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1. Considere a seguinte situaçã o hipotética.

Caio, recebeu oralmente de


Mévio, em confiança, informaçã o confidencial e, sem justificativa
plausível, divulgou a Ticio o seu teor, expondo a intimidade de Mévio a
dano. Nesse caso Caio deverá responder pelo crime de divulgaçã o de
segredo.

2. O que diferencia o crime de divulgaçã o de segredo do crime de violaçã o


de correspondência é o objeto de proteçã o. Enquanto neste busca-se a
singela proteçã o da inviolabilidade de correspondência, naquele a
proteçã o dirige-se à intimidade da vitima.

3. O crime de divulgaçã o de segredo consuma-se no momento em que a


vitima toma ciência de que seu segredo foi violado.

4. Considere a seguinte situaçã o hipotética. Caio que fora visitar Mevio em


sua residência encontra aberta correspondência a este dirigida e resolve
lê-la. No momento em que devassa o conteú do da missiva, percebe que
nela contem elementos sigilosos, ao que resolve divulgar o seu teor,
mostrando o documento a Tício e a Manuela. Nesse caso Caio deverá
responder pelo crime de divulgaçã o de segredo.

5. Caio, injustamente acusado de um crime, recebe, na qualidade de


destinatá rio, carta confidencial onde Mévio confessa a prá tica do delito de
que Caio está sendo acusado. Nessa hipó tese, em atençã o ao direito
fundamental À intimidade, caso Caio divulgue o conteú do da missiva
deverá responder pelo crime de divulgaçã o de segredo.

6. Mévio, em conversa informal mantida com Manuela, termina por divulgar


– em virtude de manifesta falta de cuidado – o conteú do de documento
sigiloso, capaz de causar dano a Caio. Nesse caso Mévio deverá responder
pelo crime de divulgaçã o de segredo.

7. Suponha que Mévio, oficial de inteligência da ABIN tenha divulgado a


Caio, informaçã o sigilosa, constante de banco de dados da administraçã o
pú blica, de que teve ciência em razã o do cargo. Nesse caso Mévio deverá
responder pelo crime de divulgaçã o de segredo.

8. Imagine que caio tenha divulgado o conteú do de documento particular de


que é detentor, causando grande prejuízo a Tício. Nesse caso Caio deverá
só responderá pelo crime de divulgaçã o de segredo, se a vitima
representar perante a autoridade pú blica.

9. Caio, contador, revela a Manuela informaçã o confidencial de que tem


ciência em razã o de seu ofício e que recebeu oralmente. Nesse caso o
agente deverá responder pelo crime de violaçã o de segredo profissional.

10. Suponha que Manuela é empregada da empresa de Caio e que, no


exercício de sua profissã o, tenha tido, por acaso, ciência de segredo que
pode causar dano ao seu patrã o, quando este o contava em confidência a
Mévio. Certo dia, chateada com a negativa do empregador de aumentar
seu salá rio, Manuela, revela o fato a Tício. Nesse caso, por nã o ser
Manuela a destinatá ria confidente do segredo revelado, a mesma nã o
responderá pelo crime de violaçã o do segredo profissional.

11. O crime de incêndio é espécie dos chamados crimes vagos

12. Se Mévio ateia fogo na casa de Caio com a intençã o de queimar a vitima,
tem-se o crime de incêndio na modalidade de dolo eventual.

13. Se Mevio, desatento por observar Manuela que passava na rua com trajes
mínimos, deixa cair combustível na sua pró pria casa vindo a causar
incêndio que destró i sua residência mas somente expõ e a perigo a casa de
Caio, terá cometido crime, conforme disposto expressamente no có digo
penal.

14. Para a caracterizaçã o do crime de explosã o basta a vontade do agente de


expor a perigo o patrimô nio alheio mediante simples colocaçã o de
dinamite, mesmo que nã o tenho o agente nenhuma intençã o real de
causar dano.

15. Assim como o crime de incêndio, o crime de explosã o exige a ocorrência


de perigo concreto para a sua caracterizaçã o.

16. Para a caracterizaçã o do crime de explosã o basta a aposiçã o do engenho


de dinamite em algum lugar, de maneira singela, sem que haja sequer a
preparaçã o do mesmo para detonar.

17. O arremesso de engenho explosivo, realizado por manifesta negligência


por parte do agente nã o constitui crime previsto no có digo penal, mesmo
que exponha a perigo a integridade física de outrem.

18. Para a caracterizaçã o de crime previsto no có digo penal, é necessá rio que
o agente tenha exposto a perigo a integridade física ou o patrimô nio de
outrem mediante uso de gá s tó xico ou asfixiante, nã o bastando para tanto
a mera posse do fluído compressível.

19. Para a caracterizaçã o do crime de inundaçã o é necessá rio que haja o


alagamento de um local de notá vel extensã o, nã o destinado a receber
á guas e que nã o esteja mais no poder do agente dominar a força natural
das á guas.

20. Caso Mévio remova obstá culo natural destinado a impedir inundaçã o,
expondo a integridade de outrem a risco, mas nã o chegue a gerar a
inundaçã o propriamente dita, deverá responder pelo crime de inundaçã o
na modalidade tentada.

21. Suponha que Caio queira gerar uma inundaçã o para testar seu novo
sistema de drenagem de á guas e que, do fato sobrevenha a morte de
Manuela. Nesse caso, Caio deverá responder pela pena do homicídio
culposo aumentada de um terço.

22. Caso Caio cause dolosamente explosã o com intuito de matar Mévio, mas
venha a expor a risco a integridade física de vá rias pessoas, vindo apenas
a causar lesõ es corporais graves em Tício, deverá responder pelo crime
de explosã o dolosa com a pena aumentada de metade.

23. Nos crimes de perigo comum, a conduta inicial pode ser dolosa ou
culposa, mas o resultado que agrava especialmente a pena (lesã o grave ou
morte) é sempre culposo.

24. Os crimes de perigo dolosos com resultado morte sã o preter-dolosos.

25. Mesmo no crime de perigo comum culposo, o advento do resultado


agravador também culposo gerará aumento de pena, desde que o agente o
tenha causado ao menos culposamente.

26. Somente a modalidade preter-dolosa é admitida na hipó tese do crime de


perigo comum resultar morte ou lesã o corporal grave.

27. Caso Mevio, em virtude de discussã o envolvendo Caio venha a contaminar


o gado deste com doença na intençã o de causar dano patrimonial em seu
desafeto, terá cometido o crime de difusã o de doença ou praga.

Considere a seguinte situaçã o hipotética. Mevio, com intençã o de fazer


uma brincadeira, telefonou para o serviço de transporte municipal
afirmando ter um dos veículos assumido rota nã o condizente com a
prevista, o que causou transtornos na execuçã o do serviço à populaçã o.
Em face da hipó tese acima, julgue os itens que se seguem

28. A simples conduta de Mevio, mesmo diante da ausência de qualquer


desastre, já constitui, por si só crime contra a segurança dos meios de
transporte.

29. Somente diante da efetiva ocorrência do desastre a conduta de Mévio é


punida na modalidade culposa.

30. O sistema de bonde nã o pode ser considerado como objeto de proteçã o do


crime de Perigo de desastre ferroviá rio, por nã o consubstanciar meio de
transporte que utilize a traçã o mecâ nica como forma de locomoçã o.

31. A efetiva ocorrência do desastre é irrelevante para a consumaçã o do


crime em tela, uma vez que constitui mero exaurimento.

32. Caso a conduta de Mévio cause a morte de uma só pessoa, ele deverá
responder pelo crime de perigo de desastre ferroviá rio qualificado.

33. Mévio, piloto recém formado, por imperícia, expõ e a perigo aeronave
alheia. Neste caso é correto afirmar que Mévio nã o cometeu crime algum.

34. Suponha Osama tenha colocado obstá culo em aviã o que transportava
vá rios passageiros, com a intençã o de matar Mevio, seu desafeto, nã o
tendo ocorrido o desastre porque Caio (segurança do aeroporto)
identificou o artefato, logrando êxito em desarmá -lo. Nesse caso Osama
deverá responder pelo crime de atentado contra a segurança de
transporte aéreo, na forma da lei.
35. Caio, com intençã o de prejudicar a concorrência, resolveu embaraçar a
navegaçã o fluvial do navio de Tércio, o que terminou por fazer com que a
embarcaçã o ficasse em local seco, sem que houvesse nenhum dano maior
à segurança das pessoas envolvidas. Nesse caso, Caio deverá responder
pelo crime de Atentado contra a segurança de transporte marítimo
qualificado, tendo em vista a efetiva ocorrência do sinistro.

36. Se Caio, com a intençã o de dificultar o funcionamento de transporte


coletivo por meio de ô nibus, causar culposamente acidente em que
saíram lesionadas vá rias pessoas e, em virtude do qual, faleceu Mevio, é
correto afirmar que deverá responder pelo crime de atentado contra a
segurança de outro meio de transporte, qualificado e com a pena em
dobro.

37. Se Caio, ao ver passar Tício em seu veículo, pega estilingue e arremessa
pedra contra o vidro traseiro do carro, deverá responder pelo crime de
arremesso de projétil, que será qualificado caso do fato resulte lesã o
grave para a vitima.

38. Se Caio atira pedra em ô nibus que se encontra parado num


congestionamento, nã o estará configurado o crime de arremesso de
projétil, uma vez que o tipo penal em tela tem como elementar da figura
penal o fato do veículo encontrar-se em movimento.

39. Se Mevio coloca explosivo em embarcaçã o que navegue sem passageiros,


com a intençã o de expor a perigo a o patrimô nio de Ticio

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