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Dessa maneira, a avaliação psicológica pode ser definida como o processo técnico-
científico de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito
dos fenômenos psicológicos, que são produto da relação do sujeito com a sociedade.
Uma vez que existem vários tipos de testes psicológicos, os resultados podem ser
configurados em diferentes modelos de laudo psicológico. É justamente sobre eles
que vamos conversar nesse texto, então continue a leitura.
1. Identificação
É a parte superior do primeiro tópico do documento com a finalidade de identificar:
a pessoa que elaborou o laudo (nome dos profissionais que realizaram a avaliação,
com os respectivos números dos registros no Conselho Regional);
o solicitante (cliente, empresas ou Justiça, por exemplo);
o assunto/finalidade (acompanhamento psicológico, prorrogação de prazo para
acompanhamento ou outras razões pertinentes a uma avaliação psicológica).
2. Descrição da demanda
Após feita a identificação, a etapa seguinte consiste na descrição das informações
referentes à demanda apresentada pelo solicitante e os motivos, razões e
expectativas por trás da solicitação do laudo.
3. Procedimento
Essa é uma parte bem detalhada, pois é necessária descrição de todos os recursos e
instrumentos utilizados para coletar as informações. Sendo assim, é preciso ter o
número de encontros realizados, quantas pessoas foram ouvidas e tempo de duração do
teste (caso haja subtestes, é preciso detalhá-los também)
Ademais, é importante ressaltar que o procedimento adotado deve ser pertinente para
avaliar a complexidade do que está sendo demandado.
4. Análise
É a parte do documento na qual o profissional elabora uma exposição descritiva de
forma metódica, objetiva e fiel dos dados colhidos e das situações vividas
relacionados à demanda em sua complexidade.
Nessa exposição, deve-se respeitar a fundamentação teórica que sustenta o
instrumental técnico utilizado, bem como princípios éticos e as questões relativas
ao sigilo das informações.
5. Conclusão
Nesse ponto, a conclusão do documento, será exposto o resultado e/ou considerações
a respeito da investigação realizada por meio das referências que subsidiaram o
trabalho. Essa etapa representa a integração de dados da descrição da demanda e os
resultados considerados na análise.
Assim, outra possibilidade é a elaboração de laudo para fins escolares, que pode
estar concentrada em dois objetivos: i) laudo neuropsicológico clínico para
hipóteses diagnósticas cognitivas quanto à aprendizagem escolar ou ii) laudo
originado de uma triagem escolar.
Independentemente do fim para que o laudo será destinado, ele deve sempre seguir as
diretrizes mencionadas no tópico anterior. Ao seguí-las, o laudo ficará semelhante
ao modelo a seguir:
Idade: 40 anos
RG: 134376764-4
1. Descrição de demanda
Informou que nos últimos cinco meses tem estado muito preocupada por conta de
problemas relacionados ao campo de trabalho e que, por mais que não faça uso de
medicamentos, apresenta sono reduzido nesse período. Outro dado que merece destaque
é o fato de a provanda afirmar que sempre apresentou muita ansiedade, a ponto de
ter baixo rendimento nas provas mesmo quando sabia o assunto.
Dessa forma, no tocante à sua história pregressa, não foram observados elementos
que corroboram sem a queixa atual, nem há, no histórico indícios clínicos que
predissesse a dificuldade de memória.
Por isso, com base nessas informações, optou-se pela escolha dos testes Inventário
de Ansiedade (BAI), Teste Dígitos-WAIS III, Figura Complexa de Rey (FCR),.Teste de
Atenção Dividida (TEADI), Teste de Atenção Alternada (TEALT e Teste de Atenção
Concentrada (TEACO-FF).
2. Procedimentos
Antes do início da avaliação psicológica, que ocorreu em uma única sessão, foi
averiguado se a provada estava a submeter-se aos instrumentos psicológicos, uma vez
que foi considerada competente para realizá-la. Iniciou-se a avaliação com
aplicação do instrumento BAI, sendo empregados sete minutos para sua execução. Em
seguida, aplicou-se o teste dígitos, em que foi despendido um tempo de dez minutos
(compreendendo ordem direta e inversa do instrumento).
Dando prosseguimento, foi empregada a Figura Complexa de Rey padrão cópia e, após
ser considerado o tempo limite de três minutos do instrumento, aplicou-se o padrão
memória. Para a realização desses dois momentos em FCR, foi utilizado um tempo de
nove minutos pela provanda. Em seguida foram aplicados os testes TEADI e TEALT
(sendo respeitados os tempos limites de cinco minutos e dois minutos e 30 segundos,
respectivamente). O último instrumento foi o TEACO-FF, levando 8 minutos para
realizar a tarefa.
3. Análise
Dessa forma, com base na apreciação dos dados obtidos com a avaliação, é prudente
afirmar que a provanda apresenta grau moderado de ansiedade e considerável déficit
atencional. Em contrapartida, seu desempenho mnemônico, que foi a queixa
desencadeadora desse processo, foi satisfatório. No instrumento BAI, alcançou
pontuação de 26 pontos, o que lhe atribui classificação moderada de ansiedade.
4. Conclusão
Referências
COSTA, E.D.; BORUCHOVITCH, E. Compreendendo relações entre estratégias de
aprendizagem e a ansiedade de alunos do ensino fundamental de Campinas. Psicologia:
Reflexão e Crítica, v. 17, n.1, p. 15-24, 2004.
Contudo, para que consiga exercer sua função de forma total e realmente eficaz,
precisa seguir uma série de diretrizes, que vão desde a forma da escrita, quanto à
disposição em que as informações serão distribuídas.
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