Série e Transformada de Fourier: Prof. Wilmer Johan Lobato Malaver, EE, M.SC

Série e transformada de Fourier
Prof. Wilmer Johan Lobato Malaver, EE, M.Sc.
Centro Universitário UNIAVAN

Curso de Engenharia Elétrica
Análise de Sistemas Lineares
Balneário Camboriú, SC
0/70
Mapeamento tempo-frequência Aproximação de funções Ortogonalidade Séries de Fourier Exemplos Fenômeno de Gibbs Transformada de Fourier P
Sumário
1 Mapeamento tempo-frequência
2 Aproximação de funções
3 Ortogonalidade
4 Séries de Fourier
5 Exemplos
6 Fenômeno de Gibbs
7 Transformada de Fourier
8 Propriedades
9 Exemplos
10 Função porta e função sinc
1/70
Wilmer Lobato| UFSC-LPDS | A robust beamformer for binaural hearing aids
Mapeamento tempo-frequência
2/70
Domínio do tempo e da frequência
Considere os sinais de eletroencefalograma (EEG) da figura:
Observe que:
Sinais de excitação
possuem variações muito
rápidas.
..
.
Sinais de sono profundo
possuem variações muito
lentas.
Figura: Sinais de EEG

3/70
Caso especial: sinal senoidal
Seja a função x(t) = cos(ωt), onde ω = 2πf , e f é a frequência

fundamental.
Figura: Sinal seno (tempo) Figura: Sinal seno (frequência)
4/70
Aproximação de funções
5/70
Introdução: Série de Taylor
Uma forma de aproximar uma função f (x) diferenciável:
∞
X 1 dn f (x)
f (x) = n
(x − x0 )n
n=0
n! dx
Exemplos:
x2 x3 x4
ex = 1 + x + + + + ...
2! 3! 4!
x3 x5 x7
sin x = x − + − + ...
3! 5! 7!
x2 x4 x6
cos x = 1 − + − + ...
2! 4! 6!
6/70
Aproximação da uma função exponencial
Figura: Série de Taylor N = 1
7/70
8/70
9/70
10/70
Ortogonalidade
11/70
Vetores no espaço
Todo vetor é um sinal, podendo ser formado por vetores
ortogonais em coordenadas cartesianas.
Figura: Representação de um vetor
Então, um conjunto de vetores ortogonais representam um

conjunto de sinais ortogonais.
12/70
Espaço de sinais ortogonais
A ortogonalidade de um conjunto de sinais x1 (t), x2 (t), . . . , xN (t)

no intervalo [t1 , t2 ] é definada como:
Z t2 (
0, m 6= n
xm (t)xn (t)dt =
t1 En = Em , m = n 6= 0
Onde En é a energia do sinal xn . Além disso, se En = 1, ∀n, o

espaço de sinais é ortonormal
Aproximamos uma função f (t) sobre o intervalo [t1 , t2 ] por um
conjunto de sinais x1 (t), x2 (t), . . . , xN (t) .
f (t) ≈ c1 x1 (t) + c2 x2 (t) + · · · + cN xN (t)

N
X
≈ cn xn (t)
n=1
13/70
Espaço de sinais ortogonais
Então o erro e(t) pode ser obtido como:

N
X
e(t) = f (t) − cn xn (t)
n=1
Demonstra-se que o erro e(t) pode ser minimizado se

(Apêndice 3A do livro do Lathi):
R t2
f (t)xn (t)dt
cn = t1R t2
t1 n
x2 (t)dt
Z t2
1
= f (t)xn (t)dt
E n t1
14/70
Apendice 3A: Obtenção de cn
O erro de aproximação e(t) é dado por:

N
X
e(t) = f (t) − cn xn (t)
n=1
A energia do erro no intervalo [t1 : t2 ] é:

" N
#2
Z t2 Z t2 X
2
Ee(t) = e (t)dt = f (t) − cn xn (t) dt
t1 t1 n=1
Para minimizar Ee(t) , a seguinte condição deve ser satisfeita:
R t2 h PN i2
∂Ee(t) ∂ t1
f (t) − n=1 c n x n (t) dt
= = 0, i = 1, 2, . . . , N
∂ci ∂ci
15/70
Apendice 3A: Obtenção de cn
Por causa da ortogonalidade, ficam os termos não-zerados:

R t2
∂ t1
−2ci f (t)xi (t) + c2i x2i (t) dt
= 0, i = 1, 2, . . . , N
∂ci
Calculando a derivada, obtemos:
Z t2 Z t2
−2 f (t)xi (t)dt + 2ci x2i (t)dt = 0, i = 1, 2, . . . , N
t1 t1
Finalmente:
R t2 Z t2
t1
f (t)xi (t)dt 1
ci = R t2 = f (t)xi (t)dt, i = 1, 2, . . . , N
x2 (t)dt E i t1
t1 i
16/70
Espaço de sinais ortogonais (caso complexo)
Para um conjunto de sinais complexos x1 (t), x2 (t), . . . , xN (t) no

intervalo [t1 , t2 ], a ortogonalidade é definida como:
Z t2 (
0, m 6= n
xm (t)x∗n (t)dt =
t1 En = Em , m = n 6= 0
Então, uma função f (t) pode ser aproximada como:
f (t) ≈ c1 x1 (t) + c2 x2 (t) + . . .
Onde os coeficientes cn são:

Z t2
1
cn = f (t)x∗n (t)dt
En t1
17/70
Alguns exemplos de bases ortogonais
Funções trigonomêtricas (senoides)

Funções exponenciais
Funções Walsh
Funções Bessel
Polinômios de Legendre
Polinômios de Chebyshev
etc.
18/70
Funções Walsh
Aplicações: reconhecimento de voz, processamento de
imagens médicas, holografia digital.
Figura: Primeiros termos da função Walsh

19/70
Funções Bessel
Aplicações: campos elétricos, vibrações acústicas, condução
de calor, difração óptica, etc.
Figura: Primeiros termos da função Bessel

20/70
Polinômios de Legendre
Aplicações: determinação das funções de onda dos elétrons,
reatores nucleares.
Figura: Primeiros termos do polinômio de Legendre

21/70
Séries de Fourier
22/70
Séries de Fourier
Figura: Jean-Baptiste Joseph Fourier

23/70
O propósito de Joseph Fourier
Figura: Equação de calor em corpos sólidos

24/70
Coeficientes de Fourier
Temos o conjunto de sinais:
{1, cos ω0 t, cos 2ω0 t, . . . , cos nω0 t, . . . ;

0, sin ω0 t, sin 2ω0 t, . . . , sin mω0 t, . . . }
Onde o senóide de frequência nw0 representa o n−éssimo

harmônico do senóide de frequência fundamental w0 = 2π T .
Senoides são mutuamente ortogonais no intervalo T :
(
0, m 6= n
Z
cos nω0 t · cos mω0 dt = T
T 2 , m = n 6= 0
(
0, m 6= n
Z
sin nω0 t · sin mω0 dt = T
T 2 , m = n 6= 0
Z
sin nω0 t · cos mω0 dt = 0, ∀n or ∀m
T
25/70
Podemos expressar um sinal f (t) pela série trigonomêtrica de

Fourier como:
f (t) = a0 cos 0ω0 t + a1 cos 1ω0 t + a2 cos 2ω0 t + · · · +

+ b0 sin 0ω0 t + b1 sin 1ω0 t + b2 sin 2ω0 t + . . .
∀t0 < t < t0 + T
ou usando a notação de somatória:
∞
X
f (t) = a0 + an cos(nω0 t) + bn sin(nω0 t)
n=1
26/70
Onde:
R t1 +T R t1 +T
t1
f (t) cos(nω0 t)dt t1
f (t) sin(nω0 t)dt
an = R t2 bn = R t2
t1
cos2 (nω 0 t)dt t1
sin2 (nω0 t)dt
Resultando:
Z
1
a0 = f (t)dt
T T
Z
2
an = f (t) cos(nω0 t)dt
T T
Z
2
bn = f (t) sin(nω0 t)dt
T T
Além disso, o valor de b0 é irrelevante.
27/70
Séries de Fourier compacta

Dois senoides que possuem a mesma frequência, porém
diferentes fases, podem-se somar da forma:
Cn cos(nω0 t + θn ) = Cn cos(θn ) cos(nω0 t) − Cn sin(θn ) sin(nω0 t)
= a cos(ω0 t) + b sin(ω0 t)
Obtendo:
an = Cn cos(θn ) = Cn cos(−θn ) bn = −Cn sin(θn ) = Cn sin(−θn )
Figura: Vetor resultante de módulo Cn e ângulo θn

28/70
Séries de Fourier compacta
Podem-se combinar os dois termos para obter um único senoide

usando a identidade trigonomêtrica:
an cos(nω0 t) + bn sin(nω0 t) = Cn cos(nω0 t + θn )
Onde:

p −1 bn
Cn = a2n + b2n θn = tan − C0 = a0
an
A forma compacta ficaria:
∞
X
f (t) = C0 + Cn cos(nω0 t + θn ) , t1 ≤ t ≤ t1 + T0
n=1
29/70
Periodicidade da série de Fourier

A função f (t) pode ser expressa mediante a série trigonomêtrica
compacta de Fourier no intervalo T .
∞
X
f (t) = C0 + Cn cos(nω0 t + θn )
n=1
A periodicidade é dada quando f (t + T ) = f (t), então:

∞
X
f (t + T ) = C0 + Cn cos(nω0 (t + T ) + θn )
n=1
X∞
= C0 + Cn cos(nω0 t + 2πn + θn )
n=1
X∞
= C0 + Cn cos(nω0 t + θn )
n=1
= f (t) , ∀t
30/70
O espectro da série de Fourier

A função f (t) foi expressa como:
∞
X
f (t) = Cn cos(nω0 t + θn )
n=0
É uma soma de senoides de frequência 0 (valor DC), ω0

(frequência fundamental ou primeira harmônica), 2ω0
(segunda harmônica), . . . , nω0 (n-éssima harmônica).
Figura: Magnitude e fase (ângulo) do espectro.

31/70
Convergencia da serie nos saltos de discontinuidade
Temos o sinal periódico:
Figura: Saltos d discontinuidade.
É interessante observar que:
lim f (t) = 1 , lim f (t) = e−π/2

t→0+ t→0−
O valor da série de Fourier quando t → 0:
1 + e−π/2
lim φ(t) =
t→0 2
32/70
Exemplos
33/70
Exemplo 1
Encontrar a forma compacta da série trigonomêtrica de Fourier
para a função exponencial e−t/2 no intervalo 0 ≤ t ≤ π.
Figura: Função exponencial
Considera-se então ω0 = 2π
T = 2 rad/seg.
Podemos expressar um sinal f (t) pela série trigonomêtrica de
Fourier como:
∞
X
f (t) = a0 + an cos(2nt) + bn sin(2nt), 0<t<π
n=1
34/70
Exemplo 1
Podemos calcular então:

1 π −t/2
Z
a0 = e dt = 0, 504
π 0
2 π −t/2
Z
2
an = e cos(2nt)dt = 0, 504
π 0 1 + 16n2
Z π
2 8n
bn = e−t/2 sin(2nt)dt = 0, 504
π 0 1 + 16n2
E a forma compacta ...
35/70
Calculo da integral por partes
Definimos a integral por partes:

Z
I = |{z}eax cos(bx)dx
| {z }
u dv
Sendo u = eax , du = aeax dx, v = (1/b) sin(bx), dv = cos(bx)dx:

Z Z
I = uv − vdu = (1/b)e sin(bx) − (a/b) eax sin(bx)dx
ax
| {z }
J
Para resolver J, consideramos ũ = eax , dũ = aeax dx,

ṽ = −(1/b) cos(bx), dṽ = sin(bx)dx:
Z Z
J = ũṽ − ṽdũ = −(1/b)eax cos(bx) + (a/b) eax cos(bx)du
| {z }
I
36/70
Calculo da integral por partes

Agrupamos:
I = (1/b)eax sin(bx) − (a/b) [−(1/b)eax cos(bx) + (a/b)I]
I = (1/b)eax sin(bx) + (a/b2 )eax cos(bx) − (a2 /b2 )I
a2 1
I+ I = (eax sin(bx) + (a/b)eax cos(bx))
b2 b
a2 + b2 1 ax
I = (e sin(bx) + (a/b)eax cos(bx))
b2 b
(a2 + b2 )I = (beax sin(bx) + aeax cos(bx))
eax (a cos(bx) + b sin(bx))

Z
I= eax cos(bx)dx =
(a2 + b2 )
Definimos a integral por partes:

eax (a sin(bx) − b cos(bx))
Z
eax sin(bx)dx =
(a2 + b2 )
37/70
Solução do exemplo
Encontrando a solução de an :
2 π −t/2
Z
an = e cos(2nt)dt
π 0
2 e−(1/2)t [−(1/2) cos(2nt) + 2n sin(2nt)]
=
π (−1/2)2 + (2n)2
4 e−(1/2)t [4n sin(2nt) − cos(2nt)]
=
π 1 + 16n2
4
= 2
e−π/2 [4n sin(2πn) − cos(2πn)] + 1
π(1 + 16n )
4 1 − e−π/2

=
π(1 + 16n2 )
Encontrando a solução de bn :
2 π −t/2 16n 1 − e−π/2

Z
bn = e sin(2nt)dt =
π 0 π(1 + 16n2 )
38/70
Casos importantes: sin(nπ)
Figura: Simplificação sin(nπ) = 0
39/70
Casos importantes: cos(nπ)
Figura: Simplificação cos(nπ) = (−1)n

40/70
Exemplo 2
Encontrar a série compacta de Fourier da onda quadrada f (t) da

figura, e desenhe o espectro de amplitude e fase:
Figura: Onda quadrada periodica.
2π
O período e T = 2π e ω0 = T = 1 rad/seg. Então:
∞
X
f (t) = a0 + an cos(nt) + bn sin(nt)
n=1
41/70
Exemplo 2
O coeficiente a0 é dado por:
Z Z +π Z +π/2
1 1 1 1
a0 = f (t)dt = f (t)dt = 1dt =
T T 2π −π 2π −π/2 2
O coeficiente an é dado por:
1 +π
Z Z
2
an = f (t) cos(nω0 t)dt = f (t) cos(nt)dt
T T π −π
1 +π/2
Z
2 nπ nπ
= cos(nt)dt = sin = sinc
π −π/2 nπ 2 2
O coeficiente bn é dado por:
1 +π
Z Z
2
bn = f (t) sin(nω0 t)dt = f (t) sin(nt)dt
T T π −π
1 +π/2
Z
= sin(nt)dt = 0
π −π/2
42/70
Exemplo adicional
Encontrar a série compacta de Fourier para a onda triangular

f (t) da figura, e desenhe o espectro de amplitude e fase:
Figura: Onda triangular periódica.
2π
O periodo é T = 2 e ω0 = T = π rad/seg. Então:
∞
X
f (t) = a0 + an cos(nπt) + bn sin(nπt)
n=1
43/70
Exemplo adicional
Descrevemos a função f (t):
(
2At, |t| ≤ 21
f (t) =
2A(1 − t), 12 ≤ t ≤ 3
2
O valor DC, i.e. a média de f (t) ao longo de um período, a0 = 0.

O coeficiente an é dado por:
2 3/2
Z Z
2
an = f (t) cos(nω0 t)dt = f (t) cos(nπt)dt
T T 2 −1/2
Z 1/2 Z 3/2
= 2At cos(nπt)dt + 2A(1 − t) cos(nπt)dt
−1/2 1/2
Avaliando a integral, obtem-se finalmente que:
an = 0
44/70
Exemplo adicional
O coeficiente bn é dado por:
2 3/2
Z Z
2
bn = f (t) sin(nω0 t)dt = f (t) sin(nπt)dt
T T 2 −1/2
Z 1/2 Z 3/2
= 2At sin(nπt)dt + 2A(1 − t) sin(nπt)dt
−1/2 1/2
8A nπ
= 2 2 sin
n π
 2
0,
 ∀n par
= n8A
2 π2 , n = 1, 5, 9, 13, . . .
 8A

− n2 π2 , n = 3, 7, 11, 15, . . .
45/70
Fenômeno de Gibbs
46/70
Aproximação da onda quadrada
Figura: Série de Fourier N = 1
47/70
48/70
49/70
50/70
51/70
52/70
Transformada de Fourier
53/70
Desde a S. de Fourier até a T. de Fourier
Uma função f (t) periodica pode ser expressa mediante a S. de

Fourier trigonometrica compacta:
∞
X
f (t) = Cn cos(nω0 t + θn )
n=0
Se considerarmos uma base ortogonal baseada em sinais

exponenciais complexas ejnω0 t , n = 0, ±1, ±2, . . . :
(
0, m 6= n
Z Z
jmω0 t jnω0 t ∗ j(m−n)ω0 t
e (e ) dt = e dt =
T T T, m = n 6= 0
Formando a S. de Fourier exponencial:

+∞ Z
X 1
f (t) = Dn e jnω0 t
, Dn = f (t)e−jnω0 t dt
n=−∞
T T
54/70
A identidade de Euler expressa uma exponencial na forma:
ejθ = cos θ + j sin θ
Além disso, existem as identidades:
ejθ + e−jθ ejθ − e−jθ

cos θ = , sin θ =
2 −j2
Cuja equivalência com a S. de Fourier trigonomêtrica:
Cn h j(nω0 t+θn ) i
Cn cos(nω0 t + θn ) = e + e−j(nω0 t+θn )
2
Cn jθn jnω0 t Cn −jθn −jnω0 t
= e e + e e
2 2
| {z } | {z }
Dn D−n
55/70
Para representar um sinal não-periodico, pode-se usar um sinal

periodico com T → ∞:
lim fT (t) = f (t)

T →∞
Re-lembrando a S. de Fourier exponencial:

+∞ Z
X 1
f (t) = Dn ejnω0 t , Dn = f (t)e−jnω0 t dt
n=−∞
T T
Quando T acrescenta ate ∞:

Z +∞
F (ω) = f (t)e−jωt dt
−∞
56/70
Definição
Considere a função não-periodica f (t). A transformada de

Fourier F (ω) define-se como:
Z +∞
F (ω) = F {f (t)} = f (t) · e−jωt dt
−∞
E a transformada inversa de Fourier:

Z +∞
1
f (t) = F −1
{F (ω)} = F (ω) · ejωt dω
2π −∞
Então, o par da T. de Fourier bilateral (tempo-frequência):
F (ω) = F {f (t)}, f (t) = F −1 {F (ω)}, f (t) ⇐⇒ F (ω)
57/70
Propriedades
58/70
Propriedades
Linearidade: A transformada de Fourier é uma operação linear,

então os princípios de proporcionalidade e superposição são
válidos. Seja x1 (t) e x2 (t) com transformadas X1 (ω) e X2 (ω),
respectivamente, então:
a1 · x1 (t) + a2 · x2 (t) ⇐⇒ a1 · X1 (ω) + a2 · X2 (ω)
Convolução no tempo: x(t) ∗ y(t) ⇐⇒ X(ω)Y (ω)

1
Convolução na frequência: x(t)y(t) ⇐⇒ 2π X(ω) ∗ Y (ω)
−jωt0
Deslocamento no tempo: x(t − t0 ) ⇐⇒ e X(ω)
jω0 t
Deslocamento na frequência: x(t)e ⇐⇒ X(ω − ω0 )
1 ω
Escalamento temporal: x(at) ⇐⇒ |a| X( a )
dn x
Derivadas: dtn ⇐⇒ (jω)n X(ω)
59/70
Exemplos
60/70
Função e−at u(t)
A transformada de Fourier F (ω):

Z +∞
F (ω) = F {f (t)} = e−at u(t)e−jωt dt
−∞
Z +∞
= e−(a+jω)t dt
0
−1 −(a+jω)t +∞
= e
a + jω

0
1
= , ∀a > 0
a + jω
O módulo e fase do complexo:

1 ω
|F (ω)| = √ , ∠F (ω) = − tan−1
a + ω2
2 a
61/70
Função δ(t)

Z +∞
F (ω) = F {f (t)} = δ(t)e−jωt dt = 1
−∞
Função no tempo e na frequência
Figura: Exemplo δ(t) ⇐⇒ 1
62/70
Função δ(ω)
A transformada inversa de Fourier f (t):

Z +∞
1 1
f (t) = F −1 {F (ω)} = δ(ω)ejωt dω =
2π −∞ 2π
1
Figura: Exemplo 2π
⇐⇒ δ(ω) ou 1 ⇐⇒ 2πδ(ω)
63/70
Função δ(ω − ω0 )
A transformada inversa de Fourier f (t):

Z +∞
1
f (t) = F −1
{F (ω)} = δ(ω − ω0 )ejωt dω
2π −∞
1 jω0 t
= e
2π
Entao, temos o par:
e+jω0 t ⇐⇒ 2πδ(ω − ω0 )
Pode-se provar também que:
e−jω0 t ⇐⇒ 2πδ(ω + ω0 )
64/70
Função cos(ω0 t)
e+jω0 t +e−jω0 t
Usando Euler, cos(ω0 t) = 2
+ e−jω0 t
+jω0 t
e
F (ω) = F = π[δ(ω + ω0 ) + δ(ω − ω0 ))]
2
Figura: Exemplo cos(ω0 t) ⇐⇒ π[δ(ω + ω0 ) + δ(ω − ω0 ))]
65/70
Função porta e função sinc
66/70
Função porta rect(x)
A função porta ou pulso retangular é dada por:


1
0, |x| > 2

rect(x) = 21 , |x| = 12
1, |x| < 12


A expansão de rect(x) por um fator τ , resulta em rect( xτ ):
Figura: Função porta ou pulso retangular
67/70
Função porta rect(x)

Z +∞ Z +τ /2
t
F (ω) = F {f (t)} = rect e −jωt
dt = e−jωt dt
−∞ τ −τ /2
1 −jω(τ /2) 2 sin( ωτ
2 )
=− (e − e+jω(τ /2) ) =
jω ω
sin(x)
Se x = sinc(x), então:
2 sin( ωτ
2 ) sin( ωτ ) ωτ
= τ ωτ2 = τ sinc
ω ( 2 ) 2
Conclui-se que:

t ωτ
rect ⇐⇒ τ sinc
τ 2
68/70
ωτ

Resposta de magnitude e fase de τ sinc 2
t ωτ

Temos o par tempo-frequência rect τ ⇐⇒ τ sinc 2 :
Figura: Função porta (tempo) e função sinc (frequência)
Obtendo as respostas de magnitude e de fase:
Figura: Respostas de magnitude e fase

69/70
Exercicios da AVIN
A transformada de Fourier δ(t + T ) + δ(t − T )

Tranformada de Fourier da função retangular rect( Tt )
1
Seja um sistema dado por H(ω) = jω+2 . Qual a resposta do
sistema considerando entrada x(t) = e−t u(t)
70/70
Final da aula!
Tema: Série e transformada de Fourier
Prof. Wilmer Lobato, E.E., M.Sc.
70/70

Série e Transformada de Fourier: Prof. Wilmer Johan Lobato Malaver, EE, M.SC

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Centro Universitário UNIAVAN

Domínio do tempo e da frequência

Considere os sinais de eletroencefalograma (EEG) da figura:

Figura: Sinais de EEG

Caso especial: sinal senoidal

Seja a função x(t) = cos(ωt), onde ω = 2πf , e f é a frequência

Figura: Sinal seno (tempo) Figura: Sinal seno (frequência)

Introdução: Série de Taylor

Uma forma de aproximar uma função f (x) diferenciável:

Aproximação da uma função exponencial

Figura: Série de Taylor N = 1

Aproximação da uma função exponencial

Figura: Série de Taylor N = 2

Aproximação da uma função exponencial

Figura: Série de Taylor N = 3

Aproximação da uma função exponencial

Figura: Série de Taylor N = 4

Figura: Representação de um vetor

Então, um conjunto de vetores ortogonais representam um

Espaço de sinais ortogonais

A ortogonalidade de um conjunto de sinais x1 (t), x2 (t), . . . , xN (t)

Onde En é a energia do sinal xn . Além disso, se En = 1, ∀n, o

f (t) ≈ c1 x1 (t) + c2 x2 (t) + · · · + cN xN (t)

Espaço de sinais ortogonais

Então o erro e(t) pode ser obtido como:

Demonstra-se que o erro e(t) pode ser minimizado se

Apendice 3A: Obtenção de cn

O erro de aproximação e(t) é dado por:

A energia do erro no intervalo [t1 : t2 ] é:

Para minimizar Ee(t) , a seguinte condição deve ser satisfeita:

Apendice 3A: Obtenção de cn

Por causa da ortogonalidade, ficam os termos não-zerados:

Espaço de sinais ortogonais (caso complexo)

Para um conjunto de sinais complexos x1 (t), x2 (t), . . . , xN (t) no

Então, uma função f (t) pode ser aproximada como:

f (t) ≈ c1 x1 (t) + c2 x2 (t) + . . .

Onde os coeficientes cn são:

Alguns exemplos de bases ortogonais

Funções trigonomêtricas (senoides)

Figura: Primeiros termos da função Walsh

Figura: Primeiros termos da função Bessel

Figura: Primeiros termos do polinômio de Legendre

Figura: Jean-Baptiste Joseph Fourier

O propósito de Joseph Fourier

Figura: Equação de calor em corpos sólidos

Temos o conjunto de sinais:

{1, cos ω0 t, cos 2ω0 t, . . . , cos nω0 t, . . . ;

Onde o senóide de frequência nw0 representa o n−éssimo

Podemos expressar um sinal f (t) pela série trigonomêtrica de

f (t) = a0 cos 0ω0 t + a1 cos 1ω0 t + a2 cos 2ω0 t + · · · +

ou usando a notação de somatória:

Além disso, o valor de b0 é irrelevante.

Séries de Fourier compacta

Figura: Vetor resultante de módulo Cn e ângulo θn

Séries de Fourier compacta

Podem-se combinar os dois termos para obter um único senoide

an cos(nω0 t) + bn sin(nω0 t) = Cn cos(nω0 t + θn )

A forma compacta ficaria:

Periodicidade da série de Fourier

A periodicidade é dada quando f (t + T ) = f (t), então: