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Áreas de Aplicação
- Branca (industrial) - Castanha (diversidade do deserto)
- Verde (agricultura) - Dourada (bioinformática)
- Azul (marinha) - Amarela (produtos nutricionais)
- Vermelha (médica) - Preta (bioterrorismo)
- Roxa (propriedades intelectuais) - Cinzenta (ambiental)
Leveduras (pão, cerveja, queijo) Plantas lenhosas (Quinino) Fungo Penicillium (penicilina)
Biotecnologia e Metabolitos
Microrganismos (não só) podem ser modificados para produzir compostos de interesse em
grande escala. Uma primeira modificação pode ser por seleção artificial, outra segunda por
engenharia genética.
- A primeira implica encontrar as strains mais eficazes; a segunda implica usar um
organismo que originalmente não produz a substância em estudo.
Ex. Glucose – (monossacárido) Base da nutrição para muitos organismos obtida nas
plantas, produzida através da atividade enzimática em processos fotossintéticos; Ciclo de
Calvin
– Os custos de incluir toda a quantidade de enzimas do Ciclo de Calvin numa bactéria não
compensa os de melhorar uma strain de uma planta que já as possui.
Biotecnologia vs. Bioengenharia
Produto puro
• Gram negativa
• Cresce facilmente e rápido - grande turn-over*
Escherichia coli • Fácil de modificar geneticamente
• Produção emlarga escala de proteinas recombinantes
• Usada como biblioteca (armazenamento de sequências
• Gram positivas
• Usadas para produção de antibióticos naturais
Streptomyces spp.
• Difíceis de manipular
• Metabolismo secundário complexo
mRNA policistrónico – um
mRNA codifica para várias
proteínas.
Fazem Splicing
Ex. Operão LAC
Ex. Escherichia coli é utilizada para produção heteróloga de insulina, uma proteína humana
que permite a entrada de glucose nas células.
1. Folding – as bactérias não conseguem fazer o folding tão complexo como estas
proteínas requerem para a sua ativação.
- Utilizar leveduras ou células de mamíferos
2. Secreção da proteína – A secreção implica obter um produto mais puro (do que por
lise) além de reduzir o tempo e custos do processo Downstream. A parede celular das gram-
negativas é problemática.
- Utilizar eucariontes ou gram-positivas
Biotecnologia Microbiana
- Usar eucariontes.
Vantagens:
Usa a maquinaria eucariota para folding correto de proteínas e modificações pós-
traducional (glucosidação, acetilação, clivagem...)
Alta taxa de crescimento, bom rendimento, fácil de modificar geneticamente;
A produção de proteínas extracelulares é preferível.
No Retículo Endoplasmático, proteínas mal enroladas são recicladas, por feedback positivo,
para reuso dos aminoácidos.
YEP – yeast episomal plasmid – Muitas vezes desenhado para funcionar em E. coli e
em leveduras. Não é estável para produção em grandes sistemas.
YIP – yeast integrating plasmid – A transformação ocorre com integração dos genes
no genoma da levedura usando um plasmídeo como vetor. Permite mais cópias por
célula.
YAC – yeast artificial chromosome – Usado para clonar um segmento grande de DNA
(100kb). Possui uma zona CEN (centrómero - garante a divisão igual para a célula
filha); ARSI (sequência para autorreplicação) e TEL (telómeros), que permitem que o
plasmídeo se mantenha na célula como um novo cromossoma.
CRISPR-Cas – A Cas9 associa-se ao RNA guia na célula. Esse complexo liga-se à zona do
DNA coincidente. O complexo corta o dsDNA, onde pode ser inserido DNA desejado.
Biotecnologia Marinha
TTX – neurotoxina
Cones magus – A partir do seu veneno foi desenvolvido um painkiller (Prialt, ziconotida),
derivado de uma -conotoxina recombinante.
- -conotoxina é um resíduo de ~25 aminoácidos, rico em cisteínas.
Biotecnologia Azul
“Crescimento Azul”
Biodiversidade Marinha
Desafios e Restrições
- Como enfrentar a imensa biodiversidade dos oceanos?
- Como lidar com organismos com anotação genómica extremamente baixa?
- Como isolar e caracterizar compostos de interesse?
- Como sintetizar bioprodutos e aumentar a produção?
- Como divulgar as vias fisiológicas, toxicológicas e outras vias biomoleculares?
- A evolução, a fisiologia e a ecologia podem apontar para espécies de interesse;
- A interação da substância com os sistemas biológicos (por exemplo, toxicidade) deve ser
testada;
- “Multi-ómicas” pode ser implantado com sucesso para estudar organismos não
convencionais.
Abordagens integrativas que visam à construção de modelos previsíveis → Biologia Sistema
Biologia de Sistemas
Ciclo
Genómica Computação
Genómica;
Transcriptómica;
Proteómica;
Metabolómica...
Reconstrução de
Tecnologia Análises redes metabólicas
Biomassa
Bioprospeção
Existe muita diversidade, sendo necessário arranjar forma de avaliar a atividade individual
de cada um.
Tecnologias que permitem fazer screening muito complexo das moléculas a serem
produzidas, ao mesmo tempo.
Anémona (Anemonia viridis) – cnidários; Possuem células com cnidócitos, que são arpões
que são lançados quando estimulados. Libertam diversas toxinas – anticoagulantes;
neurotoxinas; hemolisinas, etc.
Proteómica
Transcriptómica / Proteómica → Identificação e quantificação da expressão das proteínas
de interesse (1) a partir dos genes ativos (2) por sequenciação dos aminoácidos.
- Avaliar diretamente as proteínas não dá rendimento tão alto, mas permite identificar a
proteína, por espetrofotometria em massa.
- Pode ser quantitativo;
- Pode ser targeted ou non-targeted. A última é usada para screening de bioproduto;
Metabolómica
- Para avaliação de metabolitos secundários. Existem muitas classes (lípidos, derivados de
açucares, aminoácidos, enzimas, etc.)
- Tende para targeted; - cada classe de moléculas requer métodos específicos de
caraterização, identificação e quantificação.
Metagenômica
- Identificação e quantificação de fungos e bactérias de interesse.
Genómica
Sequenciação do genoma total do organismo de interesse.
Ómicas – resumo
Nem sempre é vantajoso clonar um organismo para produzir o produto, sendo possível
modificar o organismo original para uma maior produção.
Necessário:
As células do mieloma não possuem a enzima HGPRT que permite gerar nucleótidos
purinas através da salvage purine pathway. São colocadas num meio HAT que possui um
inibidor de síntese de novo de ácidos nucleicos. Sem a fusão com as células do baço, as
células do mieloma não têm nenhuma forma de produzir ácidos nucleicos e não sobrevivem.
Os clones positivos são injetados nos ratos para produção dos anticorpos.
Microrganismos Animais
Parede Celular Sim Não
Resistência Mecânica Alta Baixa
Tamanho 0.1 – 2 µm 10 – 100 µm
Tempo duplicação 0.3 – 10 h 15 – 70 h
Produtividade mg – g / 1 / dia pg – µg / 1 / dia
Concentração celular máx 109 – 1010 células / ml 106 – 108 células / ml
Meio de cultura Simples Complexo
Custo do Meio de cultura Baixo Alto
Contaminação Difícil Fácil
Metabolitos tóxicos Pouco importante Importante
Precisão de controlo Baixo Alto
Custo do equipamento Médio Alto
Vantagens Desvantagens
Produção de Proteínas complexas – devido Pouca resistência mecânica;
à maquinaria de modificações pós- Meio de Cultura complexo;
traducionais Sensíveis a bactérias tóxicas no meio;
Pouca produtividade;
Produção mais cara;
Necessidade de aderência para crescimento
Meio de Cultura
- Pouco utilizado para evitar usar soro bovino (associado à doença das vacas loucas);
- Já preparado; Mais simples de usar;
- Algumas células requerem fatores de crescimento não incluídos no soro e que devem ser
adicionados
- precursores de glóbulos vermelhos requerem eritropoietina;
- linfócitos T requerem interleucina 2
Estes fatores de crescimento interagem com a proteínas recetoras na membrana
plasmática, estando envolvidas na sinalização intracelular
Células Aderentes
Splitting
Quando as células têm 80% de confluência, adiciona-se glicerol ou DMSO (humanas) e são
contaminadas com nitrogénio líquido e mantidas a -130ºC – criopreservação;
Contaminações
25%-30% das células estão contaminadas com micoplasma e mais de 6% estão contaminas
com bactérias.
Podem ser difíceis de detetar
Podem levar à perda de cultura: Mudança no pH; → Vermelho de fenol fica amarelo
Mudanças no Metabolismo;
Aberrações nos cromossomas;
Decréscimo da taxa de crescimento;
Alteração na produção da proteína.
Consequências
Fontes de Contaminação
- Células contaminadas
- Meio e Soro;
- Germes do ar;
- Equipamento de Laboratório;
- Influencia direta do utilizador (normalmente da flora bucal);
Por gotículas de saliva; Falta de desinfeção; Trabalho técnico descuidado
Tipos de Contaminações
Leveduras
- Eucariontes unicelulares;
- Culturas contaminadas ficam turvas (principalmente em estados mais avançados);
- No microscópio têm forma de “ovo” ou esféricas.
Outros fungos
- Filamentosos (com hifas) – micélio;
- O pH mantém-se estável no início da contaminação, mas depois diminui rapidamente e a
cultura torna-se turva;
- No microscópio o micélio aparece fino, e por vezes possuem esporos.
Vírus
- Agentes infeciosos que se apoderam da maquinaria das células hospedeiras para se
reproduzirem;
- Muito difícil de detetar nas culturas (extremamente pequenos);
- A maioria é específica ao hospedeiro, por isso não contamina culturas de outras espécies;
- Culturas contaminadas podem ser um grande risco para as pessoas no laboratório,
especialmente se houver células humanas ou primárias.
- A contaminação é detetada por microscopia eletrónica, com um painel de anticorpos ou
por PCR (primers desenhados para regiões do vírus).
Micoplasma
- Bactéria muito simples e muito pequena;
- Difícil de detetar até detetarem altas densidades;
- Crescimento lento;
- Podem se manter na cultura sem provocar morte das células na cultura, mas alteram o
comportamento e o metabolismo.
- A deteção é feita por marcação por fluorescência dos núcleos das células – se o citoplasma
e o meio aparecerem fluorescentes, há contaminação; ou por PCR (primers para o DNA
de micoplasma)
Cross Contamination
- Células contaminadas com outras linhagens celulares (diferentes espécies)
- Deteta-se por DNA fingerprinting, análise dos recetores.
Culturas de Tecidos
- Cultura de células removidas de órgão ou tecido de animal ou planta, e cultivado ex vivo.
- Normalmente obtidas de tecidos soft (pele, baço, rins, músculos);
- Células de diferentes tecidos têm morfologias diferentes e é importante conhecê-las.
Nos tecidos, as células interagem com a matriz extracelular por junções celulares
- Oferecem suporte e resistência;
- O colagénio ajuda a estabilizar as interações entre células no meio de cultura;
Microambiente Tumoral
Tipos de Culturas
Linfoblasto
(Aderentes) (Suspensão)
Fases no Estabelecimento de uma Linhagem Humana
Linhagens celulares derivadas de tumores podem crescer por mais de 100 gerações.
Medula Óssea
Fusão de Células
Aplicações
Biologia
Medicina
Engenharia
Existem em: Embrião (blastocisto); Fluido amniótico; Cordão umbilical; Tecidos adultos
Potência = Plasticidade
Quanto mais indiferenciada, mais ela consegue dividir, logo é mais plástica;
- No embrião, formam o blastocisto, que consegue se diferenciar em quase todas as
tipologias de células, mas não consegue desenvolver o organismo todo.
Células Pluripotentes;
Alta plasticidade;
Blastócitos
- As que são usadas em laboratório, vêm de clínicas de fertilização;
- Quando não são usados para fertilizar os dadores, podem ser:
Congelados; Deitar fora; Guardar para futuras gestações ou para pesquisa.
Feto
- Fluido Amniótico: nas mulheres grávidas é usado para testar defeitos nos cromossomas –
amniocentese
- Fonte de Células Estaminais;
Cordão Umbilical
- Fonte de células Estaminais mais imaturas que conseguem proliferar em cultura.
- Multi- ou pluripotentes?
- Encontram-se na pele, cordão umbilical, fígado, medula óssea, pâncreas, córnea, etc.
- Multipotentes – conseguem se diferenciar em vários tipos de células, mas limitadas às
células relacionadas com o tecido de onde foram retiradas;
- As células estaminais decrescem em número muito rapidamente e também perdem a
capacidade de regenerar;
Leite Materno
Evoluem para células com recetores diferentes – marcação dos recetores com fluóforos para
identificar as células na cultura;
Mesenquimal – células estaminais da espinal medula;
Medula Óssea
Pele
Sistema Nervoso
Epitelial
Compromisso
Epigenética
Células do Cordão Umbilical têm menos tendência a criar problemas pós cirurgia, mas é
uma fonte limitada de células;
Medicina Regenerativa
Engenharia Celular
- Propagação de células e expansão de culturas; Seleção das células;
- Tratamentos farmacológicos das células;
- Reativação biológica das células (reprogramar as células adultas para uma fase de
pluripotência – iPS)
- Química – as células não contêm transgenes;
- Biológica – as células contêm transgenes do vírus usado;
ESC e IPSC
Fenótipos e Morfologia semelhante;
Expressam marcadores de pluripotência;
Formam teratomas – agrupamento de células com diferentes diferenciações?
Diferenciam-se nas 3 “germ layers”.
Matrizes
Pesquisa