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Orientações Gerais – Elaboração

de Documento Técnico

Prof. Marco Aurélio Araújo Corrêa de Oliveira Lima


Laudo Psicológico

É um documento técnico que busca


elucidar de maneira sucinta, sistemática,
descritiva, interpretativa de um exame (ou
diversos) que descreve ou interpreta
dados. Também denominado relatório e no
contexto judicial, laudo pericial.
Finalidade do Laudo

A Importância do laudo está diretamente


relacionada com a importância da profissão;
Seu resultado é avaliado pela apropriação
de suas consequências;
O fundamental é a qualidade da intervenção
que ele sugere;
Importância para o prognóstico do caso.
O que não deve ser feito ?

 Laudo descontextualizado;
 Que não apresenta compreensão do sentido geral
do resultado, sendo ineficaz;
 Utilização de instrumentos inapropriados;
 Hipóteses previamente definidas .
ELABORAÇÃO

 Identificação
 Contextualização
 Descrição da demanda, rapport e comportamento
examinado
 Variáveis ambientais
 Instrumentos utilizados
 Planejamento
 Resultados
 Conclusão
 Possíveis Limitações
Evitar:
 excesso de termos técnicos;
 demonstração de cientificismo;
 resultados sem integração;
 abreviaturas;
 uso de “chavões”;
 inferências de resultados em outro campo
profissional.
Exemplo do que precisa ser evitado

“XY é um adolescente que apresenta muitos


problemas de comportamento.
Seu emocional reflete nitidamente suas
relações interpessoais. O adolescente
necessita, como qualquer ser humano de
uma família para que possa se sentir
amado. O amor, o diálogo e o limite são os
três ingredientes fundamentais para o
equilíbrio de qualquer pessoa”.
RESOLUÇÃO CFP NO. 7/03
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS

I . Princípios Norteadores da elaboração


documental
II . Modalidades de documentos
III . Conceito e Finalidade/ Estrutura
IV . Validade dos Documentos
V . Guarda dos Documentos
I . PRINCÍPIOS NORTEADORES
1. Princípios Técnicos da Linguagem Escrita
 Redação estruturada e definida.
 Ordenação que possibilite a compreensão
por quem o lê
 Clareza
 Concisão
 Harmonia
II. Princípios Éticos e Técnicos

2.1. Princípios Éticos


 Deveres do Psicólogo com pessoa atendida, ao
sigilo, às relações com a justiça
2.2. Princípios Técnicos
 Avaliação Psicológica têm determinações
históricas, sociais, econômicas e políticas
 Documento deve considerar a natureza dinâmica,
não definitiva e não cristalizada de seu objeto de
estudo
 Linguagem precisa, clara e inteligível
II . MODALIDADE DE DOCUMENTOS

1. DECLARAÇÃO
2. ATESTADO PSICOLÓGICO
3. RELATÓRIO PSICOLÓGICO OU
LAUDO PSICOLÓGICO
4. PARECER PSICOLÓGICO
III . CONCEITO/ FINALIDADE/
ESTRUTURA

1. DECLARAÇÃO
 Visa informar a ocorrência de fatos ou situações
objetivas relacionados ao atendimento
psicológico com a finalidade de
a) declarar comparecimentos;
b) declarar o acompanhamento
c) informações diversas sobre o enquadre do
atendimento (tempo, dias, horários)
Estrutura da declaração

 Ser emitida em papel timbrado ou apresentar


na subscrição do documento o carimbo, em
que conste nome e sobrenome do psicólogo,
acrescido de sua inscrição profissional
(“Nome do psicólogo / N.º da inscrição”).
• A declaração deve expor:

1. Registro do nome e sobrenome do solicitante;


2. Finalidade do documento (por exemplo, para fins de
comprovação);
3. Registro de informações solicitadas em relação ao
atendimento (por exemplo: se faz acompanhamento
psicológico, em quais dias, qual horário);
4. Registro do local e data da expedição da declaração;
5. Registro do nome completo do psicólogo, sua inscrição
no CRP e/ou carimbo com as mesmas informações.
6. Assinatura do psicólogo acima de sua identificação ou
do carimbo.
2. ATESTADO PSICOLÓGICO
Certifica uma determinada situação ou estado
psicológico, tendo como finalidade:
a) testemunhar, por escrito, a informação ou estado
psicológico de quem o solicita;
b) justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante
como decorrência do estado psicológico
c) solicitar afastamento e/ou dispensa do
solicitante, em acordo com o disposto na
Resolução CFP no. 015/96.
Deve expor:
1. Registro do nome e sobrenome do solicitante;
2. Finalidade do documento (por exemplo, para fins de
comprovação);
3. Registro de informações solicitadas em relação ao
atendimento (por exemplo: se faz acompanhamento
psicológico, em quais dias, qual horário);
4. Registro do local e data da expedição do atestado;
5. Registro do nome completo do psicólogo, sua inscrição
no CRP e/ou carimbo com as mesmas informações.
6. Assinatura do psicólogo acima de sua identificação ou
do carimbo.
7. Registro de informação pelo sintoma,
situação ou estado psicológico que justifica

o atendimento, afastamento ou falta-


Podendo registrar sob o indicativo do código
da CID.

 Registros deverão ser transcritos de forma


corrida, separados apenas pela pontuação, sem
parágrafos, evitando riscos de adulterações.
Preencher espaços do parágrafos com traços.
3. RELATÓRIO PSICOLÓGICO- LAUDO

 É uma apresentação descritiva acerca de situações e/ou


condições psicológicas e suas determinações históricas,
sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo de
Avaliação Psicológica . Deve ser subsidiado em dados
colhidos e analisados à luz de um instrumental técnico.
 Apresentação de resultados e conclusões da avaliação
psicológica, relatar sobre encaminhamentos , intervenções,
o diagnóstico, o prognóstico e evolução do caso, limitando-
se a fornecer somente as informações necessárias
relacionadas à demanda, solicitação ou petição
 A solicitação do requerente é que apontará o objetivo do
relatório (encaminhamento, intervenção, diagnóstico,
prognóstico, parecer, solicitação de acompanhamento,
prorrogação de prazo para o acompanhamento).
.

Tem como objetivo subsidiar tomada de decisão


 Estrutura-se:

1. Identificação
2. Descrição da demanda- Motivos, problemáticas
apresentadas, esclarecendo quais ações, decisões
ou encaminhamentos o laudo deverá subsidiar.
3. Procedimentos- Métodos e técnicas utilizadas
 4. Análise- Síntese do diagnóstico e/ou
prognóstico da avaliação e/ou
encaminhamentos, relacionados à demanda.
Relatar somente o necessário para
esclarecimento ou encaminhamento;
 exposição descritiva de forma metódica,
objetiva e fiel dos dados colhidos e das
situações vividas relacionados à demanda em
sua complexidade.

Deve considerar a natureza dinâmica, não


definitiva e não cristalizada do seu objeto de
estudo”.
4. PARECER
 É uma manifestação técnica fundamentada e
resumida sobre uma questão focal do campo
psicológico cujo resultado pode ser indicativo ou
conclusivo.
Finalidade - Apresentar resposta esclarecedora no
campo do conhecimento psicológico através de
uma avaliação técnica especializada , de uma
“ questão- problema” “, visando dirimir dúvidas,
interferindo na decisão.
Resposta a uma consulta
 Estrutura
1. Cabeçalho

2. Exposição de Motivos
3. Discussão
Análise minuciosa da “questão-problema”,
explanada e argumentada com base nos
fundamentos necessários existentes.
4. Conclusão
Parte final do Parecer.
Psicólogo apresenta seu posicionamento,
respondendo à questão levantada
IV. VALIDADE

 Prazo legal
 Indicar no documento, o prazo de acordo
com as características avaliadas, das
informações obtidas e dos objetivos da
avaliação
V. GUARDA

 Prazo mínimo de 05 anos


 Em caso de extinção de serviço
psicológico, o destino dos documentos
deverá seguir orientações definidas no
Código de Ética

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