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ELEVAÇÃO NATURAL DE PETRÓLEO

PROFa. MICHELLE SINARA GREGÓRIO DANTAS

29/04/22
INTRODUÇÃO

Figura 1 – Esquemático dos processos de recuperação,


elevação e coleta de óleo e gás
INTRODUÇÃO
ETAPAS DE ESCOAMENTO

Características de cada fase:


Recuperação - é a etapa de escoamento do fluido que ocorre no meio
poroso, dentro da rocha reservatório. É um escoamento em baixa
velocidade; o tamanho dos poros e gargantas por onde fluem óleo, gás
e água são extremamente pequenos, e a tendência desses fluidos a
aderir às paredes dos poros, além da tensão interfacial entre fluidos,
geram forças consideráveis que se opõe ao seu deslocamento.
Elevação – Poços surgentes - é a etapa de escoamento do fluido que
ocorre na tubulação que fica dentro do poço de petróleo. A componente
mais importante neste escoamento é a energia utilizada
para elevar o fluido contra a gravidade. Ou seja, trazê-lo do fundo do
poço à superfície consome uma quantidade considerável de energia
(que pode vir do próprio reservatório ou de um meio externo). A
elevação, assim como a coleta e a exportação, normalmente pode ser
tratada como um escoamento unidimensional, já que os diâmetros das
tubulações é muito pequeno quando comparado ao seu comprimento.
INTRODUÇÃO
ETAPAS DE ESCOAMENTO

Características de cada fase:


Coleta - é a etapa de escoamento do fluido que ocorre nas linhas e
tubos que interligam o poço até a planta de processo. Os eventos
mais significativos nesta etapa são a perda de energia mecânica do
fluido devido ao atrito com as paredes da tubulação e seu
resfriamento.

Exportação - esta etapa é subseqüente ao tratamento dos fluidos,


ao bombeamento dos líquidos e à compressão do gás na planta de
processo. As características desta etapa são as mesmas da coleta,
exceto pelo fato de envolver apenas escoamento monofásico, isto é,
líquido ou gás, exclusivamente. Isto simplifica consideravelmente o
estudo. Por outro lado, este escoamento freqüentemente faz parte de
uma rede que envolve várias unidades de produção, o que traz maior
complexidade.
INTRODUÇÃO
RELACIONAMENTO ENTRE AS ÁREAS DE
ESCOAMENTO E ELEVAÇÃO
INTERLIGAÇÃO DE POÇOS

Figura 2 – Tipos de poços quanto a sua inclinação


INTERLIGAÇÃO DE POÇOS
Essencialmente, os efeitos são conseqüência de:
perda de carga no poço e na linha;
troca térmica dos fluidos (óleo e gás) com o ambiente;
deposição de parafinas e formação de hidratos;
produtividade;
posição de equipamentos de elevação artificial, etc.
INTRODUÇÃO

Reservatórios Água conata

Finos
(imóveis)
Rocha

Óleo
móvel

Figura 3 – Esquemático do meio poroso


INTRODUÇÃO

Reservatórios Água conata

Finos
(imóveis)
Rocha

Óleo
móvel

Figura 2 – Esquemático do meio poroso


RESERVATÓRIOS

Poço 1 Poço 2

Rocha impermeável

Rocha produtora

Distância
Pressão

Rocha impermeável

Figura 3 – Esquemático de reservatório com 2 poços produtores

PRESSÃO ESTÁTICA (Pe) – CARACTERÍSTICA DO RESERVATÓRIO


PRESSÃO DE FUNDO EM FLUXO (PW) – CARACTERÍSTICA DO POÇO
ELEVAÇÃO NATURAL – POÇOS SURGENTES

ENERGIA DOS RESERVATÓRIOS

INÍCIO DA VIDA PRODUTIVA DAS JAZIDAS

PASSAR DO TEMPO E AUMENTO DA PRODUÇÃO


ACUMULADA: PRESSÃO DO RESERVATÓRIO

VANTAGENS:
Produzem com menores problemas
operacionais (simplicidade dos
equipamentos);
Maior vazão de líquido;
Menor custo por unidade de
volume produzido.
FATORES QUE INFLUENCIAM NA PRODUÇÃO
ACUMULADA POR SURGÊNCIA
Propriedades dos fluidos;
índice de produtividade do poço;
mecanismo de produção do reservatório;
dano causado à formação produtora durante a perfuração
ou durante a completação do poço;
aplicação das técnicas de estimulação;
isolamento adequado das zonas de água e gás adjacentes
à zona de óleo;
característica dos equipamentos utilizados no sistema de
produção (coluna e linha de produção, restrições ao fluxo);
controle adequado de produção dos poços (testes
periódicos de produção);
estudo e acompanhamento da queda de pressão do
reservatório.
ETAPAS QUE INFLUENCIAM NA PRODUÇÃO
ACUMULADA POR SURGÊNCIA

Fluxo do fluido no reservatório (fluxo no meio poroso ou


recuperação);
Fluxo no fluido do poço (fluxo na coluna de produção ou
elevação);
Fluxo do fluido através da linha de produção e/ou
restrições (fluxo na superfície ou coleta).
ETAPAS DE FLUXO

Choke Valve Volume Bottle

Figura 4 - Esquema típico de um poço vertical produtor com


seus componentes básicos
ETAPAS QUE INFLUENCIAM NA PRODUÇÃO
ACUMULADA POR SURGÊNCIA

QL=óleo e água FLUXO NO MEIO POROSO


medidos em
condições padrão QL QL
IP = =
Pwf= pressão de P Pe - Pwf
fundo de poço
Pe = pressão
estática de
reservatório

Figura 5 – Corte transversal num reservatório


Os fluidos escoam do interior do reservatório (região de alta
pressão) em direção ao poço (região de baixa pressão)
FLUXO NO MEIO POROSO

QL QL
IP = =
P Pe - Pwf

Pwf = Pe – QL IP

Figura 6 – Desempenho da formação produtora na região do


poço (IPR – Inflow Performance Relationship)
FLUXO NA COLUNA DE PRODUÇÃO

Pressão
P2

Gradiente de
pressão:
Elevação
Fricção
Aceleração Função da pressão

Velocidade

 

Função apenas da
densidade
Reservatório

P1 PH P1
P1
Figura 7 – Esquemático da curva de gradiente de pressão
para fluxo monofásico de líquido
FLUXO NA COLUNA DE PRODUÇÃO

Pressão de fluxo de fundo


As técnicas de
elevação são
inseridas
Pwf quando, quanto
maior a vazão
desejada, menor
deve a pressão
de fluxo no poço

q
Vazão
Figura 8 – Oposição de solicitações no fundo do poço
REGIMES DE FLUXO VERTICAL MULTIFÁSICO

Figura 9 – Arranjos de fases para escoamento vertical bifásico


líquido-gás
FLUXO NA SUPERFÍCIE

Figura 10 – Padrões de fluxo para escoamento vertical


bifásico líquido-gás
HOLD-UP Fração de residência

AG área ocupada pelo gás


HG = =
A área da tubulação

AL área ocupada pelo líquido


HL = =
A área da tubulação
Figura 11 – Separação entre fases numa tubulação

Variável de grande importância para calcular as


propriedades médias do fluido.
 A fração de residência da fase líquida (HL) também é
denominada hold-up (termo mais difundido na indústria).
O melhor meio de se determinar o hold-up é realizar
medições diretamente na tubulação. Porém, isto é quase
sempre tecnicamente e economicamente inviável, o que
requer uma forma alternativa para sua determinação.
 hold-up - Pode ser calculado através de correlações
especialmente elaboradas para este fim a partir de algumas
variáveis, onde as principais são as velocidades do líquido
e do gás. Porém, essas correlações são função do padrão
de escoamento. Ou seja, deve-se primeiramente conhecer o
arranjo de fases de um escoamento para depois determinar
o hold-up.
PERFIL DE PRESSÃO

Figura 12 – Perfil de pressão em escoamento multifásico


Tradicionalmente quando nos referimos ao escoamento de óleo,
água e gás, chamado de fluxo multifásico, porém na verdade trata-se
de um escoamento bifásico, onde uma das fases é gasosa e a outra
líquida.

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