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FACULDADE METODISTA GRANBERY

GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Ética Profissional - CFP N.º 15/1996;
07/2003; 04/2019 = Revogadas.

Questões éticas na
Avaliação Psicológica:
Elaboração de documentos
Profa. Gisele de Rezende Franco
RESOLUÇÃO CFP N.º 006/2019
Institui as regras para Elaboração de Documentos
Escritos produzidos pelo psicólogo no exercício
profissional.
I. Princípios fundamentais na elaboração de
documentos psicológicos;
II. Modalidades de documentos;
III. Conceito / finalidade / estrutura;
IV. Guarda dos documentos e condições de guarda;
V. Destino e envio de documentos;
VI. Prazo de validade do conteúdo dos
documentos;
VII. Entrevista devolutiva.
I - Princípios fundamentais na
elaboração de DOCUMENTOS
psicológicos

- Princípios técnicos.

- Princípios da
linguagem técnica.

- Princípios éticos.
Princípios técnicos (qualidade técnica
e científica)
 Conter dados fidedignos que validam a construção do
pensamento psicológico e a finalidade a que se destina.
 Resultar de avaliação e/ou intervenção psicológica, que
considera os condicionantes históricos e sociais e seus
efeitos nos fenômenos psicológicos.
 Considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não
cristalizada do fenômeno psicológico.
 Basear-se no que dispõe o artigo 1º, alínea “c”, do CEPP-
010/2005 e artigo 2º da Resolução CFP nº 09/2018.
 Resguardar sigilo profissional, conforme previsto nos
artigos 9º e 10º do CEPP.
 Referenciar material teórico técnico, preferencialmente,
em nota de rodapé.
 Apresentar todas as laudas numeradas, rubricadas da
primeira até a penúltima lauda, e a assinatura da/o
psicóloga/o na última página.
Princípios da linguagem técnica
(comunicação => registrar serviço)
 Expressar-se de maneira precisa.
 Redigir frases e parágrafos bem articulados em
suas ideias, numa sequência lógica.
 Basear-se nas normas cultas da língua
portuguesa, na técnica da Psicologia, na
objetividade e na garantia dos direitos
humanos.
 Escrever de forma impessoal, na terceira
pessoa, com coerência, ordenação de ideias,
interdependência dos diferentes itens.
 Não apresentar descrições literais dos
atendimentos realizados, salvo quando tais
descrições se justifiquem tecnicamente.
Princípios éticos
 Observância dos princípios fundamentais e artigos do
Código de Ética, e outras resoluções específicas.
 Sigilo em equipes interdisciplinares.
 Relações com a justiça e políticas públicas.
 Elaborar e fornecer documentos psicológicos sempre
que solicitada(o) ou quando finalizada uma avaliação
psicológica.
 Ser contra a segregação dos diferentes modos de
subjetivação.
 Apurar os condicionantes que provocam o
sofrimento psíquico, a violação dos direitos humanos
e a manutenção ou prática de preconceito,
discriminação, violência e exploração como formas de
dominação e segregação.
II – MODALIDADES DE
DOCUMENTOS
Há diferenças? Quando usar?
DECLARAÇÃO
RELATÓRIO:
1) Psicológico
2) Multiprofissional ATESTADO
PSICOLÓGICO

PARECER
PSICOLÓGICO LAUDO
PSICOLÓGICO

A Declaração e o Parecer Psicológico não são


documentos decorrentes da Avaliação Psicológica,
embora muitas vezes apareçam dessa forma.
III – CONCEITO / FINALIDADE /
ESTRUTURA
❖ DECLARAÇÃO
Conceito e finalidade
 Visa registrar, objetiva e sucintamente,
informações sobre a prestação de serviço:
a) Comparecimento do atendido ou de seu
acompanhante.
b) Acompanhamento psicológico realiza(n)do.
c) Informações sobre tempo de
acompanhamento, dias e horários.
❖ Não devem ser registrados diagnósticos,
sintomas ou estados psicológicos.
❖ Estrutura da DECLARAÇÃO
A declaração deve apresentar – em itens ou texto
- Título: “Declaração”.

- Texto:
- a) Nome (social) completo da pessoa atendida;
- b) Finalidade: descrição do motivo do documento
(Ex., para fins de comprovação);
- c) Informações sobre local, dias, horário, duração
do acompanhamento psicológico.

- Desfecho: Registro do local, data de emissão,


carimbo (nome completo, CRP), assinatura.
❖ Modelo de DECLARAÇÃO
❖ Modelo de DECLARAÇÃO
DECLARAÇÃO
Declaro, para os fins que se fizerem necessários, que
(nome da solicitante) encontra-se em acompanhamento psicológico
no Consultório de Psicologia endereçado na Galeria
XXXXXXXXXXX, Centro – Juiz de Fora/MG, sob meus cuidados
profissionais, tendo iniciado em 17 de janeiro de 2019,
semanalmente às 4ª feiras, de 14h às 15h, até a presente data.

Por ser verdade, firmo o presente,

Brasília,
Juiz 21 21
de Fora, de de
fevereiro
fevereirodede2022
2019.

GiseleNome do
de Rezende Franco
PsicólogoCRP
Psicóloga Clínica - CRP 04/22.668
XX/XXXX
(carimbo)
(Carimbo)
❖ ATESTADO PSICOLÓGICO
Conceito e finalidade
 Certifica, com fundamento em diagnóstico, uma
determinada situação ou estado psicológico, com a
finalidade de afirmar as condições psicológicas de
quem, por requerimento, o solicita, para:

a) Justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante;


b) Justificar estar apto ou não para atividades específicas
(usar armas, dirigir, assumir cargos);
c) Solicitar afastamento e/ou dispensa, subsidiada na
afirmação atestada do fato.

Psicólogo => guardar os registros em seus arquivos


profissionais, pelo prazo estipulado em Resolução CFP
nº 01/2009 (até cinco anos).
❖ Estrutura do ATESTADO
a) Em texto corrido, separada por pontuação, s/ parágrafos.
b) Se usar parágrafos, preencher esses espaços com traços.
c) O atestado deve apresentar: - Título: “Atestado Psicológico”.
- Nome completo da pessoa/instituição atendida;
- Nome do solicitante: poder judiciário/empresas/usuário;
- Finalidade: descrição da razão ou motivo do pedido;
- Descrição das condições psicológicas do beneficiário do serviço
advindas do raciocínio ou avaliação psicológica – quando
justificadamente necessário, é facultado o uso CID-10, DSM;
- Desfecho: local, data de emissão, carimbo (nome completo,
CRP), todas as laudas numeradas, rubricadas da primeira até a
penúltima lauda, e assinatura do Psi na última página.
Psi => É facultado destacar no atestado que este não poderá ser utilizado para fins
diferentes, que possui caráter sigiloso, e que se trata de documento extrajudicial.
❖ Modelo de ATESTADO
Atestado Psicológico
Atesto, para fins de comprovação junto a (quem se destina) que
(nome do solicitante) apresenta sintomas relativos a angústia, insônia,
ansiedade e irritabilidade, necessitando, no momento, de 2 (dois) dias de
afastamento de suas atividades laborais para repouso (ou indicar outra
razão).

Juiz de Fora, 21 de fevereiro de 2019.

Nome completo do psicólogo


número de inscrição no CRP
(CARIMBO)
❖ RELATÓRIO PSICOLÓGICO
Conceito e finalidade
 É uma exposição escrita, descritiva e circunstanciada,
que considera os condicionantes históricos, sociais da
pessoa, grupo ou instituição, de caráter informativo.
 A finalidade do relatório psicológico será a de
comunicar a atuação profissional em diferentes
processos de trabalho, gerando orientações,
recomendações, encaminhamentos e intervenções
pertinentes à situação descrita.
 Não produz um diagnóstico !!! Apenas explicita a
demanda, os procedimentos e o raciocínio técnico-
científico do profissional, e suas conclusões e/ou
recomendações.
❖ Estrutura do RELATÓRIO
 Informações em forma de itens ou texto
corrido.
 Deve conter no mínimo cinco itens:
1) Identificação
2) Descrição da demanda
3) Procedimento
4) Análise
5) Conclusão
❖ Estrutura do RELATÓRIO
1) Identificação

 Título: Relatório Psicológico.


 Nome completo da pessoa/instituição atendida.
 Nome do solicitante: poder judiciário, empresas,
usuário do processo de trabalho ou outros.
 Finalidade: descrição da razão ou motivo do
pedido.
 Desfecho: nome completo do autor/Psi
responsável pelo documento, com o CRP.
❖ Estrutura do RELATÓRIO
2) Descrição da demanda

❖ Esta parte é destinada à:

 descrição das informações sobre o que motivou


a busca pelo processo de trabalho prestado,
quem forneceu os dados e as demandas;
 a descrição da demanda deverá apresentar
raciocínio técnico-científico que justifique os
procedimentos usados/adotados.
❖ Estrutura do RELATÓRIO
3) Procedimento

❖ Esta parte é destinada à apresentação:


 do raciocínio e dos recursos técnico-científicos
utilizados na prestação do serviço, especificando
o referencial teórico metodológico que
fundamenta as análises, interpretações e
conclusões.
 deve citar as pessoas ouvidas, as informações
objetivas, número de encontros e tempo duração.
 deve ser coerente com a finalidade da demanda.
❖ Estrutura do RELATÓRIO
4) Análise
 Exposição descritiva, narrativa e analítica de
características e evolução do trabalho, com base em
um pensamento sistêmico sobre os dados colhidos e
situações relacionadas à demanda no atendimento ou
acolhimento.
 Deve apresentar fundamentação teórica e técnica.
 Relatar apenas o necessário para responder a
demanda. Sem descrição literal das sessões.
 Usar de afirmações referendadas: fonte de dados e
teorias.
 A linguagem deve ser objetiva e precisa,
especialmente quando se referir a informações de
natureza subjetiva.
❖ Estrutura do RELATÓRIO
5) Conclusão
 Expor o resultado e/ou considerações a respeito de sua
investigação a partir do que foi relatado na análise.
 Pode constar encaminhamento, orientação, sugestões de
continuidade do atendimento ou acolhimento.
 Após a narração conclusiva, o documento é encerrado, com
indicação do local, data de emissão, carimbo (nome completo
+ CRP), com todas as laudas numeradas, rubricadas da
primeira até a penúltima lauda, e a assinatura do psicólogo na
última página.
 É facultado destacar que não poderá ser usado para outros
fins diferentes do apontado, que é sigiloso, extrajudicial, e que
não se responsabiliza pelo uso dado ao relatório após a sua
entrega em entrevista devolutiva.
❖ RELATÓRIO
MULTIPROFISSIONAL
Conceito e finalidade
 É resultante da atuação do Psi em contexto
multiprofissional, pode ser produzido em conjunto com
profissionais de outras áreas, resguardando o sigilo.
 É uma exposição escrita, descritiva e circunstanciada,
que considera os condicionantes históricos, sociais da
pessoa, grupo ou instituição, de caráter informativo.
 A finalidade do relatório psicológico será a de
comunicar a atuação profissional em diferentes
processos de trabalho, gerando orientações,
recomendações, encaminhamentos e intervenções
pertinentes à situação descrita.
 Não produz um diagnóstico !!! Apenas explicita a
demanda, os procedimentos e o raciocínio técnico-
científico do profissional, e suas conclusões e/ou
recomendações.
❖ Estrutura do RELATÓRIO
 Informações em forma de itens ou texto
corrido.
 Deve conter no mínimo cinco itens:
1) Identificação
2) Descrição da demanda
3) Procedimento
4) Análise
5) Conclusão
❖ Estrutura do RELATÓRIO
1) Identificação

 Título: Relatório Multiprofissional.


 Nome completo da pessoa/instituição atendida.
 Nome do solicitante: poder judiciário, empresas,
usuário do processo de trabalho ou outros.
 Finalidade: descrição da razão ou motivo do
pedido.
 Desfecho: nome completo do autor/Psi
responsável pelo documento, com indicação de sua
categoria profissional e o registro em órgão de
classe.
❖ Estrutura do RELATÓRIO
2) Descrição da demanda

❖ Esta parte é destinada à:

 descrição das informações sobre o que motivou


a busca pelo processo de trabalho
multiprofissional, quem forneceu os dados e as
demandas;
 a descrição da demanda deverá apresentar
raciocínio técnico-científico que justifique os
procedimentos usados pelo Psi ou equipe.
❖ Estrutura do RELATÓRIO
3) Procedimento

❖ Esta parte é destinada à apresentação:

 Do raciocínio técnico-científico do Psi e equipe,


e dos procedimentos realizados pelo Psi,
especificando o referencial teórico que
fundamentou as análises e interpretações.
 A descrição dos procedimentos e técnicas
privativas do Psi devem vir separados dos
descritos pelos demais profissionais.
❖ Estrutura do RELATÓRIO
4) Análise
 Cada profissional fará sua análise em separado,
identificando, com subtítulo, o nome e a categoria
profissional.
 Exposição descritiva, narrativa e analítica de características
e evolução do trabalho, com base em um pensamento
sistêmico sobre os dados colhidos e situações relacionadas
à demanda no atendimento ou acolhimento.
 Deve apresentar fundamentação teórica e técnica.
 Relatar apenas o necessário para responder a demanda.
Sem descrição literal das sessões.
 Usar de afirmações referendadas: fonte de dados e teorias.
 A linguagem deve ser objetiva e precisa, especialmente
quando se referir a informações de natureza subjetiva.
 Deve ser efetuado o registro documental (Res. nº 01/2009).
❖ Estrutura do RELATÓRIO
5) Conclusão
 Expor o resultado e/ou considerações em conjunto, principalmente
nos casos em que se trate de processo de trabalho interdisciplinar.
 O Psi deve elaborar conclusão a partir do relatado, considerando sua
natureza dinâmica, podendo constar encaminhamento, orientação,
sugestões de continuidade do atendimento ou acolhimento.
 Após a narração conclusiva, o documento é encerrado, com
indicação do local, data de emissão, carimbo (nome completo +
registros), com todas as laudas numeradas, rubricadas da primeira até
a penúltima lauda, e a assinaturas na última página.
 É facultado destacar que não poderá ser usado para outros fins
diferentes do apontado, que é sigiloso, extrajudicial, e que não se
responsabiliza pelo uso dado ao relatório após a sua entrega em
entrevista devolutiva.
❖ LAUDO PSICOLÓGICO
É o documento mais complexo e completo!
Conceito e finalidade
 É o resultado de um processo de avaliação
psicológica, que visa subsidiar decisões
relacionadas ao contexto em que surgiu a demanda
com informações técnicas, teóricas e científicas dos
fenômenos psicológicos, considerando os
condicionantes históricos e sociais.
 Deve conter narrativa detalhada e didática, com
precisão e harmonia, tornando-se acessível e
compreensível ao destinatário.
❖ LAUDO PSICOLÓGICO
Conceito e finalidade
 Deve ser construído com base no registro
documental (Res. nº 01/2009) e na
interpretação e análise dos dados obtidos por
meio de métodos, técnicas e procedimentos
reconhecidos cientificamente (Res. nº 09/2018).
 Destina-se a relatar: encaminhamentos,
intervenções, diagnóstico, prognóstico,
hipótese diagnóstica, evolução do caso,
orientação e/ou sugestão de projeto
terapêutico.
❖ LAUDO PSICOLÓGICO
Conceito e finalidade

 Se o Psi atua em equipe multiprofissional, o


laudo ou informações decorrentes da avaliação
poderão compor um documento único - equipe.
 Deve-se considerar o sigilo profissional na
elaboração do laudo em conjunto com equipe.
❖ Estrutura do LAUDO
 Deve conter no mínimo seis itens:

1) Identificação
2) Descrição da demanda
3) Procedimento
4) Análise
5) Conclusão
6) Referências
❖ Estrutura do LAUDO
1) Identificação
 Título: “Laudo Psicológico”.
 Nome completo da pessoa/instituição
atendida.
 Nome do solicitante: poder judiciário,
empresas, usuário do processo de trabalho ou
outros.
 Finalidade: descrição da razão ou motivo do
pedido.
 Desfecho: nome completo do autor/Psi
responsável pelo documento, com o CRP.
❖ Estrutura do LAUDO
2) Descrição da demanda
❖ Esta parte é destinada à:

 descrição das informações sobre o que motivou


a busca pelo processo de trabalho prestado,
quem forneceu os dados e as demandas;
 a descrição da demanda deverá apresentar
raciocínio técnico-científico que justifique os
procedimentos usados.
❖ Estrutura do LAUDO
3) Procedimento
❖ Esta parte é destinada à apresentação:

 do raciocínio e dos recursos técnico-científicos


utilizados na avaliação psi, especificando o
referencial teórico metodológico que fundamenta
as análises, interpretações e conclusões.
 deve citar as pessoas ouvidas, as informações
objetivas, número de encontros e tempo duração.
 deve ser coerente com a finalidade da demanda.
❖ Estrutura do LAUDO
4) Análise
 Exposição descritiva, metódica, objetiva e coerente com
os dados colhidos e com a demanda, considerando a
natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do
objeto de estudo.
 A análise não deve apresentar descrição literal das
sessões, salvo quando o mesmo se justifique.
 Deve respeitar a fundamentação teórica que sustenta o
instrumental técnico usado, os princípios éticos e o
sigilo. Somente relatar o que for necessário para
responder a demanda.
 A(o) psicóloga(o) não deve fazer afirmações sem
sustentação em fatos ou teorias. Deve usar linguagem
objetiva e precisa, especialmente quando se referir a
dados de natureza subjetiva.
❖ Estrutura do LAUDO
5) Conclusão
 Descrever as conclusões a partir do que foi relatado na
análise.
 Indicar os encaminhamentos e intervenções, diagnóstico,
prognóstico e hipótese diagnóstica, evolução do caso,
orientação ou sugestão de projeto terapêutico.
 Deve ser encerrado com indicação do local, data de
emissão, carimbo (nome completo + CRP), com todas
as laudas numeradas, rubricadas da primeira até a
penúltima lauda, e a assinatura do psicólogo na última
página.
 É facultado destacar que não poderá ser usado para
fins diferentes do apontado, que é sigiloso, extrajudicial,
e que não se responsabiliza pelo uso dado ao laudo
após a sua entrega em entrevista devolutiva.
❖ Estrutura do LAUDO
6) Referências
 Na elaboração de laudos, é obrigatória a informação das
fontes científicas ou referências bibliográficas utilizadas,
em nota de rodapé, preferencialmente.
❖ Exemplo - LAUDO
❖ Exemplo - LAUDO
❖ PARECER PSICOLÓGICO
Conceito e finalidade
 É um pronunciamento por escrito, com a
finalidade de apresentar uma análise técnica,
respondendo a uma questão-problema do campo
psicológico ou a documentos psicológicos
questionados.
 Visa dirimir dúvidas de uma “questão-problema”
ou documento psicológico que estão interferindo
na decisão do solicitante, sendo, portanto, uma
resposta a uma consulta, que exige de quem
responde competência no assunto.
 O resultado pode ser indicativo ou conclusivo.
 Não é resultante de avaliação/intervenção
psicológica.
❖ Estrutura do PARECER

❖ Sua estrutura é bem parecida com a do


laudo, mas reduzida e mais focada:

1) Identificação
2) Descrição da demanda
3) Análise
4) Conclusão
5) Referências
❖ Estrutura do PARECER
1) Identificação

 Título: “Parecer Psicológico”.


 Nome completo da pessoa/instituição cuja
dúvida ou questionamento se refere.
 Nome do solicitante: poder judiciário, empresas,
usuário do processo de trabalho ou outros.
 Finalidade: descrição da razão ou motivo do
pedido.
 Desfecho: nome completo do autor/Psi
responsável pelo documento, com o CRP e
titulação que comprove o conhecimento
específico e competência no assunto.
❖ Estrutura do PARECER

2) Descrição da demanda

 Destina-se à transcrição do objetivo da


consulta ou demanda. Deve-se apresentar as
informações referentes à demanda e
finalidades do parecer.
 A descrição da demanda deve justificar a
análise realizada.
❖ Estrutura do PARECER

3) Análise

 Análise minuciosa da questão explanada


e argumentada com base nos
fundamentos éticos, técnicos e/ou
conceituais da psicologia.
❖ Estrutura do PARECER
4) Conclusão

 O psicólogo deve apresentar seu posicionamento,


respondendo à questão problema ou documentos
questionados.
 Em seguida, informa o local e data de emissão, carimbo
(nome completo + CRP), com todas as laudas
numeradas, rubricadas da primeira até a penúltima lauda,
e a assinatura do psicólogo na última página.
 É facultado destacar que não poderá ser usado para
fins diferentes do apontado, que é sigiloso, extrajudicial,
e que não se responsabiliza pelo uso dado ao parecer
após a sua entrega ao solicitante.
❖ Estrutura do PARECER

5) Referências

 Na elaboração de pareceres psicológicos, é


obrigatória a informação das fontes científicas
ou referências bibliográficas utilizadas, em nota
de rodapé, preferencialmente.
DIFERENÇAS ENTRE LAUDO E PARECER

É a descrição dos fatos.


É objetivo.
É dado pelo técnico e profissional
especializado do assunto.

É a conclusão dada pelo psicólogo


sobre o assunto em caráter
consultivo. É uma opinião de outro
profissional. É subjetivo, e pode ser
baseado no laudo.
 O profissional deve primar para que a
comunicação seja inteligível aos demais
envolvidos (solicitante, clientes) no processo.

 Elaborar o laudo de maneira clara,


abrangendo os diversos aspectos do sujeito,
especialmente a natureza dinâmica e
circunstancial dos resultados.

 Parecer: Quando não houver dados para a


resposta ou quando o psicólogo não puder
ser categórico, deve-se utilizar a expressão
"sem elementos de convicção", pode-se
afirmar "prejudicado", "sem elementos" ou
"aguarda evolução".
IV - GUARDA DOS
DOCUMENTOS E
CONDIÇÕES DE GUARDA
Validade dos conteúdos dos
documentos
 O prazo de validade do conteúdo dos documentos
escritos, decorrentes da prestação de serviços
psicológicos, bem como o material que o
fundamenta, deverá ser guardado pelo prazo mínimo
de 5 anos. Podendo ser ampliado em casos previstos
em lei.
 A responsabilidade pela guarda cabe ao psicólogo,
em conjunto com a instituição prestadora de serviços.
 No caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por
quaisquer motivos, o destino dos documentos deverá
seguir o recomendado no Art. 15 – CEPP.
V – DESTINO E ENVIO
DE DOCUMENTOS
Guarda dos documentos
 Os documentos produzidos pelo psicólogo
devem ser entregues diretamente ao
solicitante, em entrevista devolutiva.
 É obrigatório que o psicólogo mantenha
protocolo de entrega de documentos, com
assinatura do solicitante (comprovante).
 Os documentos produzidos poderão ser
arquivados em versão impressa, para
apresentação no caso de fiscalização do CRP
ou instâncias judiciais, conforme Res. nº
01/2009.
VI – PRAZO DE VALIDADE
DO CONTEÚDO DOS
DOCUMENTOS
Validade dos documentos
 O prazo de validade do conteúdo do documento
escrito, decorrente da prestação de serviços
psicológicos, deverá ser indicado no último parágrafo
do documento.
 Deverá considerar a normatização vigente na área em
que atua o psicólogo, a natureza dinâmica do trabalho
e a necessidade de atualização contínua das
informações.
 Não havendo definição normativa, o prazo de
validade deve ser indicado pelo psicólogo, levando em
consideração os objetivos da prestação do serviço, os
procedimentos usados, os aspectos subjetivos e
dinâmicos analisados e as conclusões obtidas.
VII – ENTREVISTA
DEVOLUTIVA
Entrevista de devolução
 É dever do psicólogo, na entrega do laudo
ou relatório, realizar ao menos uma
entrevista devolutiva à pessoa, grupo ou
instituição atendida; ou, caso seja
solicitado. Na impossibilidade desta se
realizar, deve explicitar suas razões.

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