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Uma dessas iniciativas é este material que você, professor, está recebendo. O projeto Trilhas
visa promover o desenvolvimento da leitura, escrita e oralidade dos alunos de 4 a 6 anos e
também instrumentalizar e apoiar o trabalho do professor das redes públicas de ensino.
Essa ação contribui para ampliar o universo cultural de alunos e professores, por meio do
acesso à leitura de bons livros de literatura infantil. A escolha da LEITURA como o principal
tema deve-se por ser uma estratégia mundialmente reconhecida como determinante para
a aprendizagem e para promover um melhor desempenho escolar ao longo de toda a vida.
Esperamos que o projeto possa ser útil a você e a todos os profissionais que trabalham para
a melhoria da educação infantil pública.
Ver:
Caderno de
P or muito tempo, acreditou-se que bastava ensinar as crianças a decodificar os textos para dizer que
sabiam ler. Entendia-se a escrita como uma técnica aprendida por meio de exercícios repetitivos.
Hoje, sabemos que essa visão desconsidera um aspecto essencial: a oportunidade do ingresso em uma
estudos cultura escrita.
Considerar o ingresso na cultura escrita implica pensar nos livros, mas também em todos os outros suportes
de texto que representam a escrita e fazem parte da sociedade (jornais, receitas, cartas etc.). Isso significa que,
para além de decodificar textos e conhecer as letras, é preciso garantir outras condições, como: participar de
práticas reais de leitura e escrita e de situações que convidem a pensar sobre como a língua escrita se organiza;
conhecer os diferentes suportes de texto e as suas características; garantir possibilidades de visita a instituições
que fazem parte da cultura escrita (bibliotecas, livrarias, editoras etc.).
Essa mudança de compreensão do ensino da leitura e da escrita no âmbito da educação já se reflete na busca
de novas soluções que vêm sendo apresentadas na literatura infantil brasileira. Isso é um sinal claro de que as
“certezas” daquele ensino de “sempre” estão em processo de mudança.
Mas não é simples incorporar essas novas expectativas à prática. No entanto, hoje, há livros de alta qualidade
que nos ajudam nessa tarefa. Há uma diversidade de publicações que, desde muito cedo, convidam as crianças
a se aventurem por vários tipos de histórias, ilustrações e textos.
Com base na narrativa literária – texto com o qual certamente as crianças têm mais familiaridade –, os autores
aproveitam para introduzir cartas, receitas, textos informativos e até mesmo jornalísticos nos livros infantis.
Essa iniciativa amplia as oportunidades de ingresso das crianças na cultura escrita, contribuindo para sua
formação como leitoras e escritoras.
Mesmo em ambientes pouco letrados, as cartas se fazem presentes, pois carregam a possibilidade de apro-
ximar pessoas, de comunicar, mandar notícias para quem está longe e até ajudar a matar a saudade. Isso atrai
as crianças, o que pode permitir a exploração das convenções próprias desse gênero.
Vale a pena dar especial atenção a esse tipo de texto em sala de aula. São inúmeras as possibilidades de traba-
lho que se abrem. Neste Caderno de orientações, você encontrará formas de ampliar o que já faz em seu
trabalho cotidiano com as crianças, explorando histórias cujas narrativas são entremeadas com cartas.
O reconhecimento da importância de bibliotecas infantis nas escolas tem estimulado a criação de diversas
iniciativas que buscam promover o desenvolvimento da leitura e o acesso a livros de qualidade. Trabalhar
com livros em sala, permitindo e incentivando que as crianças possam manuseá-los, lê-los e observar os
detalhes de suas ilustrações, ainda é um desafio que já está mais próximo de ser conquistado.
As atividades propostas neste Caderno de orientações permitem que as crianças acompanhem sua leitura
tendo o livro em mãos ou o dividindo com outros colegas. Essa é uma situação diferenciada, tanto do
ponto de vista do acesso da criança à obra impressa quanto das possibilidades de aprendizagem sobre a
leitura e a escrita. Nas atividades que seguem, convidamos você a contribuir para o ingresso das crianças
de sua turma na cultura escrita por meio de situações em que o livro, a história e as cartas, ao mesmo
tempo que encantam e divertem, coloquem desafios e problemas a serem resolvidos.
Sobre os livros
O livro escolhido para este Caderno de orientações conta a história de Viviana, personagem que
escreve cartas a diferentes bichos convidando-os para uma festa em sua casa. A história possui
um narrador que apresenta as cartas de Viviana e as dos bichos que respondem ao convite.
Conforme o leitor lê as cartas dos animais, vai conhecendo outras histórias. Podemos dizer que essa é
uma história que conta histórias.
Esta história começa quando Viviana decide fazer uma festa em sua casa para saber como é que os bichos
costumam se vestir ao dormir. Para descobrir isso, convida os vários animais estampados em seu pijama e
avisa-os que, na festa, haverá uma votação para eleger “o pijama mais animal”.
Os preparativos começam com a confecção dos convites. Viviana escreve uma carta para cada um deles
contando como será a festa e perguntando sobre os seus pijamas. Os bichos respondem, aceitando o
convite e descrevendo cada qual a sua roupa de dormir. Ao terminar a troca de correspondências entre a
menina e os bichos, todos se encontram na tão esperada festa para escolher a roupa mais “sensacional”.
Vamos observar algumas características presentes na estrutura dessa narrativa e na linguagem dos
textos apresentados:
2. O assunto das cartas escritas por Viviana e pelos bichos se repete. Nas cartas da menina, há sempre o
convite, um detalhe da festa (“Vai ter uma música bárbara”) e os nomes dos animais que já foram convi-
dados (“Vai ter música e também o Leão e o Pinguim”);
3. Na carta dos bichos, há sempre uma resposta à pergunta feita por Viviana (“Meu pijama é cheio de
escovas de dente”) e ao convite (“O prêmio já é meu, nisso creio e confio”);
4. Todas as cartas de Viviana têm um P.S., abreviatura do latim post-scriptum (pós-escrito), aquilo que se
acrescenta a uma carta depois de assinada. Nele, se repete a mesma pergunta, variando conforme o
animal: “Quando você vai para cama dormir, que tipo de pijama gosta de vestir?”;
5. As cartas possuem um estilo espontâneo e informal, como se fosse uma conversa por escrito, em que
aparecem marcas de oralidade. Nelas, há frases sem conclusão, nas quais as reticências (os famosos três
pontinhos) convidam o receptor a completá-las (“Sonho com bananas feito um... ”), perguntas que
procuram respostas dos destinatários (“Vai ser uma festa bárbara... Você pode vir?”), pontos de
exclamação que expressam ênfase que a emissora Viviana dá a determinadas expressões que refletem
sua alegria (“Por favor, venha à minha muito LOUCA FESTA DO PIJAMA!”). Outra marca de oralidade
é a exploração do sentido polissêmico da palavra “animal”: “Logo ela saberá, entre todos, qual tem o
pijama mais animal”;
6. Os envelopes das cartas dos bichos estão todos endereçados a Viviana. O que muda é o selo que
estampa a cara do bicho que escreveu e a tipografia (já que cada bicho escreve com um tipo de
letra diferente).
Em relação à ilustração:
1. A narrativa é intercalada por páginas duplas em que, de um lado, há a carta escrita por Viviana e, de
outro, a carta de resposta do bicho. As ilustrações de ambas as cartas se aproximam bastante de cartas reais;
2. Na carta de Viviana, há desenhos dos bichos, o que ajuda as crianças a reconhecerem o destinatário.
Nas respostas dos animais, identificam-se os remetentes por meio dos selos;
3. As ilustrações reforçam a personificação dos animais. Por exemplo, cada carta é escrita com uma letra
diferente. Esse recurso tipográfico nos mostra que cada animal escreve de um jeito diferente, assim como nós;
4. O recurso tipográfico é utilizado ao longo de toda a narrativa, dando destaque a determinadas
frases e palavras;
5. A diagramação também varia ao longo do livro, sempre mantendo uma relação direta com o texto, que
ora aparece em uma linha separando desenhos, ora acompanha o movimento da personagem (por exemplo,
quando Viviana ergue os braços e a linha do texto contorna sua silhueta), ora aparece em linha reta;
6. Ao longo do livro, os bichos aparecem em diferentes lugares: nos detalhes do pijama da menina, no seu
pensamento, no seu porta-lápis, nas cartas que ela escreve etc.;
7. Há ainda uma brincadeira nos envelopes das cartas-resposta (quando fechados, é possível ver os bichos
tal como são; ao abrir os envelopes, os bichos aparecem vestidos com seus pijamas);
8. Há um recurso de interação com o leitor no momento em que Viviana faz a lista para o concurso: suas
mãos seguram uma prancheta com os nomes dos bichos, como se o leitor participasse da votação junta-
mente com os animais. Essa participação ocorre também na abertura do último envelope, que traz a
resposta de quem venceu o concurso de pijamas.
As atividades desenvolvidas aqui são referências para a exploração de livros com histórias que usam correspondências
como elo entre os personagens. Por meio do recurso das cartas, o autor evidencia um itinerário que organiza a narrativa.
O texto de Viviana, rainha do pijama serviu de referência para a elaboração das propostas apresentadas a seguir.
Mas você pode experimentar o mesmo tipo de atividade com outros livros que possuam estrutura semelhante.
Este Caderno de orientações é um convite para que você coloque em jogo seus conhecimentos, ampliando-os com as
sugestões apresentadas. Bom trabalho!
Lembrete
Sabemos que, quando gostam de uma história, as crianças pedem para que ela seja lida e relida
diversas vezes. Por isso, não hesite em contar várias vezes a mesma história. A formação de futuros
leitores se dará no equilíbrio de experiências em que eles possam ler e escutar histórias por puro
prazer – desfrutando de literatura de qualidade – com outros momentos em que possam apro-
fundar conhecimentos sobre o texto. Portanto, o desafio está em não transformar a leitura de
histórias numa atividade mecânica. Assim, procure garantir a leitura por prazer de maneira inde-
pendente das atividades com foco no texto. Este Caderno de orientações apresenta um roteiro de
trabalho que não deve ser escolarizado, mas, ao contrário, servir de instrumento para que as
crianças façam uma viagem pelo mundo da literatura e do conhecimento.
Sumário
Atividade 1
Conhecer um livro com formato diferente
Roteiro de trabalho
Preparação
Ler a história com atenção, observando as possibilidades de interação com o leitor.
Conversar com as crianças sobre a importância do cuidado com o livro. Mostrar como virar as páginas
sem amassar e ajudá-las a pensar sobre como manuseá-lopara que todas as crianças do grupo
O que as crianças possam apreciá-lo.
podem pensar,
dizer e fazer.
Observar a capa e a
Entregar o livro e pedir que elas observem a capa. Ler em voz alta o título, apontando-o para que as crian-
contracapa do livro, ças possam saber onde você está lendo. Deixar que elas comentem sobre as informações presentes na
atentando às informa-
ções presentes e fazendo
capa, o nome do autor, da editora etc.
antecipações da história.
Pedir que elas observem a contracapa do livro. Se as crianças comentarem sobre o envelope desenhado,
você pode estimulá-las a continuar pensando sobre essa ilustração. Caso elas não comentem nada, você
pode perguntar: “O que vocês acham que representa essa ilustração aqui? (apontando para o envelope)
Quem será que escreveu essa carta? E esses bichos que estão em volta, será que são personagens da história?”
Chamar atenção para a carta de resposta do Leão. Deixar que as crianças manuseiem a carta e obser-
var se elas percebem que, quando aberta, a ilustração propõe uma brincadeira com o pijama do
bicho que a escreveu.
Propor que elas continuem folheando o livro. Conversar com as crianças sobre o que imaginam que está
escrito nas cartas.
Acompanhar a leitura
Convidar o grupo para escutar a leitura acompanhando-a com o livro que têm em mãos e propor que
da história com o tentem descobrir por que há tantas cartas nessa história. Ler em voz alta e comunicar o momento em que
texto em mãos.
devem mudar de página.
Interagir com o
Ler o livro até o fim e conversar sobre a história. Você pode perguntar: “Por que vocês acham que o pijama
conteúdo da história. da Viviana foi o campeão? Que pijama vocês escolheriam como o vencedor? Por quê?”
Ao apresentar o livro “por dentro”, explorando as cartas que se abrem e se fecham antes da sua leitura,
contribui-se para que as crianças imaginem a história e antecipem a narrativa.
Ao conversar com as crianças sobre o conteúdo da história, favorece-se que elas participem do enredo,
se apropriem da história e da maneira como é contada.
Atividade 2
Falar sobre as cartas do livro
Roteiro de trabalho
Preparação
Observar a estrutura das cartas do livro: início, corpo e despedida (para quem foi escrita, o que está escri-
to e quem escreveu).
Abrir o livro nas páginas que mostram a carta enviada para o Leão e a carta de resposta dele e orientar
O que as crianças para que façam o mesmo, sem dizer quem escreveu a carta e para quem foi escrita.
podem pensar,
dizer e fazer.
Pensar sobre as característi-
Contar às crianças que você lerá a primeira carta do livro e dizer que elas podem acompanhar sua leitura
cas das cartas e localizar nos livros que têm em mãos. Ler em voz alta e perguntar às crianças quem escreveu a carta. Questionar
informações no texto.
como fizeram para descobrir isso.
Perguntar em que partes da carta as crianças conseguem descobrir para quem Viviana escreveu. Pedir
que elas observem o texto da carta e apontem para você essa informação.
Retomar com as crianças o conteúdo da carta. Você pode dizer: “E o que foi mesmo que Viviana escreveu
para o Leão?” Comentar que essa carta foi escrita por Viviana é um convite e, em seguida, perguntar se elas
se lembram do que o Leão respondeu. Convidá-las, então, a observar a carta do Leão.
Pedir que elas olhem a carta do Leão (a carta deve estar fechada) e perguntar o que está escrito no envelope.
Perguntar sobre o selo da carta: “Se esta carta é para Viviana, pois aqui está escrito o seu nome e endereço,
por que tem um selo do Leão?” Conversar com as crianças sobre as informações que elas podem encontrar
nos envelopes das cartas sobre o destinatário e o remetente.
Convidar as crianças a abrir o envelope e perguntar a elas por que acham que aparece o pijama do Leão.
Conversar com elas sobre o que o Leão escreve na carta.
Perguntar se, no texto da carta, também há informação sobre quem escreveu e para quem escreveu. Deixar
que elas falem e que apontem no livro que têm em mãos.
Comparar as cartas
Propor que as crianças observem algumas das outras cartas do livro e perguntar se elas acham que são
observando suas parecidas e por quê. Conversar sobre a história, destacando que Viviana escreve muitas cartas para
semelhanças.
organizar sua festa.
Pensar em como a
Perguntar às crianças se as ilustrações das cartas podem ajudá-las a saber para quem Viviana está
ilustração pode escrevendo. A partir da resposta que elas derem, comentar sobre o apoio que a ilustração pode dar para
apoiar a leitura
do texto.
a leitura nessa história.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade pareça muito difícil para algumas crianças, você pode conversar
com elas apenas sobre a carta escrita ao Leão e sua resposta.
Se o desafio proposto nessa atividade for fácil para algumas crianças, você pode propor que, em grupo,
elas localizem as informações que se repetem nas demais cartas do livro.
Atividade 3
Escrever os nomes dos bichos
Roteiro de trabalho
Preparação
Separar lápis e papel para cada criança e selecionar as partes das cartas dos animais que serão lidas (em
que deve haver alguma característica dos bichos).
Esperar até que todos tenham escrito o nome do animal para iniciar a próxima leitura. Ler as caracte-
rísticas de pelo menos quatro bichos.
Relacionar informações,
Fazer perguntas às crianças sobre como se escreve o nome do bicho enquanto você escreve, em letra maiús-
pensar sobre como se cula, na lousa. Pedir que uma criança diga com qual letra ela começou a escrever, por exemplo, MACACO.
escreve e comparar
escritas.
Caso ela diga que usou o M, perguntar quem mais usou a mesma letra e quem usou outra. Caso alguma
criança diga que começou com A, você pode perguntar se na sala há o nome de alguém que comece com
MA, assim como MACACO. Escrever esse nome na lousa. Mostrar que também existe a letra A, mas
que antes dela tem a letra M.
Perguntar o que falta para escrever MACACO. Caso haja na sala uma criança com o nome que tenha
CA, peça que ela diga se sabe como escrever o CA da palavra macaco. Caso ela se sinta à vontade, pode ir
até a lousa e escrever essa parte.
Questionar o que está escrito até agora e o que ainda falta para escrever MACACO. Sugerir que as
crianças usem a própria escrita MACA que está na lousa para tentar descobrir como deve ser escrito o
que falta para completar a palavra.
Escrever o começo do nome do próximo bicho na lousa, por exemplo, se o animal for o Jacaré, escrever
JA e dizer: “A segunda carta que eu li era do animal que começa com essas letras. Quem sabe me dizer que
animal é esse? E o que eu já escrevi aqui na lousa? O que falta para completar o nome dele?” Propor que
elas olhem para a escrita do MACACO buscando ajuda para escrever o que falta para completar
a palavra JACARÉ.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposta nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode propor
que elas escrevam em duplas e com letras móveis.
Se o desafio parecer muito fácil para algumas crianças, você pode ler as características de mais bichos,
ampliando a quantidade de nomes a serem escritos.
Ao escrever o nome dos bichos na frente das crianças, favorece-se que elas observem as relações entre
o que foi falado e o que está sendo escrito.
Atividade 4
Completar nomes nos envelopes
Roteiro de trabalho
Preparação
Preparar um conjunto de sete envelopes para cada grupo com o endereço de Viviana como remetente e
os endereços dos bichos como destinatário, mas sem o nome deles. Usar letra maiúscula.
PARA O _____________
DEBAIXO DA ÁRVORE
QUE DÁ SOMBRA,
PLANÍCIES ENSOLARADAS,
ÁFRICA
Separar as crianças em grupos, entregando para cada grupo um conjunto de sete envelopes.
Ler para as crianças um dos envelopes explicando a elas o que precisam preencher. Para isso, você pode
ler primeiro o remetente (que é a Viviana) e, em seguida, ler o endereço do bicho. Depois, pergunte às
crianças qual a informação que está faltando.
Deixar que as crianças respondam e dizer que, nos envelopes que receberam, elas devem escrever o
O que as crianças nome do bicho que mora nesse endereço.
podem pensar,
dizer e fazer.
Localizar informações
Conversar com as crianças sobre como elas podem fazer para descobrir qual envelope é de qual bicho.
na carta e escrever nos Retomar que, nas cartas que a Viviana escreve, há sempre uma indicação do local onde o animal mora e que,
envelopes.
no envelope das cartas-resposta, há o endereço da Viviana.
Orientar as crianças que cada uma deve escrever o nome em pelo menos um envelope, de forma que
todas as crianças escrevam.
Circular entre os grupos para oferecer ajuda caso algum deles demonstre dificuldade em encontrar as
informações nas cartas do livro.
Entregar uma cartolina e pedir que cada grupo coloque os envelopes na ordem em que devem ser
entregues pelo carteiro, organizando assim seu itinerário.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para as crianças, você pode entregar os
envelopes preenchidos e pedir que elas apenas organizem o itinerário do carteiro.
Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode deixar mais
espaços em branco no endereço dos bichos para elas completarem.
Ao propor que as crianças organizem o roteiro de entrega do carteiro, possibilita-se que elas recuperem
o itinerário da narrativa.
Atividade 5
Brincar de correio
Roteiro de trabalho
Preparação
Se possível, separar qualquer material de correspondência que você tenha para apresentar às crianças
(cartão-postal, diferentes tamanhos de envelopes e papel, selos, caixas etc.) e depois deixar no espaço
reservado para a brincadeira.
Mostrar às crianças que você organizou na sala um espaço para elas brincarem de correio.Você pode fazer
um cenário com caixas de papelão ou utilizar as mesas e cadeiras da sala e produzir cartazes com o nome
do estabelecimento. Também pode trazer papel, caixas e envelopes ou pedir que as crianças tragam esses
materiais de casa.
Conversar com as crianças sobre os diferentes materiais disponíveis para a brincadeira. Chamar atenção
para o que se escreve em cada um deles. Por exemplo: “Por que será que o cartão-postal é tão pequeno?
O que as pessoas escrevem nele? E por que existem papel com linhas e papel sem linhas? Por que se cola selo nas
cartas? Como são os selos?”
Deixar que as crianças brinquem nesse espaço e observar o uso que fazem de materiais como papel,
envelopes e cartões.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode brincar
junto com elas, ajudando-as a enriquecer o cenário, os papéis e as ações da brincadeira.
Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode propor que elas
construam os cenários, os materiais, as vestimentas e os cartazes para a brincadeira.
Ao oferecer materiais para que as crianças brinquem de correio, incentiva-se que elas façam uso de seus
conhecimentos sobre o que é um correio e como se escrevem cartas.
Atividade 6
Ler itens da lista
Preparação
Preparar folhas para cada dupla de crianças com a lista de coisas da festa da Viviana. É importante escrever
em letra maiúscula e em forma de lista, conforme o exemplo a seguir:
LISTA DA FESTA
DANÇAS BÁRBARAS
MÚSICA BÁRBARA
BALÕES
BRINCADEIRAS
BOLO DE ANIVERSÁRIO
Relacionar informações,
Mostrar a folha com a lista de coisas da festa. Ler em voz alta para as crianças, mas em uma sequência
colocar em jogo estratégias diferente da que está escrita. Fazer uma lista igual na lousa.
de leitura e verificar
suas escritas.
Entregar uma lista para cada dupla e explicar a proposta: “Vocês vão ler a lista, localizar e circular onde
está escrito MÚSICA BÁRBARA”.
Esperar até que todas as duplas tenham encontrado a expressão MÚSICA BÁRBARA e escolher uma
dupla de crianças para socializar como foi que elas fizeram para encontrar a escrita correta. Nesse momen-
to, você pode ajudá-las propondo questões que as auxiliem a retomar as estratégias utilizadas: “Vou marcar
aqui na minha lista, na lousa, do mesmo jeito que fizeram na lista de vocês. Por que acham que aqui está
escrito MÚSICA BÁRBARA?” No fim, pedir que as demais duplas confirmem se circularam a escrita correta.
Propor que as duplas agora encontrem e circulem onde está escrito “BALÕES”.
Propor que elas compartilhem novamente as estratégias utilizadas. Fazer perguntas que ajudem as
crianças a justificar suas escolhas. Por exemplo: “Vocês acham que aqui está escrito BALÃO porque começa
com a letra B. Mas, olhem só, essas outras duas palavras (apontando para BOLO DE ANIVERSÁRIO e BRIN-
CADEIRA) também começam com essa mesma letra. Como sabemos qual é a palavra BALÃO?”
Caso digam que ali está escrito BALÕES porque tem o BA igual ao BA de BÁRBARA, retomar como
aquela dupla fez para ter certeza de que aquela palavra era a correta, socializando com todas as crianças:
“Vejam, elas disseram que BALÕES só pode ser aqui porque tem o BA igual ao BA da BÁRBARA”.
Destaque, nas duas palavras, a grafia igual.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade seja muito difícil para algumas crianças, você pode pedir que elas
localizem apenas a palavra BALÃO.
Se o desafio proposto nessa atividade estiver muito fácil para algumas crianças, você pode propor que elas
encontrem as palavras individualmente.
Ao propor que elas socializem como fizeram para identificar a palavra solicitada, favorece-se que as
crianças ampliem e se apropriem de estratégias de leitura e aprendam umas com as outras.
Atividade 7
Relacionar texto e ilustração
Roteiro de trabalho
Preparação
Preparar tiras de papel com as características dos pijamas de cada um dos bichos da história escritas em
letra maiúscula. Faça um destaque nas palavras que identificam como é o pijama do bicho. Por exemplo:
É COISA DE REI COBERTO DE COROAS; CHEIO DE TRENÓS E DE BELOS ESQUIS; CHEIO DE ESCO-
VAS DE DENTE; TEM NUVENS DE CIMA EMBAIXO; MAIS LINDO PIJAMA DE TODO O MAR; PIJAMA
CHOCANTE; É MUITO DOCE.
Pedir que as crianças ditem e escrever na lousa, após a leitura de cada carta, como é cada pijama, da
mesma forma como aparece no livro. Por exemplo, se uma criança disser que o pijama do Leão é de coroas,
retomar a carta e destacar que, no livro, o Leão escreveu que seu pijama é COBERTO DE COROAS.
Compartilhar com as crianças cada palavra que está escrevendo: “Até aqui já escrevi COBERTO DE;
agora vou escrever COROAS”.
Relacionar as
Pedir para que todos os grupos fechem as cartas dos bichos e entregar as tiras de papel com as
tiras com as caracterizações dos pijamas. Informar que naquelas tiras está escrito a mesma coisa da lousa, mas que as
ilustrações
no livro.
palavras mais importantes para ajudá-las a ler estão destacadas.
Explicar que elas devem organizar as tiras colocando abaixo de cada ilustração do bicho no livro a tira com
a caracterização correspondente. Você pode fazer a primeira correspondência coletivamente como exemplo.
Ajudar as duplas com dificuldade, lembrando que as palavras que estão destacas podem ajudá-las a
encontrar a tira correta.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade esteja muito difícil para algumas crianças, você pode iniciar a
atividade propondo a leitura do que está escrito nas tiras sobre os pijamas dos animais para que elas
digam o nome do bicho a que corresponde.
Se o desafio proposto nessa atividade estiver muito fácil para algumas crianças, você pode entregar as
tiras com as caracterizações sem destacar as palavras.
Ao propor que as crianças relacionem as tiras com as ilustrações dos bichos no livro, favorece-se que
elas encontrem correspondências entre texto e ilustração e façam uso de diferentes estratégias de leitura.
Atividade 8
Responder a uma carta-convite
Caso seja preciso, faça essa mesma proposta também em outro momento, de forma a atender cada
grupo separadamente.
Estimular as crianças para a realização do concurso, propondo que façam tal como os bichos no livro de
Viviana, respondendo ao convite que você fez.
Explicar como serão feitas as cartas-resposta: “Vocês responderão à carta-convite que eu fiz. Para isso, vou
separar vocês em grupos. Cada grupo fará o desenho de seu monstro e, junto comigo, responderá ao convite.
Enquanto um grupo escreve comigo a resposta ao convite, os demais produzem o seu desenho. Tudo bem?”
O que as crianças Sentar com o primeiro grupo e conversar sobre a estrutura da carta que escreverão como resposta.
podem pensar,
dizer e fazer.
Retomar a estrutura
Retomar as cartas-resposta do livro para ajudar as crianças a se lembrarem de como é a estrutura da
de uma carta carta de resposta dos bichos e poderem refletir: onde deve estar a informação sobre quem escreve a
de resposta.
carta, quem responde e o que precisam escrever.
Pedir que elas mostrem no papel onde você deve escrever cada uma dessas partes.
Ler a carta de resposta produzida para que todos do grupo aprovem o resultado ou, caso queiram,
façam alterações no texto.
Acompanhar mais um grupo nesse trabalho. Caso ainda não tenham terminado o desenho do monstro,
combinar com as crianças que parem um pouco, pois, depois de responder a carta-convite, elas retoma-
rão a produção do desenho.
Ler para todos da sala as cartas escritas pelos grupos e combinar quando e como será o concurso.
Você pode colocar os desenhos nos murais da sala para que todos possam observar e votar naquele que
acharem mais assustador.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode propor
que elas produzam uma carta de resposta coletivamente e deixem para escrever em grupo apenas como
seria o desenho do monstro mais assustador.
Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode propor que uma
das crianças do grupo escreva e os outros integrantes ditem.
Créditos institucionais
TRILHAS
Iniciativa:
Natura Cosméticos
Realização:
Programa Crer para Ver, Natura Cosméticos
Desenvolvimento:
Cedac
Ficha Técnica
Cedac
Coordenação:
Beatriz Cardoso e Tereza Perez
Direção editorial:
Beatriz Cardoso e Beatriz Ferraz
Consultoria literária:
Maria José Nóbrega
Equipe de redação:
Ângela Carvalho, Beatriz Cardoso, Beatriz Ferraz, Debora Samori, Maria Grembecki, Milou Sequerra, Patrícia Diaz
Edição de texto:
Marco Antonio Araujo
Coordenação de produção:
Fátima Assumpção
Projeto gráfico:
SM&A Design
Ilustrações:
Vicente Mendonça
Revisão:
Jandira Queiroz e Ali Onaissi
“ESTE CADERNO TEM OS DIREITOS RESERVADOS E NÃO PODE SER COPIADO OU REPRODUZIDO, PARCIAL OU TOTALMENTE,
SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO PROGRAMA CRER PARA VER, DA NATURA COSMÉTICOS, E DO CEDAC.”
Uma dessas iniciativas é este material que você, professor, está recebendo. O projeto Trilhas
visa promover o desenvolvimento da leitura, escrita e oralidade dos alunos de 4 a 6 anos e
também instrumentalizar e apoiar o trabalho do professor das redes públicas de ensino.
Essa ação contribui para ampliar o universo cultural de alunos e professores, por meio do
acesso à leitura de bons livros de literatura infantil. A escolha da LEITURA como o principal
tema deve-se por ser uma estratégia mundialmente reconhecida como determinante para
a aprendizagem e para promover um melhor desempenho escolar ao longo de toda a vida.
Esperamos que o projeto possa ser útil a você e a todos os profissionais que trabalham para
a melhoria da educação infantil pública.