossa viagem foi tranquila,— Pyramo disse a ele. — Longa, mas isso era esperado.
— E Roma?
O oficial fez uma pausa.
— Temo que está perdida, General.
Theroclide ficou pálido por um momento, mas se recuperou rapidamente. Deu uma
ordem a um sentinela.
— Busque a filha do imperador, e montem uma tenda.
O general, Pyramo, Rhasa, e todos os outros oficiais se reuniram na tenda que foi
armada em um campo há várias centenas de metros da caravana.

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— Isso é mentira!— Rhasa cuspiu venenosamente quando Pyramo repetiu a notícia.
Ela correu para ele, as mãos fechadas em punhos. — Você é um mentiroso! Eu vou colocá-lo
na ponta de uma corda quando chegarmos a Roma! E alimentar os leões no Coliseu com seus
restos!
Theroclide agarrou os pulsos dela e empurrou-a para uma cadeira. Quando Rhasa
avançou contra ele, deu um tapa em seu rosto, empurrando-a para a cadeira novamente.
— Controle-se, Rhasa!— Ele ordenou bruscamente.
Rhasa permaneceu em sua cadeira, tocando a face machucada.
— Por que você está deixando-o dizer estas mentiras?
— Por que ele mentiria? Não tem razões para isso. Ele serve Roma, como o resto de
nós. Todos que vem nos dizendo a mesma coisa são mentirosos também? — Ele virou-se
para o oficial. — O que sabe sobre o imperador? Como ele está?
O oficial olhou para Rhasa, e ela viu a resposta em seus olhos. Gritou em agonia,
enquanto os oficiais se remexiam, desconfortavelmente. Theroclide levantou a aba da tenda e
chamou uma das servas. Momentos depois, duas criadas de Rhasa entraram. A mais velha
tomou-a nos braços e confortou-a enquanto ela chorava.
— Leve-a para a carreta,— Theroclide ordenou.
— Não— , disse Rhasa, afastando as mulheres e enxugando as lágrimas. — Eu fico.
Quero ouvir mais.
O grupo sentou-se numa improvisada mesa e os oficiais relataram o mesmo que já
tinham ouvido antes.
— Não existe ordem em Roma— Pyramo disse.
— Quem está no comando? — , um dos soldados perguntou.
— Parece que ninguém. Os líderes mudam conforme os ventos. O povo de Roma e
seus soldados não sabem a quem devem obedecer. Quando um líder está no poder, alguém o
mata. Senadores e líderes militares formam e desfazem alianças conforme suas próprias
conveniências.

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Um silêncio atordoado caiu sobre a tenda, enquanto percebiam o que aquilo
significava.
— Então, o que virou Roma?— Theroclide perguntou calmamente.
Rhasa estremeceu violentamente e apertou os braços ao redor da cintura.
— Temo, General, que ninguém possa responder isso— , disse Pyramo igualmente
subjugado.
— Como o meu pai morreu?— Rhasa perguntou.
— Ele foi assassinado, e o povo diz que foi o general Reylon que ordenou sua morte.
Rhasa engasgou e empalideceu.
— Isso é impossível. Ele era meu aliado. Como poderia voltar-se contra mim e meu
pai?
— Ele é um líder militar, Alteza. Muitos dizem que será o próximo imperador, já que
tem o exército atrás dele, e muitos dos senadores correm para aliar-se a ele.
— Nunca!— Ela assobiou. — Enquanto eu viver o assassino de meu pai jamais
colocará a coroa de Roma em sua cabeça.
— Ele a usa entre os seus soldados— , Pyramo disse. O grupo ficou estarrecido.
— Você tem certeza?— Theroclide exigiu. — Como sabe disso?
— Ele exigiu uma reunião comigo e disse-me para dar uma mensagem a filha do
imperador.
— Qual é a mensagem?
— Ele quer negociar os termos de um acordo de paz.
— Nunca!— Rhasa disse. — Eu não vou sentar na mesma mesa que o assassino do
meu pai.
— Nós somos soldados romanos como ele — , disse Theroclide a Pyramo.
— Mas nós lutamos pelo imperador.— Pyramo deu a Rhasa um breve olhar. — E ele
pode vir a ser, afinal.
— Quando podemos nos encontrar?
— Devemos nos encontrar com ele e seus homens amanhã no final da tarde.

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O general se levantou, sinalizando que a reunião tinha chegado ao fim. Uma vez do
lado de fora, e quando os outros oficiais voltaram para o lado de seus homens, Rhasa agarrou
o braço de Theroclide.
— Você se atreve a se encontrar com o assassino do meu pai? Ele traiu a todos nós.
Ele traiu Roma.
— Você parece não compreender, Alteza. Nós, todos nós, somos soldados de Roma.
Mas não há Roma. Depois do que o oficial contou estamos sem um país. Estamos sem um
líder. Uma vez que as tropas ouvirem isso, muitos deles deixarão de lado suas armas e irão
para casa, onde quer que seja. Eles vão voltar para suas fazendas, vilas, para suas esposas,
seus filhos, seus pais e mães, irmãs, irmãos, tias e tios. Quando um soldado perde o país pelo
qual lutar, ele volta para o que deixou, que são a sua família, as pessoas que cresceram com
ele, sua terra natal.
Rhasa virou-se e dirigiu-se para sua carreta, seguida por dois servos.
Para a reunião do final da tarde, o general Reylon trouxe com ele suas tropas que eram
cinco vezes maiores que as de Theroclide. Os dois exércitos estavam várias centenas de
metros separados um do outro por um campo de grama alta, a tenda branca exatamente no
meio entre as duas linhas. Cada líder se aproximou da barraca, seguidos por seus oficiais.
Quando estavam frente a frente, saudaram-se.
Theroclide olhou para os homens de Reylon atrás dele e disse suavemente,
— Parece que esperava uma batalha, General.
— É sempre bom estar preparado. Eu não desejo lutar, assim como acredito que você
também não.
— Ouvi falar que atualmente está no comando em Roma.
— Apenas no momento, estou apenas cumprindo com meu dever.
— O que aconteceu com o Imperador?
Reylon deu de ombros.
— Temo que o imperador não foi feliz ao avaliar as circunstâncias. Ele deveria ter
visto os muitos sinais de que seu reinado estava chegando ao fim.

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— Ouvi dizer que foi você quem apressou este final.
— Eu não tive nada a ver com sua morte. Era meu amigo, e sou um fiel defensor de
sua filha, também.
Theroclide olhou para ele, a expressão no rosto de ambos completamente inexpressiva.
Reylon havia respondido de forma suave, sem hesitação, sem desviar o olhar.
Theroclide suspeitou que, embora Reylon pudesse não ter diretamente contribuído para o
assassinato do imperador, tinha sua parcela de culpa ou não fez nada para impedir.
— Soube que Rhasa viaja com você— , disse Reylon.
— Ela está conosco.
— Será que ela poderia estar presente em nossa conversa?
— Vou pedir-lhe que venha.
— Por favor, faça isso. O que temos para discutir também vai determinar o seu futuro,
bem como o nosso e de Roma.
Theroclide virou-se e sinalizou para um de seus oficiais. O homem voltou para
caravana. Os dois generais entraram na tenda e sentaram-se. Rhasa entrou momentos depois.
Reylon imediatamente se pôs de pé, levando o punho ao peito e se curvou.
— Minha senhora, estou a seu serviço.
Antes que Theroclide percebesse sua intenção, Rhasa ergueu a mão e esbofeteou
Reylon.
— Assassino!
Um dos oficiais de Reylon deu um passo à frente, suas mãos postas na espada, o que
fez Theroclide e seus oficiais aproximarem-se. Reylon levantou a mão para os seus homens,
sinalizando para que se afastassem.
— Me fere profundamente, Alteza, que acredite que estou de alguma forma envolvido
na morte de seu pai. Deixe-me assegurar que não tive nada a ver com isso. Meu único desejo
era servir o imperador e sua filha.
— Alteza, por favor, tente se conter— , Theroclide ordenou bruscamente. — General
Reylon veio em paz.

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Rhasa lançou um olhar de ódio para Reylon.
— Enquanto o assassino de meu pai estiver vivo, nunca haverá paz em Roma.
— Tenho certeza de que não quer dizer isso,— Reylon disse. — Eu só quero o que é
melhor para Roma e para você, Alteza.
— O melhor para Roma e para mim seria ver você e seus homens pendurados numa
corda.
— Rhasa, controle-se— , disse Theroclide bruscamente. — Ou, então, volte para a
caravana.
Ela ficou surpresa por Theroclide usar seu primeiro nome, coisa que raramente fazia, e
tentou controlar sua fúria. Não queria voltar para a caravana quando havia tantos assuntos
importantes para tratar. Rhasa engoliu as palavras de ódio e as ameaças que queria lançar
sobre Reylon e sentou-se à mesa. Os dois generais sentaram-se também.
— Estou certo de que chegaram a vocês notícias sobre Roma— , disse Reylon
— Então é verdade que a cidade está perdida?— Theroclide disse.
— Aconteceram muitas coisas — , Reylon disse. — Não há mais Senado. Muitos
deles foram mortos ou fugiram, assim com os cidadãos. Eu consegui reunir as tropas na
capital para tentar manter a ordem na cidade. O que você talvez ainda não saiba é que
perdemos muitos oficiais e tropas. Tivemos muitas baixas na Ásia Menor, e nas terras ao
Sul. Os bárbaros caíram sobre nós nas fronteiras, fazendo as tropas recuarem. Os selvagens
que são conhecidos como gauleses, também tem feito um grande estrago. Mas já não
podemos nos dar ao luxo de enviar reforços. Perdemos muitos homens. Temo que estamos
numa posição na qual não há alternativa além de deixar as terras ao leste para eles. —
Reylon fez uma pausa, olhando para os outros. — Vim aqui hoje na esperança de reconstruir
Roma, com a sua ajuda. Ordenei ao que resta de nossos exércitos em todo o império que
voltem a Roma, para que possamos reunir nossas forças e defender o que resta. E não serei
capaz de fazer isso sem o apoio de todos os generais.
Houve silêncio em volta da mesa.
— Então, o império está perdido— , Theroclide disse calmamente.

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— Sim, está perdido.
Rhasa era a única na mesa que teve uma reação à declaração contundente. Ela
questionou Reylon.
— Como você pode dizer isso? Somos o maior exército do mundo. Você diz isso
somente porque tivemos algumas derrotas?
Theroclide e Reylon olharam para ela, seus rostos calmos. Os outros homens ficaram
em silêncio e baixaram os olhos. O que não foi dito, mas facilmente compreendido entre os
homens, era o fato de Rhasa não ter experiência militar, e que quando frente a uma situação
como aquela, era melhor enfrentar a realidade. Um soldado não podia agir como os políticos
e estadistas subvertendo fatos que não lhe agradavam. Cada homem na mesa com seus
muitos anos de treinamento e muitas batalhas reconhecia quando era prudente enfrentar a
derrota, recuar e pensar em alternativas para inverter a situação.
Rhasa corou quando os homens permaneceram em silêncio e sabia que tinha dito uma
asneira. Voltou-se para Theroclide, tentando suprimir a frustração:
— Você concorda com Reylon quando diz que o império está perdido?
— Há sinais, Sua Alteza, há anos de que o império estava ameaçado, não somente
pelos bárbaros em nossas fronteiras, mas também pelo próprio povo e políticos. Com
certeza, você deve ter ouvido falar disso. Nenhum Estado pode sobreviver tantos anos com
tal turbulência interna como ocorria em Roma. O que aconteceu era inevitável.
— Mas isso não significa que temos que admitir a derrota— , disse Rhasa com
urgência. — Vamos reagrupar e recuperar o que perdemos. Primeiro reforçar as legiões.
Temos que reconstruir nossas tropas, para que possamos ter de volta as regiões que
perdemos para os bárbaros.
— Isso é mais fácil dizer do que fazer— disse Reylon. — Acho que não imagina o
grande número de homens que perdemos ao longo dos anos. As legiões são uma pequena
fração do que eram antes.
— Então, vamos conseguir mais soldados. Vamos recrutar mais homens para o
exército. Podemos contratar soldados de outras terras.

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— Nós não temos dinheiro para pagar os homens. Os cofres de Roma estão
praticamente vazios.
— Então vamos conseguir mais dinheiro, aumentar os impostos .
Novamente, os dois generais a encararam friamente, a impaciência demonstrada
através da frieza em seus olhos.
— Sua Alteza,— o General Reylon disse gentilmente, como um pai falaria com uma
criança. — O povo de Roma está cansado de lutar. Os homens estão cansados da guerra
constante com outros povos. Eles querem voltar para suas famílias, suas terras e fazendas.
Minha primeira preocupação é tentar manter o pouco que resta. Isso significa que devemos
recuar. Vou tentar levar todas as legiões que restam para Roma.
— Como se propõe a fazer isso?— Theroclide perguntou.
— Pedindo lealdade dos generais, começando por você, Theroclide .
— E se eu optar por não concordar com esta aliança?— Theroclide rebateu.
— Então deve jurar que nunca vai erguer seu exército contra Roma. Caso contrário, eu
não tenho escolha, a não ser prendê-lo para a proteção do Estado. Eu gostaria que você
oferecesse seus soldados a Roma. Posso lhe dar o comando de um exército inteiro. Você
sabe muito bem que qualquer líder que quiser se manter no poder em Roma precisa de
aliados poderosos.
— Parece que o próximo imperador de Roma já está escolhido — , Theroclide disse
secamente — Você.
Reylon não fingiu não ter entendido o que Theroclide dizia.
— Como posso abandonar o meu país em tempos de crise? Não escolhi tomar a coroa
de Roma. Receio que ela simplesmente caiu em cima de mim por força das circunstâncias.
Theroclide não disse nada por um momento. Então se levantou. Seus oficiais se
ergueram também.
— General Reylon, eu sou um soldado e, como tal, sirvo o Estado. Como também os
meus homens.

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— Obrigado, Demonsthenes. Eu aprecio isso. Sua experiência na liderança e em
batalhas será muito necessária. Eu sabia que podia contar com você para assumir os
exércitos...
— Perdoe-me, General Reylon, mas temo ter que recusar o cargo.
Reylon parecia chocado.
— Esta é uma oportunidade única!Você será o líder do maior exército do mundo. Um
soldado lutaria uma vida inteira para chegar a este posto.
— Eu sei o que estou recusando, General. Nunca cobicei ou procurei tal poder.
— Sim, sua lealdade é bem conhecida, o que torna ainda mais imperativo que você
aceite este posto. Pode não buscar a glória, Theroclide, mas ela procura por você. Está
desafiando destino se não aceitá-la.
— Vai me perdoar, General, mas sempre acreditei que um homem faz seu próprio
destino. Eu servirei ao que resta do império, mas gostaria de ser um líder em minha terra.
Reylon olhou para Theroclide astutamente.
— Você quer voltar para a sua terra natal.
— Sim, quero. E defenderei este pedaço de Roma, que será a minha casa, tão
ferozmente quanto lutei pelo império no passado.
Reylon olhou para Rhasa. Então disse a Theroclide,
— Se eu tivesse um líder forte como você em Roma, faria tudo que está em meu
poder para forçá-lo a aceitar este posto. Temos que defender a cidade pois estamos sob o
cerco constante por todos os lados. Você pode levar os seus soldados para o norte, para as
suas terras e defendê-las para Roma.
Theroclide saudou-o e seus oficiais fizeram o mesmo. Quando se virou para sair,
indicou a Rhasa para segui-lo, quando Reylon disse:
— Sua Alteza, eu gostaria de falar-lhe...a sós.
Rhasa virou-se e estava a ponto de cuspir nele, mas depois pensou melhor. Ela acenou
para Theroclide.
— Estaremos esperando, Sua Alteza— disse Theroclide.

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Foi uma longa espera. O exército de ambos os generais e o resto da caravana
itinerante, todos esperando na beira da estrada pela filha do falecido imperador romano e o
novo líder de Roma. Quando saiu, Reylon estava segurando seu braço direito e Rhasa tinha a
mão posta sobre ele.
— Tenho ótimas notícias para os leais soldados de Roma: Rhasa concordou em ser
minha esposa — , ele anunciou. — Juntos, vamos tornar Roma forte e poderosa de novo.—
as tropas de Reylon aplaudiram e bateu em seus escudos com suas lanças e espadas.
Theroclide e seus homens não manifestaram nenhuma reação. Os membros da caravana se
entreolharam, confusos.
— Será um grande acontecimento— disse Reylon. — Para Roma e para nós.
Uma vez que se puseram a caminho, Theroclide aproximou-se da carruagem de Rhasa.
— Eu gostaria de ver a filha do imperador.
A carruagem parou para que ele pudesse entrar. Encontrou-a descansando sobre um
tecido de seda, inclinada entre as almofadas. Ela não tinha a aparência de uma mulher que
estava de luto pela perda de seu pai ou de seu país. Poucas horas atrás, ela estava perturbada
e mal tinha controle sobre si mesma. Agora, havia um brilho de imensa confiança e
satisfação em seus olhos. Theroclide pensou que nunca a viu tão relaxada, ou tão bonita,
agora que tinha conseguido o que buscou a vida toda.
— Você veio castigar-me por minha rápida troca de lado ?— Rhasa perguntou
ironicamente.
— Não, de forma alguma, Alteza.
— Mas está curioso.
— Sim, estou. Há uma grande chance de que Reylon tenha sido, em parte, responsável
pela morte de seu pai. Isso não a incomoda?
Rhasa encolheu os ombros.
— São apenas rumores. E não posso determinar meu destino de acordo com rumores.
Além disso, é o que meu pai queria para mim: ser a imperatriz. Ele sempre disse que era meu
destino. E não posso e nem quero mudar meu destino.

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Theroclide não precisou ouvir as palavras para entender o que Rhasa queria dizer. Ele
sabia que ela o achava um covarde por negar seu destino.
Ela se acomodou mais confortavelmente contra as almofadas.
— Além disso, nosso casamento nunca daria certo. Queremos coisas diferentes, não só
em nosso casamento, mas também para Roma. É melhor assim. Agora vejo que Reylon e eu
somos um casal muito mais compatível do que você e eu seriamos. Ele quer o que eu quero.
— Ela estendeu a mão para Theroclide — Você vai assistir nosso casamento, não vai,
General Demonsthenes?
Theroclide pegou sua mão e beijou-a.
— Sim, eu vou estar lá. Então, isso é um adeus, Alteza. Que você e o General tenham
uma vida boa e sucesso como governantes de Roma.
Rhasa deu um aceno real, altivo como ela, mesmo em suas simples, roupas de viagem.
— Obrigado, General. Espero que tenha uma vida longa e bem sucedida, também.
Ficou decidido que o general Reylon e suas tropas iriam acompanhar Rhasa e sua
comitiva. Theroclide e seus homens iriam viajar para sua terra natal, algumas centenas de
quilômetros de Roma, numa região próxima a costa. Lá, ele e suas tropas defenderiam a terra
de novas incursões de povos estrangeiros.
Theroclide rumou para frente da caravana,e logo estava ao lado de Laina. Cavalgaram
lado a lado por um longo tempo. Finalmente, ela virou-se e estudou-o, procurando quaisquer
sinais de sua reação à mudança de Rhasa. O rosto dele estava inexpressivo, como sempre,
escondendo qualquer reação que pudesse demonstrar seus sentimentos. Mas ela notou, em
sua boca um discreto sorriso, mais descontraído do que o habitual.
— Você está desapontado por não se tornar o imperador?— , ela perguntou.
— Não, não.
— Para onde vai?
Theroclide voltou a cabeça e lançou-lhe um olhar enigmático.
— Vou voltar para a minha terra natal e defendê-la para o meu povo. Lá, também
poderei cuidar de minha fazenda, algo que não pude fazer por um longo tempo.

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Laina olhou-o de cima abaixo.
— Você é o último homem que eu imaginaria como um fazendeiro.— Ela concluiu.
— Assim, estaremos na mesma terra, afinal.
— Não só na mesma terra, Laina Mooreland, mas também vamos morar sob o mesmo
teto.
No começo, Laina não entendeu suas palavras. Quando percebeu o que ele queria
dizer, sorriu.
— Mas, eu pensei que você me daria a liberdade.
Ele lançou-lhe um olhar que a fez estremecer, ferozmente possessivo.
— Eu nunca quis dar a sua liberdade. E, agora, que eu não tenho mais que me casar
com Rhasa, não preciso fazer isso. — Ele deu um sorriso que era ao mesmo tempo uma
promessa e uma ameaça. — Sim, Laina, você vai voltar para casa comigo. E vou mantê-la
como minha escrava pelo resto de nossas vidas.

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EPÍLOGO

Era final da manhã, o sol brilhava e o ar estava fresco. Laina passeava pelos jardins da
mansão, um pouco preocupada. Ela estava grávida de seis meses e o bebê estava começando
a dar sinais de sua presença. Ela queria não dormir até tão tarde no período da manhã. Tinha
muitas coisas para fazer: catalogar as ervas e misturá-las em medicamentos para ajudar seu
pai. Também queria trabalhar na biblioteca e catalogar os livros e pergaminhos. E em
seguida, arrumar a câmara ao lado dos aposentos que compartilhava com seu amo, o
General, para a vinda do bebê. Seu amo disse, como um arrogante pai de primeira viagem,
que era normal ela estar tão cansada neste período. É claro, ela pensou com certa
exasperação, isso não o impedia de mantê-la acordada pelas madrugadas. Embora sempre
fosse gentil com ela agora que esperava um filho dele, o general ainda era muito exigente.
Ele agora permanecia sobre seu corpo, os beijos mais suaves, suas estocadas profundas
provocando um prazer intenso.
As únicas vezes em que podia, de fato, descansar era quando seu amo estava
inspecionando a região com seu exército ou visitando as fronteiras para se certificar de que
não haviam quaisquer ameaças de invasão. Sua parteira estalava a língua e balançava a
cabeça, exasperada, quando ele chegava em casa. A primeira coisa que Theroclide fazia
quando voltava era buscar sua escrava e trancá-la em seus aposentos, muitas vezes por dias.
Embora houvesse tumulto em Roma, ali as coisas pareciam estáveis o suficiente para
que Theroclide não precisasse comandar batalhas. Isso lhe deu tempo suficiente para que ele
passasse muitos de seus dias cuidando de sua fazenda e do comércio da região.
Logo adiante, Laina ouviu seu pai conversar com um de seus pacientes. Quando
Theroclide os trouxe para aquelas terras, deu a Sancer uma pequena cabana próxima as
cozinhas para exercer sua medicina. A reputação de Sancer como curandeiro rapidamente se

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espalhou em sua nova pátria, de modo que logo ficou tão conhecido quanto era em sua
aldeia, antes da invasão dos romanos.
Fazia quase um ano que Theroclide os trouxe para sua terra natal e para a fazenda
onde ele nasceu e se criou. Era uma fazenda muito maior do que ele tinha levado Laina a
acreditar. Além dela, havia um grande porto, que era de propriedade do General e estava
prosperando, mesmo durante aqueles períodos de instabilidade. Ela percebeu então que ele
era um dos homens mais ricos de Roma.
Theroclide instalou Laina em seus aposentos como sua escrava, assim como tinha
feito em sua aldeia. O que era esperado, já que ela ainda usava o aro de ouro em sua barriga
com as finas correntes em volta da cintura, a haste que tinha o brasão de sua família e as
tornozeleiras de sinos minúsculos, o que fazia com que fosse ouvida onde quer que estivesse.
Laina ainda vestia túnicas de seda curtas de cores exóticas, apropriadas para uma escrava de
amor. Theroclide, porém, fora de seus aposentos, a tratava com muito respeito e indulgência
como se fosse uma esposa amada, dando-lhe o comando de seu lar. Para todos os servos e o
povo da região, ela era a mulher de Theroclide e tratada como tal.
Dois meses depois de chegar em sua nova casa, Laina descobriu que estava grávida.
No começo, não sabia como Theroclide iria reagir. Quando ela contou, inicialmente, ele
ficou chocado. Depois a tomou nos braços e beijou-a, quase sufocando-a, em seguida a girou
no ar, rindo como um lunático.
Atrás dela, ouviu passos se aproximando,e os reconheceu como sendo de Theroclide.
Ele havia acordado horas antes, aparentemente não incomodado com a falta de sono como
ela estava depois de horas de práticas sexuais. Laina fechou os olhos quando sentiu os braços
dele em volta de sua cintura, e estremeceu como fazia cada vez que ele a tocava. Theroclide
correu as mãos sobre o ventre protuberante e acariciou-o suavemente. Inclinou a cabeça para
beijá-la.
— Você precisa de sua sesta da manhã, Laina,— ele murmurou, enquanto corria os
lábios de sua face para o pescoço. — Me disseram que todas as mulheres grávidas precisam

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muito de descanso. Deixe-me levá-la lá para cima. — Suas mãos começaram a vagar sobre
as curvas do corpo de Laina que se tornaram mais voluptuosas com a gravidez.
Serenamente, ela colocou a mão sobre a dele.
— Obrigado, Theroclide, mas eu acabei de sair da cama.
Ficaram assim por um momento,as mãos de Theroclide reverentemente acariciando
seu ventre saliente, a cabeça inclinada para trás contra seu peito, os dois olhando para os
campos onde os trabalhadores estavam cuidando das plantações.
— Você sente falta de sua antiga vida?— Ela perguntou de repente.
— Exatamente do que?— , Ele murmurou, o rosto enterrado em seus cabelos espessos
e escuros.
— De estar em batalhas? Liderando seus soldados por todo o país?
— Não, de forma alguma. Qualquer bom soldado prefere a paz em vez da guerra.
— Então, você não está profundamente infeliz acorrentado a sua escrava e seu filho?
— Nunca— ele disse ferozmente. — Você é minha vida, minha pequena escrava. Foi
minha desde a primeira vez que olhei em seus olhos naquele leilão e você me ignorou como
se não fosse nada além de sujeira sob os seus pés. — Ele colocou a mão sobre a barriga dela .
— E esta criança também será a minha vida, assim como as outras crianças que nós teremos.
Ela jogou a cabeça para trás contra seu peito largo para olhar para ele.
— Então você acha justo eu passar o resto da minha vida como sua escrava — , ela
disse maliciosamente.
Ele baixou a cabeça e deu um beijo na ponta do nariz de Laina.
— Sim, eu acho muito justo. É uma troca justa. Você não percebeu, Laina?
Ela olhou-o, intrigada, balançou a cabeça.
— Você escravizou meu coração, minha alma, meu corpo para o resto da minha vida,
e por esse crime, é justo que passe o resto da sua vida se redimindo, como minha escrava.
— E passar a minha vida em sua cama, não é?— disse, preguiçosamente.
— E como seu escravo — , Theroclide esticou o braço a frente dela. — Eu lhe dou o
mundo e tudo o que é meu.

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Laina virou-se e examinou sua terra, sorrindo e aconchegando-se mais em seus braços.
— Eu acho que é uma troca justa.

FIM

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