Você está na página 1de 28

ANALGESIA E ANESTESIA

HIPNÓTICA
Por Waldiney S. Soares

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


Índice
Analgesia e Anestesia Hipnótica ............................................................................................................................... 02

Há Quanto Tempo Existe a Hipnoanestesia? ............................................................................................................ 03

Vantagens e Limitações ........................................................................................................................................... 09

Técnicas Hipnóticas ................................................................................................................................................. 13

01 Experiência de Anestesia à Dor .......................................................................................................................... 13

02 Técnica Tradicional de Anestesia em Luva ........................................................................................................... 14

03 Técnica da Anestesia na Mão com Visualização..................................................................................................... 16

04 Técnica da Anestesia com Xilocaína...................................................................................................................... 17

05 Técnica para Analgesia........................................................................................................................................ 18

06 Técnica da Transferência da Anestesia................................................................................................................. 20

07 Técnica da Transferência e Modificação da Sensação Dolorosa............................................................................... 22

08 Técnica da Amnésia............................................................................................................................................. 23

09 Técnica do Calor para Tratar a Migrânea............................................................................................................... 25

Referências.............................................................................................................................................................. 27

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


ANALGESIA E ANESTESIA
HIPNÓTICA
No ano 320 A.C. Aristóteles disse que a dor é um
estado da alma. Em 1982 a OMS definiu a dor como uma
experiência de caráter desagradável neurossensorial com
dois componentes, um perceptivo cognitivo
neurossensorial e um componente aversivo, afetivo
emocional. O primeiro componente caracteriza a
intensidade da dor, o segundo componente caracteriza a
dor como uma sensação diferente, especial e
desagradável.
2

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


Componentes psicológicos como estresse,
desdobramento da atenção e experiências passadas tem
relação com o grau como a dor é experienciada.

HÁ QUANTO TEMPO EXISTE A HIPNOANESTESIA?

É difícil saber como ou onde tudo isso começou,


mas eu gostaria de citar um trecho do artigo escrito por
Jerry A. R., teólogo, psicanalista e hipnoterapeuta:

“Gêneses 2:21 – Palavra chave – Deep Sleep –


Tardema – Sono Profundo

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


21 And the LORD God caused a deep sleep to fall
upon Adam, and he slept: and he took one of his ribs, and
closed up the flesh instead thereof;
Deep sleep – Sono profundo
Tardema (hebraico) – sono profundo; Estado de
entorpecimento; lançar ao profundo sono; Estado de
inconsciência e introvisão profética; sem sentido; letargia.
No momento da criação, Deus colocou Adão num
sono profundo, retirou-lhe uma costela e dela fez a
mulher. Tardema é uma palavra hebraica traduzida para
o português e inglês como um “sono profundo”. Ao
resgatar o sentido exato desta palavra, torna-se visível
que trata-se dum estado que a pessoa perde os sentidos
por indução de um segundo. E uma das traduções que o
dicionário internacional do Antigo Testamento apresenta
4

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


para TARDEMA é LETARGIA. Letargia é sinônimo de
transe. Um dos fenômenos mais importantes da hipnose é
a analgesia, o que supúnhamos ter ocorrido para Deus
retirar a costela de Adão. Teologicamente não convém
afirmar que Deus hipnotizou Adão, mas não restam
dúvidas a respeito da existência deste fenômeno.”

Formalmente a hipnoanestesia existe desde o


Papiro Ebers há cerca de 5.000 anos atrás. O Papiro Ebers
é um dos tratados médicos mais antigos e importantes que
se conhece. Foi escrito no Antigo Egito, atualmente está
em exibição na biblioteca da Universidade de Leipzig e foi
batizado em homenagem ao egiptólogo alemão Georg
Ebers. O papiro contém mais de 700 fórmulas mágicas e

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


remédios populares além de uma descrição precisa do
sistema circulatório.

Os médicos egípcios daquela época confiavam em


encantamentos e processos hipnotizantes para
procedimentos dolorosos. Há evidências que mostram a
trepanação (perfuração dos ossos do crânio) e a
amputação de dedos como as mais antigas formas de
cirurgia realizadas pelo homem, remontando pelo menos à
Idade da Pedra. A maneira como elas podiam ser
realizadas nos seres humanos é algo que há muito tempo
vem intrigando os historiadores da medicina e muito se
tem especulado a respeito de como a dor era controlada. A
única explicação plausível é se fez uso, então, da
hipnoanestesia, pois os antigos xamãs e curandeiros
6

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


costumavam induzir seus pacientes ao estado alterado de
consciência.

Foi pouco tempo depois de Mesmer ter


estabelecido as bases da hipnose médica que começaram
a serem feitas tentativas para usá-la na cirurgia. Na
França, em 1829, Dr. Jules Cloquet realmente fez uma
mastectomia numa mulher “mesmerizada”, de mais de 60
anos. A cirurgia só levou 12 minutos, e não houve
qualquer movimento, da parte dela, indicando que
estivesse sofrendo qualquer dor.

Em 1845, o Dr. James Esdaile, cirurgião escocês


que clinicava na Índia, começou a tentar a hipnoanestesia
em operações feitas em sentenciados hindus. Na verdade,
7

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


ele realizou cerca de 300 operações sob efeito da hipnose,
com um índice de mortalidade de quase um oitavo do que
então era normal. Quase paralelamente, em 1846, um
dos primeiros comentários feitos na época da primeira
demonstração do uso de um anestésico químico – o éter –
no Hospital Geral de Boston, Massachusetts, foi: “Isto
torna o mesmerismo completamente obsoleto.” Portanto,
naquela época, a hipnoanestesia também era comum nos
Estados Unidos.

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


VANTAGENS E LIMITAÇÕES

Muitos pacientes que precisam enfrentar uma


cirurgia ficam com medo da operação e também do
anestésico que vai ser usado.

Certa porcentagem de pacientes reage


desfavoravelmente a essas drogas (anestésicos químicos).
Além disso, não existe praticamente nenhum meio de
predizer com antecipação quando ou em quem ocorrerão
algumas reações diversas, como náuseas, pesadelos, etc.

Há, ainda, as pessoas que são alérgicas a muitas


das drogas usadas. Existem, também, aqueles cujos
problemas de saúde fazem com que o uso de praticamente
9

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


qualquer anestésico químico se transforme num sério
perigo. Assim, as vantagens oferecidas pelo uso da
hipnose como anestésico são muitas; em diversos casos,
ela pode significar a diferença entre a vida e a morte.

Quais são as limitações da hipnoanestesia?


Certamente nenhuma, no que se refere ao anestésico em
si. Contudo, há limitações sérias no que diz respeito à
capacidade de transe do paciente, na motivação ou em
ambas as coisas. Segundo alguns autores, somente 10%
dos pacientes conseguiriam atingir a anestesia hipnótica
na primeira sessão. Como sabemos que a hipnose é um
aprendizado, o paciente teria que passar por algumas
sessões, para que ele aprenda a atingir níveis mais
profundos, onde a anestesia aconteceria mais facilmente.
10

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


O paciente precisa criar motivações para o alivio da
dor, precisa também entender que ele tem o controle e
pode dominar a sensação dolorosa, porque a sensação
dolorosa é criada na sua mente.

Para a realização de uma cirurgia utilizando a


hipnoanestesia, costuma-se primeiramente fazer um
treinamento com hipnose durante algumas consultas.
Podem ser três, quatro, ou mais, dependendo de cada
paciente e da dimensão da cirurgia. Durante esse
treinamento é aconselhável criar um sinal condicionado
cinestésico para manter o paciente aprofundado, receptivo
a anestesia e hemostasia (conjunto de mecanismos que o
organismo emprega para coibir hemorragia) durante todo
11

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


o ato cirúrgico. Esse sinal pode ser um toque em alguma
parte do corpo do paciente, como por exemplo, segurar o
dedo indicador do paciente ou tocar na falange do dedo
polegar. Para uma cirurgia bucal pode ser um toque em
determinada região da face do paciente. Isso evita o
hipnólogo permanecer comunicando, a curtos intervalos de
tempo, sugestões verbais para o paciente continuar
receptivo a analgesia e a hemostasia. Alem disso, criar
também um sinal hipnogênico (signo-sinal) para a indução
da hipnose, que pode ser tátil, como tocar no pulso do
paciente, ou verbal (ou as duas coisas juntas, como
aprendemos na primeira parte do curso).

12

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


TÉCNICAS HIPNÓTICAS

Experiência de Anestesia à Dor


“Quando eu tocar aqui no dorso de sua mão
direita, deste modo (tocar com o indicador da mão direita
no dorso da mão direita do paciente), a sua mão direita
ficará completamente insensível... completamente
anestesiada... os receptores da sensibilidade ficam
anestesiados... (tocar no dorso da mão direita e dizer):
Sua mão direita está completamente anestesiada. Agora
vou tocar com a ponta de um alfinete esterilizado no dorso
da sua mão direita e você sente apenas uma pressão...
agora vou tocar com o alfinete no dorso da sua mão
esquerda e você sente. Se você notou a diferença entre o
dorso da mão esquerda, que você sentiu a picada do
13

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


alfinete e o dorso da mão direita anestesiado, levante o
dedo indicador da mão direita. Muito bem, agora vou
contar de 1 a 3 e tocar o dorso da sua mão direita.
Quando chegar a três e tocar o dorso da sua mão direita, a
sensibilidade volta para a sua mão direita. Pronto 1, 2, 3
(tocar no dorso da mão direita). A sua mão direita reage
normalmente aos estímulos dolorosos... tudo está normal
e esse estado maravilhoso fica cada vez mais profundo... a
hipnose está cada vez mais profunda”

Técnica Tradicional de Anestesia em Luva


“Imagine agora uma luva de couro... é um couro
forte e resistente... visualize uma luva de couro espesso...
se já está imaginando, levante o dedo indicador da mão
direita. Muito bem... agora imagine-se calçando essa luva
14

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


de couro na sua mão esquerda... a sua mão direita ajuda a
colocar os dedos da mão esquerda e toda a mão esquerda
dentro da luva... visualize-se com a luva já colocada na
sua mão esquerda... agora você pode imaginar que sua
mão esquerda está protegida por esta luva de couro muito
grosso e resistente... essa luva de couro resistente protege
sua mão esquerda... se você está sentindo a luva na sua
mão esquerda, protegendo sua mão, levante o dedo
indicador da mão direita. Pronto, a luva está calçada e
protegendo sua mão esquerda. Muito bem. Essa luva
protege totalmente os dedos e a sua mão esquerda... a
sua mão esquerda permanece dessensibilizada... eu toco
na couro grosso e resistente da luva e você nada sente.
Neste momento eu toco com um alfinete no couro grosso e
resistente da luva e você nada sente. Agora eu toco com o
15

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


alfinete no dorso da sua mão direita e você sente. Muito
bem! Agora vamos retirar a luva de sua mão esquerda
(tocar na mão esquerda do paciente). Muito bem. Sua mão
esquerda já está sem a luva. Sua mão esquerda apresenta
sensibilidade normal, novamente.”

Técnica da Anestesia na Mão com


Visualização
“Imagine você empurrando a sua mão direita para
dentro de um balde com cubos de gelo... visualiza sua
mão direita dentro de um baldo com gelo e água gelada...
visualize toda a sua mão direita em contato com o gelo e
com a água gelada... você sente a sua mão direita fria...
visualize sua mão direita envolta por gelo e água gelada
de todos os lados... agora você começa a sentir sua mão
16

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


direita amortecida... anestesiada... continue visualizando
sua mai direita dentro do baldo com cubos de gelo e água
gelada.. sua mão direita está ficando totalmente
anestesiada... totalmente dessensibilizada... você se sente
calmo e tranqüilo”

Técnica da Anestesia com Xilocaína


(Cloridrato de Lidocaína)
Tocar com um pedaço de algodão umedecido em
uma pomada, tipo placebo, no dorso da mão do paciente,
ou no local que necessitamos produzir analgesia, fazendo
ligeira pressão com movimentos circulares (sugestão
sensorial tátil e de pressão), enquanto transmitem-se as
seguintes sugestões verbais: Estou passando xilocaína que
é um anestésico local... este anestésico deixa este local
17

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


anestesiado... a xilocaína penetra nos tecidos e vai
anestesiando... o dorso da sua mão direita (ou nome da
região anestesiada) está anestesiado... você já percebe a
anestesia neste local... tudo vai bem, e seu relaxamento é
cada vez mais profundo... muito bem, eu vou tocar no
local anestesiado e você nada sente porque está
anestesiado. Agora, eu toco e você nada sente. Muito
bem! Neste momento, vou tocar no dorso da sua mão
esquerda e você vai sentir, porque não está anestesiada.
Percebendo a diferença de sensibilidade, levante o dedo
indicador da sua mão esquerda.

Técnica para Analgesia


Digamos que o paciente padece de dor na região
lombar. Dizemos, adaptando a linguagem ao nível cultural
18

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


do paciente: Concentre sua atenção sobre a sua região
lombar... os receptores livres coletam os estímulos
provenientes de terminações nervosas de músculos,
tendões, articulações, discos vertebrais e da própria coluna
vertebral. Esses impulsos transitam por dentro da sua
medula espinhal numa espécie de cordão denominado
trato espinotalâmico lateral, que se estende até o tálamo
(que é uma estrutura dentro do cérebro), e daí os
estímulos atingem o córtex cerebral sensitivo onde se
tornam conscientes. Aí os estímulos são percebidos como
sensação dolorosa. Então agora, você vai imaginar
interruptores no seu cérebro... imagine interruptores na
região que recebe os impulsos do seu cérebro... nessa
região denominada córtex sensitivo... imagine que você
vai desligar esses interruptores e vai cortar o trânsito do
19

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


estímulo para seu cérebro. Quando eu tocar com a minha
mão na sua cabeça, você vai desligar os interruptores
dentro do seu cérebro... e os estímulos deixam de atingir a
área cerebral sensitiva... imagine você desligando os
interruptores... eu toco com minha mão na sua cabeça e
você desliga os interruptores... e desaparecem os
estímulos... você pode começar a perceber que os
músculos de suas costas estão relaxados... e que você
sente uma sensação maravilhosa de bem-estar... e esse
relaxamento e essa sensação de bem estar vão persistir
após o término desta consulta.

Técnica da Transferência da Anestesia


Quando a dor está localizada numa região que
pode ser atingida pela mão do paciente, primeiro
20

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


produzimos a anestesia na mão direita dele, testamos
(com uma agulha esterilizada) de modo que o paciente
ganhe certo controle e confiança, e depois transferimos
essa anestesia para a região dolorida. A fraseologia pode
ser a seguinte: “Você percebeu como você pode controlar
a sensibilidade na sua mão direita... e você também pode
controlar a sensibilidade em outras regiões do corpo...
vamos aprender controlar a sensibilidade no seu joelho,
colocando sua mão direita anestesiada sobre a região
dolorida, você aprende a controlar a sensibilidade dessa
região... agora com sua mão direita, anestesiada,
massageie seu joelho direito... continue massageando seu
joelho direito... à medida que você massageia seu joelho
direito, você vai transferindo a anestesia para o seu joelho

21

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


direito... você sente-se bem... com uma sensação
maravilhosa de bem-estar.

Técnica da Transferência e Modificação da


Sensação Dolorosa
A sensação dolorosa é algumas vezes mal definida
quanto a extensão, características e intensidade. Podemos
formular a seguinte fraseologia: “Toque com a sua mão
direita a região dolorida (determiná-la)... sinta a região
dolorida... visualize com os olhos de sua mente a região
dolorida... sinta com os dedos de sua mão direita a região
dolorida... muito bem... agora imagine que a dor está
passando para o dedo mínimo de sua mão direita (desde
que o paciente não seja digitador, pianista, etc)... você
começa a sentir uma sensação diferente no dedo mínimo
22

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


de sua mão direita... você percebe uma sensação de
formigamento no dedo minimo de sua mão direita.. o dedo
mínimo de sua mão direita está com uma sensação de
formigamento.. você está sentindo uma sensação de
formigamento no dedo mínimo de sua mão direita”.

Técnica da Amnésia
Para pacientes que obtém altos valores nas escalas
de respostas às sugestões pode-se sugerir amnésia, isto é,
perda de lembrança da sensação dolorosa. Essa técnica
funciona bem com a dor intermitente. A fraseologia pode
ser assim: “Agora você imagina a região dolorida
(denominá-la)... você imagina as características da dor... a
intensidade... a extensão.... muito bem. Agora vou contar
de uma te cinco e quando disser o numero cinco, você
23

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


esquecerá tudo isso... vou contar de 1 a 5 e quando
pronunciar o numero 5, você deixará de lembrar da
sensação dolorosa... tudo fica apagado na sua mente...
vamos apagar a imagem da dor na região do seu cérebro..
vou começar a contar... numero 1... 2... tudo vai ficando
apagado.. apagado de sua mente... 3... tudo apagado de
sua mente... 4... apagado... 5... só lembrando de esquecer
tudo isso... completamente apagado... você sente-se
calmo, descansado e tranqüilo, com uma sensação
maravilhosa de bem-estar... tudo vai bem... seu
consciente e seu inconsciente continuam funcionando para
o seu sucesso, para seu êxito e bem-estar”.

24

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


Técnica do Calor para Tratar a Migrânea
A migrânea, conhecida como enxaqueca, muitas
vezes começa com manifestações iniciais, denominada
aura. A aura pode apresentar manifestações visuais,
sensitivas, de linguagem, náuseas, vômitos ou uma mescla
dessas manifestações. Depois vem a cefaléia caracterizada
pelo início usualmente insidioso, que vai crescendo e
atingindo em uma ou duas horas. O caráter da dor na
imensa maioria dos pacientes é pulsátil, lateralizada em
mais de 50% dos pacientes, com duração não superior a
24 horas, e, alem disso, é uma dor periódica.
Durante a fase da dor (vasodilatação cerebral)
pode-se sugerir apenas calor no corpo do paciente da
cintura para baixo, sem mencionar a dor. A visualização do
corpo quente da cintura para baixo faz com que ocorra um
25

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


maior aporte de sangue para essa região e
consequentemente diminuindo a quantidade de sangue
dentro dos vasos cerebrais dilatados, há redução da
cefaléia.
Um texto para alívio da enxaqueca: “Agora
visualize com a sua mente uma piscina térmica... uma
piscina de água quente... visualiza o vapor d’água
subindo... agora imagine-se entrando na piscina...
imagine-se colocando os pés na água quente da piscina...
visualize seus pés dentro da piscina térmica... visualize-se
de pé dentro da piscina térmica, com a água batendo até o
nível da sua cintura... imagine seu corpo ficando aquecido
da cintura para baixo... sinta como seu corpo está ficando
agradavelmente quente da cintura para baixo... seu corpo
está aquecido da cintura para baixo.. sinta como seu corpo
26

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com


está ficando agradavelmente quente da cintura para
baixo.. seu corpo está aquecido da cintura para baixo..
sinta a água quente tocando no seu corpo.”

Referências:
- Hipnose na Prática Clinica – Marlus Vinícius Costa Ferreira;
- Hypnosis Manual - The American International Association, Renee
Bartache;
- Atravessando, Passagens em Psicoterapia – RB & JG;
- Treinamento Coadjuvante pela Hipnose – Marlus Vinícius Costa Ferreira;
- Como a Hipnose Pode Ajudar Você – Dr. Arthur S. Freese

27

Licensed to Maria Ilda Andrade Freitas - ilda1405@gmail.com

Você também pode gostar