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CADERNO DE ORIENTAÇÕES

CADERNO DE ORIENTAÇÕES: HISTÓRIAS COM CARTAS


HISTÓRIAS
O Programa Crer para Ver é uma das iniciativas que traduzem o compromisso
da Natura com a construção de uma sociedade mais justa. Nesse sentido,
COM CARTAS
o principal objetivo do Programa é contribuir para um dos aspectos mais relevantes
e estruturais da sociedade: a qualidade da educação nas escolas públicas brasileiras.

Por acreditarmos que a participação de todos é o caminho para mudanças, desde a


concepção do Programa, a Natura mobiliza seu canal de vendas para compartilhar
a importância e o valor da educação. Esse envolvimento possibilita que as ações
desenvolvidas pelo Programa sejam financiadas por meio de recursos arrecadados pelos
Consultores e Consultoras Natura, que vendem os produtos da linha Crer para Ver sem
fins lucrativos.

Desde o início do Programa, em 1995, essa participação voluntária arrecadou mais de


R$ 32 milhões, o que possibilitou o investimento em iniciativas voltadas para o ensino
fundamental, educação de jovens e adultos e educação infantil de escolas públicas em todo
o Brasil, resultando em mais de 2,4 milhões de alunos beneficiados.

Uma dessas iniciativas é este material que você, professor, está recebendo. O projeto Trilhas
visa promover o desenvolvimento da leitura, escrita e oralidade dos alunos de 4 a 6 anos e
também instrumentalizar e apoiar o trabalho do professor das redes públicas de ensino.

Essa ação contribui para ampliar o universo cultural de alunos e professores, por meio do
acesso à leitura de bons livros de literatura infantil. A escolha da LEITURA como o principal
tema deve-se por ser uma estratégia mundialmente reconhecida como determinante para
a aprendizagem e para promover um melhor desempenho escolar ao longo de toda a vida.

Esperamos que o projeto possa ser útil a você e a todos os profissionais que trabalham para
a melhoria da educação infantil pública.

Aos Consultores e Consultoras Natura, agradecemos o esforço voluntário e a contribuição


para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e solidária. Graças a essa mobilização,
milhares de municípios brasileiros, na sua diversidade e pluralidade, fazem parte deste
e de outros projetos do Programa Crer para Ver.
Equipe do Programa Crer para Ver, Natura Cosméticos

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1 | HISTÓRIAS COM CARTAS

Por que ler livros com diferentes tipos de texto?

Ver:
Caderno de
P or muito tempo, acreditou-se que bastava ensinar as crianças a decodificar os textos para dizer que
sabiam ler. Entendia-se a escrita como uma técnica aprendida por meio de exercícios repetitivos.
Hoje, sabemos que essa visão desconsidera um aspecto essencial: a oportunidade do ingresso em uma
estudos cultura escrita.

Considerar o ingresso na cultura escrita implica pensar nos livros, mas também em todos os outros suportes
de texto que representam a escrita e fazem parte da sociedade (jornais, receitas, cartas etc.). Isso significa que,
para além de decodificar textos e conhecer as letras, é preciso garantir outras condições, como: participar de
práticas reais de leitura e escrita e de situações que convidem a pensar sobre como a língua escrita se organiza;
conhecer os diferentes suportes de texto e as suas características; garantir possibilidades de visita a instituições
que fazem parte da cultura escrita (bibliotecas, livrarias, editoras etc.).

Essa mudança de compreensão do ensino da leitura e da escrita no âmbito da educação já se reflete na busca
de novas soluções que vêm sendo apresentadas na literatura infantil brasileira. Isso é um sinal claro de que as
“certezas” daquele ensino de “sempre” estão em processo de mudança.

Mas não é simples incorporar essas novas expectativas à prática. No entanto, hoje, há livros de alta qualidade
que nos ajudam nessa tarefa. Há uma diversidade de publicações que, desde muito cedo, convidam as crianças
a se aventurem por vários tipos de histórias, ilustrações e textos.
Com base na narrativa literária – texto com o qual certamente as crianças têm mais familiaridade –, os autores
aproveitam para introduzir cartas, receitas, textos informativos e até mesmo jornalísticos nos livros infantis.
Essa iniciativa amplia as oportunidades de ingresso das crianças na cultura escrita, contribuindo para sua
formação como leitoras e escritoras.

As cartas nos textos literários


Entre as possibilidades de incorporação de diferentes tipos de textos nas histórias, há um gênero que costuma
encantar e atrair as crianças: as cartas.
Toda leitura ou produção de texto está ancorada em uma prática social e responde a determinadas caracterís-
ticas e expectativas. A leitura e a escrita de cartas tornam clara para as crianças a função desse tipo de texto.

Mesmo em ambientes pouco letrados, as cartas se fazem presentes, pois carregam a possibilidade de apro-
ximar pessoas, de comunicar, mandar notícias para quem está longe e até ajudar a matar a saudade. Isso atrai
as crianças, o que pode permitir a exploração das convenções próprias desse gênero.

Vale a pena dar especial atenção a esse tipo de texto em sala de aula. São inúmeras as possibilidades de traba-
lho que se abrem. Neste Caderno de orientações, você encontrará formas de ampliar o que já faz em seu
trabalho cotidiano com as crianças, explorando histórias cujas narrativas são entremeadas com cartas.

O reconhecimento da importância de bibliotecas infantis nas escolas tem estimulado a criação de diversas
iniciativas que buscam promover o desenvolvimento da leitura e o acesso a livros de qualidade. Trabalhar
com livros em sala, permitindo e incentivando que as crianças possam manuseá-los, lê-los e observar os
detalhes de suas ilustrações, ainda é um desafio que já está mais próximo de ser conquistado.

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As atividades propostas neste Caderno de orientações permitem que as crianças acompanhem sua leitura
tendo o livro em mãos ou o dividindo com outros colegas. Essa é uma situação diferenciada, tanto do
ponto de vista do acesso da criança à obra impressa quanto das possibilidades de aprendizagem sobre a
leitura e a escrita. Nas atividades que seguem, convidamos você a contribuir para o ingresso das crianças
de sua turma na cultura escrita por meio de situações em que o livro, a história e as cartas, ao mesmo
tempo que encantam e divertem, coloquem desafios e problemas a serem resolvidos.

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3 | HISTÓRIAS COM CARTAS

Sobre os livros

O livro escolhido para este Caderno de orientações conta a história de Viviana, personagem que
escreve cartas a diferentes bichos convidando-os para uma festa em sua casa. A história possui
um narrador que apresenta as cartas de Viviana e as dos bichos que respondem ao convite.
Conforme o leitor lê as cartas dos animais, vai conhecendo outras histórias. Podemos dizer que essa é
uma história que conta histórias.

Viviana, rainha do pijama


Escrito e ilustrado por Steve Webb
São Paulo: Editora Salamandra, 2006.

Esta história começa quando Viviana decide fazer uma festa em sua casa para saber como é que os bichos
costumam se vestir ao dormir. Para descobrir isso, convida os vários animais estampados em seu pijama e
avisa-os que, na festa, haverá uma votação para eleger “o pijama mais animal”.

Os preparativos começam com a confecção dos convites. Viviana escreve uma carta para cada um deles
contando como será a festa e perguntando sobre os seus pijamas. Os bichos respondem, aceitando o
convite e descrevendo cada qual a sua roupa de dormir. Ao terminar a troca de correspondências entre a
menina e os bichos, todos se encontram na tão esperada festa para escolher a roupa mais “sensacional”.

Quais as características dessa história?

Vamos observar algumas características presentes na estrutura dessa narrativa e na linguagem dos
textos apresentados:

1. O narrador inicia a história com um marcador atemporal: “Numa certa manhã...”;


2. Há personificação quando animais vivem situações humanas. Durante a história, os bichos se
correspondem, vestem roupas e participam da festa. A personificação chega a tal ponto que o Polvo toca
bateria, enquanto os outros animais dançam;
3. A narrativa se estrutura em torno das cartas-convite escritas pela personagem principal e das cartas-
resposta enviadas pelos diferentes animais;
4. As cartas se repetem ao longo da história, caracterizando a narrativa como linear e repetitiva.

Em relação às cartas presentes na história:

1. Apresentam uma organização espacial que se repete, na seguinte ordem:


a) O cabeçalho, que, em vez de apresentar o local e a data em que a carta foi escrita, traz um
desenho do destinatário, isto é, o animal a quem o convite se destina, por exemplo: “Para o Leão,
debaixo da árvore que dá sombra, planícies ensolaradas, África”;
b) O corpo, parte do texto em que contém a mensagem. Nele, há sempre um vocativo (“Caro
Leão”) antes do assunto da carta;
c) A despedida, que inclui uma saudação (“Com afeto”) e a assinatura do remetente da carta
(“Rainha do Pijama”);

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2. O assunto das cartas escritas por Viviana e pelos bichos se repete. Nas cartas da menina, há sempre o
convite, um detalhe da festa (“Vai ter uma música bárbara”) e os nomes dos animais que já foram convi-
dados (“Vai ter música e também o Leão e o Pinguim”);
3. Na carta dos bichos, há sempre uma resposta à pergunta feita por Viviana (“Meu pijama é cheio de
escovas de dente”) e ao convite (“O prêmio já é meu, nisso creio e confio”);
4. Todas as cartas de Viviana têm um P.S., abreviatura do latim post-scriptum (pós-escrito), aquilo que se
acrescenta a uma carta depois de assinada. Nele, se repete a mesma pergunta, variando conforme o
animal: “Quando você vai para cama dormir, que tipo de pijama gosta de vestir?”;
5. As cartas possuem um estilo espontâneo e informal, como se fosse uma conversa por escrito, em que
aparecem marcas de oralidade. Nelas, há frases sem conclusão, nas quais as reticências (os famosos três
pontinhos) convidam o receptor a completá-las (“Sonho com bananas feito um... ”), perguntas que
procuram respostas dos destinatários (“Vai ser uma festa bárbara... Você pode vir?”), pontos de
exclamação que expressam ênfase que a emissora Viviana dá a determinadas expressões que refletem
sua alegria (“Por favor, venha à minha muito LOUCA FESTA DO PIJAMA!”). Outra marca de oralidade
é a exploração do sentido polissêmico da palavra “animal”: “Logo ela saberá, entre todos, qual tem o
pijama mais animal”;
6. Os envelopes das cartas dos bichos estão todos endereçados a Viviana. O que muda é o selo que
estampa a cara do bicho que escreveu e a tipografia (já que cada bicho escreve com um tipo de
letra diferente).

Em relação à ilustração:

1. A narrativa é intercalada por páginas duplas em que, de um lado, há a carta escrita por Viviana e, de
outro, a carta de resposta do bicho. As ilustrações de ambas as cartas se aproximam bastante de cartas reais;
2. Na carta de Viviana, há desenhos dos bichos, o que ajuda as crianças a reconhecerem o destinatário.
Nas respostas dos animais, identificam-se os remetentes por meio dos selos;
3. As ilustrações reforçam a personificação dos animais. Por exemplo, cada carta é escrita com uma letra
diferente. Esse recurso tipográfico nos mostra que cada animal escreve de um jeito diferente, assim como nós;
4. O recurso tipográfico é utilizado ao longo de toda a narrativa, dando destaque a determinadas
frases e palavras;
5. A diagramação também varia ao longo do livro, sempre mantendo uma relação direta com o texto, que
ora aparece em uma linha separando desenhos, ora acompanha o movimento da personagem (por exemplo,
quando Viviana ergue os braços e a linha do texto contorna sua silhueta), ora aparece em linha reta;
6. Ao longo do livro, os bichos aparecem em diferentes lugares: nos detalhes do pijama da menina, no seu
pensamento, no seu porta-lápis, nas cartas que ela escreve etc.;
7. Há ainda uma brincadeira nos envelopes das cartas-resposta (quando fechados, é possível ver os bichos
tal como são; ao abrir os envelopes, os bichos aparecem vestidos com seus pijamas);
8. Há um recurso de interação com o leitor no momento em que Viviana faz a lista para o concurso: suas
mãos seguram uma prancheta com os nomes dos bichos, como se o leitor participasse da votação junta-
mente com os animais. Essa participação ocorre também na abertura do último envelope, que traz a
resposta de quem venceu o concurso de pijamas.

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As atividades desenvolvidas aqui são referências para a exploração de livros com histórias que usam correspondências
como elo entre os personagens. Por meio do recurso das cartas, o autor evidencia um itinerário que organiza a narrativa.
O texto de Viviana, rainha do pijama serviu de referência para a elaboração das propostas apresentadas a seguir.
Mas você pode experimentar o mesmo tipo de atividade com outros livros que possuam estrutura semelhante.
Este Caderno de orientações é um convite para que você coloque em jogo seus conhecimentos, ampliando-os com as
sugestões apresentadas. Bom trabalho!

Lembrete
Sabemos que, quando gostam de uma história, as crianças pedem para que ela seja lida e relida
diversas vezes. Por isso, não hesite em contar várias vezes a mesma história. A formação de futuros
leitores se dará no equilíbrio de experiências em que eles possam ler e escutar histórias por puro
prazer – desfrutando de literatura de qualidade – com outros momentos em que possam apro-
fundar conhecimentos sobre o texto. Portanto, o desafio está em não transformar a leitura de
histórias numa atividade mecânica. Assim, procure garantir a leitura por prazer de maneira inde-
pendente das atividades com foco no texto. Este Caderno de orientações apresenta um roteiro de
trabalho que não deve ser escolarizado, mas, ao contrário, servir de instrumento para que as
crianças façam uma viagem pelo mundo da literatura e do conhecimento.

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7 | HISTÓRIAS COM CARTAS

Sumário

Atividade 1 Conhecer um livro com formato diferente 8

Atividade 2 Falar sobre as cartas do livro 10

Atividade 3 Escrever os nomes dos bichos 12

Atividade 4 Completar nomes nos envelopes 14

Atividade 5 Brincar de correio 16

Atividade 6 Ler itens da lista 18

Atividade 7 Relacionar texto e ilustração 20


Atividade 8 Responder a uma carta-convite 22

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Atividade 1
Conhecer um livro com formato diferente

professor entrega o livro Viviana, rainha do pijama para as


O crianças organizadas em grupos e propõe que elas o explorem
“por fora e por dentro”. Depois, lê o livro e conversa sobre a história
com as crianças.

Roteiro de trabalho

Preparação
Ler a história com atenção, observando as possibilidades de interação com o leitor.

Organização do espaço e das crianças


Nessa atividade, as crianças estarão divididas em grupos.

Orientações para o professor


Contar às crianças que elas conhecerão uma nova obra e que terão a oportunidade de observá-la em
suas próprias mãos. Você pode dizer: “Hoje, vamos conhecer um novo livro. Como temos alguns livros iguais,
vocês vão poder explorar e ler junto comigo. Entregarei um para cada grupo”.

Conversar com as crianças sobre a importância do cuidado com o livro. Mostrar como virar as páginas
sem amassar e ajudá-las a pensar sobre como manuseá-lopara que todas as crianças do grupo
O que as crianças possam apreciá-lo.
podem pensar,
dizer e fazer.
Observar a capa e a
Entregar o livro e pedir que elas observem a capa. Ler em voz alta o título, apontando-o para que as crian-
contracapa do livro, ças possam saber onde você está lendo. Deixar que elas comentem sobre as informações presentes na
atentando às informa-
ções presentes e fazendo
capa, o nome do autor, da editora etc.
antecipações da história.
Pedir que elas observem a contracapa do livro. Se as crianças comentarem sobre o envelope desenhado,
você pode estimulá-las a continuar pensando sobre essa ilustração. Caso elas não comentem nada, você
pode perguntar: “O que vocês acham que representa essa ilustração aqui? (apontando para o envelope)
Quem será que escreveu essa carta? E esses bichos que estão em volta, será que são personagens da história?”

Observar o livro por


Propor que elas abram o livro e que observem algumas páginas. Incentivar que as crianças comentem
dentro e fazer sobre os personagens, relacionando-os com as imagens da contracapa; parar na carta que Viviana escreve
antecipações sobre o
conteúdo das cartas.
para o Leão e perguntar às crianças quem elas acham que está escrevendo essa carta e para quem.

Chamar atenção para a carta de resposta do Leão. Deixar que as crianças manuseiem a carta e obser-
var se elas percebem que, quando aberta, a ilustração propõe uma brincadeira com o pijama do
bicho que a escreveu.

Propor que elas continuem folheando o livro. Conversar com as crianças sobre o que imaginam que está
escrito nas cartas.

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Acompanhar a leitura
Convidar o grupo para escutar a leitura acompanhando-a com o livro que têm em mãos e propor que
da história com o tentem descobrir por que há tantas cartas nessa história. Ler em voz alta e comunicar o momento em que
texto em mãos.
devem mudar de página.

Interagir com o
Ler o livro até o fim e conversar sobre a história. Você pode perguntar: “Por que vocês acham que o pijama
conteúdo da história. da Viviana foi o campeão? Que pijama vocês escolheriam como o vencedor? Por quê?”

O que as crianças podem aprender


Ao apresentar o livro “por fora”, explorando a capa, a contracapa, o título e as ilustrações, as crianças
aprendem sobre o livro como objeto e observam suas características.

Ao apresentar o livro “por dentro”, explorando as cartas que se abrem e se fecham antes da sua leitura,
contribui-se para que as crianças imaginem a história e antecipem a narrativa.

Ao conversar com as crianças sobre o conteúdo da história, favorece-se que elas participem do enredo,
se apropriem da história e da maneira como é contada.

O que mais é possível fazer


Como a história desse livro traz questões próximas ao universo infantil, você pode reler o livro relacionan-
do aspectos da vida cotidiana das crianças e conversando sobre como elas gostam de se vestir para dormir.

O que é possível fazer em casa


Convidar as crianças a perguntarem em casa se seus parentes já trocaram alguma correspondência ou se
têm alguma carta que receberam e que poderiam mostrar ou emprestar para trazer aos colegas.

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10 | TRILHAS

Atividade 2
Falar sobre as cartas do livro

professor lê algumas cartas de Viviana, rainha do pijama e


O conversa com as crianças, ressaltando características e
conteúdos do livro.

Roteiro de trabalho
Preparação
Observar a estrutura das cartas do livro: início, corpo e despedida (para quem foi escrita, o que está escri-
to e quem escreveu).

Organização do espaço e das crianças


Organizar as crianças em grupos de modo que cada grupo tenha um exemplar do livro.

Orientações para o professor


Entregar um exemplar de Viviana, rainha do pijama para cada grupo e contar que eles irão ler e pensar
sobre o que está escrito nas cartas que aparecem na história. Você pode dizer: “Hoje, vamos ler algumas
cartas desse livro e conversar sobre elas”.

Abrir o livro nas páginas que mostram a carta enviada para o Leão e a carta de resposta dele e orientar
O que as crianças para que façam o mesmo, sem dizer quem escreveu a carta e para quem foi escrita.
podem pensar,
dizer e fazer.
Pensar sobre as característi-
Contar às crianças que você lerá a primeira carta do livro e dizer que elas podem acompanhar sua leitura
cas das cartas e localizar nos livros que têm em mãos. Ler em voz alta e perguntar às crianças quem escreveu a carta. Questionar
informações no texto.
como fizeram para descobrir isso.

Perguntar em que partes da carta as crianças conseguem descobrir para quem Viviana escreveu. Pedir
que elas observem o texto da carta e apontem para você essa informação.

Retomar com as crianças o conteúdo da carta. Você pode dizer: “E o que foi mesmo que Viviana escreveu
para o Leão?” Comentar que essa carta foi escrita por Viviana é um convite e, em seguida, perguntar se elas
se lembram do que o Leão respondeu. Convidá-las, então, a observar a carta do Leão.

Pedir que elas olhem a carta do Leão (a carta deve estar fechada) e perguntar o que está escrito no envelope.

Perguntar sobre o selo da carta: “Se esta carta é para Viviana, pois aqui está escrito o seu nome e endereço,
por que tem um selo do Leão?” Conversar com as crianças sobre as informações que elas podem encontrar
nos envelopes das cartas sobre o destinatário e o remetente.

Convidar as crianças a abrir o envelope e perguntar a elas por que acham que aparece o pijama do Leão.
Conversar com elas sobre o que o Leão escreve na carta.

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Perguntar se, no texto da carta, também há informação sobre quem escreveu e para quem escreveu. Deixar
que elas falem e que apontem no livro que têm em mãos.

Comparar as cartas
Propor que as crianças observem algumas das outras cartas do livro e perguntar se elas acham que são
observando suas parecidas e por quê. Conversar sobre a história, destacando que Viviana escreve muitas cartas para
semelhanças.
organizar sua festa.

Pensar em como a
Perguntar às crianças se as ilustrações das cartas podem ajudá-las a saber para quem Viviana está
ilustração pode escrevendo. A partir da resposta que elas derem, comentar sobre o apoio que a ilustração pode dar para
apoiar a leitura
do texto.
a leitura nessa história.

Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade pareça muito difícil para algumas crianças, você pode conversar
com elas apenas sobre a carta escrita ao Leão e sua resposta.

Se o desafio proposto nessa atividade for fácil para algumas crianças, você pode propor que, em grupo,
elas localizem as informações que se repetem nas demais cartas do livro.

O que as crianças podem aprender


Ao propor que as crianças observem as cartas do livro, identificando e localizando quem as escreveu,
para quem e o que foi escrito, favorece-se que elas se aproximem das características desse gênero.

Ao convidar as crianças a compararem as cartas do livro observando a semelhança de estrutura e


conteúdo, favorece-se que elas observem a estrutura repetitiva da narrativa e a função das cartas na história.

O que mais é possível fazer


Para dar continuidade ao trabalho com cartas, você pode propor, por exemplo, a produção coletiva de
uma carta-convite para um novo animal.

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Atividade 3
Escrever os nomes dos bichos

professor faz uma brincadeira de adivinha com as crianças:


O lê para elas algumas informações que estão nas cartas do livro
Viviana, rainha do pijama e pede que elas descubram a qual bicho
as informações se referem e escrevam seu nome numa folha.

Roteiro de trabalho

Preparação
Separar lápis e papel para cada criança e selecionar as partes das cartas dos animais que serão lidas (em
que deve haver alguma característica dos bichos).

Organização do espaço e das crianças


Essa é uma atividade individual. As crianças devem estar organizadas de forma que tenham apoio
para escrever.

Orientações para o professor


Propor às crianças uma brincadeira de adivinha com o nome de alguns dos bichos do livro Viviana,
rainha do pijama. Você pode dizer: “Hoje, vamos fazer uma brincadeira de adivinha. Vou escolher algumas
das cartas que os bichos escreveram para a Viviana e ler somente uma parte delas, sem dizer o nome do bicho
O que as crianças que escreveu. Vocês terão que descobrir de que bicho é a carta e escrever seu nome”.
podem pensar,
dizer e fazer.
Recuperar a história de
Entregar uma folha e um lápis para cada criança e realizar a primeira leitura: “Nesse planeta azul e verde,
memória e pensar sobre que Deus nos deu, não existe ninguém mais alta que eu. Que bicho escreveu isso para a Viviana?”
como se escreve.

Esperar até que todos tenham escrito o nome do animal para iniciar a próxima leitura. Ler as caracte-
rísticas de pelo menos quatro bichos.

Ler o que escreveram.


Terminar as leituras e pedir que as crianças falem de quem era a primeira carta lida.

Relacionar informações,
Fazer perguntas às crianças sobre como se escreve o nome do bicho enquanto você escreve, em letra maiús-
pensar sobre como se cula, na lousa. Pedir que uma criança diga com qual letra ela começou a escrever, por exemplo, MACACO.
escreve e comparar
escritas.
Caso ela diga que usou o M, perguntar quem mais usou a mesma letra e quem usou outra. Caso alguma
criança diga que começou com A, você pode perguntar se na sala há o nome de alguém que comece com
MA, assim como MACACO. Escrever esse nome na lousa. Mostrar que também existe a letra A, mas
que antes dela tem a letra M.

Perguntar o que falta para escrever MACACO. Caso haja na sala uma criança com o nome que tenha
CA, peça que ela diga se sabe como escrever o CA da palavra macaco. Caso ela se sinta à vontade, pode ir
até a lousa e escrever essa parte.

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13 | HISTÓRIAS COM CARTAS

Questionar o que está escrito até agora e o que ainda falta para escrever MACACO. Sugerir que as
crianças usem a própria escrita MACA que está na lousa para tentar descobrir como deve ser escrito o
que falta para completar a palavra.

Pedir que elas verifiquem a escrita no papel comparada com a da lousa.

Escrever o começo do nome do próximo bicho na lousa, por exemplo, se o animal for o Jacaré, escrever
JA e dizer: “A segunda carta que eu li era do animal que começa com essas letras. Quem sabe me dizer que
animal é esse? E o que eu já escrevi aqui na lousa? O que falta para completar o nome dele?” Propor que
elas olhem para a escrita do MACACO buscando ajuda para escrever o que falta para completar
a palavra JACARÉ.

Seguir com orientações como essas para as outras palavras restantes.

Possíveis adaptações
Caso o desafio proposta nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode propor
que elas escrevam em duplas e com letras móveis.

Se o desafio parecer muito fácil para algumas crianças, você pode ler as características de mais bichos,
ampliando a quantidade de nomes a serem escritos.

O que as crianças podem aprender


Ao propor que as crianças escrevam o nome dos bichos, favorece-se que elas reflitam sobre como se
escreve, analisando oralmente a palavra e procurando algum tipo de correspondência com as unidades
da escrita.

Ao escrever o nome dos bichos na frente das crianças, favorece-se que elas observem as relações entre
o que foi falado e o que está sendo escrito.

O que mais é possível fazer


Você pode fazer atividades como essa com personagens de outras histórias conhecidas das crianças.

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14 | TRILHAS

Atividade 4
Completar nomes nos envelopes

professor propõe que as crianças completem o nome dos


O bichos nos envelopes das cartas do livro Viviana, rainha do
pijama e depois pede que elas organizem a ordem de entrega das
cartas para o carteiro.

Roteiro de trabalho
Preparação
Preparar um conjunto de sete envelopes para cada grupo com o endereço de Viviana como remetente e
os endereços dos bichos como destinatário, mas sem o nome deles. Usar letra maiúscula.

PARA O _____________
DEBAIXO DA ÁRVORE
QUE DÁ SOMBRA,
PLANÍCIES ENSOLARADAS,
ÁFRICA

Organização do espaço e das crianças


Essa atividade será realizada em grupos.

Orientações para o professor


Explicar a proposta para as crianças. Você pode dizer: “Hoje, vamos imaginar que o carteiro responsável
pela entrega das cartas de Viviana para os bichos precisa de uma ajuda para saber a ordem em que elas devem
ser entregues. Para ajudá-lo, vocês vão completar as informações que estão faltando nos envelopes das cartas e
organizá-las na ordem em que devem ser entregues”.

Separar as crianças em grupos, entregando para cada grupo um conjunto de sete envelopes.

Ler para as crianças um dos envelopes explicando a elas o que precisam preencher. Para isso, você pode
ler primeiro o remetente (que é a Viviana) e, em seguida, ler o endereço do bicho. Depois, pergunte às
crianças qual a informação que está faltando.

Deixar que as crianças respondam e dizer que, nos envelopes que receberam, elas devem escrever o
O que as crianças nome do bicho que mora nesse endereço.
podem pensar,
dizer e fazer.
Localizar informações
Conversar com as crianças sobre como elas podem fazer para descobrir qual envelope é de qual bicho.
na carta e escrever nos Retomar que, nas cartas que a Viviana escreve, há sempre uma indicação do local onde o animal mora e que,
envelopes.
no envelope das cartas-resposta, há o endereço da Viviana.

Orientar as crianças que cada uma deve escrever o nome em pelo menos um envelope, de forma que
todas as crianças escrevam.

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15 | HISTÓRIAS COM CARTAS

Circular entre os grupos para oferecer ajuda caso algum deles demonstre dificuldade em encontrar as
informações nas cartas do livro.

Entregar uma cartolina e pedir que cada grupo coloque os envelopes na ordem em que devem ser
entregues pelo carteiro, organizando assim seu itinerário.

Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para as crianças, você pode entregar os
envelopes preenchidos e pedir que elas apenas organizem o itinerário do carteiro.

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode deixar mais
espaços em branco no endereço dos bichos para elas completarem.

O que as crianças podem aprender


Ao propor que as crianças busquem as informações necessárias para serem escritas nos envelopes,
favorece-se que elas façam uso de diferentes estratégias de leitura.

Ao propor que as crianças organizem o roteiro de entrega do carteiro, possibilita-se que elas recuperem
o itinerário da narrativa.

O que mais é possível fazer


Para dar continuidade a esse trabalho, você pode propor que as crianças elaborem os selos que serão
colados nos envelopes.

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16 | TRILHAS

Atividade 5
Brincar de correio

O professor propõe às crianças que brinquem de correio. Para


incrementar a brincadeira, conversa com elas sobre os materiais
que podem ser encontrados no correio e o uso que elas podem
fazer deles.

Roteiro de trabalho

Preparação
Se possível, separar qualquer material de correspondência que você tenha para apresentar às crianças
(cartão-postal, diferentes tamanhos de envelopes e papel, selos, caixas etc.) e depois deixar no espaço
reservado para a brincadeira.

Organização do espaço e das crianças


Essa é uma atividade coletiva que pode acontecer tanto no espaço da sala quanto em outro espaço da
instituição, como, por exemplo, na área externa.

Orientações para o professor


Organizar as crianças em roda e fazer a proposta. Você pode dizer: “Estamos falando muito de cartas e
carteiro, alguém sabe como chama o local onde os carteiros trabalham? Alguém já foi em um correio? Quem já
viu uma caixa do correio nas ruas? Já conhecemos cartas, já sabemos escrever envelopes, o que vocês acham de
O que as crianças montarmos um correio na sala para brincar?”
podem pensar,
dizer e fazer.
Brincar de correio.
Conversar com as crianças sobre o que é um correio e o que há nele:“Para que serve o correio? O que faze-
mos quando vamos lá? O que mais, além de carta, podemos enviar para as pessoas? Quem já viu um cartão-
postal? Podemos enviar presentes pelo correio?” O importante é que as crianças conheçam uma variedade de
materiais que podem ser encontrados nos correios, como papel para carta, cartão-postal, telegrama, caixa
de Sedex etc. Se possível, você pode propor ainda uma visita a um correio para que elas tenham mais
dados do que há nesse local.

Mostrar às crianças que você organizou na sala um espaço para elas brincarem de correio.Você pode fazer
um cenário com caixas de papelão ou utilizar as mesas e cadeiras da sala e produzir cartazes com o nome
do estabelecimento. Também pode trazer papel, caixas e envelopes ou pedir que as crianças tragam esses
materiais de casa.

Conversar com as crianças sobre os diferentes materiais disponíveis para a brincadeira. Chamar atenção
para o que se escreve em cada um deles. Por exemplo: “Por que será que o cartão-postal é tão pequeno?
O que as pessoas escrevem nele? E por que existem papel com linhas e papel sem linhas? Por que se cola selo nas
cartas? Como são os selos?”

Deixar que as crianças brinquem nesse espaço e observar o uso que fazem de materiais como papel,
envelopes e cartões.

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17 | HISTÓRIAS COM CARTAS

Pensar sobre os diferentes


Organizar atividades com as crianças que as convidem a pensar sobre o que elas escrevem nas cartas quando
usos que podem fazer dos estão brincando, estimulando que façam uso dos diferentes tipos de materiais que estão disponíveis para
materiais do correio
em suas brincadeiras.
suas escritas no espaço do correio.

Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode brincar
junto com elas, ajudando-as a enriquecer o cenário, os papéis e as ações da brincadeira.

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode propor que elas
construam os cenários, os materiais, as vestimentas e os cartazes para a brincadeira.

O que as crianças podem aprender


Ao conversar com as crianças sobre os diferentes materiais encontrados no correio, favorece-se que elas
conheçam e se familiarizem com diferentes suportes textuais, como carta, telegrama e cartão-postal.

Ao oferecer materiais para que as crianças brinquem de correio, incentiva-se que elas façam uso de seus
conhecimentos sobre o que é um correio e como se escrevem cartas.

O que mais é possível fazer


Você pode montar outros cantos dentro da sala que também possibilitem a apresentação de diferentes
suportes textuais, como, por exemplo, uma lanchonete. Nessa brincadeira convide as crianças a escrever
receitas de sucos, sanduíches e vitaminas e proponha a elaboração de um cardápio.

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18 | TRILHAS

Atividade 6
Ler itens da lista

O professor lê para as crianças uma lista de coisas que acontecerão


na festa de Viviana, a personagem da história Viviana, rainha
do pijama. Entrega a elas a lista e pede para que circulem onde está
escrito MÚSICA BÁRBARA. Depois, pede para que elas circulem onde
está escrito BALÕES.
Roteiro de trabalho

Preparação
Preparar folhas para cada dupla de crianças com a lista de coisas da festa da Viviana. É importante escrever
em letra maiúscula e em forma de lista, conforme o exemplo a seguir:

LISTA DA FESTA
DANÇAS BÁRBARAS
MÚSICA BÁRBARA
BALÕES
BRINCADEIRAS
BOLO DE ANIVERSÁRIO

Organização do espaço e das crianças


Agrupar as crianças em duplas. É importante que os agrupamentos sejam pensados de modo que as
crianças possam se ajudar durante a leitura.

Orientações para o professor


Retome com as crianças o que Viviana escreveu nas cartas sobre sua festa de aniversário. Você pode
dizer: “No livro, Viviana quer fazer uma festa de aniversário e, nas cartas que ela escreve para seus amigos
O que as crianças animais, ela diz o que vai ter na sua festa. Quem se lembra de algo que terá nessa festa?”
podem pensar,
dizer e fazer.
Recuperar informações do
Distribuir entre as crianças os exemplares do livro, propondo que elas observem a página que ilustra a
texto de memória e com festa de Viviana para ajudá-las a se lembrar. Caso não se recordem de todos os itens da lista, retomar as
apoio da ilustração.
cartas para ajudá-las.

Relacionar informações,
Mostrar a folha com a lista de coisas da festa. Ler em voz alta para as crianças, mas em uma sequência
colocar em jogo estratégias diferente da que está escrita. Fazer uma lista igual na lousa.
de leitura e verificar
suas escritas.
Entregar uma lista para cada dupla e explicar a proposta: “Vocês vão ler a lista, localizar e circular onde
está escrito MÚSICA BÁRBARA”.

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19 | HISTÓRIAS COM CARTAS

Esperar até que todas as duplas tenham encontrado a expressão MÚSICA BÁRBARA e escolher uma
dupla de crianças para socializar como foi que elas fizeram para encontrar a escrita correta. Nesse momen-
to, você pode ajudá-las propondo questões que as auxiliem a retomar as estratégias utilizadas: “Vou marcar
aqui na minha lista, na lousa, do mesmo jeito que fizeram na lista de vocês. Por que acham que aqui está
escrito MÚSICA BÁRBARA?” No fim, pedir que as demais duplas confirmem se circularam a escrita correta.

Propor que as duplas agora encontrem e circulem onde está escrito “BALÕES”.

Propor que elas compartilhem novamente as estratégias utilizadas. Fazer perguntas que ajudem as
crianças a justificar suas escolhas. Por exemplo: “Vocês acham que aqui está escrito BALÃO porque começa
com a letra B. Mas, olhem só, essas outras duas palavras (apontando para BOLO DE ANIVERSÁRIO e BRIN-
CADEIRA) também começam com essa mesma letra. Como sabemos qual é a palavra BALÃO?”
Caso digam que ali está escrito BALÕES porque tem o BA igual ao BA de BÁRBARA, retomar como
aquela dupla fez para ter certeza de que aquela palavra era a correta, socializando com todas as crianças:
“Vejam, elas disseram que BALÕES só pode ser aqui porque tem o BA igual ao BA da BÁRBARA”.
Destaque, nas duas palavras, a grafia igual.

Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade seja muito difícil para algumas crianças, você pode pedir que elas
localizem apenas a palavra BALÃO.

Se o desafio proposto nessa atividade estiver muito fácil para algumas crianças, você pode propor que elas
encontrem as palavras individualmente.

O que as crianças podem aprender


Ao propor que as crianças identifiquem palavras e expressões em uma lista, favorece-se que elas
coloquem em jogo estratégias de leitura.

Ao propor que elas socializem como fizeram para identificar a palavra solicitada, favorece-se que as
crianças ampliem e se apropriem de estratégias de leitura e aprendam umas com as outras.

O que mais é possível fazer


Você pode propor que as crianças completem essa lista com outras coisas que podem acontecer numa
festa de aniversário.

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20 | TRILHAS

Atividade 7
Relacionar texto e ilustração

O professor lê com as crianças as cartas dos bichos do livro


Viviana, rainha do pijama e pede que elas identifiquem como
cada um deles apresenta seu pijama escrevendo uma lista na lousa.
Depois, entrega tiras de papel com essas caracterizações escritas,
pedindo que as crianças identifiquem as relações entre o texto e as
ilustrações dos bichos no livro.

Roteiro de trabalho
Preparação
Preparar tiras de papel com as características dos pijamas de cada um dos bichos da história escritas em
letra maiúscula. Faça um destaque nas palavras que identificam como é o pijama do bicho. Por exemplo:
É COISA DE REI COBERTO DE COROAS; CHEIO DE TRENÓS E DE BELOS ESQUIS; CHEIO DE ESCO-
VAS DE DENTE; TEM NUVENS DE CIMA EMBAIXO; MAIS LINDO PIJAMA DE TODO O MAR; PIJAMA
CHOCANTE; É MUITO DOCE.

Organização do espaço e das crianças


Essa é uma atividade em pequenos grupos.
O que as crianças
podem pensar, Orientações para o professor
dizer e fazer.
Ler e identificar
Dividir as crianças em grupos e entregar um livro para cada grupo. Propor que leiam com você as cartas
no texto como que os bichos escreveram na história. Explicar que, ao ler, elas devem atentar para a parte do texto em que
são os pijamas
dos animais.
está escrito como são seus pijamas. Você pode dizer: “Hoje, vamos ler juntos as cartas dos animais e vocês
devem ficar atentos no que cada um dos animais diz sobre seu pijama”.

Pedir que as crianças ditem e escrever na lousa, após a leitura de cada carta, como é cada pijama, da
mesma forma como aparece no livro. Por exemplo, se uma criança disser que o pijama do Leão é de coroas,
retomar a carta e destacar que, no livro, o Leão escreveu que seu pijama é COBERTO DE COROAS.
Compartilhar com as crianças cada palavra que está escrevendo: “Até aqui já escrevi COBERTO DE;
agora vou escrever COROAS”.

Relacionar as
Pedir para que todos os grupos fechem as cartas dos bichos e entregar as tiras de papel com as
tiras com as caracterizações dos pijamas. Informar que naquelas tiras está escrito a mesma coisa da lousa, mas que as
ilustrações
no livro.
palavras mais importantes para ajudá-las a ler estão destacadas.

Explicar que elas devem organizar as tiras colocando abaixo de cada ilustração do bicho no livro a tira com
a caracterização correspondente. Você pode fazer a primeira correspondência coletivamente como exemplo.

Ajudar as duplas com dificuldade, lembrando que as palavras que estão destacas podem ajudá-las a
encontrar a tira correta.

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21 | HISTÓRIAS COM CARTAS

Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade esteja muito difícil para algumas crianças, você pode iniciar a
atividade propondo a leitura do que está escrito nas tiras sobre os pijamas dos animais para que elas
digam o nome do bicho a que corresponde.

Se o desafio proposto nessa atividade estiver muito fácil para algumas crianças, você pode entregar as
tiras com as caracterizações sem destacar as palavras.

O que as crianças podem aprender


Ao escrever as características dos pijamas dos bichos lentamente na frente das crianças, favorece-se que
elas aprendam a relacionar o que foi falado com o que está sendo escrito.

Ao propor que as crianças relacionem as tiras com as ilustrações dos bichos no livro, favorece-se que
elas encontrem correspondências entre texto e ilustração e façam uso de diferentes estratégias de leitura.

O que mais é possível fazer


Para dar continuidade à observação das características dos pijamas que aparecem na história, você pode
propor que as crianças façam o desenho do pijama que gostariam de ter e digam como ele é para que
você possa escrever.

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22 | TRILHAS

Atividade 8
Responder a uma carta-convite

O professor propõe que, em grupos, as crianças respondam à


carta produzida por ele, em que são convidadas para um
concurso que escolherá o desenho do monstro mais assustador.
Roteiro de trabalho
Preparação
Preparar uma carta na qual você irá convidar as crianças para um concurso do desenho do monstro mais
assustador. Usar as cartas da Viviana como modelo e perguntar a elas como seria o desenho desse monstro.

Organização do espaço e das crianças


Essa atividade deve ser realizada em grupos, mas é preciso organizar a turma de forma que, enquanto
você dá atenção especial a um grupo, as demais crianças realizem o desenho do monstro ou outra
atividade que possam fazer sozinhas.

Caso seja preciso, faça essa mesma proposta também em outro momento, de forma a atender cada
grupo separadamente.

Orientações para o professor


Contar às crianças que, inspirada no livro Viviana, rainha do pijama, você fez uma carta para convidá-las
para um concurso. Ler a carta em voz alta para todos.

Estimular as crianças para a realização do concurso, propondo que façam tal como os bichos no livro de
Viviana, respondendo ao convite que você fez.

Explicar como serão feitas as cartas-resposta: “Vocês responderão à carta-convite que eu fiz. Para isso, vou
separar vocês em grupos. Cada grupo fará o desenho de seu monstro e, junto comigo, responderá ao convite.
Enquanto um grupo escreve comigo a resposta ao convite, os demais produzem o seu desenho. Tudo bem?”

Organizar os grupos e entregar os materiais para que possam iniciar o desenho.

O que as crianças Sentar com o primeiro grupo e conversar sobre a estrutura da carta que escreverão como resposta.
podem pensar,
dizer e fazer.
Retomar a estrutura
Retomar as cartas-resposta do livro para ajudar as crianças a se lembrarem de como é a estrutura da
de uma carta carta de resposta dos bichos e poderem refletir: onde deve estar a informação sobre quem escreve a
de resposta.
carta, quem responde e o que precisam escrever.

Ditar uma carta de


Pedir que elas ditem para você a resposta à sua carta. Você pode fazer perguntas que as ajudem: “Como se
resposta e indicar costuma começar uma carta? Para quem é a carta? Nas cartas do livro, os animais escrevem como é o pijama
a localização de
cada uma das
deles, porque a Viviana fez essa pergunta a eles. Na carta que eu escrevi para vocês, há uma pergunta? Qual é
partes do texto ela? Como vocês podem responder? Quem assina essa carta? Onde eu escrevo?”
na carta.

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23 | HISTÓRIAS COM CARTAS

Pedir que elas mostrem no papel onde você deve escrever cada uma dessas partes.

Ler a carta de resposta produzida para que todos do grupo aprovem o resultado ou, caso queiram,
façam alterações no texto.

Acompanhar mais um grupo nesse trabalho. Caso ainda não tenham terminado o desenho do monstro,
combinar com as crianças que parem um pouco, pois, depois de responder a carta-convite, elas retoma-
rão a produção do desenho.

Ler para todos da sala as cartas escritas pelos grupos e combinar quando e como será o concurso.
Você pode colocar os desenhos nos murais da sala para que todos possam observar e votar naquele que
acharem mais assustador.

Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode propor
que elas produzam uma carta de resposta coletivamente e deixem para escrever em grupo apenas como
seria o desenho do monstro mais assustador.

Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode propor que uma
das crianças do grupo escreva e os outros integrantes ditem.

O que as crianças podem aprender


Ao propor que elas produzam cartas oralmente e ditem para o professor escrever, favorece-se que
as crianças coloquem em jogo seus conhecimentos sobre a estrutura desse gênero e possam então
produzir um texto.

O que mais é possível fazer


Para dar continuidade ao trabalho, você pode realizar uma festa para o concurso do desenho do monstro
mais assustador e elaborar um livro só de ilustrações com esses desenhos.

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24 | TRILHAS

Créditos institucionais

TRILHAS

Iniciativa:
Natura Cosméticos

Realização:
Programa Crer para Ver, Natura Cosméticos

Desenvolvimento:
Cedac

Ficha Técnica

Programa Crer para Ver, Natura Cosméticos


Coordenação:
Maria Lucia Guardia e Lilia Asuca Sumiya

Cedac
Coordenação:
Beatriz Cardoso e Tereza Perez

Concepção do conteúdo e supervisão:


Ana Teberosky

Direção editorial:
Beatriz Cardoso e Beatriz Ferraz

Consultoria literária:
Maria José Nóbrega

Equipe de redação:
Ângela Carvalho, Beatriz Cardoso, Beatriz Ferraz, Debora Samori, Maria Grembecki, Milou Sequerra, Patrícia Diaz

Equipe da Gerência de Educação e Sociedade, Natura Cosméticos:


Maria Lucia Guardia, Lilia Asuca Sumiya, Fabiana Shiroma, Eliane Santos, Isabel Ferreira, Luara Maranhão, Gabriela Santos

Edição de texto:
Marco Antonio Araujo

Coordenação de produção:
Fátima Assumpção

Projeto gráfico:
SM&A Design

Ilustrações:
Vicente Mendonça

Revisão:
Jandira Queiroz e Ali Onaissi

“ESTE CADERNO TEM OS DIREITOS RESERVADOS E NÃO PODE SER COPIADO OU REPRODUZIDO, PARCIAL OU TOTALMENTE,
SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO PROGRAMA CRER PARA VER, DA NATURA COSMÉTICOS, E DO CEDAC.”

Fascículo VIVIANA 6 FEV 09.p65 24 14/07/2009, 17:09


CADERNO DE ORIENTAÇÕES
CADERNO DE ORIENTAÇÕES: HISTÓRIAS COM CARTAS
HISTÓRIAS
O Programa Crer para Ver é uma das iniciativas que traduzem o compromisso
da Natura com a construção de uma sociedade mais justa. Nesse sentido,
COM CARTAS
o principal objetivo do Programa é contribuir para um dos aspectos mais relevantes
e estruturais da sociedade: a qualidade da educação nas escolas públicas brasileiras.

Por acreditarmos que a participação de todos é o caminho para mudanças, desde a


concepção do Programa, a Natura mobiliza seu canal de vendas para compartilhar
a importância e o valor da educação. Esse envolvimento possibilita que as ações
desenvolvidas pelo Programa sejam financiadas por meio de recursos arrecadados pelos
Consultores e Consultoras Natura, que vendem os produtos da linha Crer para Ver sem
fins lucrativos.

Desde o início do Programa, em 1995, essa participação voluntária arrecadou mais de


R$ 32 milhões, o que possibilitou o investimento em iniciativas voltadas para o ensino
fundamental, educação de jovens e adultos e educação infantil de escolas públicas em todo
o Brasil, resultando em mais de 2,4 milhões de alunos beneficiados.

Uma dessas iniciativas é este material que você, professor, está recebendo. O projeto Trilhas
visa promover o desenvolvimento da leitura, escrita e oralidade dos alunos de 4 a 6 anos e
também instrumentalizar e apoiar o trabalho do professor das redes públicas de ensino.

Essa ação contribui para ampliar o universo cultural de alunos e professores, por meio do
acesso à leitura de bons livros de literatura infantil. A escolha da LEITURA como o principal
tema deve-se por ser uma estratégia mundialmente reconhecida como determinante para
a aprendizagem e para promover um melhor desempenho escolar ao longo de toda a vida.

Esperamos que o projeto possa ser útil a você e a todos os profissionais que trabalham para
a melhoria da educação infantil pública.

Aos Consultores e Consultoras Natura, agradecemos o esforço voluntário e a contribuição


para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e solidária. Graças a essa mobilização,
milhares de municípios brasileiros, na sua diversidade e pluralidade, fazem parte deste
e de outros projetos do Programa Crer para Ver.
Equipe do Programa Crer para Ver, Natura Cosméticos

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