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O debate sobre a consciência histórica tem diversas ênfases, uma delas está na perspectiva de
Piaget e Kohlberg. Para a apreciação dessa perspectiva é necessário fazer algumas
considerações preliminares: Como a consciência histórica se relaciona com as condições sociais
e políticas de seu contexto?
A consciência histórica não trata o passado como uma negação, ou abandono, do presente e
dos problemas da vida prática, visto que o pensamento histórico se fundamenta justamente
pela motivação de orientação de questões do presente que o direcionam a obter as respostas
no passado. Em sua maioria, tais questões se referem a identidade histórica que aspira por
estabilidade. Sem esses elementos estabilizadores da cultura histórica, a vida social não
funciona.
Esta validação, entretanto, encontra-se muitas vezes distante das necessidades de legitimação
e às necessidades de orientação do presente. Da mesma forma, apesar do aprofundamento da
produção científica em História, ela produz mais do que seria necessário para os interesses de
legitimação do presente.
Dito isso, a Didática da História constitui-se como parte autônoma da ciência da História, com
relação estreita com a pedagogia e com a psicologia.
Como se forma essa consciência? Ontogênese das faculdades mentais, segundo Piaget e
Kohlberg, que distinguiam diversas formas de competências mentais divididas em níveis
sucessivos de desenvolvimento de acordo com a idade dos aprendizes. Investigações
ontogenéticas da consciência histórica praticamente não existem, já que as várias
competências narrativas da consciência histórica e sua estrutura lógica são mais difíceis de
estabelecer teoricamente e de investigar empiricamente.