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Profº Daniel Lino

Povos e comunidades tradicionais são grupos culturalmente


distintos que se reconhecem como tal, possuindo sua própria
organização social e dependendo de territórios e recursos
naturais para sua garantia de sobrevivência. Nesse sentido, como
grupo social, merece que seus direitos sejam assegurados.
Entretanto, tal objetivo é inefetivo, na prática, uma vez que não
se assegura o respeito e a dignidade destes; tornando os povos
tradicionais alvo de constante desvalorização e preconceito. Com
efeito, tanto a negligência governamental, como a falta de
conscientização social sobre o tema são fatores impactantes da
problemática.

INTRODUÇÃO
- REPERTÓRIO PARA CONTEXTUALIZAÇÃO
- APRESENTAÇÃO DA TESE (GRANDE PROBLEMA) + TEMA DA PROPOSTA DE REDAÇÃO
- ANÚNCIO DOS DIRECIONAMENTOS
De início, é importante ressaltar a postura ineficaz dos órgãos
governamentais ao não assegurar os direitos dos povos
comunitários. De acordo com o Artigo 3º da Constituição Federal,
um dos propósitos da República Federativa do Brasil é combater a
desigualdade e o preconceito. Contudo, na prática, tal objetivo é
negligenciado por um Governo que não dá a devida assistência
aos indígenas, aos quilombolas e aos ribeirinhos – por exemplo.
Tal situação é observada na não garantia das terras destinadas a
esses povos – as quais são constantemente invadidas. Desse
modo, fica evidente que a negligência estatal contribui para o
crescente desrespeito aos povos originários do Brasil
DESENVOLVIMENTO
- TÓPICO FRASAL ( POSICIONAMENTO DO TEMA APONTANDO O “CULPADO” E “SUA CULPA”)
- REPERTÓRIO (VÁLIDO E PERTINENTE BASEADO NAS ÁREAS DO CONHECIMENTO)
- PRODUTIVIDADE DO REPERTÓRIO (ASSOCIAÇÃO ENTRE O TF + REP)
- EXEMPLIFICAÇÃO / CONEXÃO COM A REALIDADE (GARANTIR APROFUNDAMENTO DO TEMA)
- FECHAMENTO DO RACIOCÍNIO ARGUMENTATIVO (PREFERENCIALMENTE COM CONSEQUÊNCIAS / RATIFICAÇÃO DO TF)
Além disso, a falta de empatia e respeito para com as
comunidades tradicionais é um fator que contribui para o
aumento dessa invisibilidade. Sob a ótica de George Simmel, as
pessoas que adotam uma atitude blasé podem parecer
indiferentes ao ambiente ao seu redor. Nesse sentido, a teoria do
sociólogo alemão se confirma quando se estigmatizam essas
minorias, já que grande parte desses povos são vistos como não
cidadãos e assim são ignorados pela elite brasileira. Dessa
maneira, a indiferença social, relacionada a essa parcela da
sociedade, revela o nível de marginalização a que esses
indivíduos estão submetidos.
DESENVOLVIMENTO
- TÓPICO FRASAL ( POSICIONAMENTO DO TEMA APONTANDO O “CULPADO” E “SUA CULPA”)
- REPERTÓRIO (VÁLIDO E PERTINENTE BASEADO NAS ÁREAS DO CONHECIMENTO)
- PRODUTIVIDADE DO REPERTÓRIO (ASSOCIAÇÃO ENTRE O TF + REP)
- EXEMPLIFICAÇÃO / CONEXÃO COM A REALIDADE (GARANTIR APROFUNDAMENTO DO TEMA)
- FECHAMENTO DO RACIOCÍNIO ARGUMENTATIVO (PREFERENCIALMENTE COM CONSEQUÊNCIAS / RATIFICAÇÃO DO TF)
Medidas importantes, portanto, são necessárias para impactar a
desvalorização dos povos culturalmente diferenciados. Cabe ao
Governo Federal organizar mais fiscalizações por meio do
aumento do número de agentes do Ministério do Meio Ambiente
para intensificar as ações governamentais na garantia da posse
das terras a que esses povos têm direito. Cabe, também, às
Escolas inserir mais projetos de estudo dos povos indígenas,
quilombolas e ribeirinhos a fim de se promover um maior
entendimento do valor e das tradições dessa parcela da
sociedade. Somente assim, com engajamento de vários setores
sociais é que se garantirá os diretos desses povos tão vulneráveis
hodiernamente.

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO (CONCLUSÃO)


AGENTE – AÇÃO – MODO / MEIO – EFEITO – DETALHAMENTO
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Além disso, a falta de fiscalização dos estabelecimentos que
vendem bebidas a menores é um fator que contribui para o
alcoolismo juvenil. Sob a ótica de Ralf Dahendorf, a anomia
descreve um estado de coisas em que as violações das normas não
são punidas. Nesse sentido, a teoria do sociólogo alemão se
confirma quando o Estatuto da Criança e do Adolescente – o ECA –
o qual proíbe a venda de álcool a menor - é totalmente ignorada; já
que, apesar dos estabelecimentos apresentarem as mensagens da
proibição, tal situação segue ignorada e as vendas seguem a cada
dia. Dessa maneira, a sensação de impunidade contribui
significativamente na facilitação dos jovens na aquisição de bebidas
que a eles são proibidas.
Além disso, a falta de empatia e respeito para com o trabalho de
cuidado - que, na sua maioria, é realizado por mulheres - é um
fator que contribui para o aumento dessa invisibilidade. Sob a ótica
de George Simmel, as pessoas que adotam uma atitude blasé
podem parecer indiferentes ao ambiente ao seu redor. Nesse
sentido, a teoria do sociólogo alemão se confirma quando não se
remunera adequadamente essas trabalhadoras – ignorando suas
necessidades; já que grande parte delas são mulheres pouco
escolarizadas e oriundas de um ambiente de vulnerabilidade.
Dessa maneira, a indiferença social, relacionada a essa parcela da
sociedade, eleva os índices de desigualdade de gênero no país.
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ESTADO (Não cumpre com seu papel)
- Soberania: O Estado brasileiro é uma República Federativa, soberana, que visa promover o bem-estar de seus
cidadãos e a justiça social.

- Organização dos Poderes: A Constituição define a estrutura dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,
estabelecendo suas competências e limites.

- Garantia de Direitos: O Estado tem o papel de garantir os direitos fundamentais dos cidadãos, como a
igualdade perante a lei, a liberdade de expressão, a segurança, a educação, a saúde, entre outros.

- Segurança Pública: Cabe ao Estado garantir a segurança pública, protegendo os cidadãos e mantendo a
ordem.
- Justiça Social: O Estado deve promover políticas públicas que visem à redução das desigualdades sociais,
garantindo o acesso universal aos serviços essenciais e promovendo a inclusão social.

- Desenvolvimento Econômico: O Estado tem o papel de promover o desenvolvimento econômico do país,


garantindo a geração de emprego e renda, bem como a proteção do meio ambiente e o desenvolvimento
sustentável.

- Fiscalização e Controle: O Estado deve exercer o controle e fiscalização das atividades econômicas e sociais,
garantindo o cumprimento da legislação e protegendo o interesse público.
ESTADO (Não cumpre com seu papel)
Em seu livro "Bem-vindo ao Deserto do Real", Slavoj Zizek (filósofo contemporâneo)
argumenta que a globalização neoliberal enfraqueceu o papel do Estado na proteção dos
cidadãos e na promoção do bem comum. Em vez disso, o Estado se tornou um instrumento
para a promoção do mercado e para o benefício de elites econômicas.
Para Zizek, o papel do Estado deve ser o de garantir o bem-estar geral da população e
proteger os direitos civis, promovendo a igualdade social e econômica, regulamentando os
mercados e garantindo o acesso a serviços básicos

Gilberto Dimenstein (jornalista brasileiro) parte da ideia de que a Constituição brasileira de


1988 garantiu uma série de direitos aos cidadãos, como a educação, a saúde, a moradia, entre
outros. No entanto, na prática, esses direitos são muitas vezes negados, especialmente às
camadas mais pobres da população. O autor argumenta que o "cidadão de papel" é aquele
que tem direitos formais, mas não tem acesso real a eles, seja por falta de infraestrutura, por
corrupção, por preconceito, por desigualdade social ou por outros fatores. Para Dimenstein, a
falta de acesso a direitos básicos faz com que muitos brasileiros vivam em condições de
extrema pobreza e vulnerabilidade.
De início, é importante ressaltar a postura De início, é importante ressaltar a postura
ineficaz dos órgãos governamentais ao não ineficaz dos órgãos governamentais ao não
assegurar os direitos dos povos comunitários. assegurar os direitos dos povos comunitários.
De acordo com Slavoj Zizek, o papel do De acordo com Gilberto Dimenstein, o
Estado deve ser o de garantir o bem-estar "cidadão de papel" é aquele que tem direitos
geral da população e proteger os direitos formais, mas não tem acesso real a eles .
civis, promovendo a igualdade social e Nesse sentido, na prática, o conceito do
econômica. Contudo, na prática, o conceito jornalista brasileiro se aplica aos indígenas,
do filósofo esloveno é negligenciado por um aos quilombolas e aos ribeirinhos – por
Governo que não dá a devida assistência aos exemplo. Tal situação é observada na não
indígenas, aos quilombolas e aos ribeirinhos – garantia das terras (garantidas na
por exemplo. Tal situação é observada na não Constituição) destinadas a essas
garantia das terras destinadas a essas comunidades – as quais são constantemente
comunidades – as quais são constantemente invadidas. Desse modo, ao não proteger o
invadidas. Desse modo, ao não proteger o espaço de vivência desses povos, essas
espaço de vivência desses povos, essas minorias ficam ainda mais marginalizadas e
minorias ficam ainda mais marginalizadas e seus direitos inefetivos.
seus direitos inefetivos
LEIS / IMPUNIDADE
(Leis que não se cumprem / Cenário de impunidade)
A situação de leis que não são cumpridas e um cenário de impunidade são desafios enfrentados em muitos
países, incluindo o Brasil. Vários fatores contribuem para essa realidade:

1.Corrupção: A corrupção pode minar a aplicação efetiva da lei, com indivíduos e instituições buscando
contornar as regras em benefício próprio.

2.Ineficiência do Sistema Judicial: Muitas vezes, o sistema judicial pode ser lento, burocrático e
sobrecarregado, resultando em atrasos nos processos legais e impunidade para os infratores.

3.Desigualdade Social: A falta de recursos e acesso igualitário à justiça pode levar a disparidades na aplicação
da lei, com indivíduos mais privilegiados tendo mais facilidade em evitar a punição por seus crimes.

4.Violência e Criminalidade: Em alguns casos, a alta taxa de criminalidade e a violência podem sobrecarregar
o sistema de justiça criminal, tornando difícil para as autoridades aplicarem a lei de forma eficaz.

5.Falta de Fiscalização: A falta de fiscalização adequada pode permitir que indivíduos e organizações
descumpram as leis sem consequências significativas.
LEIS / IMPUNIDADE
(Leis que não se cumprem / Cenário de impunidade)
Em seu livro “A Lei e a Ordem”, define anomia como “uma condição social em que as
normas reguladoras do comportamento das pessoas perderam sua validade.
Uma garantia dessa validade consiste na força presente e clara de sanções. Onde
prevalece a impunidade, a eficácia das normas está em perigo” resume Ralf Dahrendorf
(sociólogo alemão) “Nesse sentido, a anomia descreve um estado de coisas em que as
violações das normas não são punidas”.
De início, é importante ressaltar que a falta
de fiscalização ambiental afeta os direitos dos
povos comunitários. De acordo com Ralf
Dahendorf, a anomia é “uma condição social em
que as normas reguladoras do comportamento
das pessoas perderam sua validade. Nesse
ínterim, o conceito do sociólogo alemão se
aplica na situação dos indígenas, quilombolas e
ribeirinhos – por exemplo – uma vez que
diversos crimes ambientais são cometidos em
suas terras sem nenhum tipo de punição na
forma da lei. Tal situação é observada no
crescente desmatamento e no aumento da
atividade de garimpo em áreas de proteção.
Desse modo, a falta de fiscalização dessas áreas
pode comprometer essas comunidades que
dependem da natureza para sua sobrevivência
SOCIEDADE
Individualismo / Ignorar os problemas a sua volta)
A sociedade individualista, na qual as pessoas tendem a se preocupar principalmente com seus próprios
interesses e necessidades, pode contribuir para a indiferença em relação aos problemas ao redor. Isso pode
acontecer por várias razões:

Falta de Empatia: Quando as pessoas estão focadas apenas em si mesmas, podem ter dificuldade em se
colocar no lugar dos outros e entender as dificuldades e desafios enfrentados pela comunidade em geral.

Competição: Em uma sociedade individualista, a competição muitas vezes é valorizada em detrimento da


cooperação. Isso pode levar as pessoas a se concentrarem em superar os outros em vez de trabalharem
juntas para resolver problemas comuns.

Desconexão Social: A ênfase no individualismo pode levar à alienação social, onde as pessoas se sentem
desconectadas umas das outras e não se engajam ativamente com a comunidade ao seu redor.

Responsabilidade Limitada: Quando cada pessoa se preocupa apenas com seus próprios interesses, pode
haver uma falta de senso de responsabilidade coletiva para resolver os problemas sociais e comunitários.

Falta de Consciência Social: Em uma sociedade individualista, pode haver uma falta de consciência sobre os
problemas sociais e uma tendência a ignorá-los, especialmente se não afetarem diretamente as pessoas
individualmente.
SOCIEDADE
Individualismo / Ignorar os problemas a sua volta)
Em sua obra "A Sociedade do Cansaço", Byung-Chul Han (filósofo sul-coreano)
argumenta que a cultura de produtividade está criando uma sociedade em que as pessoas
são incentivadas a trabalhar mais e mais, a fim de alcançar seus objetivos pessoais de
sucesso e realização. Nessa cultura, segundo Han, a produtividade e a tecnologia digital
estão levando a uma sociedade mais individualista, em que as pessoas são incentivadas a
pensar em si mesmas e em suas realizações pessoais em detrimento do bem comum.

George Simmel, um renomado sociólogo alemão, foi um dos primeiros a teorizar sobre o
fenômeno do comportamento blasé na sociedade moderna. Ele descreveu o blasé como
uma atitude de indiferença ou apatia, onde o indivíduo se torna insensível à diferenciação
entre estímulos e incapaz de reagir com entusiasmo ou energia adequada a novas
experiências ou estímulos. Esse conceito é frequentemente associado ao contexto da vida
urbana e à sobrecarga de estímulos que os indivíduos enfrentam nas sociedades
modernas.
Além disso, a falta de empatia e respeito Além disso, a falta de empatia e respeito
para com as comunidades tradicionais é um para com as comunidades tradicionais é um
fator que contribui para o aumento dessa fator que contribui para o aumento dessa
invisibilidade. Sob a ótica de George Simmel, invisibilidade. Sob a ótica de Byung-Chul Han,
as pessoas que adotam uma atitude blasé na obra “A Sociedade do cansaço”, a
podem parecer indiferentes ao ambiente ao produtividade e a tecnologia digital estão
seu redor. Nesse sentido, a teoria do levando a uma sociedade mais individualista,
sociólogo alemão se confirma quando se incentivada a pensar em si mesma e em suas
estigmatizam essas minorias, já que grande realizações pessoais em detrimento do bem
parte desses povos são vistos como não comum. Nesse sentido, a teoria do filósofo
cidadãos e assim são ignorados pela elite sul-coreano se confirma quando se
brasileira. Dessa maneira, a indiferença estigmatizam essas minorias, já que grande
social, relacionada a essa parcela da parte desses povos são vistos como não
sociedade, revela o nível de marginalização a cidadãos e a maneira egocêntrica de pensar
que esses indivíduos estão submetidos. da sociedade altera a percepção de que povos
comunitários têm seus direitos. Dessa
maneira, a indiferença social, relacionada a
essa parcela da sociedade, revela o nível de
marginalização a que esses indivíduos estão
submetidos.
ESCOLA
(Não cumpre seu papel social)
• Educação formal para transmitir conhecimentos e habilidades.

• Socialização para integrar os alunos à sociedade e ensinar normas culturais e sociais.

• Promoção da igualdade de oportunidades, garantindo acesso equitativo à educação.

• Formação de cidadãos críticos, capazes de pensar de forma independente e participar ativamente na


sociedade.

• Promoção da diversidade e inclusão, celebrando as diferenças e promovendo o respeito mútuo.

• Desenvolvimento de habilidades para a vida, incluindo habilidades socioemocionais, de comunicação e


resolução de problemas.

• Promoção da saúde e bem-estar dos alunos, fornecendo suporte físico, mental e emocional.
ESCOLA
(Não cumpre seu papel social)
“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.”
Essa é uma citação famosa de Rubem Alves, um renomado educador brasileiro. Ele usou
essa metáfora para destacar a diferença entre as escolas que restringem e limitam os
alunos, como as gaiolas, e as escolas que os libertam e os capacitam a voar, como as asas.
Essa frase ressalta a importância de uma abordagem educacional que promova a
liberdade, a criatividade e o desenvolvimento integral dos estudantes, em contraste com
métodos mais autoritários ou restritivos (focados em vestibulares e sistemas apostilados)

A escola é responsável por realizar a escolarização dos indivíduos, ou seja, por oferecer
uma formação formal que visa desenvolver conhecimentos, habilidades e competências
necessárias para a vida em sociedade. No entanto, para o professor e sociólogo brasileiro
Mário Sérgio Cortella, a escola não deve ser vista apenas como um espaço de transmissão
de conhecimentos, mas como um ambiente de formação integral dos indivíduos.
Além disso, a falta de uma educação plural e Além disso, a falta de uma educação plural e
multifacetada é um fator que contribui para o multifacetada é um fator que contribui para o
aumento da invisibilidade dos povos aumento da invisibilidade dos povos
tradicionais. Sob a ótica de Rubem Alves: “Há tradicionais. Sob a ótica de Mario Cortella, a
escolas que são gaiolas e há escolas que são escola é responsável por realizar a
asas. Nesse sentido, as “escolas que são asas” escolarização: oferecer uma formação formal a
- da teoria do educador brasileiro – são aquelas fim de desenvolver competências necessárias
que ampliam o pensamento de seus estudantes para a vida em sociedade. . Nesse sentido, a
em relação a temas de relevância social – como escola – pela teoria do educador brasileiro – é
a valorização dos povos indígenas – por responsável por ampliar o pensamento de seus
exemplo. Entretanto, esse conteúdo é pouco estudantes em relação a temas de relevância
tratado nos planos de ensino, com abordagens social – como a valorização dos povos
superficiais que pouco contribuem para um indígenas – por exemplo. Entretanto, esse
amplo entendimento da pauta. Dessa maneira, conteúdo é pouco tratado nos planos de ensino,
quanto mais a escola negligencia esse assunto, com abordagens superficiais que pouco
mais a conscientização da importância dos contribuem para um amplo entendimento da
povos comunitários perde importância. pauta. Dessa maneira, quanto mais a escola
negligencia esse assunto, mais a
conscientização da importância dos povos
comunitários perde importância.
FAMÍLIA
(Não cumpre seu papel social)
O papel da família na sociedade é fundamental e abrange várias áreas:

• Educação e Socialização: A família é responsável por transmitir valores, normas sociais e culturais, além de
fornecer apoio emocional e orientação aos seus membros. Ela desempenha um papel crucial na socialização
das crianças, ajudando-as a desenvolver habilidades sociais e emocionais.

• Proteção e Cuidado: A família é a principal fonte de proteção e cuidado para seus membros, garantindo seu
bem-estar físico, emocional e psicológico. Ela fornece apoio emocional, nutricional e financeiro, além de um
ambiente seguro e acolhedor.

• Transmissão de Conhecimento: A família é responsável por transmitir conhecimentos práticos e valores


morais aos seus membros. Ela ajuda no desenvolvimento cognitivo das crianças, incentivando a
aprendizagem e a curiosidade.

• Identidade e Pertencimento: A família desempenha um papel central na formação da identidade individual


de seus membros, fornecendo um senso de pertencimento e conexão com suas raízes e história familiar.

• Modelagem de Comportamento: Os membros da família servem como modelos de comportamento uns para
os outros, influenciando atitudes, crenças e valores. Eles fornecem exemplos de como interagir com os
outros e lidar com desafios da vida.
FAMÍLIA
(Não cumpre seu papel social)
Segundo Rosely Sayão – psicóloga brasileira - a família tem um papel
importante na transmissão de valores e na formação do caráter dos filhos,
além de ser responsável por estabelecer limites e regras claras para o
convívio em sociedade. Para ela, a família é o primeiro ambiente social que
a criança conhece e é onde ela aprende a lidar com as suas emoções e a se
relacionar com os outros.

O filósofo e escritor Mário Sérgio Cortella tem uma visão muito clara e
contundente sobre o papel da família na sociedade. Para ele, a família é um
elemento fundamental na formação dos indivíduos, pois é por meio dela que as
pessoas aprendem os valores, normas e comportamentos que vão orientar suas
vidas.
De início, é importante ressaltar a postura De início, é importante ressaltar a postura
ineficaz da família na orientação dos menores ineficaz da família na orientação dos menores
quanto ao uso de bebidas alcóolicas. De acordo quanto ao uso de bebidas alcóolicas. De acordo
com Rosely Sayão, a família responsável por com Mario Cortella, a família é um elemento
estabelecer limites e regras claras para o fundamental na formação dos indivíduos, pois é
convívio em sociedade. Contudo, na prática, as por meio dela que as pessoas aprendem os
ideias da psicóloga se confirmam quando não valores, normas e comportamentos que vão
há orientação por parte dos familiares quanto orientar suas vidas. Contudo, na prática, as
aos abusos do álcool. Tal situação é observada ideias do educador são ignoradas quando não
na postura de muitos responsáveis que ingerem há orientação por parte dos familiares quanto
cerveja, vinho e outros gêneros diante desses aos abusos do álcool. Tal situação é observada
jovens e muitas vezes oferecem e incentivam. na postura de muitos responsáveis que ingerem
Desse modo, fica evidente que a negligência cerveja, vinho e outros gêneros diante desses
familiar contribui significativamente para o jovens e muitas vezes oferecem e incentivam.
alcoolismo precoce desses menores. Desse modo, fica evidente que a negligência
familiar contribui significativamente para o
alcoolismo precoce desses menores.
NEGACIONISMO / INVISIBILIDADE DO PROBLEMA
(Não admitir os impactos ou minimizá-los)
▪ Subestimação dos Problemas: Algumas questões sociais podem ser ignoradas ou minimizadas, levando à
subestimação de sua gravidade e impacto.

▪ Marginalização de Grupos Vulneráveis: Problemas que afetam grupos marginalizados podem ser menos
visíveis na mídia e na esfera pública, o que pode perpetuar a desigualdade e a exclusão.

▪ Estigmatização: Problemas como saúde mental, violência doméstica ou discriminação podem ser
estigmatizados, levando as pessoas a ocultarem suas experiências e dificultando a busca de ajuda.

▪ Rejeição de Evidências Científicas: O negacionismo pode surgir quando as pessoas rejeitam evidências
científicas sólidas, como no caso das mudanças climáticas ou da eficácia de vacinas, prejudicando a tomada
de decisões informadas e eficazes.

▪ Manipulação de Fatos: Os negacionistas muitas vezes distorcem ou manipulam fatos para apoiar suas
próprias agendas ou crenças, minando a confiança na informação precisa e confiável.
NEGACIONISMO / INVISIBILIDADE DO PROBLEMA
(Não admitir os impactos ou minimizá-los)

Há a prática de uma “política de eufemismos” no Brasil, ou seja,


determinados problemas tendem a ser suavizados e não recebem a
visibilidade necessária.
Lilia Schwarcz - historiadora brasileira - aborda a questão dos eufemismos
no contexto brasileiro. Ela discute como o uso de termos eufemísticos pode
contribuir para a perpetuação de preconceitos e desigualdades sociais,
especialmente em relação à questão racial.

Neil DeGrasse Tyson (astrofísico norte-americano) tem criticado aqueles que


promovem teorias da conspiração e pseudociência, argumentando que tais
ideias não têm base científica e não devem ser levadas a sério. Ele tem
enfatizado a importância da educação científica como uma forma de combater
o obscurantismo e a desinformação, e tem incentivado o público a buscar
informações de fontes confiáveis e a ter um pensamento crítico em relação às
informações que encontram.
De início, cabe pontuar que a constante Alem disso a constante negação da eficácia
negação ou suavização da negligência quanto da vacinação em massa contribui para o
aos direitos das comunidades tradicionais é aumento do número de não vacinados no
um fator que contribui para o aumento dessa país. Segundo Neil DeGrasse Tyson, ideias
invisibilidade. Sob a ótica de Lilia Schwarcz, sem base científica não devem ser levadas a
há a prática de uma “política de eufemismos” sério além de serem combatidas fortemente.
no Brasil, ou seja, determinados problemas Contudo, contradizendo as orientações do
tendem a ser suavizados e não recebem a astrofísico americano, muitas pessoas se
visibilidade necessária. Nesse sentido, as negam a tomar as vacinas, muitas vezes,
ideias da historiadora se confirmam quando baseando-se em ideias sem fundamento. Isso
se constata a pouca ou nenhuma relevância porque grande parte dessas pessoas não
dada aos direitos negligenciados dessas compreendem que vacinas salvam vidas e são
minorias tradicionais – como por exemplo, a responsáveis por garantir que doenças não
posse de suas terras. Isso porque grande sejam propagadas de forma alarmante. Dessa
parte desses povos são vistos como não maneira, a minimização da eficácia da
cidadãos e assim são ignorados pela elite vacinação só acarreta em prejuízos à saúde
brasileira. Dessa maneira, a minimização da humana como também o retorno de doenças
invisibilidade desses indivíduos aumenta a – até mesmo já erradicadas.
marginalização a que estão submetidos.
POLÍTICAS PÚBLICAS
(Falta de ações no combate à problemática)
▪ Problemas Não Abordados: Sem políticas públicas específicas para lidar com questões como pobreza,
desigualdade, saúde pública, educação, meio ambiente, entre outros, esses problemas podem persistir e até
mesmo piorar ao longo do tempo.

▪ Desigualdade e Exclusão: A falta de políticas públicas adequadas pode agravar a desigualdade social,
deixando grupos vulneráveis sem acesso a serviços essenciais e oportunidades, o que pode resultar em
exclusão e marginalização.

▪ Ineficiência na Alocação de Recursos: Sem políticas públicas claras, os recursos podem ser distribuídos de
forma desigual ou desperdiçados em áreas que não atendem às necessidades mais urgentes da sociedade.

▪ Falta de Orientação e Direção: As políticas públicas fornecem orientação e direção para o governo, ajudando
a definir prioridades, objetivos e estratégias para alcançar resultados desejados.

▪ Impacto Econômico e Social: A ausência de políticas públicas eficazes pode ter um impacto negativo
significativo na economia, na saúde, na educação, no meio ambiente e em outras áreas importantes da vida
das pessoas.
POLÍTICAS PÚBLICAS
(Falta de ações no combate à problemática)
Segundo o geógrafo Milton Santos, as cidadanias mutiladas são aquelas
em que a população é privada de certos direitos e benefícios que deveriam
ser garantidos pelo Estado, como acesso à educação, saúde, transporte
público, moradia, entre outros. Essa privação acontece porque o espaço em
que essas pessoas vivem é considerado periférico, marginal ou ilegal,
sendo, portanto, excluído dos planos e das políticas públicas.

“Uma economia que não se preocupa com Justiça Social é uma economia
que condena os povos a uma brutal concentração de renda e de riqueza,
desemprego e miséria.”

De acordo com a economista portuguesa Maria da Conceição Tavares,


diversos problemas sociais brasileiros são oriundos de uma falha
sistemática das políticas econômicas adotadas nos últimos anos que não
prioriza diminuir as desigualdades sociais. As políticas públicas existentes
são paliativas ou pouco efetivas no que se refere a encurtas distâncias
econômicas entre ricos e pobres.
De início, cabe pontuar que as políticas De início, cabe pontuar que as políticas
sociais dos últimos anos – no Brasil - não focam econômicas dos últimos anos – no Brasil - não
a diminuição das desigualdades o que afeta a focam a diminuição das desigualdades o que
valorização dos povos tradicionais. Sob a ótica afeta a reinserção social da população em
de Milton Santos, “cidadanias mutiladas” são situação de rua. Sob a ótica de Maria da
aquelas em que a população é privada de certos Conceição Tavares, uma economia que não se
direitos e benefícios que deveriam ser preocupa com Justiça Social é uma economia
garantidos pelo Estado. Nesse sentido, as ideias que condena os povos a uma brutal
do geógrafo se confirmam quando se constata concentração de renda e de riqueza,
que o Governo não dá a devida assistência aos desemprego e miséria. Nesse sentido, as ideias
indígenas, aos quilombolas e aos ribeirinhos – da economista se confirmam quando se constata
por exemplo. Tal situação é observada na não que apesar de programas como “Minha Casa
garantia das terras destinadas a essas Minha Vida”- para acesso à moradia digna, ainda
comunidades – as quais são constantemente há uma parcela da população morando nas ruas
invadidas; pois o espaço em que essas pessoas sem nenhum amparo. Isso porque os
vivem é considerado periférico. Desse modo, ao investimentos da economia brasileira não estão
não protegê-lo, essas minorias ficam ainda mais voltados a diminuição das desigualdades sociais.
marginalizadas e seus direitos inefetivos Dessa maneira, a falta de uma política
econômica preocupada com o social aumenta a
marginalização a que estão submetidos os
moradores de rua.
MÍDIA
(Manipulação, má influência, invisibilidade)
▪ Embora a mídia desempenhe muitos papéis positivos na sociedade, também pode ter influências negativas,
incluindo:

▪ Desinformação e Notícias Falsas: A disseminação de desinformação e notícias falsas pode levar a uma
compreensão distorcida dos eventos e questões, minando a confiança na mídia e na informação precisa.

▪ Sensacionalismo: A mídia sensacionalista muitas vezes prioriza o drama e a controvérsia em detrimento da


precisão e profundidade, criando narrativas distorcidas e exageradas que podem distorcer a percepção da
realidade.

▪ Estereótipos e Preconceitos: Alguns meios de comunicação perpetuam estereótipos e preconceitos em


relação a certos grupos étnicos, raciais, de gênero, religiosos ou sociais, reforçando visões simplificadas e
discriminatórias da sociedade.
MÍDIA
(Manipulação, má influência, invisibilidade)
Noam Chomsky – ativista norte-americano - desenvolveu uma teoria
crítica sobre os meios de comunicação, que ele chama de "manufatura de
consenso". De acordo com essa teoria, os meios de comunicação em massa
são controlados por grandes corporações e servem como um meio para
manipular e moldar as opiniões públicas em benefício dessas corporações e
dos interesses políticos e econômicos dominantes.

Pierre Bourdieu - renomado sociólogo francês - argumenta que a mídia


não apenas reflete as desigualdades existentes na sociedade, mas
também as perpetua e as legitima, reforçando as hierarquias de poder
existentes. Isso pode incluir a manipulação da percepção pública, a
promoção de determinadas agendas políticas ou econômicas e a exclusão
de vozes e perspectivas marginalizadas.
De início, cabe pontuar que a manipulação dos De início, cabe pontuar que a manipulação dos
meios de comunicação afeta a valorização dos meios de comunicação afeta a reinserção social
povos tradicionais. Sob a ótica de Noam da população em situação de rua. Sob a ótica de
Chomscky, os meios de comunicação em massa Pierre Bourdieu, a mídia não apenas reflete as
são controlados por grandes corporações e desigualdades existentes na sociedade, mas
servem como um meio para manipular e moldar também as perpetua e as legitima, reforçando as
as opiniões públicas em benefício dos interesses hierarquias de poder existentes. Nesse sentido,
políticos e econômicos dominantes. Nesse as ideias da sociólogo se confirmam quando se
sentido, as ideias do ativista americano percebe que a mídia retrata a população em
confirmam a “manufatura de consenso” sobre os situação de rua de maneira negativa ou
indígenas, quilombolas e ribeirinhos – muitas sensacionalista, diminuindo a empatia da
vezes retratados de forma errônea pela mídia. sociedade em relação a essas pessoas e suas
Tal situação é observada na forma estereotipada lutas. Isso porque os meios de comunicação se
como essas populações são vistas, distorcendo aproveitam de sua credibilidade para moldar a
suas tradições e minimizando suas lutas em prol percepção pública em relação a certos temas
de seus direitos legalmente adquiridos. Desse sociais. Dessa maneira, a falta de empatia
modo, essas minorias ficam ainda mais quanto a pauta do morador de rua gera políticas
marginalizadas e seus direitos desrespeitados. públicas insensíveis e a uma falta de apoio para
programas de reintegração desses indivíduos.
LEGADO HISTÓRICO
(de privilégio às elites, de desigualdade)
No Brasil, o legado histórico de privilégio está profundamente enraizado em sistemas de opressão e
discriminação que têm impactado diversos grupos sociais ao longo da história do país:
▪ Colonialismo e Escravidão: Durante o período colonial, o Brasil foi colonizado por Portugal e construído com
base na exploração de povos indígenas e na escravidão de africanos. Esses sistemas deixaram um legado de
desigualdade racial e econômica, com pessoas brancas detendo a maior parte do poder e da riqueza,
enquanto pessoas negras e indígenas enfrentam discriminação e marginalização.
▪ Desigualdade Econômica e Social: O Brasil possui uma das maiores desigualdades de renda do mundo, com
uma pequena parcela da população detendo a maior parte da riqueza, enquanto milhões vivem na pobreza.
Esse legado de desigualdade econômica tem raízes históricas em políticas discriminatórias, como o
latifúndio, a concentração de terras e a exclusão social de grupos marginalizados.
▪ Racismo Estrutural: O racismo estrutural é uma realidade persistente no Brasil, onde pessoas negras
enfrentam discriminação sistemática em diversas áreas, incluindo emprego, educação, saúde e justiça. Esse
legado de racismo tem raízes na escravidão e na ideologia de branqueamento que permeou a história
brasileira.
▪ Patriarcado e Machismo: O Brasil é uma sociedade profundamente patriarcal, onde as mulheres enfrentam
desigualdades de gênero em várias áreas, incluindo salários mais baixos, violência doméstica, acesso
limitado a cargos de liderança e controle sobre seus próprios corpos. Esse legado de machismo tem raízes
históricas na colonização e na cultura patriarcal.
LEGADO HISTÓRICO
(de privilégio às elites, de desigualdade)
"A Revolução Burguesa no Brasil“ - Nesta obra, o sociólogo Florestan
Fernandes analisa a história do Brasil desde a chegada dos portugueses até
a formação do Estado nacional brasileiro. Ele argumenta que a
independência política do país em relação a Portugal não foi acompanhada
por uma transformação social profunda e que a elite brasileira manteve
muitas das estruturas coloniais de exploração.
Além disso, o legado histórico de desigualdade no país impede a
valorização do trabalho de cuidado realizado pela mulher. Sob a
ótica de Florestan Fernandes, a independência política do Brasil
em relação a Portugal não foi acompanhada por uma
transformação social profunda e que a elite brasileira manteve
muitas das estruturas coloniais de exploração. Nesse sentido,
dentro dessas estruturas citadas pelo historiador, está o trabalho
realizado por mulheres, especialmente o trabalho de cuidado. Isso
se deve a normas de gênero arraigadas que relegaram as mulheres
ao papel de cuidadoras – desde então - e as associaram ao
trabalho não remunerado em casa. Desse modo, essa
desvalorização é um reflexo da persistente desigualdade de gênero
que permeia a sociedade brasileira, no que se refere ao trabalho da
classe feminina.
PAUTA POLÍTICA
(não fazer parte da agenda política dos políticos)
De fato, quando um assunto importante não é tratado como pauta política, isso pode representar um
obstáculo significativo para o combate de problemas sociais, econômicos e políticos no Brasil. Aqui estão
algumas maneiras pelas quais isso pode ser problemático:

▪ Falta de Atenção e Recursos: Quando um problema não é reconhecido como uma prioridade na agenda
política, pode receber menos atenção e recursos do governo, o que dificulta a implementação de políticas e
programas eficazes para combatê-lo.

▪ Perpetuação de Desigualdades: A ausência de discussão política sobre certos problemas pode levar à
perpetuação de desigualdades e injustiças sociais, econômicas e políticas, já que as questões subjacentes
não são abordadas de forma adequada.

▪ Desinformação e Desinteresse: A falta de debate político sobre um determinado assunto pode levar à
desinformação e ao desinteresse do público, o que dificulta a mobilização e o engajamento cívico
necessários para enfrentar o problema.

▪ Agravamento dos Problemas: A falta de ação política pode permitir que os problemas se agravem ao longo
do tempo, tornando mais difícil e custoso resolvê-los no futuro.
PAUTA POLÍTICA
(não fazer parte da agenda dos políticos)
Muitos políticos são corruptos e trabalham em benefício próprio, em vez
de agir no interesse da sociedade. Ele também critica a ideologia política
dominante, que muitas vezes serve para manter as desigualdades sociais e
econômicas existentes. Em suma, para Slavoj Žižek (filósofo
contemporâneo), o papel dos políticos é crucial, mas é necessária uma
reforma do sistema político para que os políticos atuem verdadeiramente
em benefício da sociedade e promovam a justiça e a igualdade.
Além disso, não ser pauta política de nossos governantes é um
empecilho para a valorização da mulher e seu trabalho de cuidado.
Consoante Slavoj Zizek, muitos políticos trabalham em benefício
próprio, em vez de agir no interesse da sociedade. Nesse sentido,
sob a ótica do filósofo, percebe-se que existe pouco interesse
político na garantia dos direitos das mulheres – principalmente
aquelas que realizam trabalhos de manutenção, limpeza e cuidado
pessoal. Isso se justifica pela ausência de projetos e discussões no
âmbito político brasileiro no que se refere à garantia dos direitos
trabalhistas dessas trabalhadoras – o que de fato seria de
relevância social. Desse modo, a desatenção dos políticos quanto a
pauta dos direitos da mulher trabalhadora reforça a desigualdade
de gênero que permeia a sociedade brasileira, a qual resiste até os
dias atuais.
Artigos Básicos da Constituição Federal do Brasil

Artigo 3º da Constituição Federal: Este artigo expressa os objetivos fundamentais da República


Federativa do Brasil, que incluem construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o
desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização; reduzir as desigualdades
sociais e regionais; e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade
e quaisquer outras formas de discriminação.

Artigo 5º da Constituição Federal: Conhecido como capítulo dos direitos fundamentais, esse artigo
assegura uma série de direitos e garantias individuais, como a igualdade perante a lei, a liberdade
de expressão, a inviolabilidade do domicílio, o direito à vida, à liberdade, à propriedade e à
segurança.

Artigo 6º da Constituição Federal: Este artigo trata dos direitos sociais, estabelecendo que são
direitos de todos os brasileiros e estrangeiros residentes no país a educação, a saúde, o trabalho, a
moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, e a
assistência aos desamparados.
Leis de relevância no Brasil
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB): Estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, contemplando desde a educação infantil até a pós-graduação, regulamentando aspectos
como o financiamento da educação, a gestão escolar, o currículo, a formação de professores, entre
outros.

Lei Orgânica da Saúde: Regulamenta o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, estabelecendo
princípios como universalidade, integralidade e equidade, além de determinar a organização e
funcionamento do sistema de saúde pública, as competências das esferas de governo e as
diretrizes das políticas de saúde.

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT): É a principal norma legislativa que regula as relações
trabalhistas no Brasil, abrangendo temas como contrato de trabalho, jornada de trabalho, férias,
salário, segurança e saúde do trabalhador, sindicatos, entre outros aspectos.
Leis de relevância no Brasil
Código Florestal Brasileiro: Define normas gerais sobre a proteção da vegetação nativa,
estabelecendo regras para o uso sustentável dos recursos naturais, a preservação da
biodiversidade e a recuperação de áreas degradadas.

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): Visa assegurar os direitos fundamentais de crianças e


adolescentes, incluindo proteção contra qualquer forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão, bem como a promoção de seu desenvolvimento físico,
mental, moral, espiritual e social.

Estatuto do Idoso: Garante direitos e estabelece medidas de proteção às pessoas idosas, visando
assegurar seu bem-estar, dignidade, autonomia, participação e inclusão social, além de prevenir e
punir qualquer forma de violência, discriminação, abuso ou negligência contra essa parcela da
população.
Leis de relevância no Brasil
Lei Maria da Penha: Criada para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, essa lei
estabelece medidas de proteção, assistência e punição aos agressores, buscando garantir a
integridade física, psicológica e social das mulheres em situação de violência.

Lei da Acessibilidade: Tem como objetivo promover a inclusão e garantir o pleno acesso das
pessoas com deficiência aos espaços físicos, aos transportes, às comunicações e às informações,
mediante a eliminação de barreiras arquitetônicas, urbanísticas, de transporte e de comunicação.
Introduções com Leis
Construir uma sociedade livre, justa e solidária é um dos objetivos da República Federativa do Brasil os quais constam
do Artigo 3º da Constituição Federal de 1988. Entretanto, tal objetivo, na prática, fica mais difícil de ser alcançado
devido à invisibilidade social causada pela falta de registro civil o que não garante acesso à cidadania no Brasil; uma
vez que essa parcela da população – sem documentos - segue à margem de seus direitos. Com efeito, tanto a
negligência governamental, como a falta de conscientização social sobre o tema são fatores impactantes da
problemática.
Construir uma sociedade livre, justa e solidária é um dos objetivos da República Federativa do Brasil os quais constam
do Artigo 3º da Constituição Federal de 1988. Entretanto, tal objetivo, na prática, fica mais difícil de ser alcançado
devido aos desafios para reinserção de moradores em situação de rua no Brasil; uma vez que essa parcela da
população segue à margem de seus direitos. Com efeito, tanto a negligência governamental, como a falta de
conscientização social sobre o tema são fatores impactantes da problemática.

Construir uma sociedade livre, justa e solidária é um dos objetivos da República Federativa do Brasil os quais constam
do Artigo 3º da Constituição Federal de 1988. Entretanto, tal objetivo, na prática, fica mais difícil de ser alcançado
devido aos desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil;
uma vez que essa parcela da população segue à margem de seus direitos. Com efeito, tanto a negligência
governamental, como a falta de conscientização social sobre o tema são fatores impactantes da problemática.
Construir uma sociedade livre, justa e solidária é um dos objetivos da República Federativa do Brasil os quais constam
do Artigo 3º da Constituição Federal de 1988. Entretanto, tal objetivo, na prática, fica mais difícil de ser alcançado
devido aos desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil; uma vez que essa parcela da
população segue à margem de seus direitos. Com efeito, tanto a negligência governamental, como a falta de
conscientização social sobre o tema são fatores impactantes da problemática.
Introduções com Leis
O Artigo 6º da Constituição Federal de 1988 aponta a Saúde com um direito de todo brasileiro. Entretanto, tal direito
fica mais difícil de ser assegurado devido aos recorrentes casos de mortes causadas pelo aumento dos casos de
arboviroses no Brasil. Com efeito, tanto a negligência governamental, como a falta de conscientização social sobre o
tema são fatores impactantes da problemática.

O Artigo 6º da Constituição Federal de 1988 aponta a Educação com um direito de todo brasileiro. Entretanto, tal
direito fica mais difícil de ser assegurado devido à falha da oferta de educação de qualidade visto que há obstáculos
na implantação de educação financeira nas escolas brasileiras. Com efeito, tanto a falta de professores qualificados,
como a falta de material didático específico são fatores impactantes da problemática.

O Artigo 6º da Constituição Federal de 1988 aponta a Assistência aos desamparados com um direito de todo
brasileiro. Entretanto, tal direito fica mais difícil de ser assegurado devido aos desafios da reinserção socioeconômica
da população de rua; uma vez que essa população segue em estado de descaso e abandono. Com efeito, tanto a
negligência governamental, como a falta de conscientização social sobre o tema são fatores impactantes da
problemática.
Desenvolvimento com Leis
Além disso, a falta de fiscalização dos estabelecimentos que vendem bebidas a menores é um fator que contribui
para o aumento alcoolismo juvenil. Sob a ótica de Ralf Dahendorf, a anomia descreve um estado de coisas em que as
violações das normas não são punidas. Nesse sentido, a teoria do sociólogo alemão se confirma quando o Estatuto da
Criança e do Adolescente – o ECA – o qual proíbe a venda de álcool a menor - é totalmente ignorada; já que, apesar dos
estabelecimentos apresentarem as mensagens da proibição, tal situação segue ignorada e as vendas seguem a cada dia.
Dessa maneira, a sensação de impunidade contribui significativamente na facilitação dos jovens na aquisição de bebidas
que a eles são proibidas.

De início, é importante ressaltar a postura ineficaz dos órgãos governamentais ao não assegurar os direitos da
mulher que atua no trabalho de cuidado. De acordo com o Artigo 3º da Constituição Federal, um dos propósitos da
República Federativa do Brasil é combater a desigualdade e o preconceito. Contudo, na prática, tal objetivo é
negligenciado por um Governo que não dá a devida assistência a essas mulheres trabalhadoras, o que configura o
inverso desse objetivo. Tal situação é observada na não garantia dos direitos trabalhistas de domésticas, babás e
cuidadoras de idosos. Desse modo, fica evidente que a negligência estatal contribui para a crescente invisibilidade do
trabalho feminino de cuidado persistindo, então, um cenário de disparidade.

De início, é importante ressaltar a postura ineficaz dos órgãos governamentais no combate às doenças
causadas por mosquitos. De acordo com a Lei Orgânica da Saúde, o Estado é responsável por promover
prevenção de doenças. Contudo, na prática, a não orientação por parte dos órgãos de saúde quanto à
eliminação dos criadouros dos mosquitos revela a falha governamental. Tal situação é observada nas poucas
visitas realizadas nas casas para instruir sobre as medidas preventivas. Desse modo, fica evidente que a
negligência estatal contribui para os crescentes casos de arbovírus.
Profº Daniel Lino
Negligência estatal; Não ser pauta política;
Ausência de políticas públicas; Legado histórico desigualdade
É fundamental que os cidadãos, organizações da sociedade civil e líderes políticos trabalhem
juntos para elevar a importância de questões negligenciadas na agenda política, promovendo
conscientização, pressão pública para garantir que esses problemas sejam reconhecidos e
abordados de maneira eficaz pelo governo. Além disso, é importante votar em líderes que
priorizem questões importantes e estejam comprometidos com a solução dos problemas
enfrentados pelo país.
É essencial que os governos desenvolvam e implementem políticas públicas* eficazes, baseadas
em evidências, que abordem as necessidades e preocupações da população de forma inclusiva e
equitativa.
Políticas Públicas
Política de Saúde Pública: Programas de vacinação em massa, acesso gratuito a serviços de
saúde básica, campanhas de conscientização sobre hábitos saudáveis, como combate ao
tabagismo e promoção da atividade física.

Política Educacional: Implementação de programas de educação inclusiva, construção e


manutenção de escolas públicas, distribuição de material didático gratuito, concessão de
bolsas de estudo e financiamento estudantil.

Política Ambiental: Incentivos fiscais para empresas que adotam práticas sustentáveis,
estabelecimento de áreas de conservação ambiental, regulamentação de emissões de
poluentes, programas de reciclagem e gestão de resíduos;

Política de Segurança Pública: Aumento do efetivo policial, investimento em tecnologias de


vigilância, programas de prevenção à violência e ao crime, reabilitação de infratores, entre
outros.
Políticas Públicas
Política de Assistência Social: Distribuição de benefícios sociais, como Bolsa Família, auxílio-
doença, aposentadoria por idade, programas de capacitação profissional para populações em
situação de vulnerabilidade, como moradores de rua e desempregados.

Política de Habitação: Construção de moradias populares, regularização fundiária, subsídios


para aluguel ou compra de imóveis para famílias de baixa renda, programas de urbanização
de áreas precárias.

Política de Desenvolvimento Econômico: Incentivos fiscais para a instalação de empresas em


determinadas regiões, subsídios para setores específicos da economia, programas de
microcrédito para empreendedores de baixa renda, estímulo à inovação e à pesquisa
Políticas Inclusivas
Políticas de Reparação: Implementação de políticas que visam reparar os danos causados pela
escravidão, colonialismo e discriminação histórica, como programas de cotas raciais em
universidades e no mercado de trabalho, indenizações a comunidades quilombolas e outras
medidas de reparação simbólica e material.

Promoção da Diversidade e Inclusão: Estabelecimento de políticas e programas que incentivem


a diversidade e a inclusão em todos os setores da sociedade, incluindo empresas, instituições
públicas, mídia e cultura. Isso pode incluir metas de diversidade, treinamento sobre viés
inconsciente e promoção de ambientes de trabalho e educação inclusivos.

Combate ao Racismo, Machismo e outras formas de Discriminação: Fortalecimento das leis e


políticas de combate à discriminação racial, de gênero e outras formas de preconceito,
garantindo sua aplicação efetiva. Além disso, é importante investir em programas educacionais e
de conscientização para combater estereótipos e preconceitos arraigados na sociedade.
Falta de conscientização social; Negligência familiar;
Individualismo
Para combater essa mentalidade individualista e promover uma maior conscientização e
engajamento comunitário, são necessárias iniciativas educacionais, campanhas de
conscientização, oportunidades de voluntariado e ativismo cívico, que incentivem as pessoas a
se preocuparem com os problemas ao seu redor e a trabalharem juntas para encontrarem
soluções.

Banalização das leis, leis inefetivas; impunidade


Para lidar com esses problemas IMPUNIDADE E LEIS INEFETIVAS, são necessárias reformas
institucionais, fortalecimento do sistema judicial, combate à corrupção, investimentos em
segurança pública e educação, além de uma maior conscientização e participação da sociedade
civil na promoção do cumprimento da lei e da responsabilização dos infratores – autuação e
fiscalização.
Má influência midiática; Invisibilidade midiática
É importante que os consumidores de mídia sejam críticos e seletivos em relação ao conteúdo
que consomem, verificando fontes, questionando narrativas e mantendo uma perspectiva
equilibrada (via educacional) . Além disso, a regulação da mídia e a promoção de padrões éticos
e responsáveis na indústria são essenciais para mitigar os efeitos negativos e promover uma
mídia mais saudável e responsável.

Negacionismo
Para combater a invisibilidade dos problemas e o negacionismo, é crucial promover a
conscientização pública, incentivar o diálogo aberto e baseado em evidências, investir em
educação crítica e científica, e fortalecer os mecanismos de responsabilização e transparência na
sociedade.

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