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CADERNO DE ORIENTAÇÕES

CADERNO DE ORIENTAÇÕES: HISTÓRIAS COM REPETIÇÃO


HISTÓRIAS
O Programa Crer para Ver é uma das iniciativas que traduzem o compromisso
da Natura com a construção de uma sociedade mais justa. Nesse sentido,
COM REPETIÇÃO
o principal objetivo do Programa é contribuir para um dos aspectos mais relevantes
e estruturais da sociedade: a qualidade da educação nas escolas públicas brasileiras.

Por acreditarmos que a participação de todos é o caminho para mudanças, desde a


concepção do Programa, a Natura mobiliza seu canal de vendas para compartilhar
a importância e o valor da educação. Esse envolvimento possibilita que as ações
desenvolvidas pelo Programa sejam financiadas por meio de recursos arrecadados pelos
Consultores e Consultoras Natura, que vendem os produtos da linha Crer para Ver sem
fins lucrativos.

Desde o início do Programa, em 1995, essa participação voluntária arrecadou mais de


R$ 32 milhões, o que possibilitou o investimento em iniciativas voltadas para o ensino
fundamental, educação de jovens e adultos e educação infantil de escolas públicas em todo
o Brasil, resultando em mais de 2,4 milhões de alunos beneficiados.

Uma dessas iniciativas é este material que você, professor, está recebendo. O projeto Trilhas
visa promover o desenvolvimento da leitura, escrita e oralidade dos alunos de 4 a 6 anos e
também instrumentalizar e apoiar o trabalho do professor das redes públicas de ensino.

Essa ação contribui para ampliar o universo cultural de alunos e professores, por meio do
acesso à leitura de bons livros de literatura infantil. A escolha da LEITURA como o principal
tema deve-se por ser uma estratégia mundialmente reconhecida como determinante para
a aprendizagem e para promover um melhor desempenho escolar ao longo de toda a vida.

Esperamos que o projeto possa ser útil a você e a todos os profissionais que trabalham para
a melhoria da educação infantil pública.

Aos Consultores e Consultoras Natura, agradecemos o esforço voluntário e a contribuição


para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e solidária. Graças a essa mobilização,
milhares de municípios brasileiros, na sua diversidade e pluralidade, fazem parte deste
e de outros projetos do Programa Crer para Ver.
Equipe do Programa Crer para Ver, Natura Cosméticos

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1 | HISTÓRIAS COM REPETIÇÃO

Por que ler histórias com repetição?

Desenvolvendo o gosto de ouvir histórias

O uvir histórias é uma atividade presente em nossa cultura. Sabemos que as crianças podem desen-
volver o gosto de ouvir e ler histórias, e este é um dos maiores desafios da escola. Mas, para que isso
aconteça, é preciso ler sempre para as crianças; se possível, todos os dias. Bom mesmo é que o momento
da leitura ganhe um lugar na rotina da sala, de modo que elas saibam se antecipar: “Agora é hora da leitura!”

Em geral, quando se fala em leitura de histórias para crianças, a primeira ideia que vem à cabeça é de que
elas não têm a concentração necessária para ouvi-las. No entanto, ao se repetir três vezes essa atividade
em sala, o que se percebe é justamente o inverso: as crianças adoram, se encantam, prestam atenção e, o
mais importante, aprendem muito.

Não é tão complicado transformar a leitura numa aliada do ensino. Basta um cuidado especial, com
alguns detalhes que muitas vezes passam despercebidos. Um bom caminho é partir da seleção de textos
que estejam de acordo com o momento em que as crianças se encontram, trabalhando, por exemplo, com
histórias com repetição, como sugere este Caderno de orientações.

As histórias com repetição


Ver: Crianças pequenas aprendem sobre a vida por meio da repetição e gostam de rever e refazer caminhos,
Caderno de
estudos gestos, descobertas. Com a linguagem, não é diferente. As histórias com repetição oferecem às crianças a
possibilidade de imaginar acontecimentos, que ocorrem de forma muito parecida, diversas vezes em uma
mesma narrativa. Por meio desse movimento repetitivo da estrutura do texto, as crianças têm a oportuni-
dade de compreender melhor a narrativa e de se apropriar de seu texto, chegando, muitas vezes, a realizar
leituras autônomas dessas histórias. Portanto, deve haver lugar no dia-a-dia das crianças para que elas
ouçam histórias com repetição. É um bom momento para fazê-las aprender mais sobre a nossa língua.
O segredo está nos textos escolhidos e na maneira de conduzir o trabalho. Aqui você encontrará sugestões
para incluir as crianças de seu grupo no mundo da linguagem escrita.

Cuidados com a apresentação e a leitura do livro


Alguns cuidados também podem ser tomados no sentido de garantir um lugar especial para a leitura.
A apresentação de um livro às crianças deve ser pensada e planejada com muito cuidado para que elas
possam conhecer não somente aquilo que está dentro do livro, sua história, mas também aquilo que
está fora do livro, as informações que o caracterizam e que podem alimentar a escuta da narrativa. Assim,
aos poucos, podemos dar pistas importantes para que elas entrem de maneira positiva no universo da
cultura escrita.

Variar as situações de leitura também é algo a ser planejado: na leitura diária realizada pelo professor,
é possível fazer com que as crianças participem ativamente, falando algumas partes do texto que sabem
de memória, como os diálogos, por exemplo. A leitura deve se configurar como um ato bem distinto ao
de contar histórias. Na leitura, reproduz-se o texto tal como está escrito, enquanto, ao se contar históri-

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as, é possível falar de um jeito diferente sobre um conteúdo que já foi memorizado São situações dife-
rentes que proporcionam aprendizagens diversas.

Precisamos também criar condições para que as crianças “entrem” no texto e saboreiem a maneira como
ele foi escrito. Claro que de acordo com os limites delas. É importante ainda dar voz às crianças e ter
ouvidos para escutá-las. É com base nesse tipo de troca que formaremos pessoas seguras, capazes de
defender seus pontos de vista e de se tornar verdadeiros leitores.

Neste Caderno de orientações, você vai encontrar formas de ampliar o que já faz em seu trabalho cotidiano
com as crianças, explorando histórias com repetição, que costumam ser muito bem recebidas pelas
crianças pequenas, além de ser uma excelente porta de entrada para o mundo dos livros.

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Sobre os livros

O s três livros escolhidos para este Caderno de orientações contam histórias com repetição. Os acon-
tecimentos das histórias ocorrem numa sequência linear que sempre repete o fato anterior e, no
fim, retoma o início da narrativa. A repetição ajuda na compreensão da história por parte das crianças.
Vamos conhecer algumas características desses livros.

Bruxa, Bruxa, venha à minha festa


De Arden Druce, ilustrado por Pat Ludlow
São Paulo: Brinque-Book Editora, 1995.

Essa história trata de uma festa. A Bruxa é a primeira convidada, mas ela só irá se puder levar o Gato.
Outros convidados só irão se também puderem chamar alguém. No fim, o Lobo só irá se convidarem a
Chapeuzinho Vermelho, que só irá se as crianças forem. Mas as crianças só aceitam o convite se a Bruxa
for. Isso acontece, e as crianças vão à festa, retomando o ciclo que constrói a história.

Os bichos também sonham


De Andréa Daher e Zavem Paré
São Paulo: Editora Martins Fontes, 1997.

Essa história começa com a pergunta: “Com o que os bichos sonham quando dormem?” O primeiro
animal apresentado é o tamanduá, que, por ter orelhas pequenas, sonha com um bicho de orelhas grandes.
Dessa forma, vários animais, um a um, sonham em ter particularidades dos outros. Depois de vários
bichos responderem à pergunta em questão, o tatu sonha com um bicho de língua grande, e a história
volta ao tamanduá, formando um ciclo.

Durante a leitura, as crianças podem associar os sentimentos dos bichos aos dos seres humanos, porque
os animais da história sonham com o que não têm, assim como nós. A ilustração reforça a narrativa.
Desse modo, a página que anuncia o bicho seguinte vem apenas com parte dele (por exemplo, se o coelho
sonha em ter tromba, nesta página do texto aparece somente uma tromba). Texto e ilustração se repetem,
se justapõem, o que, nesse caso, facilita a observação e a participação das crianças na leitura.

Fome de urso
De Heinz Janisch e Helga Bansch
São Paulo: Brinque-Book Editora, 2007.

Essa história trata de um urso que, ao acordar faminto, sai à procura das Montanhas de Mel. Em seu
caminho, pergunta a vários animais onde encontrá-las. Os bichos respondem que ele tem de achar suas
comidas prediletas em abundância, o que, ao longo da narrativa, revela que os bichos também não sabem
ao certo como encontrar as montanhas que o urso Hugo procura. No fim, o urso encontra suas montanhas,
e elas eram bem maiores do que ele havia imaginado.

A história começa com a exclamação do urso (“Tô com fome! Muita fome! Fome de urso!”), frase que se
repete ao longo do livro, assim como a pergunta de Hugo (“Você conhece as Montanhas de Mel?”), personagem

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que tem uma fome insaciável. Afinal, os ursos hibernam por vários meses. Na história, ele é caracterizado
como quem quer ir além dos limites. Também há o recurso de associação, que relaciona os bichos com o
que gostam de comer ou brincar (osso para cachorro, cenoura para coelho), facilitando a memorização do
enredo. No fim, a ilustração é importante, porque resolve a história. A ilustração mostra que Hugo conse-
gue enxergar além dos limites. Ele está acima de todos os personagens e, por conta disso, consegue encon-
trar as Montanhas de Mel que nenhum outro bicho sabia onde ficava.

O que há em comum nos três livros?


Nos livros de histórias com repetição, os autores usam recursos semelhantes entre si. À medida que as
crianças têm oportunidade de conhecer e identificar essas escolhas, estarão mais aptas a apreciar a litera-
tura e interagir com o universo da leitura. A seguir, destacamos aspectos comuns encontrados nessas três
histórias, que informam ou mostram o uso de determinados recursos textuais:

1. Os três livros contêm diálogos (“Bruxa, Bruxa, por favor, venha à minha festa”, “Obrigada, irei, sim, se você
convidar...”) escritos em discurso direto, como numa conversa. Esse recurso possibilita que as crianças
participem alternando as falas com o professor, como acontece no teatro, onde um fala e o outro responde;
2. Os livros Bruxa, Bruxa, venha à minha festa e Os bichos também sonham possuem histórias em que o fim
acaba nos levando de volta para o início da narrativa, caracterizando-se como narrativas circulares;
3. Nas três histórias, as falas, os fatos e as ações se repetem. A presença da repetição dá a ideia de que os
personagens estão interligados: Bruxa com Gato, Gato com Espantalho, Espantalho com Coruja e assim
por diante. A repetição ocorre não só nas partes do texto que são escritas da mesma forma quanto à
linguagem, mas também na maneira como os fatos ocorrem. No livro Fome de urso, por exemplo, todos
os animais que Hugo encontra têm a mesma atitude de má vontade com ele;
4. Nas três histórias, os personagens assumem características humanas, porque falam, sonham ou se ves-
tem como a gente. Esse recurso de linguagem é chamado de personificação;
5. A leitura em voz alta de histórias desse tipo permite destacar as diferentes entonações das falas dos
personagens: frases afirmativas (“Irei, sim, se você convidar...”), interrogativas (“Com o que sonham os
bichos quando dormem?”) ou exclamativas (“Tô com fome!”).

Em relação às ilustrações, nos três livros elas contam a história junto com o texto. Acrescentam informações
ou destacam partes da narrativa. Vamos ver alguns aspectos interessantes:

1. Em todas as narrativas, as ilustrações ultrapassam os limites da página. No livro Bruxa, Bruxa, venha à
minha festa, parece que há uma lente de aumento. Em Os bichos também sonham, os personagens não
cabem inteiros na página. Em Fome de urso, a contracapa e a primeira página são estampadas apenas com
a calça de Hugo;
2. Por fim, as ilustrações de Bruxa, Bruxa, venha à minha festa e de Os bichos também sonham ajudam as
crianças a constatar a circularidade apresentada nas histórias. No livro Os bichos também sonham, por
exemplo, a história começa com a língua do tamanduá, que remete a uma linha que costura o começo no
fim da narrativa.

As atividades aqui desenvolvidas são referências para a exploração de livros com histórias de estruturas
repetitivas. O texto de Bruxa, Bruxa, venha à minha festa serviu de referência para a elaboração das
propostas apresentadas a seguir. Contudo, você pode experimentar o mesmo tipo de atividade com
outros livros que possuam a mesma estrutura.

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Este Caderno de orientações é um convite para que você coloque em jogo seus conhecimentos,
ampliando-os com as sugestões apresentadas. É por essa razão que já indicamos neste texto dois outros
livros que compõem o acervo enviado junto com esse material. Bom trabalho!

Lembrete
Sabemos que, quando gostam de uma história, as crianças pedem para que ela seja lida e relida
diversas vezes. Por isso, não hesite em contar várias vezes a mesma história. A formação de futuros
leitores se dará no equilíbrio de experiências em que eles possam ler e escutar histórias por puro
prazer – desfrutando de literatura de qualidade – com outros momentos em que possam apro-
fundar conhecimentos sobre o texto. Portanto, o desafio está em não transformar a leitura de
histórias numa atividade mecânica. Assim, procure garantir a leitura por prazer de maneira inde-
pendente das atividades com foco no texto. Este Caderno de orientações apresenta um roteiro de
trabalho que não deve ser escolarizado, mas, ao contrário, servir de instrumento para que as
crianças façam uma viagem pelo mundo da literatura e do conhecimento.

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Sumário

Atividade 1 Conhecer o livro “por fora” e “por dentro” 8

Atividade 2 Ler trechos da história 10

Atividade 3 Localizar nomes e ditar uma lista 12

Atividade 4 Desenhar os convidados que aparecem no livro 14

Atividade 5 Relacionar ilustrações e diálogos 16

Atividade 6 Escrever nomes com letras móveis 18

Atividade 7 Escrever em texto com lacunas 20

Atividade 8 Ordenar os diálogos da história 22

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Atividade 1
Conhecer o livro “por fora” e “por dentro”

professor apresenta às crianças o livro Bruxa, Bruxa, venha à


O minha festa e conversa sobre as informações da capa e da
contracapa. Depois, pergunta sobre o conteúdo da história, deixando
as crianças mais curiosas e atentas à leitura.

Roteiro de trabalho

Preparação
Analisar a capa e a contracapa do livro, bem como suas ilustrações, observando os detalhes para poder
destacá-los na conversa com as crianças. Ler algumas vezes o livro de forma a treinar a entonação para
diferenciar a voz dos convites e das respostas presentes na história.

Organização do espaço e das crianças


Essa é uma atividade coletiva. É importante garantir que todas vejam o livro.
O que as crianças
podem pensar, Orientações para o professor
dizer e fazer.
Conversar com as crianças apresentando o livro “por fora”. Você pode dizer: “Hoje vamos conhecer um novo
Relacionar
informações da capa livro. Antes de ler a história, vamos prestar atenção na capa e contracapa do livro. Vamos primeiro ver a capa.
e da contracapa do O que será que ela nos mostra?”
livro e fazer
antecipações sobre
Conversar com as crianças, sempre partindo das observações trazidas por elas. Por exemplo, se alguma
a história.
delas disser: “Nesse livro, deve ter uma bruxa muito feia”, você pode comentar: “Ah! Então vocês acham que
essa história fala sobre uma bruxa? Por quê? Então me digam, vocês acham que o título dessa história também
tem ‘bruxa’?” Ler o título da história.

Apontar o local onde está escrito o nome da autora e ler para as crianças. Perguntar a elas de quem é
esse nome, dizendo, por exemplo: “Aqui está escrito ‘Arden Druce’. De quem será esse nome?” Se as crianças
comentarem que é o nome de quem escreveu o livro, você pode informar que quem escreve livros é cha-
mado de autor ou autora. Mostrar a capa e a contracapa, abrindo o livro ao meio, e pedir que observem
que a ilustração da capa ocupa as duas páginas centrais.

Convidar as crianças a observar as ilustrações de dentro do livro à medida que for folheando (de frente
para eles). Comentar sobre quem aparece na história. É interessante não confirmar nem negar as hipóte-
ses das crianças. Por exemplo, se, ao ver a ilustração do Duende, alguma delas falar: “É um monstro”, você
poderá dizer: “Será que é mesmo um monstro? Quando fizermos a leitura, poderemos confirmar”,
estimulando-as a buscar respostas a partir da leitura do livro.

Ler o primeiro parágrafo da contracapa do livro, destacando as perguntas que deixarão as crianças
Escutar a história
de forma ativa. curiosas para desvendar o fim da história.

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Realizar a leitura da história em voz alta para as crianças com o livro voltado para elas para que vejam as
ilustrações enquanto escutam a história.

O que as crianças podem aprender


Ao apresentar o livro “por fora”, explorando a capa, a contracapa, o título e o autor, as crianças aprendem
sobre o livro como objeto e suas características.

Ao observar o livro “por dentro”, explorando suas páginas internas antes da leitura, favorece-se que as
crianças imaginem e antecipem a história do livro.

Ao lançar perguntas às crianças antes de ler, possibilita-se que elas sejam mais ativas na escuta da história.

O que mais é possível fazer


Esse livro apresenta muitos detalhes, o que o torna tão apreciado pelas crianças. Você pode relê-lo outras
vezes, propondo diferentes atividades, como:

Entregar o livro nas mãos das crianças (indo de uma a uma) e sugerir que observem os detalhes das
ilustrações, aproximando e distanciando os olhos do livro para que observem o que muda.

O que é possível fazer em casa


Sugerir que as crianças contem aos pais que aprenderam uma nova história e comentem sobre as
ilustrações do livro.

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10 | TRILHAS

Atividade 2
Ler trechos da história

professor explora as informações das ilustrações do livro


O Bruxa, Bruxa, venha à minha festa, que ajudam a antecipar o
que está escrito no texto. Em seguida, propõe que as crianças leiam
a história junto com ela.

Roteiro de trabalho
Preparação
Observar com atenção os detalhes das ilustrações do livro para poder mostrar às crianças algumas pistas
que ajudam a antecipar o que acontecerá na história.

Organização do espaço e das crianças


Organizar as crianças sentadas em roda de forma que todas possam se ver e estejam próximas do livro,
que estará nas mãos do professor.

Orientações para o professor


Perguntar às crianças se elas notaram que, no livro, alguns convidados da festa aparecem na ilustração
O que as crianças antes do convite (exemplo: na página da Coruja, aparece a Árvore, que é a convidada seguinte).
podem pensar,
dizer e fazer.
Passar o livro para as crianças olharem ou ir mostrando de forma que percebam qual convidado da página
Observar atentamente
as ilustrações e
seguinte já está presente na página anterior. Você pode dizer: “Será que conseguimos saber, só olhando para
antecipar o texto. as ilustrações, qual será o próximo convidado?”

Chamar a atenção das crianças para a localização do texto em cada uma das páginas: “Vocês notaram que
em todas as páginas tem um texto, em algumas o texto está no canto de cima, e em outras no canto de baixo?
Só na última página é que tem dois textos, um em cima e outro embaixo”.

Anunciar que farão uma leitura em que todos irão participar juntos. Explicar que você começará lendo as
Ler partes da
história duas primeiras páginas e pedirá que as crianças falem o texto da página seguinte. Seguir a leitura alternan-
recuperando o do com a participação das crianças: “A partir de agora vou ler uma página e gostaria que vocês lessem o que
texto de memória está escrito na página seguinte”.
e observando as
ilustrações.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode propor
que acompanhem a leitura realizada por você e deixem para ler em voz alta só as partes que se repetem:
“Por favor, venha à minha festa”; “Obrigado, irei, sim, se você convidar a...”

Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode dividi-las em dois
grupos e sugerir que um deles participe da leitura lendo o que vem escrito na página da esquerda (o con-
vite) e o outro grupo completa a leitura com o que está escrito na página da direita (a resposta ao convite).

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O que as crianças podem aprender


Ao chamar a atenção das crianças para os detalhes das ilustrações e sua relação com o texto, possibilita-se que elas
leiam a história com autonomia.

Ao propor a leitura participativa às crianças, contribui-se para que elas consigam ler a história por inteiro, respeitando
a sequência da narrativa.

O que mais é possível fazer


Como as crianças pequenas gostam muito de repetir as histórias conhecidas, você pode promover outros momentos
em que elas participem de diferentes maneiras da leitura coletiva do livro. Segue uma sugestão:

Combinar com as crianças quem falará o nome de cada convidado. Assim, todos leem as partes que se repetem, mas
só as crianças que foram definidas anteriormente falam o nome do convidado. Por exemplo, a criança que foi escolhida
para falar “Espantalho” fala: “Espantalho, Espantalho”. E todos participam da leitura da continuidade do texto: “Por favor,
venha à minha festa”; “Obrigado, irei, sim, se você convidar a...” (e a criança que ficou responsável por falar “Coruja”
completa: “Coruja”).

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Atividade 3
Localizar nomes e ditar uma lista

professor propõe que, em duplas, as crianças localizem no texto do


O livro Bruxa, Bruxa, venha à minha festa os nomes dos convidados
da festa. Para isso, entrega tiras de papel com partes da história
escrita. Em seguida, solicita que as crianças ditem os nomes
encontrados para que ele organize uma lista por escrito.

Roteiro de trabalho

Preparação
Com o texto do livro escrito ou digitado em letra maiúscula, preparar tiras de papel, em quantidade
suficiente para todas as duplas, com as frases da história agrupadas como pergunta e resposta.
Por exemplo:

— BRUXA, BRUXA, POR FAVOR, VENHA À MINHA FESTA.


— OBRIGADA, IREI, SIM, SE VOCÊ CONVIDAR O GATO.

Caso não haja lousa, pode-se escrever a lista em um papel grande de forma que todas as crianças
observem sua escrita.

Organização do espaço e das crianças


Essa é uma atividade em que, na primeira parte, as crianças estarão organizadas em duplas. Portanto, é
importante pensar em como agrupá-las. Na segunda parte, organizá-las de forma que todas possam
visualizar coletivamente a escrita da lista.

Orientações para o professor


Organizar as crianças em duplas sentadas às mesas.

Contar que irão ler novamente o livro, mas de um jeito diferente. A cada parte da história lida terão de
indicar, no texto que receberão, onde está escrito o nome do convidado da festa. Você pode dizer: “Vamos ler
O que as crianças juntos a história, mas vamos parar em algumas partes para que vocês encontrem o nome do convidado nas tiras”.
podem pensar,
dizer e fazer.
Pedir que leiam com você o que está escrito nas duas primeiras páginas. Ao terminarem, entregar às du-
Localizar nome no
texto usando plas a tira com essa parte da história e pedir que elas localizem onde está escrito o nome da Bruxa.
diferentes estratégias
de leitura.
Passar pelas mesas das duplas perguntando como elas fizeram para encontrar o nome escrito no texto.

Seguir da mesma forma até o fim da história.

Propor que as crianças lembrem o nome de todos os convidados que elas encontraram para que você
Recuperar nomes e
ditar um a um. possa escrever uma lista. Pedir que ditem um nome de cada vez para que você consiga escrever todos.

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Escrever os nomes devagar e fazer observações que convidem as crianças a pensar sobre como se escreve.
Formular ideias sobre
como se escreve. Por exemplo, ao escrever BRUXA, você pode dizer cada parte da palavra enquanto escreve: BRU-XA. Ou,
ao escrever GATO, após escrever GA, você pode perguntar: “Até aqui o que eu já escrevi?” Ou ainda, após
escrever CORU, perguntar: “Até aqui já escrevi CORU. O que falta para escrever ‘CORUJA’?”

Ler a lista e estimular as crianças a fazer observações sobre as palavras escritas: “Vocês notaram que algu-
mas palavras são maiores que as outras? Qual é a menor delas? Há palavras que começam com a mesma letra?
Chamar a atenção para CHAPEUZINHO VERMELHO, nome do famoso personagem, composto de
duas palavras.

Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode propor
que elas localizem os nomes no texto coletivamente.

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode entregar a elas
uma folha com todas as frases da história e pedir que circulem o nome dos convidados da festa.

O que as crianças podem aprender


Ao propor que as crianças localizem nomes no texto, possibilita-se que elas coloquem em jogo diferentes
estratégias de leitura.

Ao escrever de forma lenta as palavras ditadas, contribui-se para que as crianças observem as relações
entre o que é falado e o que está sendo escrito.

O que mais é possível fazer


Por ter uma estrutura básica, as listas são textos adequados para a realização de diversas situações de
escrita para as crianças pequenas. Segue outra sugestão de atividade:

Propor que, a partir da lista feita com todos os convidados, as crianças organizem duas novas listas,
separando-os em “personagens de histórias” e “animais”.

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Atividade 4
Desenhar os convidados que aparecem no livro

O professor propõe às crianças que observem as ilustrações do


livro Bruxa, Bruxa, venha à minha festa. Depois, solicita que
elas recuperem de memória quais são os convidados da festa para
que, em seguida, os desenhem e organizem conforme a sequência
da história.

Roteiro de trabalho

Preparação
Para favorecer a observação dos detalhes de cada ilustração, sugerimos construir visores (papel com
moldura vazada no meio) ou usar uma lupa. Separar os materiais para que as crianças possam desenhar.
Cada criança deverá receber um conjunto de 15 papéis (podem ser folhas de papel sulfite divididas em
quatro partes). Considerar que todas as fases dessa atividade não precisam ser realizadas em um único dia.

Organização do espaço e das crianças


Na primeira parte dessa atividade, organize as crianças de forma que consigam observar as ilustrações do
livro. Na segunda parte, as crianças podem sentar às mesas.

Orientações para o professor


Conversar com as crianças sobre as ilustrações do livro, fazendo com que elas pensem sobre o porquê
O que as crianças de as ilustrações serem grandes e tão cheias de detalhes.
podem pensar,
dizer e fazer.
Dar às crianças um visor para que observem as partes menores das ilustrações do livro, destacando assim
Desenhar os
diferentes convidados os recursos utilizados pela ilustradora. Enquanto as crianças observam os detalhes das ilustrações, você
da história. conversa com elas sobre esses detalhes, estimulando suas observações.

Contar às crianças que agora elas serão os novos ilustradores do livro. Você pode dizer: “Agora vou
convidar vocês a serem os ilustradores dessa história. Vou entregar para cada um 15 folhas para que vocês
desenhem todos os convidados da festa”.

Deixar o livro disponível para que as crianças o manuseiem e se inspirem para suas próprias ilustrações.

Lançar como novo desafio às crianças a organização dos desenhos na ordem em que aparecem na história:
Recuperar de
memória a sequência “Agora vocês têm outro desafio. Vão organizar os desenhos que produziram na mesma ordem em que aparecem
da história. no livro. Para isso, é importante que se lembrem de como a história é contada”.

Propor às crianças que leiam a história com você para conferir se organizaram seus desenhos tal como
na ordem do texto.

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15 | HISTÓRIAS COM REPETIÇÃO

Propor que façam uma exposição de suas produções na sala para que todos possam apreciar os desenhos
dos colegas.

Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode realizar
essa atividade coletivamente, propondo que elas confeccionem os desenhos em pequenos grupos.

Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode solicitar que, depois
de ordenar os desenhos, elas façam a correspondência deles com o texto da história, entregando-lhes tiras
com os diálogos constantes no livro.

O que as crianças podem aprender


Ao propor às crianças que observem e conversem sobre as ilustrações, possibilita-se que elas pensem
sobre a relação entre texto e ilustração.

Ao propor que as crianças desenhem os convidados da festa segundo sua ordem de aparição na história,
favorece-se que elas retomem a história memorizada em razão da sequência de sua narrativa.

O que mais é possível fazer


Você pode chamar as crianças de outras salas para apreciar as produções da turma. As crianças podem
recontar aos visitantes a história do livro a partir de seus desenhos.

O que é possível fazer em casa


Sugerir que as crianças levem suas produções para casa, mostrem aos pais e familiares e recontem a história
a partir de seus desenhos. É importante pedir que as crianças tragam novamente as ilustrações para a escola,
pois elas serão utilizadas em outras atividades.

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16 | TRILHAS

Atividade 5
Relacionar ilustrações e diálogos

O professor propõe que, em pequenos grupos, as crianças primei-


ramente reconheçam todos os personagens nas ilustrações que
receberam e, depois, lê a história para elas, parando em diferentes
partes para que indiquem a ilustração à qual a parte lida se refere
(ou seja, “pareando”). Por fim, pede para que as crianças retomem
os diálogos da história a partir das ilustrações.

Roteiro de trabalho

Preparação
Organizar, para cada grupo, um conjunto de ilustrações dos personagens da história, produzidas pelas
crianças na atividade anterior. Cada grupo deve ter um jogo com uma ilustração de cada personagem.

Organização do espaço e das crianças


Essa atividade deve ser realizada em pequenos grupos. Portanto, é importante pensar em como agrupar
as crianças.

Orientações para o professor


Organizar as crianças em pequenos grupos sentadas às mesas.

Apresentar ao grupo a proposta da atividade. Você pode dizer: “Vou entregar para vocês algumas das
ilustrações que fizeram dos personagens do livro Bruxa, Bruxa, venha à minha festa. Vocês vão olhar bem essas
O que as crianças ilustrações e identificar cada um deles”.
podem pensar,
dizer e fazer.
Explicar que você lerá a história parando em algumas partes para que elas apontem qual ilustração se
Encontrar as ilustrações
correspondentes ao refere à parte do texto lida: “Agora vou ler para vocês partes da história sem mostrar as ilustrações do livro e
texto.
vocês irão me dizer qual ilustração corresponde a cada parte lida”.

Deixar o livro disponível para que as crianças o manuseiem e se inspirem para suas próprias ilustrações.

Retomar de memória o
Finalizar a atividade mostrando as ilustrações e propondo que as crianças retomem de memória o diálogo
texto correspondente às da história ao qual essas ilustrações se referem. Você pode dizer: “Agora, vamos inverter. Eu vou mostrar a
ilustrações indicadas.
ilustração e vocês vão dizer de memória o diálogo da história ao qual ela se refere”.

Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode, ao
solicitar que as crianças digam os diálogos, ajudá-las lendo a parte em que o convite é feito, deixando que
digam apenas a resposta.

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17 | HISTÓRIAS COM REPETIÇÃO

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode entregar a elas
tiras com o texto de partes da história e pedir que relacionem o texto com a ilustração.

O que as crianças podem aprender


Ao propor que as crianças indiquem oralmente a correspondência entre ilustração e diálogo, possibilita-se
que elas estabeleçam relações entre o texto e a ilustração.

Ao pedir que as crianças recuperem o texto da história com apoio das ilustrações, favorece-se que leiam
com autonomia.

O que mais é possível fazer


Para dar continuidade ao trabalho de estabelecer relações entre texto e ilustração, você pode propor ainda
outras atividades. Seguem duas sugestões:

Apresentar todas as ilustrações do livro de forma desordenada e pedir que as crianças coloquem na
ordem correta.

Apresentar todas as ilustrações da história ordenadas e substituir algumas por texto. Para isso, você pede
às crianças que ditem para você o texto correspondente a cada imagem.

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18 | TRILHAS

Atividade 6
Escrever nomes com letras móveis

O professor propõe que as crianças escrevam o nome de três


convidados da história Bruxa, Bruxa, venha à minha festa,
entrega as letras já selecionadas e pede que elas leiam o que
escreveram e verifiquem a ordem em que as letras foram organizadas.

Roteiro de trabalho
Preparação
Para realizar essa atividade, será necessário um conjunto de letras móveis. Caso as crianças não conheçam
esse material, é importante apresentá-lo. Considerando que as crianças receberão as letras de cada
palavra para ordená-las, você precisa separar as letras das palavras GATO, LOBO e CORUJA em quanti-
dade suficiente para todas as duplas. Cuidar para que as letras das palavras não se misturem.
Se o cartaz com a lista de personagens estiver pendurado na sala, é importante retirá-lo na primeira parte
da atividade.

Organização do espaço e das crianças


Essa é uma atividade em que as crianças estarão organizadas em duplas.

Orientações para o professor


Apresentar a proposta de escrever os nomes de alguns convidados da festa. Você pode dizer: “Hoje vocês
vão escrever, com essas letras, o nome de alguns dos convidados que estão nessa lista”.

Separar as duplas e entregar para cada uma apenas o conjunto de letras necessário para escrever a
O que as crianças primeira palavra.
podem pensar,
dizer e fazer.
Explicar que começarão escrevendo GATO e que vão receber as letras necessárias para montar essa palavra:
Organizar as letras
formando as palavras “Vocês vão escrever GATO. Eu vou entregar as letras e vocês vão colocá-las na ordem certa para que a gente
indicadas. consiga ler GATO”.

Circular entre as duplas oferecendo ajuda. Você pode sugerir que procurem ajuda nos nomes dos colegas
Relacionar as
informações que da classe para encontrar a melhor letra para montar a palavra indicada. Você pode lembrar que GATO
possuem, buscando começa da mesma forma que GABRIEL.
resolver a ordem correta
das letras.
Entregar o envelope com as letras da palavra LOBO e repetir as instruções. Conforme as crianças forem
terminando de escrever LOBO, entregar o envelope com as letras da palavra CORUJA e seguir as
mesmas orientações.

Pedir que as crianças leiam para você o que escreveram e sugerir que consultem o cartaz para conferir a
Verificar se há
modificações a fazer escrita correta das palavras, reorganizando suas escritas se necessário.
na ordenação
das letras.

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19 | HISTÓRIAS COM REPETIÇÃO

Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode propor
que elas leiam os nomes da lista e, em duplas, escolham um para escrever com as letras móveis, solicitando
que leiam o que escreveram.

Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode oferecer mais
letras que as necessárias para a escrita do nome, deixando como desafio a decisão de quais letras usar.
Por exemplo, para escrever ESPANTALHO, pode-se oferecer, além das letras da palavra, o I (para que as
crianças decidam entre o H ou o I na escrita de LHO), outro S e outras duas letras aleatórias.

O que as crianças podem aprender


Ao propor que as crianças escrevam nomes com letras móveis, favorece-se que elas realizem uma escrita
analítica, porque colocam em jogo suas informações e hipóteses sobre quantas letras são necessárias para
escrever cada palavra, sobre quais letras usar e em que ordem essas letras devem aparecer.

Ao mostrar o cartaz com a lista dos personagens e fazer referência à escrita dos nomes das crianças,
possibilita-se que elas aprendam que há uma única forma de escrever cada uma das palavras e que
existem fontes escritas que podem ser consultadas para se verificar a escrita correta.

O que mais é possível fazer


Como continuidade dessa atividade, você pode pedir que as crianças selecionem as letras de que elas
precisam para escrever o nome de determinado convidado a partir de um conjunto de letras que
contemple todas as letras do alfabeto.

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20 | TRILHAS

Atividade 7
Escrever em texto com lacunas

P ara cada dupla de crianças, o professor entrega um texto


organizado com a estrutura do livro Bruxa, Bruxa, venha à minha
festa, contendo, no lugar dos nomes dos convidados, espaços em
branco para que estes sejam completados.

Roteiro de trabalho
Preparação
Preparar folhas com o texto do livro escrito ou digitado em letra maiúscula, deixando lacunas para os
nomes dos convidados da festa, conforme o exemplo a seguir. Providenciar uma folha para cada dupla
de crianças.

— __________, __________, POR FAVOR, VENHA À MINHA FESTA.


— OBRIGADA, IREI, SIM, SE VOCÊ CONVIDAR O _______________.
— __________, __________, POR FAVOR, VENHA À MINHA FESTA.
— OBRIGADO, IREI, SIM, SE VOCÊ CONVIDAR O _______________.
— __________, __________, POR FAVOR, VENHA À MINHA FESTA.
— OBRIGADO, IREI, SIM, SE VOCÊ CONVIDAR O _______________.
— __________, __________, POR FAVOR, VENHA À MINHA FESTA.
— OBRIGADO, IREI, SIM, SE VOCÊ CONVIDAR A _______________.
(...)

Organização do espaço e das crianças


Nessa atividade, as crianças estarão agrupadas em duplas.

Orientações para o professor


Explicar às crianças que elas receberão o texto do livro escrito em uma folha de papel contendo alguns
espaços em branco para preencher com os nomes dos convidados da história. Você pode dizer: “Agora
que já sabemos de memória todos os nomes dos convidados e a ordem em que aparecem na história, vou en-
tregar uma folha com o texto do livro escrito, mas com alguns espaços para vocês preencherem com os nomes
O que as crianças dos convidados”.
podem pensar,
dizer e fazer.
Oferecer o modelo de como realizar o preenchimento das lacunas do texto, reproduzindo na lousa o
Decidir em
conjunto como primeiro diálogo do livro e preenchendo lentamente na frente das crianças, solicitando que observem
escrever as atentamente, pois elas farão o mesmo com os nomes dos convidados seguintes.
palavras.

Convidar as crianças, caso não se lembrem do convidado seguinte da história, a pensar o que podem
fazer para lembrar, sugerindo, por exemplo, que retomem a história de memória. Você pode lembrá-las
de que o nome do convidado já apareceu no texto em outro momento.

Circular entre as duplas, ajudando-as a pensar sobre a melhor maneira de escrever as palavras: “Como se

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21 | HISTÓRIAS COM REPETIÇÃO

escreve o começo da palavra ESPANTALHO?” ou “Até aqui vocês já escreveram CORU, qual parte ainda está
faltando?” ou ainda “Será que, para escrever a palavra LOBO, basta colocar LO?”

Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode entregar
o texto com algumas das lacunas preenchidas e outras em branco. Assim, as lacunas preenchidas poderão
ajudar a localizar palavras ou servir de modelo para as crianças.

Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode entregar o texto
com lacunas em outras partes além dos nomes dos convidados.

O que as crianças podem aprender


Ao apresentar o texto com lacunas às crianças, respeitando a sua forma original, o professor possibilita
que elas aprendam sobre a estrutura e a organização dos diálogos na narrativa.

Ao convidar as crianças a escrever, favorece-se que elas reflitam sobre como se escreve, analisando
oralmente a palavra e procurando algum tipo de correspondência com as unidades do texto escrito.

O que mais é possível fazer


Você pode organizar outras situações em que as crianças sejam convidadas a escrever o nome dos
convidados da festa, retomando a ordem de aparição no texto:

Escrever uma lista com o nome dos convidados da história, seguindo a sequência da narrativa.

Propor que escrevam o nome dos convidados nos desenhos que elas mesmas fizeram.

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22 | TRILHAS

Atividade 8
Ordenar os diálogos da história

O professor desafia as crianças a ordenarem as tiras que contêm


as perguntas e as respostas dos diálogos do livro Bruxa, Bruxa,
venha à minha festa.
Roteiro de trabalho
Preparação
Preparar as tiras com partes do texto. Cada tira terá uma fala dos diálogos do texto (sempre escritos em
letra maiúscula), como no exemplo a seguir:

— BRUXA, BRUXA, POR FAVOR, VENHA À MINHA FESTA.

— OBRIGADA, IREI, SIM, SE VOCÊ CONVIDAR O GATO.

— GATO, GATO, POR FAVOR, VENHA À MINHA FESTA.

— OBRIGADO, IREI, SIM, SE VOCÊ CONVIDAR O ESPANTALHO.

Organização do espaço e das crianças


As crianças estarão agrupadas em duplas num espaço adequado para que possam espalhar as tiras e
movimentá-las.

Orientações para o professor


Explicar às crianças, organizadas em duplas, que terão como desafio montar o texto, que está todo
bagunçado, cortado em tiras. Você pode dizer: “Pessoal, vocês não sabem o que aconteceu: recortei o texto do
livro Bruxa, Bruxa, venha à minha festa em tiras, mas elas se desorganizaram e o texto ficou todo bagunçado.
O que as crianças Vocês podem me ajudar a organizá-lo?”
podem pensar,
dizer e fazer.
Colocar em jogo
Retomar o início da história oralmente e de forma coletiva (“Bruxa, Bruxa, por favor, venha à minha
as estratégias de festa”) e pedir que localizem, nas tiras distribuídas, aquela que tem esse início. Algumas duplas podem não
leitura e ordenar conseguir encontrar. Caso isso aconteça, você pode pedir àquelas que conseguiram para que expliquem às
as tiras. demais como fizeram para localizar.

Circular entre as duplas, ajudando-as, por exemplo, a reler o texto que já organizaram para encontrar
a parte seguinte, a perceber que, na tira do convite, o nome do convidado sempre aparece duas vezes
no começo e a entender que, na tira da resposta ao convite, o nome do convidado seguinte sempre
aparece no fim.

Propor às crianças que leiam a história junto com você para que verifiquem se colocaram todas as tiras
Ler a história e
verificar se as na ordem correta.
tiras estão na
ordem correta.

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23 | HISTÓRIAS COM REPETIÇÃO

Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode colocar
os diálogos completos (pergunta e resposta) numa mesma tira para que elas coloquem em ordem.

Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode entregar as tiras,
mas agora com algumas repetidas. O desafio será montar o texto e, ao longo dessa organização, eliminar
as tiras repetidas.

O que as crianças podem aprender


Ao propor que as crianças ordenem tiras com um texto que sabem de memória, favorece-se que elas
coloquem em ação suas estratégias de leitura e identifiquem as palavras conhecidas.

Ao reler as partes do texto que já ordenaram para encontrar a próxima parte, as crianças observam as
relações entre o oral e o escrito.

O que mais é possível fazer


Para continuar incentivando as crianças a ler partes de texto que já conhecem de memória, pode-se
propor outras atividades semelhantes a essa, como, por exemplo:

Entregar tiras da história para que as crianças organizem, porém inserir algumas a mais em que
apareçam outros personagens de histórias conhecidas para que elas identifiquem e eliminem.

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24 | TRILHAS

Créditos institucionais

TRILHAS

Iniciativa:
Natura Cosméticos

Realização:
Programa Crer para Ver, Natura Cosméticos

Desenvolvimento:
Cedac

Ficha Técnica

Programa Crer para Ver, Natura Cosméticos


Coordenação:
Maria Lucia Guardia e Lilia Asuca Sumiya

Cedac
Coordenação:
Beatriz Cardoso e Tereza Perez

Concepção do conteúdo e supervisão:


Ana Teberosky

Direção editorial:
Beatriz Cardoso e Beatriz Ferraz

Consultoria literária:
Maria José Nóbrega

Equipe de redação:
Ângela Carvalho, Beatriz Cardoso, Beatriz Ferraz, Debora Samori, Maria Grembecki, Milou Sequerra, Patrícia Diaz

Equipe da Gerência de Educação e Sociedade, Natura Cosméticos:


Maria Lucia Guardia, Lilia Asuca Sumiya, Fabiana Shiroma, Eliane Santos, Isabel Ferreira, Luara Maranhão, Gabriela Santos

Edição de texto:
Marco Antonio Araujo

Coordenação de produção:
Fátima Assumpção

Projeto gráfico:
SM&A Design

Ilustrações:
Vicente Mendonça

Revisão:
Jandira Queiroz e Ali Onaissi

“ESTE CADERNO TEM OS DIREITOS RESERVADOS E NÃO PODE SER COPIADO OU REPRODUZIDO, PARCIAL OU TOTALMENTE,
SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO PROGRAMA CRER PARA VER, DA NATURA COSMÉTICOS, E DO CEDAC.”

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CADERNO DE ORIENTAÇÕES
CADERNO DE ORIENTAÇÕES: HISTÓRIAS COM REPETIÇÃO
HISTÓRIAS
O Programa Crer para Ver é uma das iniciativas que traduzem o compromisso
da Natura com a construção de uma sociedade mais justa. Nesse sentido,
COM REPETIÇÃO
o principal objetivo do Programa é contribuir para um dos aspectos mais relevantes
e estruturais da sociedade: a qualidade da educação nas escolas públicas brasileiras.

Por acreditarmos que a participação de todos é o caminho para mudanças, desde a


concepção do Programa, a Natura mobiliza seu canal de vendas para compartilhar
a importância e o valor da educação. Esse envolvimento possibilita que as ações
desenvolvidas pelo Programa sejam financiadas por meio de recursos arrecadados pelos
Consultores e Consultoras Natura, que vendem os produtos da linha Crer para Ver sem
fins lucrativos.

Desde o início do Programa, em 1995, essa participação voluntária arrecadou mais de


R$ 32 milhões, o que possibilitou o investimento em iniciativas voltadas para o ensino
fundamental, educação de jovens e adultos e educação infantil de escolas públicas em todo
o Brasil, resultando em mais de 2,4 milhões de alunos beneficiados.

Uma dessas iniciativas é este material que você, professor, está recebendo. O projeto Trilhas
visa promover o desenvolvimento da leitura, escrita e oralidade dos alunos de 4 a 6 anos e
também instrumentalizar e apoiar o trabalho do professor das redes públicas de ensino.

Essa ação contribui para ampliar o universo cultural de alunos e professores, por meio do
acesso à leitura de bons livros de literatura infantil. A escolha da LEITURA como o principal
tema deve-se por ser uma estratégia mundialmente reconhecida como determinante para
a aprendizagem e para promover um melhor desempenho escolar ao longo de toda a vida.

Esperamos que o projeto possa ser útil a você e a todos os profissionais que trabalham para
a melhoria da educação infantil pública.

Aos Consultores e Consultoras Natura, agradecemos o esforço voluntário e a contribuição


para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e solidária. Graças a essa mobilização,
milhares de municípios brasileiros, na sua diversidade e pluralidade, fazem parte deste
e de outros projetos do Programa Crer para Ver.
Equipe do Programa Crer para Ver, Natura Cosméticos

Capa Bruxa REPETIÇÃO final.indd 1 22/06/2009 18:26:56

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