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ASSUNTO: Pagamento em prestações de dívidas tributárias

Para conhecimento e orientação do Contribuinte

A dívida tributária pode ser Paga em Prestações”?

Dívida tributária – representa o valor de tributos e acréscimos legais, imposto ou taxas, multas e juros, de
que o contribuinte tenha sido validamente notificado pelos órgãos competentes da Administração Geral
Tributária, ou seja, o conjunto de prestações tributárias incluindo acréscimos legais a que o sujeito passivo
ou outro responsável tributário se encontre adstrito a efectuar a favor do Estado, no âmbito de uma relação
jurídica tributária.

Ao abrigo do regime legal em vigor, as dívidas tributárias devem ser pagas numa única prestação, durante
o mês de calendário subsequente ao definido na Lei ou notificação da liquidação.

No entanto, a lei confere a prerrogativa de os contribuintes efectuarem o pagamento em prestações. Essa


possibilidade vem prevista nos artigos 136.º do Código Geral Tributário (CGT) e 72.º do Código das
Execuções Fiscais, e só pode ser concedida aos contribuintes que assim o requeiram, devendo para o
efeito demonstrar que têm dificuldades económicas que o incapacitam de efectuar o pagamento da dívida
tributária numa única prestação.

A solicitação de pagamento em prestações da dívida tributária, pode ser apresentada em qualquer fase do
procedimento tributário, em sede de procedimento inspectivo, de reclamação, de recurso hierárquico, ou
de impugnação judicial e consoante o grau de dificuldades económicas do contribuinte e o montante da
obrigação, as prestações são então fixadas para o cumprimento mensal, entre um mínimo de 6 (seis) e um
máximo de 18 (dezoito) prestações.

O pagamento em prestações depende da prestação de garantia autónoma ou a obtenção da autorização


de dispensa de prestação de garantia, em virtude de ter o requerente graves dificuldades económicas para
o efeito.

Verificando-se incumprimento no pagamento de imposto ou divida tributária, começam imediatamente a


correr juros de mora que vencem no primeiro dia de cada mês, contando-se por inteiro o mês em que se
efectua a cobrança.

Atentos ao artigo 136.º do Código Geral Tributário, que trata dos pagamentos voluntários e que no seu n.º
3 compreende o mecanismo de pagamento a prestações, define o n.º 10 deste artigo, que, e passamos a
citar, “A importância a pagar em prestações compreende os juros de mora que continuam a vencer-
se em relação à dívida tributária, os quais são incluídos no respectivo titulo de cobrança”.
Deste modo, os planos de pagamentos a prestações a serem elaborados pelos serviços da Administração
Tributária, devem obrigatoriamente conter os correspondentes juros de mora vencidos e vincendos, que
contar-se-ão em relação à dívida tributária, cumprindo as regras previstas no artigo 52.º do Código Geral
Tribuário.

Contudo, quando se trate de regularização das obrigações em sede de imposto predial urbano, é conferida
a possibilidade de regularização em até 4 prestações quadrimestrais, sem o vencimento de juros de mora.

Administração Geral Tributária

Rua Teresa Afonso No. 2, Caixa Postal No 1254, Luanda


Telefones: (+244) 222 339495/ 222 372600/ 222 372650/ 997271752 Extensão 6525 /6526 /6598
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