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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

E PSICODIAGNÓSTICO
JÉSSICA DE ASSIS SILVA / SHEILA MARIA PRADO SOMA / FÁBIO PEREIRA SOMA

Unidade 4
Unidade 4 | Introdução

Nesta unidade, você vai conhecer a entrevista psicológica no campo de


avaliação, bem como o uso de testes psicológicos. Aprenderá, também,
sobre a entrevista devolutiva, a postura profissional e os documentos
oriundos da prática de avaliação.
Unidade 4 | Competências

1. Descrever o processo de entrevista na avaliação psicológica.


2. Analisar os testes e as formas de observação na avaliação psicológica.
3. Articular as informações colhidas nos testes e entrevistas.
4. Demonstrar os tipos de documentos produzidos decorrentes da
avaliação psicológica.
1. A entrevista no processo de avaliação
psicológica

Ao término deste capítulo, você será


capaz de entender como funciona a
entrevista no processo de avaliação
psicológica. Isso será fundamental
para o exercício de sua profissão e
para a amplitude de sua prática e
domínio técnico nos diversos campos
de atuação em que ela é utilizada.
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O Enquadre

O enquadre normalmente compõe o primeiro contato com o cliente e deve


incluir a formulação do trabalho, seus objetivos, frequência, duração dos
encontros, honorários, além de ser imperativa a especificação dos papéis.
O enquadre pode ser mais restrito ou permissivo. (ARZENO, 1995)
O enquadre é importante para a manutenção da constância das variáveis
ao longo da realização de entrevistas. É importante frisar, também, que há
casos em que é necessária a alteração do enquadre para que haja uma
conclusão mais clara do processo de avaliação.
A entrevista psicológica

A entrevista psicológica abrange


diversas modalidades e favorece
a coleta de dados de maneira
aprofundada acerca dos mais
variados temas, permitindo
investigar informações atreladas
aos objetivos do psicodiagnóstico
(HUTZ et al., 2010).
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A primeira entrevista

Arzeno (1995) aponta a primeira entrevista como uma ocasião em que se


pode observar como seria o vínculo entre terapeuta e cliente, caso
houvesse seguimento em uma modalidade clínica de tratamento.
Habilidades do terapeuta na entrevista

Ao profissional, cabe auxiliar no processo de avaliação. Quanto à postura


em uma entrevista, não é recomendada a interrupção ou mudança brusca
de atividades e nem um silêncio prolongado, pois isso pode gerar uma
situação desconfortável no momento da avaliação (ARZENO, 1995).
Entrevistas familiares

A entrevista é a ocasião para a


coleta de informações acerca do
avaliado. As entrevistas familiares
são relevantes, pois auxiliam em
encaminhamentos, podendo o
terapeuta decidir se é melhor optar
por um tratamento individual ou
familiar (ARZENO, 1995).
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2. Testes e observação na Avaliação Psicológica

Ao término deste capítulo, você


será capaz de entender como são
realizados os testes em avaliação
psicológica, bem como o seu lugar
nesse campo de atuação.

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O uso de testes em avaliação psicológica

Os testes em processos de avaliação psicológica permitem não só a


identificação, mas a descrição e a qualificação e/ou mensuração de algum
constructo psicológico. (BANDEIRA; ANDRADE, 2021).
Problemas recorrentes no uso de testes
psicológicos

Por muito tempo a prática de avaliação


sofreu por um período de descrédito
no país em função de que os testes
não eram compatíveis com a realidade
brasileira (NORONHA, 2002). Outros
problemas comuns apontados na
literatura são a complexidade dos
pressupostos teóricos envolvidos e a Fonte: Freepik

própria habilidade do profissional em


compreender e estabelecer relações a
partir dos dados coletados.
A observação na avaliação psicológica

A observação do comportamento é uma


das ferramentas que também merece
destaque no processo de avaliação,
podendo ser utilizada ao longo de todo
o processo e, juntamente com outras
ferramentas, é considerada pelo
Conselho Federal de Psicologia como
prática fundamental.
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3. Integração das informações e orientações; e
devolutiva

Ao término deste capítulo, você


será capaz de compreender os
principais pontos pertinentes às
etapas de integração de
informações e a devolutivas em
uma avaliação psicológica.

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Integração de informações

Segundo Krug et al. (2016), o processo de avaliação psicológica é longo e


de amplitude tal que abarque a integração de informações oriundas de
diversas fontes, a exemplo de testes, entrevistas e observações.
A devolutiva

A entrevista de devolução pode ser realizada de uma única vez ou podem


ser realizadas mais entrevistas. Arzeno (1995) destaca que, em alguns
casos, pode haver dificuldades de assimilação de informações por parte
do avaliado, por exemplo, o que poderia ser um dos motivos por dividir o
processo de devolutiva em mais entrevistas.
Em casos que envolvam a família, a entrevista pode ser também realizada
em dois momentos: uma com o avaliado e outra com os familiares. No
caso em que a demanda é familiar, a entrevista pode ser feita diretamente
com a família (ARZENO, 1995).
A postura do avaliador em entrevistas devolutivas

É importante que a entrevista de devolução de informações seja feita pelo


profissional que realizou a avaliação, lembrando de manter uma postura
imparcial diante do que precisa ser avaliado e encaminhado. (ARZENO, 1995)
Arzeno (1995) aponta que, diferentemente das entrevistas iniciais, no
processo de devolução, o papel do avaliador é mais ativo, visto que é realizada
uma formulação do que deve ser transmitido ao avaliado/solicitante de
maneira fundamentada.
4. Documentos decorrentes da avaliação
psicológica

Ao término deste capítulo, você será


capaz de entender como devem ser
elaborados os documentos oriundos
da avaliação psicológica, bem como
os tipos de documento, os principais
fatores a serem considerados e as
dificuldades nessa prática. Fonte: Freepik
Elaboração de documentos decorrentes da
avaliação psicológica

É importante frisar que o paciente, durante o processo de avaliação


psicológica, tem direito a documentos (declaração) que justifiquem faltas
no trabalho (SEGABINAZI, 2016). Em alguns casos, podem ser solicitados
encaminhamentos a algumas instituições, como na escola, no formato de
atestado.
É recomendável para registros de documentos no formato digital, ou com
informações por escrito ou arquivadas, que tenham o consentimento do
avaliado, de maneira a resguardar e reafirmar a postura também ética
nesse processo. (MÔNEGO, 2016)
Legislação envolvendo a elaboração de
documentos psicológicos

É importante destacar que, no Brasil,


mudanças frequentes nas legislações
envolvendo a elaboração de documentos
são reflexo da dificuldade apresentada por
inúmeros profissionais sobre a definição e
caracterização dos tipos de documentos
existentes e as demandas nos diversos
contextos de atuação. Fonte: Freepik
Estrutura dos principais documentos psicológicos

Hoje, cada documento deve enfatizar a sua finalidade e ter uma estrutura
específica e algumas normas podem ser alteradas tanto pelo contexto no
qual ocorre a avaliação como pelo estilo do avaliador.
Independente do contexto, a garantia de confiabilidade e qualidade do
material apresentado permanece. A ética deve estar presente ao longo de
todo o processo.

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