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Ministério das Finanças

Serviço Nacional das Alfândegas

Procedimentos Aduaneiros de
Importação de Mercadorias

Nickolas G. da Silva Neto (DPP)


10/07/12
INDICE

„ As Alfândegas
„ Instrumentos Legais
„ Os Regimes e Procedimentos
Aduaneiros
„ A Cadeia Logística
„ Avaliação e Classificação de
Mercadorias
Alfândegas – Regiões Aduaneiras
ANGOLA - Informação

„ República de Angola
„ Capital: Luanda
„ Presidente: José Eduardo dos Santos
„ População: +/- 16 Millions
„ Território: 1,246,700 Km2
„ Extensão da Costa: 1,650 Km
ANGOLA - Comércio
„ Agricultura: Bananas, Cana de Açúcar, Café,
Milho, Algodão, Gado;
„ Indústrias: Petrolífera, Diamantífera.
„ Importações: Maquinarias, Veículos,
Medicamentos, etc.
„ Exportações: Crude, Diamantes, Café, Algodão,
etc.
„ Maiores Parceiros Comerciais: Portugal,
Brasil, Estados Unidos América, China, Africa do
Sul.
Alfândegas - Missão
„ Maximizar a arrecadação das receitas
mediante a aplicação de sistemas eficientes,
eficazes, sustentáveis e transparente.

„ Promover o cumprimento voluntário e o


investimento privado com uma força de
trabalho dedicada e honesta.

„ Aplicar as leis aduaneiras de forma justa e


imparcial
Alfândegas - Organigrama
Ministério das Finanças

Serviço Nacional das Alfândegas

Serviço Serviço Regional Serviço Regional Serviço Regional


do Lobito de Luanda
Regional de Cabinda do Namibe
A Cadeia Logística
A Cadeia Logística
A Cadeia Logística – o
Processo Ideal
„ Para o Processo de importação, o importador e seu Representante deve estar
devidamente cadastrado pelo MINCO e deve ter em sua posse as respectivas facturas
pró-formas.
„ O importador deve obrigatoriamente obter um cartão de contribuinte e solicitar, caso
as mercadorias careçam de uma autorização de uma instituição específica, ás
instituições o certificado de exclusividade ou certificado sanitário/fitossanitário.
„ O Ministério do Comércio licencia a importação emitindo o DU Provisório.
„ Caso necessário, a Empresa de Inspecção pré-embarque, após solicitação, emite o
PIP.
„ O Importador contacta o fornecedor para pagar a mercadoria e acertar a data da
inspecção Pré Embarque.
„ A Empresa de Inspecção pré-embarque efectua a inspecção caso a mercadoria tenha
de ser inspeccionada. Caso o resultado seja negativo emite-se o NNRF ou Atestado
de Não Verificação (ADNV), que se entrega ao importador para informá-lo que a sua
mercadoria não foi aprovada. Mas se o resultado for positivo emite-se o CRF ou
Atestado de Verificação (ADV) que certifica a qualidade da mercadoria.
„ As Agências de Navegação e as Companhias Aéreas emitem o BL ou a Carta de
porte, enviam a mercadoria para o Angola e visam com um “Bom para Despacho”.
Caso as mercadorias venham por via marítima o C.N.C.A. deve emitir um certificado
de embarque.
A Cadeia Logística
„ A mercadoria chega ao porto/aeroporto e/ou terminais de armazenagem.
„ O Importador deve encontrar um Despachante para tratar de todos os
trâmites de desalfandegamento.
„ Após reunir toda documentação, o Despachante ou Caixeiro despachante
elabora o DU e o submete com toda documentação necessária para o regime
solicitado.
„ As alfândegas recebem o DU e a documentação anexa caso esteja tudo
conforme.
„ Depois de processar toda informação as alfândegas emitem uma nota de
pagamento que servirá ao Despachante para efectuar o respectivo
pagamento no Banco Comercial.
„ Assim que o pagamento é feito, o banco envia automaticamente uma
mensagem as alfândegas, informando que o pagamento foi feito, e é
disponibilizada ao Despachante a Nota de Desalfandegamento.
„ Após a recepção da nota de desalfandegamento, o despachante ou o
importador deve dirigir-se ao terminal portuário/aeroportuário, para efectuar
o pagamento das taxas de armazenagem, e depois dirigir-se a Policia Fiscal
para retirar a a mercadoria do local onde se encontra armazenada.
Os Passos do Desalfandegamento nas Alfândegas

Recepção do Despacho (DU)

Dados inseridos no sistem a inform atizado.

Em issão da Nota de Pagam ento


(Direitos e dem ais im posições aduaneiras)

Pagam ento no Bancos pelos


Despachantes ou Im portadores.
Banco em ite o Docum ento de Arrecadação
de Receita (DAR) e confirm a
electronicam ente às Alfândegas.

Nota de Saída em itida no m om ento da recepção do DAR


e da confirm ação electrónica do Banco.

Próxim o Passo: Pagam ento dos encargos Portuários e/ou Aeroportuários.


Os Regimes, Códigos de
Tratamento e
Procedimentos Aduaneiros
Regimes Aduaneiros
„ 11 - Importação Definitiva
„ 12 – Importação Simplificada
„ 14 - Importação Temporária
– 141 – Importação Temporária de material cinematográfico e de publicidade;
– 142 – Importação Temporária de amostras comerciais, material artístico e animais
para exposição;
„ 15 – Reimportação
– 151 – Reimportação de mercadorias objecto de transformação noutras mercadorias
no Exterior do País;
„ 21 - Exportação Definitiva
„ 24 – Exportação Temporária
„ 25 – Reexportação
– 251 - Reexportação de películas cinematográficas;
– 252 – Reexportação de outras mercadorias, mas, que façam parte de material
cénico artístico.
„ 41 - Armazenagem Aduaneira
„ 51 - Trânsito Nacional/ Doméstico
„ 61 - Trânsito Internacional
Códigos de Tratamento
„ 100- Processamento do DU “Via Rápida”
„ 200 e 300 - Mercadoria Apreendidas Destruídas e
Abandonadas
„ 400 - Entrega não autorizada
„ 500 - Mercadoria Importada pelo entreposto Aduaneiro
„ 810 - Alienação de Viatura (após 5 anos de isenção)
„ 820 - Remoção de mercadorias nos armazéns de regime
aduaneiro
„ 830 - Mercadoria consignada e mesmo documentos de
transporte
„ 840 - Trânsito Indirecto ou Reexportação Directa
„ 850 - Declaração Incompletas
„ 860 - Importação ou Exportação temporária sujeita a caução
de valores
Procedimentos Modernos
„ Desalfandegamento Prévio
– Declarações antes da chegada das mercadorias.
– Concedida às entidades que importam elevadas
quantidades de mercadorias de modo regular.
„ Submissão antecipada
– Declarações submetidas antes da chegada das
mercadorias
– Permite o levantamento das mesmas no momento da sua
chegada ou logo depois.
„ Via Rápida
– Para mercadorias já entradas em Angola que requerem
prioridade de desalfandegamento.
Documentos a apresentar por regime

Regim Regime Regime Regime Regime Regime Regime Regime Regime


Documentos Regime 61
e 11 12 14 15 21 24 25 41 51

X X X X X X X X X
Formulário de despacho aduaneiro (DU)
devidamente preenchido

X X X
Notificação de Licenciamento e DU
Provisório

Factura (s) Comercial definitiva X X X X X X X X X X


Factura (s) do Frete e do seguro de X X X X X X X X X
Transporte

Documento de Transporte da Mercadoria X X X X X X X X X X


(BL/CP/ OUTROS)

Certificado de embarque do Conselho X X X


Nacional de Carregadores

Declaração de valores X X X X X X

Cópia do cartão de Contribuinte X X X X X X X X X X


Cópia de identificação pessoal (No caso de X
particulares)

Cópia do Passaporte/Documento de Viagem X


com carimbo
de entrada no País

Cópia do Bilhete de Passagem X


Documentos Necessários para a Tramitação das declarações Aduaneiras nos Diferentes Regimes

Regi
Regime Regim Regim Regime
Documentos me
12 e 14 e 15 21
Regime 24 Regime 25 Regime 41 Regime 51 Regime 61
11

Documento que comprova estar a X X


residir no exterior do
País a mais de 6 meses

Nota verbal do MIREX X X X

Certificado de Inspecção Pré- X X X


Embarque ou documento
Equivalente

Formulário de despacho aduaneiro X X


(DU) do Regime de Regularização

Espelho ou cópia do DU do regime X X


suspensivo

Termo de compromisso de X X
regularização da caução

Declaração do Importadora a X X
autorizar o Levantamento
da Caução.

Contrato ou Certificado de garantia X X X

Certificado Sanitário (para X


produtos do reino animal)

Certificado de Fumigação (Para X


roupa usada “Fardos”)
Documentos Necessários para a Tramitação das declarações Aduaneiras nos Diferentes Regimes

Regi Regi Regi Regi Regi


Regime Regim Regime Regim
Documentos 11 e 12
Regime 14
15
me me
e 25
me me me
21 24 41 51 61

Certificado Fitossanitário (Plantas e X X X


produto do reino
Vegetal)

Certificado Zootécnico (para animais X X X


vivos)

Declaração de Exclusividade de X X
aplicação ou Termo de
Compromisso (Sector Petrolífero)

Parecer do INACOM (importação de X X


material de
Telecomunicações)

Certificado de qualidade X

Nota de Isenção X X

Livrete Original (Viaturas Usadas) X X X

Alvará Comercial (para X X


Concessionária)
Instrumentos Legais
Legislação – Pauta Aduaneira (SH, v. 2007 Decreto Lei 02/08 de 4 de
Agosto)

„ Cria condições favoráveis ao crescimento da produção nacional,


acelerando o processo de substituição de importações e assegurando o
abastecimento dos bens essenciais à população;

„ Acompanha a dinâmica evolutiva do SH e incorpora as mudanças


correspondentes à versão de 2002, adequando-a aos convénios
internacionais e exigências da OMC e OMA para facilitar o comércio lícito;

„ Revê as taxas de modo a proteger a produção nacional, sem que os


consumidores sejam prejudicados. Isto é, garantido que tenham acesso às
mercadorias essenciais a preços competitivos.

„ Concede benefícios fiscais aduaneiros ao sector económico e criar justiça


tributária.
Legislação – Pauta Aduaneira (SH, v. 2007 Decreto Lei 02/08 de 4 de
Agosto)

No respeitante às taxas, houve

„ Redução de taxas para equipamentos e matéria primas;

„ Eliminação de taxas para a exportação;

„ Redução da taxa máxima de 35% para 30%;

„ Desagravamentos importantes: por exemplo tecidos de 20% para 5%;


Peças sobressalentes: 2%; Equipamentos 2%;

„ Taxas reduzidas para produtos com menos grau de transformação;

„ Aumento de taxas para viaturas usadas (+5 anos)


Legislação – Código Aduaneiro (Decreto Lei 05/06 de 4 de
Outubro)

Novo diploma legislativo fundamental para o


funcionamento da Alfândega que introduz
significativas alterações:
– no processo de importação;
– no processo de apresentação de declarações;
– No papel e comportamento dos importadores;
– Nova metodologia de avaliação (Acordo da Avaliação da
OMC);
Legislação – Código Aduaneiro (Decreto Lei 05/06 de 4 de
Outubro)

– Regulamenta o funcionamento do Tribunal para questões aduaneiras fiscais;

– Define uma nova tipologia e introduz alterações nas definições de alguns dos
crimes e transgressões praticadas no acto de desembaraço;

– Delega competência às Alfândegas para fazer inspecções, auditorias e visitas


aos armazéns dos importadores;

– Aumenta as garantias de protecção dos direitos do cidadão e dos


importadores.

– Actualiza as multas em função das transgressões ou infracções cometidas;

– Incorpora matérias contidas na legislação aduaneira internacional (Kyoto,


Acordo Avaliação da OMC, etc.) valor aduaneiro, Código da Ética;

– Regulamenta as translações electrónicas.


Avaliação e Classificação de
Mercadorias
Valor aduaneiro das
Mercadorias importadas
Base legal
„ Externa, Artigo VII do GATT 1994

„ (OMC) OMA (Organização Mundial das


Alfândegas)
„ Interna, Código Aduaneiro.
Valor transaccional

„ O valor aduaneiro de uma mercadoria


importada é o seu valor transaccional, artigo
100º., Código Aduaneiro.
„ O valor transaccional é o preço
efectivamente pago ou a pagar pelas
mercadorias importadas quando vendidas
para a exportação com destino ao País,
ajustado de acordo com as disposições do
artigo 117º., do Código Aduaneiro.
Coligação

„ Por coligação entende-se a relação


entre o comprador e o vendedor.
„ Se a coligação afectar o preço o valor
aduaneiro não será aceite.
Pessoas coligadas

Artigos 102 e 103 do Código Aduaneiro

Só serão consideradas coligadas se:


Uma faça parte do Conselho de
Administração ou da gerência da
sociedade da outra vice-versa:
Pessoas coligadas

„ Tenham juridicamente a qualidade de


sócios da mesma empresa.
„ Forem membros da mesma família
„ Uma emprese é distribuidora exclusiva
de outra.
Métodos alternativos

„ Se o valor aduaneiro das mercadorias


importadas não puder ser determinado
com base no artigo 100º., do Código
Aduaneiro o valor aduaneiro será
determinado segundo os métodos
abaixo mencionados.
Métodos alternativos

„ Valor transaccional de mercadorias idênticas


( 106.º , 107.º do C.A)

„ Valor Transaccional de Mercadorias Similares (109º.


110.ºCA)

„ Método Dedutivo (112.º , 113.ºCA)

▪ Método de Valor Calculado (114.ºCA)

„ Método de Último Recurso (115.º CA)


Classificação Pautal de
Mercadorias
Classificação Pautal de
Mercadorias
Base para Classificação de Mercadorias:

„ Nomenclatura do SH;
„ Pauta Aduaneira (Decreto-Lei 2/08 de
04 de Outubro);
„ Pareceres de classificação da OMA
(Organização Mundial das Alfândegas)
Classificação Pautal de
Mercadorias
Conceito
„ Nomenclatura do Sistema
Harmonizado (SH): Instrumento de
Comércio Internacional que serve para
Classificar (codificar e designar)
mercadorias.
Classificação Pautal
de Mercadorias

PAUTA ADUANEIRA:
Elaborada com base nos elementos da
nomenclatura do Sistema Harmonizado
(SH), mais as medidas de carácter
nacional (ex.: Direitos, Imposto de
Consumo)
Classificação Pautal de
Mercadorias
Estrutura:

„ Lista de Descrições;
„ Notas Legais;
„ Regras Gerais de Interpretação (RGI).
Classificação Pautal de
Mercadorias
„ Lista de descrições: Designações de
mercadorias que permitem que os
classificadores nomeiem de forma uniforme as
mercadorias do comércio Internacional;

„ Notas Legais: São disposições com Força


Legal, que regulam e determinam, por si só, a
classificação pautal, porque as suas instruções
são de cumprimento obrigatório.
elas podem ser de Secções, Capítulos,
Subcapítulos e de subposição.
Classificação Pautal
de Mercadorias

„ Regras Gerais de Interpretação


(RGI):
Conjunto de 6 normais ou princípios
com Força Legal, que possibilitam uma
correcta classificação de mercadorias e
cujas instruções são de cumprimento
obrigatório.
Classificação Pautal de
Mercadorias
„ As regras gerais para a interpretação do
SH:

Permitem assegurar uma interpretação


jurídica e uniforme conduzindo a uma
classificação correcta da mercadoria, ou
seja, enquadrá-la num só código pautal,
depois de serem afastadas todas as
restantes hipóteses de classificação.
Classificação Pautal de
Mercadorias

“Classificar uma mercadoria consiste em


proceder ao seu enquadramento na
nomenclatura, no sentido de encontrar
o código pautal apropriado”
Classificação Pautal
de Mercadorias
Para classificar uma mercadoria implica conhecê-la
primeiro, no Sistema Harmonizado, CLASSIFICAR
significa:
1- Identificar o artigo (O que é isto?)
2- Identificar a matéria (De que matéria está
constituído?)
3- Identificar a utilidade (para que serve?)
4- Identificar a apresentação (como se
importa/apresenta/está acondicionada?)
5- Identificar a posição (Quais são as possíveis
posições pautais?)
Alfândegas de Angola

www.alfandegas.gv.ao
info@alfandegas.gv.ao

Rua Teresa Afonso nº 2, Caixa Postal nº


1254, Luanda, Angola.

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