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MODELO – LAUDO PSICOLÓGICO PARA CIRURGIA

DE VASECTOMIA
(modelo baseado na RESOLUÇÃO CFP 06/2019. O que está sublinhado é
um exemplo para ser substituído, todos os nomes são fictícios)

I- Identificação
• Nome da pessoa ou instituição atendida (paciente): Paulo César Camargo
• Nome do solicitante: Márcio Silva CRM XXX

Identificação de quem pediu o documento, especificando se a solicitação foi


realizada pelo Poder Judiciário, por empresas, instituições públicas ou privadas,
pela(o) própria(o) usuária(o) do processo de trabalho prestado ou por outras(os)
interessadas(os).

• Finalidade: Solicitação de avaliação psicológica para realização de


Esterilização Cirúrgica.

Descrição da razão ou motivo do pedido.

• Exemplos: - Solicitação de avaliação psicológica para realização de


Esterilização Cirúrgica.

• Nome da(o) autora(or): Márcia da Almeida CRP 06/xxxxxx

Identificação do nome completo ou nome social completo da(do) psicóloga(o)


responsável pela construção do documento, com a respectiva inscrição no
Conselho Regional de Psicologia.
II- Descrição da Demanda
Paciente casado, natural de Tocantins, pai de três filhos vivos. A filha mais velha tem
10 anos e reside com a mãe, ex companheira de XXX. Os dois filhos mais novos são
frutos do casamento com a atual esposa, um menino de 3 anos e uma menina de 7
meses. O paciente relata que atualmente tem um emprego estável e atua como
gerente de TI em uma empresa multinacional.
O planejamento de sua família a longo prazo é residir na Holanda ou no continente
africano.
Segundo suas informações, ele e a esposa estão em total concordância em relação
ao procedimento de esterilização cirúrgica.

Neste item, a(o) psicóloga(o), autora(or) do documento, deve descrever as


informações sobre o que motivou a busca pelo processo de trabalho prestado,
indicando quem forneceu as informações e as demandas que levaram à
solicitação do documento. A descrição da demanda constitui requisito
indispensável e deverá apresentar o raciocínio técnico-científico que justificará
procedimentos utilizados.

III - Procedimento
A avaliação foi feita em três sessões de uma hora de duração cada. Paulo César foi
responsável por fornecer os outros dados que embasaram essa avaliação além dos
testes aplicados.
Os dados de natureza qualitativa foram colhidos à partir da observação clínica e
entrevista inicial.
Para colher os dados de natureza quantitativa, foram utilizados os seguintes
testes/escalas: HAD, Inventário Fatorial de Personalidade II.
IV- Análise
Na entrevista, apresentou aspectos profissionais e pessoais que o levaram a ter
segurança em relação a decisão feita sobre a esterilização cirúrgica.
Na escala HAD, foi possível identificar nível mínimo de ansiedade e depressão.
No Inventário Fatorial de Personalidade II que resultou em um alto nível de
necessidade afetiva, preocupação e lealdade com as pessoas próximas, o que
justifica o cuidado com o bem estar de sua família e a responsabilidade em relação
as pessoas que o rodeiam.
Em contraponto resultou em um perfil organizado e não impulsivo, o que mostra
relação com o discurso acerca do bom planejamento familiar.
Este laudo não esgota todos os conteúdos físicos, psíquicos e emocionais da pessoa
avaliada, bem como os procedimentos aplicados e a conclusão não devem ser
utilizados com outra finalidade.

Nessa parte do documento, a(o) psicóloga(o) deve fazer uma exposição descritiva,
metódica, objetiva e coerente com os dados colhidos e situações relacionadas à
demanda em sua complexidade considerando a natureza dinâmica, não
definitiva e não-cristalizada do seu objeto de estudo. A análise não deve
apresentar descrições literais das sessões ou atendimentos realizados, salvo
quando tais descrições se justifiquem tecnicamente. Nessa exposição, deve-se
respeitar a fundamentação teórica que sustenta o instrumental técnico utilizado,
bem como os princípios éticos e as questões relativas ao sigilo das informações.
Somente deve ser relatado o que for necessário para responder a demanda, tal
qual disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo. A(o) psicóloga(o) não
deve fazer afirmações sem sustentação em fatos ou teorias, devendo ter
linguagem objetiva e precisa, especialmente quando se referir a dados de
natureza subjetiva.
IV- Conclusão
O paciente encontra-se em condições psicológicas de realizar a esterilização
cirúrgica (vasectomia).

São Paulo, 22 de março de 2021.


Neste item, a(o) psicóloga(o) autora(or) do laudo deve descrever suas conclusões
a partir do que foi relatado na análise, considerando a natureza dinâmica e não
cristalizada do seu objeto de estudo. Na conclusão indicam-se os
encaminhamentos e intervenções, diagnóstico, prognóstico e hipótese
diagnóstica, evolução do caso, orientação ou sugestão de projeto terapêutico. O
documento deve ser encerrado com indicação do local, data de emissão,
carimbo, em que conste nome completo ou nome social completo da(o)
psicóloga(o), acrescido de sua inscrição profissional, com todas as laudas
numeradas, rubricadas da primeira até a penúltima lauda, e a assinatura da(o)
psicóloga(o) na última página. É facultado à(ao) psicóloga(o) destacar, ao final do
laudo, que este não poderá ser utilizado para fins diferentes do apontado no item
de identificação, que possui caráter sigiloso, que se trata de documento
extrajudicial e que não se responsabiliza pelo uso dado ao laudo por parte da
pessoa, grupo ou instituição, após a sua entrega em entrevista devolutiva.

V- Referências
• HAD;
• Inventário Fatorial de Personalidade II.

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