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Tópicos Avançados - Ciências

Contábeis
UNIDADE II
Sumário

Para início de conversa....................................................................................... 2


FUNDAMENTOS E ESTRUTURA DA CONTABILIDADE NO BRASIL – B .............. 3

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Edição, revisão e diagramação:


Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD

Andrade, Flávia Roberta da Silva.

Tópicos Avançados – Ciências Contábeis: Unidade 2 - Recife: Grupo Ser Educacional, 2018.

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Grupo Ser Educacional


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TÓPICOS AVANÇADOS – CIÊNCIAS CONTÁBEIS
UNIDADE II

Para início de conversa

Caro (a) aluno (a), desejo a você às boas vindas a segunda unidade da nossa disciplina
Tópicos Avançados – Ciências Contábeis. Gostaria de contar mais uma vez com o seu
comprometimento nessa jornada de estudo. Tenho certeza que será uma experiência
gratificante e engrandecedora para seu aprendizado.

Orientações da Disciplina

Na primeira unidade estudamos Contabilidade Internacional, Fundamentos e estrutura


da Contabilidade Internacional – IFRS, Normas contábeis internacionais, Estrutura do
quadro internacional de Normas Contábeis - Iasb; Brasil e a contabilidade internacio-
nal; Estrutura conceitual básica e objetiva da contabilidade internacional, além Carac-
terísticas qualitativas da informação contábil.

Já nesta segunda unidade, vamos estudar os Fundamentos e a estrutura da contabi-


lidade no Brasil – BR Gaap, as Entidades de contabilidade do Brasil, as Normas con-
tábeis brasileiras (Pronunciamentos Contábeis do CPC), as Normas contábeis do CPC
e a posição do Conselho Federal de Contabilidade, a Norma contábil para pequenas e
médias empresas – CPC e CFC, a Estrutura conceitual da contabilidade brasileira e os
princípios contábeis no Brasil.

Não esqueça que em cada unidade você encontrará vídeos que deverão ser assistidos,
pois abordam vários conteúdos estudados. Estes vídeos iram complementar, além do
Guia de Estudo, os livros indicados na Biblioteca Virtual e os vídeos externos (You Tube,
por exemplo), a fim de ampliar ainda mais o seu conhecimento acerca do tema tratado
em cada unidade.

Então, vamos em frente!

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Dica

Caso não tenha visto por completo a I Unidade, é importante que você retorne ao con-
teúdo. A nossa disciplina é construída em cima de uma sequência lógica dos assuntos.
Isto significa que se você avançar sem estudar a unidade anterior completa, poderá
comprometer todo o seu estudo.

Caso você já tenha estudado toda a primeira unidade, vamos em frente!

Estão, vamos começar a nossa II Unidade? Desejo a você um ótimo estudo e muita
atenção nos temas tratados.

Podemos seguir? Então vamos lá!

Palavras do Professor

Caro (a) aluno (a), vamos continuar nosso aprendizado no mundo contábil. Vamos ini-
ciar nosso conteúdo abordando os Fundamentos e estrutura da contabilidade no Brasil
– BR Gaap, as Entidades de contabilidade do Brasil, as Normas contábeis brasileiras
(Pronunciamentos Contábeis do CPC) e as Normas contábeis do CPC e a aposição do
Conselho Federal de Contabilidade.

Trataremos também da Norma contábil para pequenas e médias empresas – CPC e CFC,
da Estrutura conceitual da contabilidade brasileira e dos princípios contábeis no Brasil.
Esses são alguns pontos importantes que vamos tratar nesta disciplina.

Agora vamos lá!

FUNDAMENTOS E ESTRUTURA DA CONTABILIDADE NO BRASIL – B

Inicialmente, precisamos entender as Entidades de contabilidade do Brasil. Podemos afirmar que são
quatro as principais entidades que se pronunciam sobre as normas e procedimentos contábeis no Brasil:

• CFC – Conselho Federal de Contabilidade;


• IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil;
• CVM – Comissão de Valores Mobiliários, que tem autonomia apenas sobre as companhias aber-
tas e as sociedades por ações listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BMF&Bovespa);
• CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, atualmente a principal entidade.
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) era o principal responsável pela edição das normas contábeis
e de auditoria, bem como por suas interpretações, válidas para todas as empresas do território nacional,
independente de sua constituição jurídica e de acordo com as leis brasileiras até 2007.

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Com o grande avanço econômico das companhias abertas e a necessidade de harmonização com as
práticas internacionais de contabilidade, havia muitas divergências com a regulamentação da CVM e do
IBRACON. Esse impasse culminou em um movimento das entidades interessadas na criação do Comitê
de Pronunciamentos Contábeis (CPC), órgão que congrega entidades envolvidas nesse processo, como a
Abraspa, Apimec Nacional, Bovespa, CFC, Fipecafi e Ibracon.

Guarde essa ideia!

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis foi criado em 7 de outubro de 2005, pela Resolução n° 1.055/05
do CFC, para ser o único órgão responsável pela emissão dos pronunciamentos contábeis no Brasil.

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis foi criado em função das necessidades de:

- Convergência internacional das normas contábeis;


- Centralização na emissão de normas contábeis;
- Representação das instituições nacionais interessadas em eventos internacionais.

Antes da criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), eram responsáveis pelas normas, pro-
cedimentos técnicos, orientações e interpretações contábeis o Conselho Federal de Contabilidade (CFC),
para todas as empresas no território nacional, e a Comissão de Valores Mobiliários CVM, para as compa-
nhias abertas.

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC é composto por dois representantes de cada uma das se-
guintes entidades:

1. Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca);


2. Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (Apimec Na-
cional);
3. Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa);
4. CFC – Conselho Federal de Contabilidade;
5. Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi);
6. Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon).

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC sempre convidará representantes do:

• Banco Central do Brasil;


• Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
• Secretária da Receita Federal;
• Superintendência de Seguros Privados (Susep).

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Normas contábeis brasileiras

A sigla BR Gaap tem sido utilizada pela classe contábil, que atua junto às empresas multinacionais, para
configurar a estrutura conceitual contábil brasileira. As letras BR representam a palavra Brasil e as letras
Gaap correspondem à abreviatura da expressão norte-americana General Accepted Accounting Principles
(Princípios Contábeis Geralmente Aceitos).

Outro assunto de grande relevância são os Pronunciamentos contábeis do Comitê de Pronunciamentos


Contábeis CPC. A partir de agora, vamos entender um pouco mais sobre esse tema:

Pronunciamentos contábeis do Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC.

Os pronunciamentos contábeis, emitidos pelo CPC até abril de 2018 e que se encontram alinhados às
normas internacionais de contabilidade que regulamentam assuntos específicos são os seguintes:

• Pronunciamento técnico CPC 01 – Resolução no valor recuperável de ativos (Impairment) – emiti-


do em 2007 – correlação com a IAS 36 (International Accouting Standard);
• Pronunciamento técnico CPC 02 – Conversão de demonstrações contábeis – emitido em 2008 –
correlação com a IAS 21;
• Pronunciamento conceitual básico – Estrutura conceitual para e elaboração e apresentação de
demonstrações contábeis – emitido em 2008 – correlação com a Estrutura Conceitual Internacional;
• Pronunciamento técnico CPC 03 – Demonstração dos fluxos de caixa – emitido em 2008 –
correlação com a IAS 7;
• Pronunciamento técnico CPC 04 – Ativos intangíveis – emitido em 2008 – correlação com a IAS
38;
• Pronunciamento técnico CPC 05 – Divulgação sobre partes relacionadas – emitido em 2008 –
correlação com a IAS 24;
• Pronunciamento técnico CPC 06 – Operações de arrendamento mercantil – emitido em 2008 –
correlação com a IAS 17;
• Pronunciamento técnico CPC 07 – Subvenção e assistência governamentais – emitido em 2008
– correlação com a IAS 20;
• Pronunciamento técnico CPC 08 – Custos de transação e prêmios na emissão de títulos e valores
mobiliários – emitido em 2008 – correlação com a IAS 39;
• Pronunciamento técnico CPC 09 – Demonstração do valor adicionado – emitido em 2008;
• Pronunciamento técnico CPC 10 – Pagamento baseado em ações – emitido em 2008 – correlação
com a IFRS 2;
• Pronunciamento técnico CPC 11 – Contratos de seguro – emitido em 2008 – correlação com a
IFRS 4;
• Pronunciamento técnico CPC 12 – Ajuste a valor presente – emitido em 2008;
• Pronunciamento técnico CPC 13 – Adoção inicial da Lei n° 11.638/07 e da Medida Provisória n°
449/08 – emitido em 2008;
• Pronunciamento técnico CPC 14 – Instrumentos financeiros – emitido em 2008 – correlação com
a IAS 32 e 39 (revogado);
• Pronunciamento técnico CPC 15 – Combinação de negócios - emitido em 2009 – correlação com
a IFRS 3;

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• Pronunciamento técnico CPC 16 – Estoques – emitido em 2009 – correlação com a IAS 2;
• Pronunciamento técnico CPC 17 – Contratos de construção – emitido em 2009 – correlação com
a IAS 11;
• Pronunciamento técnico CPC 18 – Investimento em coligada e controlada – emitido em 2009 –
correlação com a IAS 28;
• Pronunciamento técnico CPC 19 – Investimento em empreendimento controlado em conjunto
(joint venture) – emitido em 2009 – correlação com a IAS 31;
• Pronunciamento técnico CPC 20 – Custos de empréstimos – emitido em 2009 – correlação com
a IAS 23;
• Pronunciamento técnico CPC 21 – Demonstração intermediária – emitido em 2009 – correlação
com a IAS 34;
• Pronunciamento técnico CPC 22 – Informações por segmento – emitido em 2009 – correlação
com a IFRS 8;
• Pronunciamento técnico CPC 23 – Políticas contábeis, mudanças em estimativa e retificação de
erro – emitido em 2009 – correlação com a IAS 8;
• Pronunciamento técnico CPC 24 – Evento subsequente – emitido em 2009 – correlação com a
IAS 10;
• Pronunciamento técnico CPC 25 – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes – emi-
tido em 2009 – correlação com a IAS 37;
• Pronunciamento técnico CPC 26 – Apresentação das demonstrações contábeis – emitido em 2009
– correlação com a IAS 1;
• Pronunciamento técnico CPC 27 – Ativo imobilizado – emitido em 2009 – correlação com a IAS
16;
• Pronunciamento técnico CPC 28 – Propriedade para investimento – emitido em 2009 – correlação
com a IAS 40;
• Pronunciamento técnico CPC 29 – Ativo biológico e produto agrícola – emitido em 2009 – corre-
lação com a IAS 41;
• Pronunciamento técnico CPC 30 – Receitas – emitido em 2009 – correlação com a IAS 18;
• Pronunciamento técnico CPC 31 – Ativo não circulante mantido para venda e operação desconti-
nuada – emitido em 2009 – correlação com a IFRS 5;
• Pronunciamento técnico CPC 32 – Tributo sobre lucro – emitido em 2009 – correlação com a IAS
12;
• Pronunciamento técnico CPC 33 – Benefícios a empregados – emitido em 2009 – correlação com
a IAS 19;
• Pronunciamento técnico CPC 34 – Exploração e Avaliação de Recursos Minerais (Não editado).
• Pronunciamento técnico CPC 35 – Demonstrações separadas – emitido em 2009 – correlação com
a IAS 27;
• Pronunciamento técnico CPC 36 – Demonstrações consolidadas – emitido em 2009 – correlação
com a IAS 27;
• Pronunciamento técnico CPC 37 – Adoção inicial das Normas Internacionais de Contabilidade –
emitido em 2009 – correlação com a IFRS 1;
• Pronunciamento técnico CPC 38 – Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração –
emitido em 2009 – correlação com a IAS 39;
• Pronunciamento técnico CPC 39 – Instrumentos financeiros: apresentação – emitido em 2009 –
correlação com a IAS 32;

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• Pronunciamento técnico CPC 40 – Instrumentos financeiros: evidenciação – emitido em 2009 –
correlação com a IFRS 7;
• Pronunciamento técnico CPC 41 – Resultado por ação: evidenciação – emitido em 2010 – corre-
lação com a IAS 33;
• Pronunciamento técnico CPC 42 – Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Infla-
cionária (Não editado);
• Pronunciamento técnico CPC 43 – Adoção inicial dos pronunciamentos CPC 15 a 41emitido em
2009/2010 – correlação com a IFRS 1;
• Pronunciamento técnico CPC 44 – Demonstrações Combinadas – emitido em 2011;
• Pronunciamento técnico CPC 45 –– Divulgação de Participações em outras Entidades - emitido
em 2012;
• Pronunciamento técnico CPC 46 –– Mensuração do Valor Justo - emitido em 2012;
• Pronunciamento técnico CPC 47 –– Receita de Contrato com Cliente - emitido em 2016;
• Pronunciamento técnico CPC 48 –– Instrumentos Financeiros - emitido em 2016;
• Pronunciamento técnico CPC 49 –– Contabilização e Relatório Contábil de Planos de Benefícios
de Aposentadoria - emitido em 2018.

Visite a Página

Para você conhecer os detalhes sobre os Pronunciamentos Contábeis, acesse: LINK

Orientações Técnicas do CPC

As Orientações Técnicas do CPC (OCPC) já emitidas até 2014 foram:

· OCPC 01 – Entidades de incorporação imobiliária;


· OCPC 02 – Esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis de 2008;
· OCPC 03 – Instrumentos financeiros: reconhecimento, mensuração e evidenciação;
· OCPC 04 - Aplicação da Interpretação Técnica ICPC 02 às Entidades de Incorporação Imobiliária
Brasileiras;
· OCPC 05 - Contratos de Concessão;
· OCPC 06 - Apresentação de Informações Financeiras Pro Forma;
· OCPC 07 - Evidenciação na Divulgação dos Relatórios Contábil Financeiros de Propósito Geral;
· OCPC 8 - Reconhecimento de Determinados Ativos e Passivos nos Relatórios Contábil Financeiros
de Propósito Geral das Distribuidoras de Energia Elétrica, emitidos de acordo com as Normas Brasileiras
e Internacionais de Contabilidade.

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Interpretações Técnicas do Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC

As Interpretações Técnicas do CPC (ICPC) emitidas até 2017:

• ICPC 01 (R1) - Contratos de Concessão;


• ICPC 02 - Contrato de Construção do Setor Imobiliário (revogado a partir de 1º/01/2018);
• ICPC 03 - Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil;
• ICPC 06 - Hedge de Investimento Líquido em Operação no Exterior (revogado a partir de 1º/01/2018);
• ICPC 07 - Distribuição de Lucros in Natura;
• ICPC 08 (R1) - Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos;
• ICPC 09 (R2) - Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações
Consolidadas e Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial;
• ICPC 10 - Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Inves-
timento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43;
• ICPC 11 - Recebimento em Transferência de Ativos de Clientes (revogado a partir de 1º/01/2018);
• ICPC 12 - Mudanças em Passivos por Desativação, Restauração e Outros Passivos Similares;
• ICPC 13 - Direitos a Participações Decorrentes de Fundos de Desativação, Restauração e Reabi-
litação Ambiental;
• ICPC 15 - Passivo Decorrente de Participação em um Mercado Específico - Resíduos de Equipa-
mentos Eletroeletrônicos;
• ICPC 16 - Extinção de Passivos Financeiros com Instrumentos Patrimoniais;
• ICPC 17 - Contratos de Concessão: Evidenciação;
• ICPC 18 - Custos de Remoção de Estéril (Stripping) de Mina de Superfície na Fase de Produção;
• ICPC 19 – Tributos;
• ICPC 20 - Limite de Ativo de Benefício Definido, Requisitos de Custeio (Funding) Mínimo e sua
Interação;
• ICPC 21 - Transação em Moeda Estrangeira e Adiantamento.

As normas contábeis do Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e a posição do Conselho


Federal de Contabilidade - CFC

Como forma de validar e reconhecer os pronunciamentos técnicos, orientações e interpretações técnicas


do CPC, o CFC publicou a Resolução n° 1.159/2009, que trata da adoção das novas práticas contábeis
brasileiras por parte das empresas, previstas na Lei n° 11.638/07 e MP 449/08 (Convertida na Lei n°
11.941/09). Tal resolução considera o seguinte:

1. As definições da Lei n° 11.638/07 e da MP n° 449/08 devem ser observadas por todas as sociedades
por ações, mas também as demais empresas, inclusive as constituídas sob a forma de limitadas, indepen-
dentemente da sistemática de tributação por elas adotada.

2. As empresas de grande porte, de acordo com a definição da Lei n° 11.638/07 (parágrafo único do art.
3°), devem, adicionalmente, observar as regras da CVM.

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Devem também ser observadas as determinações previstas nas Normas Brasileiras de Contabilidade
(NBCs) emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC e os Pronunciamentos Técnicos editados
pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC.

Norma contábil para pequenas e médias empresas – CPC e CFC

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiu, em dezembro de 2009, um importante pronuncia-


mento contábil para pequenas e médias empresas. O Pronunciamento Técnico PME (Contabilidade para
Pequenas e Médias Empresas), é baseado na norma internacional The International Financial Reporting
Standard for Small and Medium-sized Entities (IFRS for SMEs), emitida pelo Iasb. Tal pronunciamento
entrou em vigor em 1° janeiro de 2010.

O CFC já validou e reconheceu o Pronunciamento Técnico PME do CPC, por meio da Resolução CFC n°
1.255/2009, que aprova a NBC T 19.41 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas.

Estrutura conceitual da contabilidade brasileira

A contabilidade brasileira tem sua estrutura conceitual para elaboração e apresentação das demonstra-
ções contábeis semelhante à estrutura conceitual da contabilidade internacional (Framework for the Pre-
paration and Presentation of Financial Statements), do Iasb. A estrutura envolve os seguintes conceitos:

 Objetivos e pressupostos básicos das demonstrações contábeis;


 Características qualitativas da informação contábil;
 Reconhecimento, avaliação e mensuração dos elementos das demonstrações contá-
beis;
 Capital e manutenção de capital.

A Deliberação 539/2008 da CVM validou e reconheceu o Pronunciamento Conceitual Básico do CPC, que
foi publicado em 2008, em linha com a estrutura conceitual da contabilidade internacional.

Princípios contábeis no Brasil

Os princípios contábeis representam a essência das doutrinas e teorias relativas à contabilidade. Eles são
à base da atuação do profissional contábil.

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Os princípios são aplicáveis à contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o
Patrimônio das Entidades.

São Princípios de Contabilidade:

1. Princípio da entidade – reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade. O patrimônio não se


confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
2. Princípio da continuidade – pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro previsível. Não
existe intenção ou necessidade de ela ser extinta.
3. Princípio da competência – é obrigatório que os efeitos das transações e outros eventos sejam re-
conhecidos quando ocorrem e que sejam lançados nos registros contábeis e que sejam reportados nas
demonstrações contábeis dos períodos a que se referem.
4. Princípio da Oportunidade - essa característica qualitativa da informação contábil pode ser desmembra-
da em integridade, relevância, materialidade, confiabilidade e predominância da essência sobre a forma.
5. Princípio do Registro pelo valor original – o registro contábil pelo valor de entrada do bem.
6. Princípio da Prudência – o registro contábil utiliza certo grau de precaução ao fazer os julgamentos
necessários às estimativas em certas condições de incerteza. Ou seja, ativos ou receitas não devem ser
superestimados e passivos ou despesas não devem ser subestimados.
Observância obrigatória
A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição
de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
Por exemplo, o princípio de competência, que exige o registro das receitas e despesas no período que
ocorrerem, não pode ser substituído por adoção do regime de caixa (onde as receitas e as despesas são
registradas somente por ocasião de seu pagamento).

Palavras do Professor

Prezado (a) estudante, encerramos neste momento todo o conteúdo da nossa II Unida-
de. É importante que você tenha compreendido o assunto abordado.

Na terceira unidade vamos focar na Estrutura conceitual da contabilidade brasileira:


os princípios contábeis no Brasil, a apresentação das demonstrações contábeis no
Brasil – Balanço Patrimonial em IFRS, Demonstração do resultado em IFRS, Demons-
tração do resultado abrangente em IFRS, Demonstração das mutações do patrimônio
líquido em IFRS, Demonstração dos fluxos de caixa em IFRS.

Caso algum assunto tenha deixado você com dúvidas, é importante que você releia e
tente esclarecer o que não ficou bem entendido. Se algo ainda deixar dúvidas, passe
todas elas para o seu tutor. Ele irá esclarecê-las imediatamente!

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Acesse o Ambiente Virtual

Agora, você deve ir ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e realizar suas ativi-
dades avaliativas. Boa sorte na caminhada e conte sempre conosco para lhe ajudar na
sua formação profissional. Estaremos sempre aqui dispostos a tirar todas as dúvidas e
lhe tornar um profissional qualificado.
Desejo a você bons estudos!

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