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CADERNO DE ORIENTAÇÕES

CADERNO DE ORIENTAÇÕES: HISTÓRIAS COM ACUMULAÇÃO


HISTÓRIAS
O Programa Crer para Ver é uma das iniciativas que traduzem o compromisso
da Natura com a construção de uma sociedade mais justa. Nesse sentido,
COM ACUMULAÇÃO
o principal objetivo do Programa é contribuir para um dos aspectos mais relevantes
e estruturais da sociedade: a qualidade da educação nas escolas públicas brasileiras.

Por acreditarmos que a participação de todos é o caminho para mudanças, desde a


concepção do Programa, a Natura mobiliza seu canal de vendas para compartilhar
a importância e o valor da educação. Esse envolvimento possibilita que as ações
desenvolvidas pelo Programa sejam financiadas por meio de recursos arrecadados pelos
Consultores e Consultoras Natura, que vendem os produtos da linha Crer para Ver sem
fins lucrativos.

Desde o início do Programa, em 1995, essa participação voluntária arrecadou mais de


R$ 32 milhões, o que possibilitou o investimento em iniciativas voltadas para o ensino
fundamental, educação de jovens e adultos e educação infantil de escolas públicas em todo
o Brasil, resultando em mais de 2,4 milhões de alunos beneficiados.

Uma dessas iniciativas é este material que você, professor, está recebendo. O projeto Trilhas
visa promover o desenvolvimento da leitura, escrita e oralidade dos alunos de 4 a 6 anos e
também instrumentalizar e apoiar o trabalho do professor das redes públicas de ensino.

Essa ação contribui para ampliar o universo cultural de alunos e professores, por meio do
acesso à leitura de bons livros de literatura infantil. A escolha da LEITURA como o principal
tema deve-se por ser uma estratégia mundialmente reconhecida como determinante para
a aprendizagem e para promover um melhor desempenho escolar ao longo de toda a vida.

Esperamos que o projeto possa ser útil a você e a todos os profissionais que trabalham para
a melhoria da educação infantil pública.

Aos Consultores e Consultoras Natura, agradecemos o esforço voluntário e a contribuição


para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e solidária. Graças a essa mobilização,
milhares de municípios brasileiros, na sua diversidade e pluralidade, fazem parte deste
e de outros projetos do Programa Crer para Ver.
Equipe do Programa Crer para Ver, Natura Cosméticos

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1 | HISTÓRIAS COM ACUMULAÇÃO

Por que ler histórias com acumulação?

Ler e explorar livros

T odo bom professor sabe o que diversos estudos apontam: as crianças pequenas têm vontade e
facilidade de aprender. Ter a oportunidade de frequentar uma instituição de educação infantil entre
4 e 6 anos de idade aumenta significativamente a chance de um melhor desempenho escolar no futuro.

Mas só o fato de ir à escola é suficiente? Um conjunto importante de variáveis determina o caminho de


cada criança. Embora não tenhamos como controlar e isolar todas as possibilidades, hoje já conhecemos
alguns elementos que fazem a diferença, como ler e explorar os livros.

Se as crianças que estão em sala tiverem a oportunidade de escutar ou ler de dois a três livros por mês,
em um ano terão lido uma média de 20 livros e no fim da educação infantil terão um repertório em torno
de 60 livros. Isso fará uma diferença significativa na vida dessas crianças.

Ver: Colocar a literatura no dia-a-dia das crianças é o primeiro passo para que elas sejam convidadas a partici-
Caderno
de estudos par do mundo letrado e para que possam entrar no mundo da linguagem escrita. Conhecendo muitas
histórias, a criança vai aos poucos compreendendo as características dos diversos tipos de texto. Mas, para
isso, é essencial que o trabalho a ser feito seja pensado, planejado e estruturado de forma intencional.
É preciso ler os livros para as crianças e convidá-las a ler também. É por meio dessas experiências com a
leitura que elas podem desfrutar das histórias e dos diversos tipos de texto.

Além disso, é importante “desmontar” o texto. Dessa forma, pouco a pouco, as crianças percebem cada vez
mais como se escreve. Assim, gradualmente, podem ler mais e melhor. “Desmontar” o texto quer dizer
criar situações em torno da leitura e do livro para que seja possível conhecer as diferentes dimensões que
compõem uma história: Como a história é contada? Que recursos o autor utiliza na forma de escrever?
Como a história é apresentada graficamente (letras, ilustrações e recursos gráficos utilizados)?

As histórias com acumulação


Para desenvolver esse trabalho, alguns tipos de texto funcionam mais que outros. As histórias com
repetitição, como se pode ver no Caderno de orientações “Histórias com repetitição”, e as histórias com
acumulação lançam mão de um recurso muito interessante que favorece a compreensão e a memorização
do texto pelas crianças, permitindo uma leitura autônoma. Por exemplo, as histórias com acumulação apre-
sentam um evento desencadeador da narrativa, que a partir daí é contada de maneira repetitiva, ou seja, a
mesma ação é realizada por diversos personagens e a repetição de um mesmo acontecimento se dá por
acumulação: surge um personagem, que não consegue resolver a questão levantada pela história,
aparece outro, que também não consegue, e assim sucessivamente. Esse tipo de estrutura facilita a
antecipação do que virá por parte das crianças, tornando mais fáceis a leitura e a retenção da história.

Por meio de textos como esses, é possível estruturar atividades que permitam a construção de diferentes
conhecimentos. As situações de leitura participativa, por exemplo, convidam a criança a assumir o
papel de leitora, desafiando-a para novos aprendizados. Elas experimentam as diferentes maneiras de

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se ler um texto, com apoio da memorização, antes mesmo de dominar a leitura. Ao convidar as crian-
ças a entrar no texto – para desvendá-lo aos poucos (ajudando-as a observar a maneira como o texto
foi escrito) –, oferecemos uma variedade significativa de conhecimentos que, em médio prazo, ajudarão
a formar leitores autônomos.

O importante é realizar um bom planejamento e promover uma prática significativa às crianças, permitindo
que o livro apresentado seja explorado em todo o seu potencial. Ao fazer isso, estamos promovendo
aprendizagens que são essenciais na formação leitora desses meninos e dessas meninas, o que se trans-
formará no alicerce da vida escolar futura.

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Sobre os livros

O s três livros escolhidos para este Caderno de orientações contam histórias com acumulação. Neles,
encontramos narrativas engraçadas e fantásticas que oferecem oportunidades de aprendizado e
que permitem às crianças entrar no universo encantado das histórias.

As histórias possuem uma estrutura de repetição acumulativa que torna a leitura e a compreensão da
história mais fáceis. Um mesmo acontecimento se repete várias vezes, vai se acumulando sucessivamente,
até a história se inverter ou surpreender. Essa maneira de contar a história favorece a participação mais
autônoma das crianças na leitura, fazendo com que elas antecipem os acontecimentos e memorizem o texto.

O nabo gigante
De Aleksei Tolstói, ilustrado por Niamh Sharkey
São Paulo: Editora Girafinha, 2006.

Essa história trata de um casal de velhinhos que planta na horta um nabo que cresce até ficar gigante.
Vários bichos da fazenda se unem aos velhinhos na tentativa frustrada de arrancá-lo da terra. A velhinha
lembra-se de chamar o ratinho, que, apesar de pequeno, se une ao grupo e ajuda na tentativa de tirar o
nabo do solo.

No decorrer da narrativa, os personagens são apresentados de forma quantitativa, ora em ordem decres-
cente (seis canários, cinco gansos), ora em ordem crescente (dois porcos, três gatos). O narrador também
indica características qualitativas dos bichos: amarelos, brancos, barrigudos etc.

A narrativa dessa história pode ser dividida em três momentos: no início, os bichos são apresentados em
uma sequência que segue da maior para a menor quantidade de animais; no meio da narrativa, os animais
aparecem novamente, mas dessa vez da menor para a maior quantidade; no fim, a narrativa se inverte
novamente, e os bichos aparecem tal como no início da história.

A ilustração também ajuda na leitura, porque traz informações que confirmam ou completam o texto.
No começo da história, por exemplo, a expressão “três gatos pretos” está separada de forma que cada um
dos gatos segura um cartaz com uma palavra. Os recursos utilizados pelo autor e pelo ilustrador ampliam o
sentido do texto, como no caso das palavras “torta”, que aparece realmente torta, e “gigante”, escrita com
letras grandes, ou ainda quando a onomatopeia “pop” aparece em tamanho enorme na página, em alusão
ao que seria a “sonoridade” do nabo ao ser retirado da terra.

A casa sonolenta
De Audrey Wood, ilustrado por Don Wood
São Paulo: Editora Ática, 2005.

Essa história começa num dia chuvoso em uma casa onde todos dormem na mesma cama. A avó dorme,
vem um menino e se deita em cima dela e todos os personagens que aparecem dormem um em cima do
outro, até surgir uma pulga, que inverte a ação repetitiva dos personagens. Na ordem contrária em que
apareceram na história, os personagens são acordados pela pulga. No fim, não chove mais, e, como nos
contos de fada, há um lindo arco-íris iluminando a casa sonolenta, onde todos acordaram.

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A ilustração reforça a história, porque o espaço da narrativa não muda: todos dormem no mesmo quarto,
na mesma cama; os personagens vão se amontoando na cama para dormir. A diagramação do texto
enfatiza essa ideia, pois as frases que se repetem e se acumulam também são representadas graficamente
desta forma: as linhas aumentam em quantidade, fazendo com que o texto seja maior conforme as
pessoas e os bichos se acumulam na cama. A história é contada em versos. Quando a narrativa é invertida,
o quarto azul chuvoso e sonolento começa a ser invadido pelo sol, as cores aparecem, os personagens vão
saindo da cama e os versos não se acumulam mais no texto, pois já não mantêm uma estrutura repetitiva.
Nesse momento da história, narra-se somente o acontecimento indicado na ilustração da página.

Qual o sabor da Lua?


Texto e ilustrações de Michael Grejniec
São Paulo: Brinque-Book Editora, 2008.

Essa história trata de alguns bichos que querem saber qual o gosto da Lua, mas não conseguem alcançá-la.
A tartaruga sobe numa montanha, mas não consegue tocar a Lua. Então, chama o elefante, pedindo a ele
para subir nas costas dela, mas continuam sem alcançá-la. Outros animais são chamados e se acumulam
em cima da tartaruguinha, até que, no alto do monte de animais, o pequeno ratinho consegue, enfim,
pegar um pedaço da Lua e o divide com todos os outros bichos. Mas, para cada um, a Lua tem um sabor
diferente, aquele de que cada um mais gosta.

Nessa narrativa, os animais e a Lua falam, pensam e agem como se fossem gente (isso se chama personi-
ficação). No texto, são utilizados recursos que facilitam a memorização da sequência da história: a repeti-
ção interligando personagens (a tartaruga chama o elefante, o elefante chama a girafa etc.) e a frase
utilizada para um animal convidar o outro, que é sempre a mesma (em forma de discurso direto:
“Se você subir nas minhas costas, talvez a gente consiga alcançar a Lua”).

A ilustração ajuda as crianças a anteciparem a história, pois, além de mostrar as ações dos personagens
que se repetem, há sempre uma página em branco que anuncia o próximo bicho a fazer parte do grupo.

O que há em comum nos três livros?


Para explorar o potencial de livros com histórias com acumulação, vale a pena observar alguns recursos
presentes nas três histórias:

1. Os autores utilizam a mesma maneira de contar a história: personagens que entram na narrativa, ora se
unindo, ora se amontoando, numa acumulação repetitiva;
2. Nos três textos, há um começo típico de histórias infantis (“Há muito tempo” ou “Era uma vez”), embora
não sejam contos de fada clássicos. Os autores “brincam” com o universo narrativo;
3. A repetição também ocorre nas ações dos personagens: todos da fazenda se unem para arrancar o
nabo da terra; os personagens dormem um em cima do outro; os bichos sempre dizem a mesma frase na
tentativa de alcançar a Lua;
4. Nessas três histórias, somos levados a pensar nas escolhas que os autores fizeram. Por que o nabo é
gigante? Por que existe uma casa onde todos dormem? Por que o ratinho, que tem tão pouca força, resolve
a situação? Nessas narrativas, os fatos e as ações são impossíveis de acontecer no mundo real. Essas são
histórias classificadas como fantásticas.

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Em relação às ilustrações, nos três livros, elas completam ou reforçam o sentido do texto e favorecem a
antecipação da narrativa, pois as ações dos personagens se repetem. Além de conversar sobre a maneira
como cada texto foi escrito, é interessante ver, falar, folhear, consultar e comentar com as crianças sobre os
recursos utilizados pelos ilustradores. É possível convidar as crianças a observar alguns recursos utilizados
nas ilustrações:

1. As imagens que se assemelham ao texto: “quatro galinhas pintadas” acompanha o desenho de quatro
galinhas pintadas; a palavra “elefante” junto com a ilustração do animal; um gato extremamente assustado
acompanhado do texto “que assustou o gato”;
2. A repetição por acumulação: os personagens aparecem se amontoando (em cima da cama, na pirâmide
para alcançar a Lua, no cordão para arrancar o nabo);
3. As imagens (assim como as histórias) criam um ambiente encantado e de fantasia: a vaca segura na
barriga da velhinha; a cama de madeira se torna flexível; a pirâmide de bichos alcança a Lua.

As atividades desenvolvidas aqui são referências para a exploração de livros com histórias de estruturas
acumulativas. O texto de O nabo gigante serviu de referência para a elaboração das propostas apresentadas
a seguir. Contudo, você pode experimentar o mesmo tipo de atividade com outros livros que possuam a
estrutura semelhante. Este Caderno de orientações é um convite para que você coloque em jogo seus
conhecimentos, ampliando-os com as sugestões apresentadas. É por essa razão que já indicamos neste
texto dois outros livros que compõem o acervo enviado junto com este material. Bom trabalho!

Lembrete
Sabemos que, quando gostam de uma história, as crianças pedem para que ela seja lida e relida
diversas vezes. Por isso, não hesite em contar várias vezes a mesma história. A formação de futuros
leitores se dará no equilíbrio de experiências em que eles possam ler e escutar histórias por puro
prazer – desfrutando de literatura de qualidade – com outros momentos em que possam apro-
fundar conhecimentos sobre o texto. Portanto, o desafio está em não transformar a leitura de
histórias numa atividade mecânica. Assim, procure garantir a leitura por prazer de maneira inde-
pendente das atividades com foco no texto. Este Caderno de orientações apresenta um roteiro de
trabalho que não deve ser escolarizado, mas, ao contrário, servir de instrumento para que as
crianças façam uma viagem pelo mundo da literatura e do conhecimento.

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Sumário

Atividade 1 Conhecer o livro 8

Atividade 2 Falar sobre o livro 10

Atividade 3 Ordenar as ilustrações da história 12

Atividade 4 Escrever os nomes dos bichos da história 14

Atividade 5 Conversar sobre o tempo na narração 16

Atividade 6 Relacionar os bichos e suas características 18

Atividade 7 Ler trechos da história 20

Atividade 8 Usar diferentes tipografias 22

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Atividade 1
Conhecer o livro

O professor apresenta o livro O nabo gigante, chama atenção para


a ilustração da capa, propõe possíveis relações entre a ilustração
e o título da história, convida as crianças a localizar o título e, por
fim, lê a história em voz alta.
Roteiro de trabalho
Preparação
Ler o livro para conhecer a história, as ilustrações e as informações presentes nas capas. Você pode treinar
a leitura em voz alta para ficar mais preparada no momento de ler para as crianças.

Organização do espaço e das crianças


Essa é uma atividade coletiva. Você pode decidir com as crianças como elas ficarão organizadas, mas o
importante é que todas consigam visualizar o livro.

Orientações para o professor


Mostrar o livro para as crianças. Você pode dizer: “Hoje vocês conhecerão um novo livro!”

Explicar às crianças que elas primeiro observarão a capa do livro, pensando no que podem saber sobre
a história antes mesmo de lê-la. Pode-se dizer: “Será que vocês conseguem me dizer do que se trata essa histó-
O que as crianças ria antes mesmo que eu leia? Olhem a capa”.
podem pensar,
dizer e fazer.
Apresentar o livro às crianças destacando a ilustração da capa. Perguntar o que a ilustração sugere.
Falar sobre as
ilustrações tentando Explorar os detalhes da ilustração. A intenção não é de que as crianças dêem a resposta certa, mas que
fazer antecipações relacionem as pistas oferecidas com seus conhecimentos anteriores. Você pode perguntar: “Quem são essas
da história. pessoas? Será que são personagens da história? Onde elas estão sentadas?”

Mostrar as ilustrações da contracapa e perguntar às crianças quais alimentos são aqueles e por que há
tantos desenhados no livro. Ajudar que estabeleçam relações entre as ilustrações e o conteúdo da história.

Perguntar às crianças como elas acham que essa história se chama. Escutar suas observações, estimulan-
do-as a estabelecer relações. Você pode perguntar: “Será que está escrito no título o nome desses velhinhos?”
Ler o título. Se alguma criança não souber o que é um nabo, você pode explicar.

Convidar as crianças a observar as ilustrações internas do livro. Mostrar apenas as primeiras páginas,
Fazer antecipações
sobre os ajudando-as a pensar sobre o assunto da história a partir das ilustrações que estão observando. Chamar
acontecimentos atenção para os diferentes personagens e suas ações. Você pode lançar uma pergunta que as ajude a acom-
da história. panhar a leitura: “Será que o velhinho vai conseguir tirar o nabo da terra? Vamos ler a história para saber!”

Ler a história e, no fim, convidar as crianças a falar sobre a narrativa. Peça que apontem as partes de que
Comentar a
história e mais gostaram para que você possa reler ou que falem os personagens de que lembram.
destacar
algumas partes.

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O que as crianças podem aprender


Ao falar sobre a história antes de ler o livro (relacionando o texto com a ilustração), favorece-se que as
crianças imaginem e antecipem a narrativa.

Ao apresentar o livro “por fora” e “por dentro”, explorando a capa, a contracapa, o título e as ilustrações,
as crianças aprendem sobre o livro como objeto e observam suas características.

Ao ler a história para as crianças, contribui-se para que elas aprendam alguns comportamentos típicos
de leitores: ler com ritmo e entonação, antecipar e verificar o conteúdo da história, comentar o texto
depois da leitura, etc.

O que mais é possível fazer


Em outros momentos de leitura desse livro, você pode retomar a apresentação destacando outras
informações presentes na capa, como, por exemplo, o nome da editora (que vem acompanhado de um
desenho ou logotipo), os nomes do autor e do ilustrador (que aparecem em lugares diferentes) e as
informações da contracapa. A cada leitura é importante variar o aspecto do livro a ser explorado.

O que é possível fazer em casa


Você pode sugerir que as crianças contem aos seus pais, colegas e vizinhos sobre a nova história que
conheceram.

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Atividade 2
Falar sobre o livro

professor relê a história O nabo gigante junto com as crianças,


O chamando atenção para as ilustrações e sua relação com o texto.
Roteiro de trabalho
Preparação
Estudar as relações entre livro, texto e ilustração.

Organização do espaço e das crianças


Essa é uma atividade coletiva. É importante que as crianças estejam organizadas de forma a enxergar o livro.

Orientações para o professor


Iniciar a atividade explicando às crianças que, em alguns momentos, você interromperá a leitura para
conversar sobre a história e a ilustração: “Hoje vou ler a história, mas vou parar em algumas partes para que
O que as crianças a gente possa ver como a ilustração ‘conta’ essa mesma história”.
podem pensar,
dizer e fazer.
Escolher algumas páginas e convidar as crianças a observarem as ilustrações. É importante deixar que elas
Observar as ilustrações
e tentar estabelecer comentem e estimular que observem detalhes que poderiam passar despercebidos. Por exemplo, na
relações com página em que o velhinho tenta, pela primeira vez, arrancar o nabo da terra, para dar a impressão de que
a história. o nabo é gigante, o desenho do velhinho ocupa quase toda a página e o nabo não aparece por inteiro, só é
possível ver o seu talo. Mesmo sem ter lido a informação de que o nabo cresceu muito e ficou gigante, ao
observar essa ilustração, já é possível imaginar o que aconteceu. Para ajudá-las a pensar sobre os detalhes
dessa ilustração, você pode dizer: “Vocês repararam que nessa página o ilustrador só desenhou o talo do nabo?
Por que será que ele fez isso?”. Deixe que as crianças façam essas relações.

Chamar atenção das crianças para a diagramação do texto, que utiliza alguns recursos interessantes.
No começo da história, por exemplo, três gatos seguram cartazes, cada um com uma palavra, compondo a
expressão “três gatos pretos”; na página em que há uma grande chuva, o texto está escrito na ilustração da nuvem.

Fazer com que as crianças usem a ilustração como apoio para antecipar a história e ter o texto de memória.
Observar atentamente
os detalhes da Por exemplo, quando o velhinho tenta arrancar o nabo da terra, o personagem que será chamado para
ilustração, usando-os ajudar, na sequência, sempre aparece na ilustração. Você pode destacar essa informação solicitando que
para antecipar partes falem, ao longo da leitura, qual será o próximo animal.
da história.

Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode apenas
enfatizar a informação de que o personagem que será chamada pelo velhinho já está desenhado na
página. Peça que observem isso e tentem antecipar a sequência dos personagens na narrativa.

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode dar mais
ênfase na relação entre a diagramação, os desenhos e o texto. Para problematizar, você pode perguntar:
“Por que nessa página há trechos do texto perto de cada animal? Por que essa frase foi dividida em três plaqui-
nhas ou cartazes?”.

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O que as crianças podem aprender


Ao propor que as crianças observem detalhes da ilustração e os relacionem com o texto, contribui-se
para que elas aprendam sobre os diferentes tipos de relação entre texto e ilustração e que se apropriem
melhor da narrativa.

Ao informar as crianças que interromperá a leitura para conversar sobre a história, possibilita-se o
aprendizado sobre a diferença entre ler o texto e falar sobre o texto lido.

O que mais é possível fazer


São muitas as observações que se pode fazer sobre a ilustração desse livro. Você pode lançar outros
desafios, propondo que as crianças pensem sobre a relação entre texto e ilustração. Segue uma sugestão:

Entregar às crianças uma folha com uma parte da história escrita. Ler com elas e propor que criem uma
ilustração para essa parte da história.

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Atividade 3
Ordenar as ilustrações da história

professor entrega às crianças cartelas com desenhos dos animais


O da história O nabo gigante e propõe que as crianças organizem
essas cartelas de acordo com a sequência de aparição dos bichos
na narrativa.

Roteiro de trabalho
Preparação
Para cada grupo de crianças, separar um conjunto de cartelas com o desenho dos animais da história.

Organização dos espaços e das crianças


Essa atividade deve ser realizada em pequenos grupos. É preciso pensar nos agrupamentos para que as
crianças possam colaborar entre si.
O que as crianças
podem pensar, Orientações para o professor
dizer e fazer.
Mostrar o livro às crianças e perguntar se conseguem lembrar quantos são os animais que o casal de
Retomar de
memória os bichos
velhinhos tinha e como eles são apresentados na história.
que aparecem na
história e suas Conversar com elas e destacar a ordem numérica em que os animais são apresentados: do maior para o
características.
menor número (seis canários, cinco gansos, etc.).

Dividir as crianças em grupos, entregar as cartelas e pedir que sejam ordenadas considerando a sequência
Retomar a sequência da
narrativa ordenando as
em que são apresentadas na história. Você pode dizer: “Vocês vão ordenar os bichos dessa história lembrando
cartelas. como eles aparecem pela primeira vez no texto”.

Fazer coletivamente a ordenação dos primeiros dois animais da sequência para dar o exemplo. Você
pode propor: “Qual é o primeiro bicho que aparece? Então, esse será o bicho que vocês vão colocar primeiro.
Depois, quem é apresentado? Coloquem os gansos embaixo dos canários. Vamos organizar um embaixo
do outro”.

Reler com as crianças essa parte da história para que verifiquem se colocaram as cartelas na ordem certa.
Verificar a ordem em que
sequenciaram as cartelas,
identificando as Seguir as mesmas orientações para as duas outras partes da história em que os bichos aparecem. Para o
informações do texto. trecho em que os animais surgem no meio da história, você pode propor que as crianças lembrem qual é o
primeiro animal chamado para ajudar a puxar o nabo da terra. E, no fim da história, propor que recordem a
sequência em que os bichos caem um em cima do outro.

Finalizar a atividade conversando com as crianças sobre as três situações da história. Você pode dizer:
“Nessa história, os bichos aparecem em três momentos diferentes: no início, quando são apresentados pela
primeira vez; no meio, quando ajudam os velhinhos a puxar o nabo; no fim, quando caem um em cima do
outro. Em cada um dos momentos, eles aparecem em ordem diferente”.

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Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode realizar a
mesma proposta coletivamente.

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode pedir que, indivi-
dualmente, desenhem a ordem da sequência de aparição dos bichos em cada um dos momentos da história.

O que as crianças podem aprender


Ao propor que as crianças ordenem os bichos da história considerando as três partes em que aparecem
no texto, possibilita-se a retomada da história memorizada a partir da sequência de sua narrativa.

Ao conversar com as crianças sobre a sequência numérica em que os animais são apresentados, favorece-se
que elas façam uso dos recursos presentes no texto para recuperar a história de memória.

Ao reler partes da história para que as crianças verifiquem se ordenaram na sequência correta, contribui-
se para que elas identifiquem informações no texto.

O que mais é possível fazer


As crianças geralmente gostam de fazer desenhos da história. Para dar continuidade a essa proposta, você
pode convidá-las a desenhar:

Partes da história (por exemplo, todos os personagens juntos tentando arrancar o nabo da terra).

O início, o meio ou o fim da história.

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Atividade 4
Escrever os nomes dos bichos da história

O professor mostra cartelas com desenhos dos bichos da história


O nabo gigante e pede para que as crianças os nomeiem.
Depois divide as crianças em grupos e pede que escrevam o nome
dos bichos numa lista.

Roteiro de trabalho

Preparação
Preparar seis tiras de papel (5 x 15 cm) e um conjunto de cartelas com os desenhos dos bichos da história
para cada grupo de crianças. Separar lápis e uma folha grande para a escrita da lista.

Organização do espaço e das crianças


A primeira parte dessa atividade é coletiva. A segunda parte pode ser realizada em grupos de seis crianças.
O que as crianças
podem pensar, Orientações para o professor
dizer e fazer.
Retomar com as crianças quais os seis animais que o casal de velhinhos da história tinha, mostrando as
Nomear os bichos.
ilustrações das cartelas e solicitando que nomeiem os bichos. Você pode dizer:“Vou mostrar o desenho dos
animais e vocês vão me dizer qual o nome de cada um deles. Vocês me falam e eu escrevo nesse cartaz”.

Escrever lentamente os nomes para que as crianças consigam visualizar a sua escrita. Conforme você
Retomar os nomes de
memória e pensar escreve (sempre em letra maiúscula), pode compartilhar com as crianças: “Até aqui escrevi GAN, agora vou
sobre como se escreve escrever SO”. Nesse momento, escolha partes das palavras para ler às crianças (por exemplo, GALI
cada um deles. faltando NHA, ou VA faltando CA) em vez de pronunciar letra por letra.

Separar as crianças em grupos e pedir que escrevam o nome de um dos animais nas tiras de papel que
Escrever,
comparar nomes receberam. Cada criança do grupo deve escrever o nome de um bicho. Nesse momento, você guarda o
e comentar com cartaz com a lista que acabou de fazer. Você pode dizer: “Agora vou entregar a vocês algumas tiras de papel.
que letra começa. Cada criança do grupo deve escrever o nome de um animal”.

Passar pelos grupos auxiliando as crianças com dificuldade. Por exemplo, se uma criança escreveu
A para a sílaba VA, você pode perguntar: “Que outra palavra conhecemos começa com as mesmas letras de
VACA?”. E, quando a criança responder, você pode escrever essa palavra para que ela veja, indicando que
observe se essa palavra pode lhe ajudar em sua escrita. Lembrar que as crianças estão aprendendo a
escrever, então não é necessário fazer muitas observações para que cheguem à escrita correta.

Propor que as crianças colem em uma folha ou cartolina as tiras com as palavras escritas, fazendo uma
lista dos nomes dos bichos que o casal de velhinhos tinha.

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15 | HISTÓRIAS COM ACUMULAÇÃO

Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode propor que,
em grupo, elas escrevam o nome de um ou mais bicho com letras móveis. Deixe o cartaz em um canto da sala
para que elas possam consultá-lo se sentirem necessidade.

Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode propor que, depois de
nomear e observar a escrita dos nomes dos bichos no cartaz, elas desenhem os seis bichos e escrevam seus
nomes ao lado dos desenhos, individualmente.

O que as crianças podem aprender


Ao escrever o nome dos bichos lentamente na frente das crianças, favorece-se que elas observem as relações
entre o que foi falado e o que está sendo escrito.

Ao propor que as crianças escrevam o nome dos bichos, possibilita-se a reflexão sobre como se escreve,
analisando oralmente a palavra e procurando algum tipo de correspondência com as unidades da escrita.

O que mais é possível fazer


Você pode propor outras atividades com os nomes dos bichos. Seguem algumas sugestões:

Escrever o nome dos bichos em tiras de papel e mostrar às crianças apenas a primeira ou a última sílaba,
pedindo que digam que nome está escrito.

Você pode usar as mesmas tiras, mas mostrando o nome por inteiro rapidamente e perguntando às crianças
se é, por exemplo, o nome GANSO que está escrito ali.

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16 | TRILHAS

Atividade 5
Conversar sobre o tempo na narração

O professor pede que as crianças observem as expressões que


indicam a passagem de tempo na história O nabo gigante e
escreve uma lista.
Roteiro de trabalho

Preparação
Marcar no texto as expressões que indicam quando se passa a história e o tempo de sua narração.
Separar o livro, um calendário e um papel grande para redigir a lista.

Organização do espaço e das crianças


Essa atividade é coletiva. As crianças podem estar organizadas em roda.
O que as crianças
podem pensar, Orientações para o professor
dizer e fazer.
Contar às crianças que você vai ler de novo a história, mas dessa vez elas devem descobrir quando a
Escutar a história,
prestando atenção na história aconteceu e quanto tempo durou. Você pode dizer: “Hoje vou ler novamente essa história. No fim
passagem do tempo da minha leitura, vocês vão dizer quando essa história aconteceu e quanto tempo se passou desde que o
na narrativa. velhinho plantou até quando conseguiu colher o nabo com a ajuda do ratinho”.

Ler a história para as crianças e, no fim, perguntar se elas descobriram quando a história aconteceu. Você
Identificar
informações no pode dar exemplos para ajudar as crianças: “Será que foi hoje? Será que faz muito tempo?”. Você também
texto sobre pode reler a primeira página e perguntar se nessa parte há alguma informação nesse sentido.
o tempo.
Avisar as crianças que, ao encontrarem as expressões de tempo usadas na história, você irá fazer uma
lista para registrá-las. Escrever na frente das crianças a primeira expressão encontrada (“Há muito tempo”).

Perguntar às crianças se conseguiram descobrir quanto tempo se passou entre plantar e colher o nabo.
Localizar
informações Se achar necessário, você pode ajudá-las dizendo: “Vou ler novamente a parte da história em que o ve-
no texto. lhinho planta o nabo, e vocês me dizem se conseguem descobrir quanto tempo ele levou para colher o nabo”.

Conversar com as crianças sobre os meses e as estações do ano. Marcar no calendário que o nabo foi
plantado em setembro, mês de primavera.

Reler a página em que o autor narra a grande chuva que caiu na horta e pedir que as crianças identifiquem
quando isso aconteceu. Escrever no cartaz a expressão “Naquela noite”.

Reler a parte da história em que o velhinho olha o nabo gigante. Retomar a frase “A primavera passou e o
sol do verão amadureceu os vegetais” e conversar sobre quanto tempo se passou entre a primavera e o
verão. Anotar no calendário, contando quantos meses já se passaram na história e compartilhar com as
crianças a escrita da expressão “A primavera passou” na lista.

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17 | HISTÓRIAS COM ACUMULAÇÃO

Seguir a mesma orientação para identificar a passagem do tempo na parte da história em que o velhinho
acorda e decide colher o nabo, escrevendo na lista a expressão “‘Numa bela manhã de março”.

Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode propor
que tentem reconhecer algumas das expressões de tempo presentes na história, sem que haja necessidade
de fazer a lista.

Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode propor que primeiro
elas identifiquem todas as expressões presentes na história à medida que você lê e, em seguida, as escrevam
em duplas.

O que as crianças podem aprender


Ao solicitar que as crianças descubram quando a história aconteceu e quanto tempo durou, favorece-se
que elas prestem atenção nos recursos discursivos para marcar a passagem do tempo na narrativa.

Ao propor que as crianças ditem as expressões encontradas, elaborando uma lista, contribui-se para que
elas reúnam uma coleção de expressões de tempo usadas em textos narrativos.

O que mais é possível fazer


Para dar continuidade a esse trabalho, você pode seguir completando a lista de expressões à medida que as
crianças lerem novas histórias.

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18 | TRILHAS

Atividade 6
Relacionar os bichos e suas características

O professor pede que as crianças identifiquem os bichos da


história O nabo gigante e suas características. Escreve na
lousa e conversa com elas sobre a ordem das palavras nas frases.
Depois entrega às crianças tiras com a descrição dos bichos e as
convida a localizar o texto de cada tira na história, ordenando-as.

Roteiro de trabalho
Preparação
Elaborar tiras de papel, em quantidade suficiente para cada grupo, com a quantidade e as características
dos bichos escritas em letra maiúscula. Por exemplo:

SEIS CANÁRIOS AMARELOS

Organização do espaço e das crianças


Essa atividade pode ser realizada em pequenos grupos. É importante organizar as crianças de forma que
possam colaborar entre si.

Orientações para o professor


Entregar às crianças as tiras e orientar que elas precisam lembrar quais são os bichos da história e as
suas características para depois encontrar a tira correspondente a cada bicho. Você pode dizer: “Com ajuda
das ilustrações e da história que já temos ‘na cabeça’, vocês vão dizer quais são os bichos dessa história e como
O que as crianças eles são. Depois encontrarão a tira que corresponde a cada animal”.
podem pensar,
dizer e fazer.
Mostrar a página em que todos os bichos são apresentados. Apontar para os canários e perguntar que
Retomar o texto de
memória com o bichos são aqueles, quantos deles há na história e como eles são.
auxílio da ilustração.
Escrever na lousa, conforme as crianças respondem, organizando o texto tal como escrito no livro, por
Ordenar as tiras,
relacionando as exemplo: SEIS CANÁRIOS AMARELOS. Ao terminar a escrita, ler a frase inteira apontando as palavras.
informações
do texto. Seguir a mesma orientação para os outros bichos.

Escrever uma frase embaixo da outra.

Chamar atenção das crianças para a ordem em que as palavras aparecem nas frases: antes do nome do
animal, aparece a informação da quantidade de bichos e, depois do nome, a sua característica. Compartilhar
com elas que, no livro, essas frases estão sempre escritas desse jeito, assim como nas tiras que receberam.

Pedir às crianças que ordenem as tiras que receberam começando pelos SEIS CANÁRIOS AMARELOS
até UMA VACA MARROM BEM GRANDE. Nesse momento, apague a lista escrita na lousa.

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19 | HISTÓRIAS COM ACUMULAÇÃO

Circular entre os grupos, auxiliando-os. Por exemplo, se ficarem em dúvida entre a tira em que está
escrito GANSO e aquela em que está escrito GALINHA, você pode dizer: “Quantos gansos têm na história?
Onde vocês acham que está escrito CINCO?” ,(apontando para a palavra CINCO da tira dos gansos e para a
palavra QUATRO da tira das galinhas).

Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode apenas
mostrar as ilustrações dos bichos, pedindo que recuperem de memória suas características.

Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode entregar uma folha
com as frases que apresentam os bichos e pedir que elas localizem e circulem onde estão escritos a quan-
tidade, o nome do bicho e a sua característica.

O que as crianças podem aprender


Ao propor que as crianças retomem as características dos bichos, favorece-se que elas recuperem a
história memorizada e se detenham no recurso da descrição em uma narrativa.

Ao solicitar que as crianças localizem os nomes dos bichos e ordenem as cartelas segundo a sequência
da narrativa, possibilita-se que atentem para a função dos nomes no texto.

Ao chamar atenção para a organização das frases que apresentam as características dos bichos na histó-
ria, contribui-se para que as crianças observem a função dos nomes nas frases.

O que mais é possível fazer


Você pode dar continuidade a essa atividade ressaltando como o ilustrador caracteriza os bichos, propon-
do que as crianças observem as expressões na cara dos bichos, notando se mudam e como mudam em
cada parte da história. Peça que tentem nomear cada uma dessas expressões.

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20 | TRILHAS

Atividade 7
Ler trechos da história

O professor convida as crianças para ler trechos de O nabo gigante,


fazendo uma leitura compartilhada da narrativa.

Roteiro de trabalho

Preparação
Marcar os trechos da história que você lerá e as partes que as crianças lerão.

Organização do espaço e das crianças


Essa atividade deve ser realizada em grupos pequenos. Você pode organizar a turma de forma que,
enquanto dá atenção especial a um grupo, as demais crianças realizem outra atividade que tenham
condições de fazer sozinhas (por exemplo, brincar com jogos conhecidos).

Ao longo de alguns dias, você fará essa mesma proposta de forma a atender cada grupo separadamente.

Orientações para o professor


Sentar com as crianças em roda e explicar a atividade. Você pode dizer: “Hoje teremos uma atividade em
que cada grupo vai fazer uma proposta diferente. Alguns terão jogos para brincar e um único grupo sentará
comigo para ler a história O nabo gigante”.

Explicar às crianças, já no pequeno grupo, que hoje elas te ajudarão a ler partes do texto. Você pode
dizer: “Hoje vamos ler juntos essa história. Mas vamos fazer de um jeito diferente. Eu vou ler algumas partes e
vocês lerão as outras. Lembrem-se: é importante que vocês tentem ler o texto exatamente como o autor escreveu”.

O que as crianças Combinar que você interromperá a sua leitura e indicará às crianças a parte da história que deve ser lida.
podem pensar,
dizer e fazer.
Conversar com elas sobre os recursos que já conhecem para recuperar o texto de memória. Você pode dizer:
Identificar os
recursos que “Se vocês não souberem alguma parte do texto, como podem fazer para lembrar?”
caracterizam a
relação entre
Deixar o livro no centro da mesa, de forma que você e as crianças consigam visualizá-lo.
texto e ilustração.

Ler a primeira página do livro e dizer às crianças que elas devem continuar as duas próximas páginas em
Ler partes da
história, que os personagens são apresentados.
recuperando o
texto de memória. Retomar a leitura até a página em que o velhinho procura a velhinha pedindo ajuda. Avisar as crianças que
elas continuarão a narrativa de memória. Caso precisem de ajuda para lembrar o personagem seguinte,
retome com elas o fato de que o desenho do personagem que será chamado a seguir já aparece na página.

Deixar que as crianças leiam até o momento em que todos os personagens juntos tentam arrancar o
nabo da terra: “Ainda assim o nabo não se mexia”. Seguir lendo até a parte em que a velhinha pega o rato.
Propor que as crianças leiam as duas páginas seguintes.

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21 | HISTÓRIAS COM ACUMULAÇÃO

Retomar a leitura, finalizando a história, e conversar com as crianças sobre a experiência de lerem trechos
Contar aos colegas os
procedimentos que
da história sozinhas, pedindo que compartilhem as estratégias que usaram na leitura.
utilizaram na leitura.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode propor
que elas leiam somente a parte final da história, em que todos juntos e o ratinho tentam puxar o nabo da
terra.

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode propor que
elas fiquem responsáveis por ler trechos mais longos da história.

O que as crianças podem aprender


Ao convidar as crianças para ler partes da história atentando para a relação do texto com a ilustração e
para a estrutura repetitiva do texto, possibilita-se que elas leiam com autonomia.

Ao propor que as crianças conversem sobre os recursos que utilizaram para conseguir ler, favorece-se
que elas ampliem e se apropriem de novas estratégias de leitura.

O que mais é possível fazer


Essa proposta de leitura pode ser feita novamente com um desafio maior na leitura: as crianças podem
ficar responsáveis por ler trechos em que o texto não possui uma estrutura repetitiva.

O que é possível fazer em casa


Propor às crianças que, em esquema de rodízio, levem o livro para casa e leiam junto com seus pais,
colegas, vizinhos.

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22 | TRILHAS

Atividade 8
Usar diferentes tipografias

O professor retoma o livro O nabo gigante com as crianças,


destacando o uso de tipografias no texto. Depois apresenta
algumas palavras, propondo que pensem como poderiam escrevê-las
utilizando esse recurso.
Roteiro de trabalho
Preparação
Marcar as páginas em que se identifica o uso do recurso tipográfico.

Organização do espaço e das crianças


Essa é uma atividade coletiva, e as crianças precisam estar organizadas de forma que todas consigam
visualizar o livro.
O que as crianças
podem pensar, Orientações para o professor
dizer e fazer .
Conversar com as crianças contando que você irá mostrar o livro para que elas observem alguns detalhes
Pensar sobre a forma
tipográfica da escrita
do texto. Você pode dizer: “Hoje vamos observar como algumas palavras foram escritas nessa história e pensar
das palavras e a relação por que foram escritas desse jeito”.
com o seu significado.

Ler a primeira página da história e dizer às crianças que nessa página tem uma palavra escrita de um
Identificar as
palavras escritas com
jeito diferente das demais. Passar o livro para elas apontando a palavra para que vejam a forma como está
diferentes tipografias. escrita e perguntar: “Como essa palavra está escrita?”.

Perguntar qual palavra as crianças acham que está escrita de modo diferente. Caso as crianças não con-
sigam responder, informe que é a palavra TORTA. Conversar sobre a relação entre a palavra e a forma
como foi escrita no livro.

Seguir folheando o livro até o momento em que aparece a palavra GIGANTE. Conversar sobre a relação
entre a palavra e a forma como foi escrita no livro. Por fim, fazer o mesmo com as palavras AINDA e POP.

Terminar de ler a história e apresentar às crianças duas palavras para que pensem nas diferentes formas
Pensar em como
escrever palavras em que podem ser escritas. Você pode usar as palavras ALTO e ELEFANTE.
com diferentes
tipografias. Propor que as crianças pensem nos diferentes modos de escrever essas palavras.Você pode dizer: “Agora
que vimos algumas palavras escritas de jeitos diferentes, vamos pensar como poderíamos escrever essas palavras
também de um jeito diferente? Vocês dão as suas sugestões e eu escrevo na lousa”.

Deixar que as crianças dêem sugestões, lembrando que precisam sempre considerar o significado de cada
uma das palavras. Você pode convidar algumas crianças para ir até a lousa escrever ou também pode dar
sugestões às crianças, por exemplo, para a palavra ELEFANTE: “Como é um elefante? Ele é grande ou pequeno?
Será que podemos escrever essa palavra com as letras bem grandonas? E com letras bem gordonas?”.

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23 | HISTÓRIAS COM ACUMULAÇÃO

Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade pareça muito difícil para algumas crianças, você pode realizar
somente a primeira parte da atividade, em que conversa com as crianças sobre as palavras da história
O nabo gigante.

Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode apresentar duas
novas palavras e propor que elas as escrevam usando uma tipografia diferente.

O que as crianças podem aprender


Ao propor que as crianças observem palavras com diferentes tipografias no texto, possibilita-se que elas
aprendam a observar e reconhecer tipografias.

Ao perguntar às crianças por que as palavras estão escritas de um jeito diferente, favorece-se que elas
relacionem a tipografia com a sua intenção e o seu significado no texto.

Ao propor que as crianças deem sugestões de como escrever uma palavra fazendo uso de diferentes
tipografias, auxilia-se que elas aprendam a produzir tipografias.

O que mais é possível fazer


Você pode continuar propondo que as crianças observem e produzam tipografias, por exemplo, trazendo
outros tipos de texto em que se faz uso desse recurso (folhetos de supermercado, rótulos de produtos,
gibis etc).

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24 | TRILHAS

Créditos institucionais

TRILHAS

Iniciativa:
Natura Cosméticos

Realização:
Programa Crer para Ver, Natura Cosméticos

Desenvolvimento:
Cedac

Ficha Técnica

Programa Crer para Ver, Natura Cosméticos


Coordenação:
Maria Lucia Guardia e Lilia Asuca Sumiya

Cedac
Coordenação:
Beatriz Cardoso e Tereza Perez

Concepção do conteúdo e supervisão:


Ana Teberosky

Direção editorial:
Beatriz Cardoso e Beatriz Ferraz

Consultoria literária:
Maria José Nóbrega

Equipe de redação:
Ângela Carvalho, Beatriz Cardoso, Beatriz Ferraz, Debora Samori, Maria Grembecki, Milou Sequerra, Patrícia Diaz

Equipe da Gerência de Educação e Sociedade, Natura Cosméticos:


Maria Lucia Guardia, Lilia Asuca Sumiya, Fabiana Shiroma, Eliane Santos, Isabel Ferreira, Luara Maranhão, Gabriela Santos

Edição de texto:
Marco Antonio Araujo

Coordenação de produção:
Fátima Assumpção

Projeto gráfico:
SM&A Design

Ilustrações:
Vicente Mendonça

Revisão:
Jandira Queiroz e Ali Onaissi

“ESTE CADERNO TEM OS DIREITOS RESERVADOS E NÃO PODE SER COPIADO OU REPRODUZIDO, PARCIAL OU TOTALMENTE,
SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO PROGRAMA CRER PARA VER, DA NATURA COSMÉTICOS, E DO CEDAC.”

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CADERNO DE ORIENTAÇÕES
CADERNO DE ORIENTAÇÕES: HISTÓRIAS COM ACUMULAÇÃO
HISTÓRIAS
O Programa Crer para Ver é uma das iniciativas que traduzem o compromisso
da Natura com a construção de uma sociedade mais justa. Nesse sentido,
COM ACUMULAÇÃO
o principal objetivo do Programa é contribuir para um dos aspectos mais relevantes
e estruturais da sociedade: a qualidade da educação nas escolas públicas brasileiras.

Por acreditarmos que a participação de todos é o caminho para mudanças, desde a


concepção do Programa, a Natura mobiliza seu canal de vendas para compartilhar
a importância e o valor da educação. Esse envolvimento possibilita que as ações
desenvolvidas pelo Programa sejam financiadas por meio de recursos arrecadados pelos
Consultores e Consultoras Natura, que vendem os produtos da linha Crer para Ver sem
fins lucrativos.

Desde o início do Programa, em 1995, essa participação voluntária arrecadou mais de


R$ 32 milhões, o que possibilitou o investimento em iniciativas voltadas para o ensino
fundamental, educação de jovens e adultos e educação infantil de escolas públicas em todo
o Brasil, resultando em mais de 2,4 milhões de alunos beneficiados.

Uma dessas iniciativas é este material que você, professor, está recebendo. O projeto Trilhas
visa promover o desenvolvimento da leitura, escrita e oralidade dos alunos de 4 a 6 anos e
também instrumentalizar e apoiar o trabalho do professor das redes públicas de ensino.

Essa ação contribui para ampliar o universo cultural de alunos e professores, por meio do
acesso à leitura de bons livros de literatura infantil. A escolha da LEITURA como o principal
tema deve-se por ser uma estratégia mundialmente reconhecida como determinante para
a aprendizagem e para promover um melhor desempenho escolar ao longo de toda a vida.

Esperamos que o projeto possa ser útil a você e a todos os profissionais que trabalham para
a melhoria da educação infantil pública.

Aos Consultores e Consultoras Natura, agradecemos o esforço voluntário e a contribuição


para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e solidária. Graças a essa mobilização,
milhares de municípios brasileiros, na sua diversidade e pluralidade, fazem parte deste
e de outros projetos do Programa Crer para Ver.
Equipe do Programa Crer para Ver, Natura Cosméticos

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