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Cinerama - ECO
Milton Lopes dos Santos Junior
DRE: 111214891
Vale lembrar que Jairo não fez esse tipo de recortes exclusivamente no
cinema. Em seu livro, Cinema de Invenção (1986), Jairo também utiliza
livremente de recortes extraídos de críticas cinematográficas e artigos
produzidos por outros cineastas, o que inclusive fez com que ele ouvisse
reclamações por, assim como em seu filme, utilizar esses recortes sem citar a
fonte. Levando em conta que há no próprio filme um momento onde Jairo diz
que é preciso “inventar novos signos” sua proposta, apesar da polêmica gerada
em seu livro, é bem clara: apropriação e ressignificação de elementos já
existentes. Essa proposta é algo que já vinha do Cinema Marginal, mas Jairo a
eleva ao extremo, uma vez que constrói todo seu filme O vampiro da
cinemateca em cima dessa proposta. O resultado é uma obra prima de um dos
grandes nomes do cinema Brasileiro que não pode deixar de ser lembrado.