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04) A política neoliberal contribui: (1) para que – até os dias atuais – o marco
democrático não tenha logrado o respectivo consenso; (2) na aparição forte e
marcante da sociedade civil nos processos de atuação social; (3) para o déficit de
representatividade dos partidos políticos e no conseqüente surgimento de líderes
populares (denominado de “populismo”). Fracasso do plano político;
09) A paz positiva (conceito mais amplo de paz) entre homens e mulheres como
construção eficaz de uma paz global, mediante o afastamento e/ou exclusão do
militarismo, da violência, da hierarquia e do patriarcalismo;
12) A equação capitalista entre uma difusão cada vez mais rápida diante de uma
socialização que deveria ser cada vez mais lenta se dá a custos incalculáveis. Os
produtos do trabalho imaterial não precisam da relação de emprego para serem
produzidos e não cabem mais dentro do estatuto da propriedade privada, pois eles
coincidem com as próprias relações sociais de cooperação. Para se tornar valor, a
riqueza deve ser difusa (pública), mas não pode ser socializada (comum);
16) A miragem do pleno emprego (aquele a ser alcançado por meio de uma
adequada taxa de crescimento econômico e do aprofundamento da industrialização)
nunca deixou de constituir a referência para qualquer projeto de “integração” social.
Dessa forma, o “pleno emprego” (formal, com carteira assinada) continuou (e
continua) sendo a base da retórica de todas as forças políticas;
23) As garantias jurídicas e as políticas públicas não podem ser uniformes e sequer
tratar os titulares de direitos como meros objetos de intervenção, mas sim, ao
contrário, devem se adequar as reais e concretas situações (contextualização);
28) Nas últimas décadas estão se substituindo as referências aos interesses gerais
e as promessas de uma sociedade para todos, para o anúncio e a celebração de um
modelo de sociedade aonde o valor-guia é a competitividade. Mudança do
“liberalismo utópico” para o “capitalismo cínico”.
03) os valores morais sustentados pelas correntes metafísicas que produzem falsas
dualidades e que objetificam o sujeito (criminalizado) acabam por realizar verdadeiro
“seqüestro da realidade”, excluindo da cultura e da civilização tudo que possa ser
impuro, contaminado, mesclado ou plural. No entanto, sendo o homem (demasiado)
humano, produto e habitante da terra (húmus), a pureza não lhe é acessível, não se
tratando de experiência que possa realizar neste mundo. Desta forma, “sólo lo
impuro puede ser objeto de nuestro conocimiento”; “sólo lo impuro es cognoscible,
en tanto que se halla situado en un espacio, en un contexto” e, ademais, se não
reconsiderarmos o conceito de direitos humanos neste mundo tão cruelmente
dividido em um quinto de privilegiados e quatro quintos de excluídos e explorados, a
que ferro candente poderemos nos aferrar para impedir que referida brecha siga se
aprofundando a cada dia mais (medidas, posturas e ações ativas e afirmativas que
possibilitem a redução – e, quiçá a eliminação – das desigualdades sociais
existentes no Brasil). Devemos pensar criticamente os direitos humanos.