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1- TOKENISMO: conceito de Martin Luther King. O TOKENISMO é uma prática que envolve a
inclusão superficial ou simbólica de indivíduos de grupos minoritários, como forma de aparentar
diversidade, igualdade ou inclusão, sem efetivamente promover mudanças estruturais ou
oportunidades reais de participação e poder. Pode-se usar para fazer analogia ao que acontece
com a inclusão simbólica de negros, mulheres, idosos, LGBTQIA+, indígenas, quilombolas,
entre outros grupos, na política e na sociedade. Também, pode ser associado às leis
(feminicídio, racismo, meio ambiente, trabalho, direito de crianças e adolescentes, direito dos
animais, etc.).
3- CIDADANIA MUTILADA: conceito do geógrafo brasileiro Milton Santos. Para o autor, a lógica
econômica e consumista não permite que alguns grupos sociais usufruam plenamente de seus
direitos, espaços (nas cidades) e decisões, na vida urbana. Assim, muitos brasileiros ainda não
usufruem do status de cidadão. Pode-se associar às populações mutiladas pela disputa desigual
de poder, de ocupação e permanência nos espaços urbanos (pessoas em situação de rua,
moradores de comunidades periféricas, etc.), assim como, as desigualdades regionais
brasileiras que dividem o país em regiões desenvolvidas e regiões atrasadas e assoladas por
graves problemas de saúde, educação, trabalho, transporte, cultura e lazer.
7- BANALIDADE DO MAL: conceito da filósofa Hannah Arendt. O “mal banal” ocorre quando o
indivíduo recusa-se a pensar, refletir e assumir os próprios atos. É quando o indivíduo perde a
capacidade de analisar o próprio agir e não consegue se colocar no lugar do outro. O mal já está
tão presente na sociedade que é considerado normal. Pode ser associado aos preconceitos
raciais, étnicos, ao feminicídio, à vulnerabilidade de populações carentes, aos discursos de
ódio, etc.
9- ÉTICA DA RESPONSABILIDADE EM HANS JONAS: Hans Jonas, filósofo alemão, em seu livro
“O Princípio Responsabilidade”, critica o sistema capitalista que não leva em consideração a
vida, seja das pessoas, dos animais ou do meio ambiente. Para ele, cada indivíduo tem
responsabilidade pela qualidade de vida das próximas gerações. Assim, o princípio da
responsabilidade proposto por Hans Jonas é importante para a sociedade tecnológica,
principalmente, porque a técnica – que já a partir do século XVII, passa a ser concebida pelo
homem como instrumento indispensável de dominação da própria natureza –, em seu uso
desenfreado, acarreta um grande perigo à humanidade. Desse modo, Hans Jonas ao teorizar
sobre a Ética da Responsabilidade, atribui ao ser humano a responsabilidade pela manutenção
da natureza e pela garantia do bem-estar e da existência de futuras gerações.
10- MARILENA CHAUÍ : filósofa brasileira. Para ela, sociedades que legitimam a intolerância e a
exclusão instigam a população a reproduzir tais comportamentos de forma hierarquizada e
autoritária.
11- FLORESTAN FERNANDES: sociólogo brasileiro. “Um povo educado não aceitaria as
condições de miséria e desemprego como as que temos”. Defendia a inclusão social e o
desenvolvimento das classes mais pobres da sociedade, especialmente na área da educação.
Para ele, grupos étnicos foram segregados ao longo da história do Brasil. Assim, a única
maneira de construir uma sociedade mais justa e sem desigualdades sociais era por meio da
educação pública e de qualidade.
SOCIEDADE DO DESEMPENHO: Chul Han refere-se a um meio social que cobra constantemente
por produtividade e resultado dos seus indivíduos. Além disso, as pessoas se colocam em uma
posição de autoexploração, permeada de medo, pressão e angústia. A autoexploração é um
fenômeno que ocorre em decorrência do hiperconsumo, que é uma busca incessante por
multiplicar bens e nunca se satisfazer com aquilo que se adquire. Na expressão “tempo é
dinheiro”, observa-se de forma clara essa exigência por produção e desempenho como condição
para a existência de cidadão em uma sociedade que gira em torno do trabalho.